No engenho, todos conheciam o Derruba: um negro forte que cortava cana como ninguém: era só ele entrar prá dentro da conta e as canas irem caindo.
E os peões só gritavam das outras contas: Derruba, derruba.
E o negrão respondia: Ruba, ruba.
E quanto mais gritavam, mais as canas caiam.
E no final de um dia, um dos trabalhadores estava numa estrada voltando do engenho, quando viu um cabra olhando para dentro de um canavial, parado no aceiro, perto da curva do cachorro, como se estivesse se aliviando.
E o cabra gritou; Derruba!
E nada do sujeito virar e a noite estava escura (como sempre!).
Gritou de novo: Derruba!
E nada.
Resolveu ir caminhando prá perto do homem, achando que o Derruba tava mangando dele.
E chegou, mas no escuro, na luz das estrelas, viu um corpo de homem, do tamanho do Derruba, mas sem a cabeça, virado para o canavial.
Um arrepio subiu em sua espinha, e suando frio, de oiti apertado, resolveu andar de mansinho prá longe da malasombra, porque a gente não pode correr de malasombra senão ela vem atrás.
E num foi que um cachorro branco surgiu do nada de tanto ele rezar e foi indicando o caminho pro cabra voltar prá cidade?
E o cabra ia andando, andando, sem olhar prá trás, seguindo o cachorro, e apertado com medo do homem sem cabeça aparecer na frente dele.
E cada vez mais o cachorro apertava o passo.
E o cabra ia correndo atrás.
Quando o cabra deu uma olhada prá cima e viu a luz da cidade, respirou fundo, tornou olhar prá trilha, mas o danado do cachorro tinha sumido...
E os peões só gritavam das outras contas: Derruba, derruba.
E o negrão respondia: Ruba, ruba.
E quanto mais gritavam, mais as canas caiam.
E no final de um dia, um dos trabalhadores estava numa estrada voltando do engenho, quando viu um cabra olhando para dentro de um canavial, parado no aceiro, perto da curva do cachorro, como se estivesse se aliviando.
E o cabra gritou; Derruba!
E nada do sujeito virar e a noite estava escura (como sempre!).
Gritou de novo: Derruba!
E nada.
Resolveu ir caminhando prá perto do homem, achando que o Derruba tava mangando dele.
E chegou, mas no escuro, na luz das estrelas, viu um corpo de homem, do tamanho do Derruba, mas sem a cabeça, virado para o canavial.
Um arrepio subiu em sua espinha, e suando frio, de oiti apertado, resolveu andar de mansinho prá longe da malasombra, porque a gente não pode correr de malasombra senão ela vem atrás.
E num foi que um cachorro branco surgiu do nada de tanto ele rezar e foi indicando o caminho pro cabra voltar prá cidade?
E o cabra ia andando, andando, sem olhar prá trás, seguindo o cachorro, e apertado com medo do homem sem cabeça aparecer na frente dele.
E cada vez mais o cachorro apertava o passo.
E o cabra ia correndo atrás.
Quando o cabra deu uma olhada prá cima e viu a luz da cidade, respirou fundo, tornou olhar prá trilha, mas o danado do cachorro tinha sumido...
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