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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Espada Flamejante



 

A espada, é um aparato de ataque e defesa, podemos chamá-la assim, formado por uma haste longa e empunhadura, com ou sem guardas para proteção da mão. É feita normalmente de aço. É mais longa do que a "adaga", que por sua vez é mais longa do que o punhal e pode ser classificada, de um modo simples, em dois tipos: com lâmina comprida, pontiaguda e com dois gumes cortantes; ou somente uma haste redonda comprida e pontiaguda.

Normalmente, para ser guardada e protegida, é colocada dentro de uma bainha simples, que é um estojo versátil e leve, preso à cintura. É uma arma branca, usada desde os primórdios das civilizações guerreiras, como os Vikings, por exemplo; ou nas invasões turcas do século XVI, ou na forma de "cimitarra"; ou pelos Romanos nas suas conquistas e, até bem pouco tempo, nas últimas guerras na luta "corpo a corpo". Atualmente, constituem distintivos dos oficiais das Forças Armadas e Policiais Militares. São usadas em solenidades e formatura como símbolo de honra e dignidade.

A Espada Flamejante ou Flamígera ( ver pílula nº 141) é diferente de tudo que está acima mencionado. Ela não está descrita em nenhum livro, exceto a Bíblia, que não seja aquele que relate as coisas pertencentes à Ordem Maçônica . Sua lâmina não é retilínea, mas ondulada, assemelhando-se à labaredas de fogo.

Conforme pode ser lido no Livro Sagrado, a Bíblia, ela foi empunhado pelos Anjos do Senhor, Guardiões da Porta do Paraíso Terrestre, como verdadeira Espada de Fogo: "E expulsou-os; e colocou, no oriente do Jardim do Éden, querubins armados de espadas flamejantes, para guardar o caminho da Árvore da Vida  " (Gen.3:24).

Até onde se sabe, os historiadores não têm, além dessa informação obtida na Bíblia, descrita acima, outras informações que esclareçam a origem dessa arma, de formato tão peculiar. A Maçonaria Simbólica adotou-a, pois representa, sem dúvida, a emancipação da força, de proteção, de defesa e de ação. Tem significados tremendamente profundos na Simbologia Maçônica, sendo talvez, o principal deles, a arma a ser usada na luta eterna  da dualidade entre o "Bem" e o "Mal".

Semelhante aos "Anjos do Senhor" na Porta do Paraíso, é usada simbolicamente pelos Irmãos Cobridores, Externo e Interno, na Porta do Templo para "telhar" os IIr.: retardatários ao início da Sessão Maçônica e, "cobrir" o Templo aos profanos, simbolizando a autoridade da Ordem Maçônica em seus domínios.

Simboliza também o poder possuído pelo Venerável Mestre de Iniciar novos Aprendizes, Elevar novos Companheiros e Exaltar novos Mestres. O Venerável Mestre é a autoridade máxima da Loja, e deve ser o mais correto de todos os Irmãos. Esta retidão exemplar é simbolizada pelo "Esquadro" e a autoridade máxima é simbolizada pela Espada Flamejante.

Ampliando os limites de nossa mente, podemos afirmar que a Espada Flamejante, quando empunhada pelo Venerável Mestre, sem dúvida alguma, é a representação da força, do poder, da magia e do encanto da Maçonaria Universal, espalhada por todo canto da Terra. Essa mesma Maçonaria que tem aperfeiçoado os homens pelo Amor, pelo Caráter e pela Tolerância.

Ampliando nossos pensamentos mais ainda, podemos concluir que, devido à semelhança com os raios esplendorosos de uma tempestade, controlados pelo Grande Arquiteto, a Espada Flamejante, é o emblema da Justiça do Supremo, lembrando a Humanidade, em toda a sua gama de conhecimentos, que acima de qualquer um deles, por mais poderoso que se considere, está a Justiça Divina, separando o joio do trigo, os bons dos maus...

(este artigo foi escrito em 1998, um dos primeiros quando era ainda Aprendiz)

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

O tamanho das nossas bagagens de moto refletem nossos medos



Recebi, achei tão pertinente que reproduzo abaixo, citando o autor.

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O perigo de uma viagem de moto está nas malas, nos baús e bolsas que levamos. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera.
Já experimentei na carne a verdade dessas palavras, mas aprendi. Minhas malas eram sempre superiores às minhas necessidades, e por isso minhas partidas e chegadas eram mais penosas do que deveriam. 

Andei pensando sobre as malas que levamos em nossas viagens de motocicleta. Elas são expressões de nossos medos, elas representam nossas inseguranças.

Olho para um motociclista que passa com suas imensas bagagens atreladas e fico curioso em saber o que há dentro delas. Tudo o que se leva, está diretamente ligado ao medo de necessitar. O fato é que essa bagagem toda representa nossa insegurança, digo por mim.

No início de minhas viagens de motocicleta, levava comigo a pretensão de deslocar o meu mundo, tinha medo do que iria enfrentar, isso, quando ainda não existiam malas laterais, top case, bolsa de tanque, etc., a bagagem viajava em bolsas improvisadas amarradas ao bagageiro, envoltas em lona de caminhão. 

Eu queria fazer caber no exíguo espaço a totalidade dos meus significados. A justificativa é racional, pois corresponde às regras do bom senso, preocupações naturais de quem não gosta de passar privações.

Nós nos justificamos: posso precisar disso, posso precisar daquilo... Olhava ao meu redor e via que as coisas que pretendia levar não poderiam ser levadas. Às vezes durante uma longa viagem de moto me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que um terço do que levei não me serviu para nada. 

Partir é experiência inevitável de sofrer ausência, nisso mora o encanto da viagem de moto. Viajar de moto é descobrir um mundo que não temos, é o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence, visto sobre duas rodas. A partida nos abre os olhos para o que deixamos - bom é partir, melhor é voltar. 

A distância nos permite mensurar os espaços deixados, por isso, partidas para longas viagens e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que nos é essencial. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com o desejo de amar ainda mais o meu espaço.

A vida e as viagens seguem as mesmas regras, os excessos nos pesam e nos tiram a vontade de viver, por isso é necessário partir, sair na direção da realidade. Não carregue seus pesos, eles não lhe permitirão adentrar o território alheio, nem enxergar de um jeito novo o território que é seu.

Boas partidas e chegadas a todos!!!

Autor: Otavio Araujo, motociclista há mais de 50 anos. Administrador e empresário da construção civil

Joaquim Gonçalves Lêdo



 

Brethren, tenho pesquisado sobre diversos Maçons brasileiros e, o maior deles ao meu ver, foi Joaquim Gonçalves Ledo. Por coincidência, nestes dias, achei um artigo do Mestre Castellani com a biografia maçônica dele, que transcrevo, condensada, abaixo.

Nascido no Rio de Janeiro (1781-1846) foi, talvez, peça principal no movimento de  emancipação brasileira, juntamente com José Bonifácio de Andrada e Silva.

Tendo iniciado curso de Medicina em Coimbra, Lêdo não chegou a concluí-lo e, ao retornar ao Brasil, empregou-se como escriturário na contadoria dos Arsenais Reais do Exército. Colocar-se-ia depois, destemidamente, à frente do movimento emancipador brasileiro, lutando desabridamente pela Independência do Brasil e fazendo, da Maçonaria, o centro incrementador das idéias de liberdade. A 15 de setembro de 1821 fundava, com o Cônego Januário da Cunha Barbosa, também Maçom, o "Revérbero Constitucional Fluminense", jornal que teve extraordinária influência no movimento libertador, pois contribuiu para a formação de uma consciência brasileira, despertando a alma da nacionalidade.

Trabalhou pela reinstalação da Loja "Comércio e Artes", em 1821. A 13 de maio de 1822, por ordem do grupo de Lêdo, através da proposta de Domingos Alves Branco Muniz Barretto, o Príncipe D. Pedro recebia o título de Defensor Perpétuo do Brasil.

Já o "Fico", de 09 de janeiro de 1822, foi obra exclusiva da Maçonaria, através de Clemente Pereira, José Joaquim da Rocha, Lêdo e José Bonifácio.

Ledo foi um dos fundadores do Grande Oriente Brasílico, a 17 de junho de 1822, ocupando o cargo de Primeiro Vigilante e tendo, como Grão Mestre, José Bonifácio. Foi sob sua influência que o Grão Mestrado do Grande Oriente foi entregue a D.Pedro, ao final de setembro (empossado a 04 de outubro), num golpe de Estado maçônico, já que José Bonifácio não fora destituído.

Havia grande rivalidade, na época, entre os grupos de Lêdo, que queria a independência com rompimento total com Portugal, e o grupo de Bonifácio, que queria a independência dentro de uma comunidade brasílico-lusa. Devido a essa rivalidade dos dois grupos que aspiravam graças do Príncipe, um grupo procurava desestabilizar o outro. José Bonifácio, que era o todo poderoso ministro da regência, instalado no poder, conseguiu abrir um processo contra o grupo rival, a 30 de outubro de 1822, cinco dias depois do fechamento do Grande Oriente Brasílico, por ordem de D. Pedro, que assumira o Grão Mestrado a 04 de outubro. Nessa ocasião, Lêdo teve que fugir, para não ser preso e deportado, como Januário, Clemente e Domingos Alves Branco.

Com a queda dos Andradas, em julho de 1823, ele voltou ao Brasil, assumindo a cadeira de deputado, para o qual havia sido eleito em 1822. Viria ainda, a participar da reinstalação do Grande Oriente, em 1831 e permaneceu na Câmara até 1834, afastando-se, depois, de tudo e vindo a falecer a 19 de maio de 1847.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Maçom Papagaio



Achei muito interessante este assunto encontrado no "Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria" de Nicola Aslan. Na verdade, foi pesquisa feita por ele na Enciclopédia de Mackey. Vou reproduzir da melhor maneira.

Um "Maçom Papagaio", segundo Mackey, é um maçom com comportamento exotérico, não sendo nunca um maçom com comportamento esotérico (ver PM nº44) o primeiro é um tagarela enquanto o outro é reservado.

Continuando com o descritivo de N.Aslan: o primeiro está sempre pronto para nos dizer tudo o que se refere à Maçonaria. Talvez, igual a ave, sua homônima, fica orgulhoso de sua ciência, estando sempre disposto a exibi-la. Mas, como um papagaio, não faz outra coisa senão repetir o que ouviu "sem a mínima concepção do seu verdadeiro significado". Possui ciência exotérica e não a ciência esotérica

Continua, na afirmação de que é dever de todo Maçom que se preza estudar o Simbolismo, a História, os mistérios, o Esoterismo, as doutrinas e a Filosofia da Maçonaria. Aqueles que se limitam a decorar o Ritual, as Cerimônias, os sinais de reconhecimento sem penetrar-lhes no conteúdo esotérico, não passam, de acordo com Mackey de Maçons Papagaios.

Complementando, então, com que disse Mestre Mackey, temos: "Outrora, esses Maçons superficiais eram tido em grande consideração pela facilidade com que realizavam as Cerimônias de Recepção, sendo geralmente, designados sob a denominação de "Maçons Brilhantes". Porém, o progresso da Maçonaria, na qualidade de ciência, requerem hoje alguma coisa a mais do que um simples conhecimento das instruções que servem para a formação do Maçom estudioso"

São por demais numerosos , afirma Mackey, "aqueles que se limitam aos Sinais e às Cerimônias de Iniciação. Limitam-se aí as suas pesquisas. Não aprofundam nem a Filosofia nem os Documentos da Ordem. Parecem não saber que os meios de reconhecimento são tão somente empregados como uma prevenção contra o embuste, e que os Ritos do Cerimonial não possuem qualquer valor sem o Simbolismo, do qual não são outra coisa senão as formas exteriores. Para eles a Maçonaria não tem nervos, nem sentido, nem vida; é uma voz cavernosa que nada diz de compreensível, uma árvore com folhagem esplendida, mas que não carrega um único fruto sequer".

Fica claro, portanto, a necessidade de estudarmos a Maçonaria, na sua Simbologia, sua História, seus Rituais, etc. Aliás, esse foi o motivo das Pílulas Maçônicas terem surgido. Surgiram e se propagaram graças a bondade de IIr. como Egisto Rigoli, Julio Takano e Osvaldo Zago. E a disseminação das mesmas, graças a colaboração dos IIr. Fernando Colacioppo (Rede Colmeia), Marcos Noronha, Grossi e outros.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Buraco em Divinópolis


Esse pessoal se superou! Pintaram a faixa de sinalização dentro de um buraco em Divinópolis/MG.

Achei que isso a gente só via em piada de Internet!

Os moradores de Divinópolis ficaram indignados com o serviço e resolveram postar essa foto.

A prefeitura se pronunciou, dizendo que vai investigar os procedimentos da empresa responsável, que não quis se pronunciar.

O que é a Maçonaria



 

A Maçonaria é definida de diversas maneiras. Dentro de uma série de definições, normalmente semelhantes, vamos escolher a seguinte para o nosso estudo:

"É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um".

Vamos separar as palavras, ou conjunto de palavras e analisar o seu significado Maçônico, que é o objetivo deste trabalho, dirigido aos Aprendizes Maçons.

É uma Instituição, .. instituição é "uma associação ou organização de caráter social, educacional, religioso, filantrópico, etc" . No nosso caso, devemos deixar bem claro que não é uma instituição religiosa. Não se propõe a ligar o Maçom com qualquer que seja a divindade do Cosmos ou algo semelhante. Não promete qualquer revelação de mistérios religiosos ou revelações  superiores ou divinas, muito menos se propõe à salvação da alma ou qualquer programa de salvação espiritual. Em suma, não tem configuração de uma religião ou um simulacro religioso.

composta de homens adultos, ...  Supõe-se que pelo fato de serem adultos, os iniciados já possuem uma personalidade individual formada e suas linhas básicas definidas, tanto pessoal como profissional. Se o iniciado assim o desejar e estiver disposto, ele pode reformular seus conceitos e referenciais com base em novos princípios. No caso, ensinamentos maçônicos. A Maçonaria não promete nada aos iniciados. Somente lhe fornece as ferramentas, e os ensina como desbastar a "Pedra Bruta". Por incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os profanos, intensamente, procuram desvendar.

livres e de bons costumes, ...  Hoje em dia todos os homens são fisicamente livres, não há mais escravidão, no sentido nato da palavra. Entretanto, sem que se aperceba, a maioria das pessoas é escrava de vícios ao materialismo, tornando essas pessoas, psicologicamente dependentes, que é um tipo de escravidão, de fontes favoritas de prazer, como dinheiro, sexo, comida, futebol, televisão, costumes sociais, etc,. Podem, inclusive, serem escravas do medo, muito comum nos dias atuais. Medo de acontecimentos futuros, medo de serem assaltadas ou serem mortas, por exemplo. Portanto, o Maçom deve aprender a quebrar esses grilhões invisíveis, libertando-se desses vícios coercitivos. O Maçom livre, deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos. Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de "bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a uma vida mais perfeita e aproveitável.

que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, ... Humanidade feliz é a humanidade fraterna, comunicativa, sincera em seus atos, onde todos se tratam e se comportam, como se todos os seus vizinhos fossem seus irmãos. E como fazer uma humanidade fraterna?

A Maçonaria tem um método próprio, já mencionado acima, que se inicia no nível individual mas tem como finalidade influir no coletivo: toma um indivíduo, como se fora uma pedra bruta, e oferece a ele, como instrumentos de trabalho, seus princípios e filosofia. E o Maçom deverá eliminar suas asperezas e irregularidades, tornando-se pedra cúbica,  que irá ajustar-se justa e perfeitamente no edifício social, perfeitamente coesa, com outras pedras cúbicas, pela argamassa Maçônica, que é contínua no espaço e que a todos une e está em contato.

A fraternidade universal não é uma idéia nova, ou de origem maçônica, mas, na certeza, se existir um dia, resolverá a maior parte dos grandes conflitos humanos. Assim, a fraternidade é uma das bases em que se apoia a Instituição Maçônica.

pelo amor, ... A Maçonaria quando trata desse assunto, está se referindo, com toda certeza, do amor de aspecto philia, que é o amor fraterno, caridoso e não no aspecto eros, amor erótico. É o amor praticado pelos grandes personagens que passaram e passam por este mundo, dando-nos exemplos de caridade, de coragem, de auxílio ao próximo sem nada pedir em troca. É o amor de pessoas que largam tudo, riqueza e fama, para se dedicarem ao aperfeiçoamento da sociedade.

É o amor de membros, ou membro, de uma família que tudo faz para que a mesma esteja sempre unida e coesa, pois sabe que a família é, e sempre será, a pedra do alicerce da sociedade.

pelo aperfeiçoamento dos costumes, ... Todo Maçom, conforme orienta a Instituição Maçônica, deve atuar com firmeza, em qualquer situação ou posição em que se encontrar, impondo sua ética e princípios morais, adquiridos em Loja. Deve lutar e dar exemplos, contra a corrupção e desagregação da moral na sociedade em que vive. Deve dar exemplos de civismo e amor à Patria. Enfim, deve se aperfeiçoar, para melhorar os costumes de todos que o rodeiam.

Ser justo e perfeito, somente em Loja, entre IIr \, é bom mas não resolve. É necessário levar esse aperfeiçoamento para a comunidade.

pela tolerância, ... É o princípio da tolerância que permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém, como cita o Ir\Theobaldo Varoli Filho: "não se entendam por tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a passividade exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer credo".

E, das Constituições de Anderson temos: "é deste modo que a maçonaria se converterá num centro de união e num meio de estabelecer conciliadora amizade entre os que, de outro modo, permaneceriam separados". Sem dúvida, o conceito de tolerância  exige apurado senso de discernimento e alto grau de sabedoria.

pela igualdade, ... Os Maçons tem em comum a Instituição a que pertencem, indiferentemente de formação intectual, social, religiosa ou origem racial. O fato de terem algo em comum, deve gerar uma igualdade em direitos. Em livros consagrados pela Maçonaria encontramos  que, por maior que seja o  contra senso, a igualdade é sempre valorizada na diversidade. Cada um conquista os seus direitos. A Maçonaria não exige, nem prega, a homogeneização, muito menos a massificação. Representando, simbolicamente, o que está sendo dito, temos o nosso "Pavimento Mosaico" no chão dos nossos templos.

pela liberdade, ... Palavra de difícil compreensão. Normalmente é definida como a faculdade de cada um de se decidir, ou agir, segundo sua própria determinação, livre de qualquer pressão física ou moral. Palavra perigosa no significado, pois em nome da liberdade, cometem-se os mais hediondos crimes. A liberdade exige um conjunto de ações complementares; uma falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibra e desilude.

Jamais deve ser confundida com libertinagem, lembrando sempre que a liberdade do Maçom termina onde começa a de seu outro Irmão.

pelo respeito à autoridade e a crença de cada um. ... A liberdade de pensamento é uma das características da Maçonaria. Porém, existe a necessidade do respeito à opção pessoal de cada um de seus membros no que se refere a partidos políticos e crenças religiosas. O desrespeito, ou intolerância, a essas opções, promoveram, como nos mostra a História, mortes e atrocidades em nome de Deus.

Esta é a origem de se proibir a discussão sobre religião e política em Loja.

Tal comportamento também está definido nas Constituições de Anderson, em 1723. Isto não impede que se comente aspectos religiosos, ou comportamento político, históricos. Entretanto, a Loja jamais deverá ser transformada em tribuna de ataque ou defesa, nesses aspectos.

Concluindo, uma frase filosófica que um dia ouviremos nos graus superiores: "Sem nunca se identificar ou opor a governos e religiões, ou mesmo a uma escola filosófica, a Maçonaria tem mantido sempre como base de seus ensinamentos a liberdade de pensamento, a indagação da verdade e a busca constante e pacífica de uma vida melhor. Nada de partidos políticos ou de seitas religiosas, mas, sempre dentro da moral, da justiça, da tolerância, com absoluto respeito aos credos e às crenças de todos os homens".

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

DEUS MEUMQUE JUS



É muito comum, principalmente em Revistas Maçônicas, encontrar um emblema, bonito, com uma Águia Bicéfala (ver Pílula Maçônica nº115), segurando em suas patas uma espada e, abaixo, numa faixa presa na dita espada,  uma frase, em latim: "Deus Meumque Jus",  significando Deus e o meu Direito, usado pelo 33º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, em seus documentos, e também adotado pelo Supremo Conselho do Rito fundado em 1801, em Charleston, Carolina do Sul, na latitude 33, EUA.

O significado, como dito, é "Deus e o meu Direito" (God and my right). Na verdade, foi anteriormente traduzido para o inglês, do francês "Dieu et mon droit".

Vou tentar explicar o que ocorreu, baseado na Enciclopédia de Mackey (Alec Mellor e Nicola Aslan, também tomaram Mackey como referencia).

 

Em 1198, Ricardo, Coração de Leão, estava cercando e atacando a cidade de Gisors, na Normandia, pois o Rei da França, Felipe Augusto, havia se apoderado dessa cidade, sem ter direito a isso.

Essa cidade, entretanto, naquela época pertencia à Inglaterra, e Ricardo achava-se no direito de reavê-la. Logicamente, achava-se apoiado por Deus, e usou nessa missão guerreira a divisa, moralmente justificada,  "Dieu et mon Droit".

Motivando seus soldados com essa frase, ganhou a batalha, reconquistou a cidade de Gisors, e ficou tão satisfeito com essa divisa que a colocou, agora traduzido para o latim, Deus Meuquem Jus, no Brasão (heráldico) da Inglaterra.

 

Por qual motivo essa divisa foi colocada no Emblema do Supremo Conselho do R.:E.:A.:A.: eu não sei dizer, na certeza. Provavelmente, os fundadores do Supremo, achavam-se no "direito" de fundar o Primeiro Supremo Conselho do Rito, para organizar e colocar ordem (Ordo ab Chao) em algo extremamente bagunçado.

Pois, como escreveu  Mestre Castellani: "diante do caos existente, um grupo de maçons, reunidos  a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, Carolina do Sul, resolveu acrescentar alguns graus aos 25 existentes e criar o "Supremo Conselho do grau 33" que, por ser o primeiro do mundo, denominou-se "Mother Council of de World", marcando o inicio de uma fase de organização e método de concessão dos Altos Graus" (ver Pílula Maçônica nº 115).

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

História da Maçonaria


Esta Pílula é dedicada aos Aprendizes, para que saibam a verdadeira história de nossa ordem, retirada de livros idôneos.

A Maçonaria como toda Instituição de grande envergadura, passou por diversas fases em sua evolução histórica. A princípio constituiu-se em Corporação Profissional durante a Idade Média Alta e Renascença. Posteriormente, agregou-se a ela uma Associação de Mútuos Socorros, até princípios do século XVIII e Sistema de Moralidade, conservando as características da associação de mútuos socorros.


Corporação Profissional ou Fase Operativa.

Durante sua fase de Corporação Profissional, por ser a arte de construir tão antiga como o mundo, inventaram-se várias lendas, para incrementar sua própria história.

Muitos escritores, em época de menor cultura, por não saberem distinguir entre o lendário e o histórico, consideraram a Instituição Maçônica muito antiga, perdendo-se na noite dos tempos ou nas narrativas bíblicas. Inclusive, imaginando-a uma continuidade, em linha reta, das sociedades iniciáticas da antiguidade, em vista  de seu aspecto iniciático. Entretanto, parecem esquecer, ou não querem se aperceber, que a Instituição Maçônica assumiu esse aspecto iniciático somente a partir do Século XVIII.

Assim, sendo a Idade Média a idade da fé, os primeiros edifícios a serem  construidos foram as igrejas, catedrais e abadias. Os primeiros operários da construção formaram-se, por isso, sob a direção do clero, único a possuir cultura da referida arte, naquela época.

Os eclesiásticos foram lentamente adquirindo conhecimentos sobre o arco, abóbada e, em princípios do Século XII, sobre a arte gótica (trazida talvez dos Árabes, pelos Templários), cujas principais características foram a preponderância dos vazios sobre os cheios, e as abóbadas em ogivas.


Confraria ou Associação de Mútuos Socorros.

Ao lado da Corporação Profissional, existia a Confraria, colocada sob a invocação de um Santo. Como a religião dominava por inteiro a vida social da Idade Média, essa vida social consistia, geralmente, de procissões solenes, missas, preces, banquetes e beneficências.

Com a Reforma Religiosa pressionando por um lado, e a Renascença por outro, houve um ponto final na construção das majestosas Catedrais Góticas, das monumentais Abadias e dos imponentes Palácios. O estilo simples e menos dispendioso da Renascença substituiu o difícil e complexo gótico. Dessa forma, a partir de aproximadamente 1550, a Corporação de Talhadores de Pedras foi declinando aos poucos e entrou, em 1670, em franca decadência.

Assim, num esforço para resistir a inevitável ruína que consumia as Corporações Construtivas, o lado social destas, ou seja, as Confrarias, começaram a partir  do Século XVI abrir suas portas aos Maçons Aceitos, que ingressaram na Fraternidade como protetores, honorários ou especulativos. Esses novos membros fortaleciam os quadros e ao mesmo tempo sustentavam a caixa de socorros da Confraria (Castellani).

 

 

 

 

Sociedade Iniciática.

Finalmente em 1717, quatro Lojas compostas, em sua maioria, por Maçons Aceitos, realizaram uma reunião preparatória na "Taverna da Macieira" e resolveram criar a Grande Loja de Londres e Westminster. Em 24 de junho de 1717, em reunião na "Cervejaria o Ganso e a Grelha" é fundada então, a Grande Loja de Londres e Westminster. Posteriormente, com adesão de novas Lojas, muda o nome para Grande Loja da Inglaterra.

 

Maçonaria Especulativa

Até 1717 d.C., quando houve a fusão de quatro Lojas inglesas, semente da Grande Loja Unida Inglaterra (vide Pílula nº56), a Maçonaria é chamada de "Maçonaria Operativa", pois o "saber" era empírico, adquirido de maneira prática. As ferramentas e o manuseio estavam sempre presentes. O Maçom Operativo era um profissional da arte de construir.

A partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de "Maçonaria Especulativa". Anderson celebrizou-se na Maçonaria por ter copilado as duas primeiras publicações oficiais da Grande Loja de Londres: as Constituições de 1723 e 1738, básicas, ainda hoje, na formulação das Constituições de todas as potências Maçônicas..

Desmembramento Universal da Maçonaria

Alguns escritores maçônicos afirmam, e eu sou partidário dessa idéia, que a Maçonaria, sem dúvida alguma, começou na Idade Média e no continente (Europa). Posteriormente deslocou-se para a ilha (Inglaterra) e voltando, após mudanças radicais, para o continente. Nessas idas e vindas, obviamente, dependendo dos costumes dos povos, a Maçonaria tomou tendências diferentes, resultando em comportamentos diferentes, apesar de que a essência da Sublime Ordem é sempre a mesma. Podemos, de modo macro, separá-la e três ramos principais.

Após 1690, a Inglaterra já havia suplantado todas as agitações políticas e religiosas, depois de 200 anos de guerrilhas e batalhas. O povo e os dirigentes estavam esgotados, cansados de brigas políticas e religiosas que não levavam a nada. Nesse ambiente, propício para o desenvolvimento de uma Maçonaria onde as reconciliações religiosas e políticas era uma meta, apareceu o primeiro ramo, chamado de Histórico ou Tradicional.

Na França, nessa mesma época, a Maçonaria possuía um desenvolvimento semelhante à inglesa, porém, o ambiente era extremamente agitado. Problemas de exploração do povo pela nobreza, abuso da boa fé pelo alto clero, a miséria, etc, formatou um segundo ramo na Maçonaria Universal, que poderemos chamar de Agnóstica.

Como na Europa, o número de pensadores liberais era maior do que na Inglaterra, devido a forte influencia do Renascimento, Iluminismo, etc, chegou ao extremo de não mais ser obrigado à crença em Deus, eliminando a invocação "À Glória do Grande Arquiteto do Universo" de seus Rituais. Teve manifestações políticas e espírito fortemente anticlerical, tendo como seu representante o Grande Oriente da França, existindo também na Itália e noutros países.

Dos dois ramos acima expostos, saiu o terceiro ramo, chamado de Místico, no qual a influencia dos "aceitos" (rosacruzes, judeus, alquimistas, filósofos, etc) aplicou, com toda a intensidade, a interpretação mística aos símbolos, história e filosofia da Nobre Instituição. O esoterismo e o misticismo são largamente praticados. Encontra-se principalmente entre os povos latinos da Europa e Américas, além de outras regiões.

Como nos diz, ainda, Ir\Eleutério: a partir da nova versão da Maçonaria, em 1717, que foi chamada de Especulativa, atraiu também atenções diversas. Houve a desconfiança dos governos e principalmente das igrejas, principalmente a Católica Romana. Pelas suas características, atraiu também intelectuais de diferentes tendências, e escolas, trazendo consigo idéias filosóficas e práticas ritualísticas, dando aos símbolos antigos e novos, novas interpretações com as quais os Maçons Operativos jamais tinham praticado, ou sonhado. Da mesma forma como os antigos construtores procuravam enobrecer suas origens fazendo-as remontar à construção do Templo de Salomão, por exemplo, esses novos Maçons queriam, e tiveram relativo êxito, vincular a instituição às antigas filosofias religiosas e mistérios do Egito, Grécia, Índia e Oriente em geral. Assim, encontramos em nossos símbolos referências herméticas, cabalísticas, rosa-cruzes, templárias, etc. Essas interpretações de origem mística, foram penetrando, sendo aceitas e incorporadas em diferentes graus nos países para onde a Maçonaria se expandiu.

O que deve ficar claro é que existe de comum entre a Ordem Maçônica e aquelas antigas manifestações religiosas é, em certa proporção, o método iniciático e alguns elementos simbólicos, mas a Maçonaria não constitui, de maneira alguma, uma versão atualizada daquelas organizações. Em muitos pontos da Europa Oriental, existem cultos que preservam muito do pensamento e da prática daquelas antigas religiões, e que são hoje suas verdadeiras herdeiras. São cultos ou seitas religiosas, nada tendo em comum com a Maçonaria, além de um ou outro elemento simbólico. A Maçonaria tem realmente, em seus símbolos e rituais muitos elementos hebraicos, como mostram as referências ao Templo de Salomão, à lenda de Hiram, às palavras de passe, etc. Contudo, na certeza, a Maçonaria não constitui por isso uma versão ocidentalizada do judaísmo. Do mesmo modo, foram incorporados elementos do pitagorismo, da cabalá, etc, e nem por isso a Maçonaria se torna um culto pitagórico ou uma escola da cabalá.

A Maçonaria não detém nenhuma verdade mística transcendental a ser comunicada a seus adeptos, nem se propõe servir de ponte entre o neófito e qualquer suposta consciência superior. A Instituição Maçônica enfatiza a necessidade do uso da decisão racional e do empenho da vontade para eliminação dos defeitos de personalidade para que o homem se torne melhor, mas ajustado e capaz de auxiliar seus irmãos humanos.

  

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Boneco Maçom


Muitos Maçons que aprendem a recitar o Ritual de maneira automática, não sabem que através de suas místicas palavras, há ocultos pensamentos e significados que bem merecem serem descobertos.

Semelhantes Maçons, aparentemente, estão aptos para viverem mecanicamente, balbuciando frases ritualísticas, igualmente à devotos ignorantes que cantam as rezas em Latim, cujo real significado pouco, ou nada, conhecem.

Esses Obreiros constituem o que chamamos de "bonecos maçons", porém, não são verdadeiros Maçons.

Uma coisa é estar apto para desempenhar e recitar um Ritual e, outra, é saber que o Ritual tem um significado e conhecer esse significado, aplicando-o à Sabedoria, Força e Beleza, em nossa vida diária.

A Maçonaria não serve para cega e estúpida devoção. Muitas vezes, consagrada  por "bonecos maçons" que nem sabem por que a servem.  O que a Maçonaria merece e gosta, é a lealdade inteligente de homens que pensam e que tem uma razão para a sua fé e devoção.

A Maçonaria oculta as suas lições em frases místicas, não com o propósito de aprendermos um grande número de palavras de estranhos sons, Esses sons devem fazer que pensemos em seus significados, e não como sons vazios e desprovidos de significados.

Muitos recitam o Ritual, como se tivessem algum encanto mágico e, para eles, o simples fato de não poderem entender o que revelam, parecem dar à suas frases misteriosas, um poder milagroso.

O Maçom que não consagra tempo ao estudo, não pensa, não examina, reflete e não penetra no significado da palavra para buscar o pensamento real, que se acha oculto nas palavras, serão Maçons somente na palavra, e não verdadeiros Obreiros da nossa Ordem.


(traduzido e adaptado das palavras de PGM Louis Block, de Yowa, EUA,, obtido no Boletim do G.:O.: do Uruguai, edição de 1913.)


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Gnosticismo

Gnosticismo

 

Segundo dicionário "Aurélio" a palavra "gnose" vem do grego "gnosis" e é traduzida como "conhecimento, sabedoria".

Em tradução livre do "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos: O nome "Gnosticismo", derivada dessa palavra acima, foi assumido por uma seita filosófica a qual procurou unir as noções místicas do Leste europeu com as idéias dos filósofos gregos, juntamente com ensinamentos do Cristianismo. O sistema tem características que mostram conclusivamente que era um desenvolvimento da antiga doutrina dos Persas e dos Caldeus.

De acordo com os gnósticos, Deus, a mais alta inteligência, habita a plenitude da Luz, e é a fonte de todo o bem. A matéria crua, massa caótica da qual todas as coisas foram feitas, é igual a Deus, eterna, e é a fonte de todo o mal. Percebe-se, nessa definição um "Dualismo", declarado.

Nicola Aslan, no seu "Grande Dicionário Enciclopédico" nos relata:

É um sistema de filosofia, cujos partidários pretendiam ter um conhecimento sublime da natureza e atributos de Deus. Os "gnósticos" eram platônicos degenerados, mas eruditos, que a Igreja combateu tenazmente, o que contribuiu para torná-los conhecidos, e de certa maneira, pára incentivá-los.

Os "gnósticos" fizeram sua aparição desde o século II d.C. A "Gnose" ou "Gnosticismo" era o conjunto de conhecimentos por tradição, e que escapa aos processos ordinários de instrução, por isso os "gnósticos" formavam uma sociedade secreta e não ensinavam senão aos seus membros o esoterismo, inteiramente desconhecido dos profanos (N. Aslan).  Desse modo, os gnósticos, segundo eles, detinham uma "ciência" secreta. O clero da Igreja Católica, devido o charlatanismo da maioria de seus membros, esclarecia seus fiéis e destruía, sempre que possível, suas obras.

Como muitos dos Símbolos, muito antigos, usados pela Maçonaria, eram os mesmos usados na simbologia gnóstica, tais como o triangulo, o triangulo com um círculo, o Selo de Salomão, etc, a antimaçonaria, sempre presente, acusava ser a Maçonaria um prolongamento do Gnosticismo, o que não é verdade. Não há nenhuma ligação entre o Gnosticismo e a Maçonaria.

Pesquisando ainda Mestre Aslan, podemos dizer que, na Maçonaria, sempre existiu maçons sonhadores e inovadores, principalmente os franceses, que estudaram o gnosticismo, formando Lojas espúrias, que nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Luzes na Maçonaria


 

Esta Pílula foi condensada de um artigo do livro "Holy Bible" – Heirloom Bible Publishers – Kansas EUA, que se inicia com a seguinte pergunta: "quais são os simbolismos da Luz na Maçonaria?

Em resposta, nos é dito que Luz é, de longe, o mais importante e misterioso termo na Maçonaria o qual é entendido pela maioria dos membros da Ordem. É o primeiro dos Símbolos apresentado para o Aprendiz na sua Iniciação, e continua estando presente para ele, de várias formas, durante todo seu futuro progresso em sua carreira Maçônica.

A Luz representa, como é geralmente entendida na Ordem, o "Conhecimento", "Verdade" ou "Sabedoria", mas ela contém, dentro de si mesmo, a parte mais difícil de entender e longínqua alusão da verdadeira essência da Maçonaria Especulativa, e aceita, dentro de si ampla significação, todos os outros Símbolos da Ordem.

Maçons são enfaticamente chamados de "Filhos da Luz" porque eles estão, ou deveriam estar, de posse do verdadeiro significado do Símbolo: enquanto o profano ou o não-iniciado, por uma analogia de expressão, estão na "escuridão".

Em todos os antigos sistemas de religião e em todos os mistérios antigos, a reverência pela Luz, como uma representação emblemática do principio Eterno de Deus, é predominante. Isso sempre foi verdade no Judaísmo e é, também, verdade no Cristianismo.

E é verdade, do começo ao fim, nos Rituais da Maçonaria, no mais predominante sentido. A maior Luz da Maçonaria é a Palavra de Deus;

Maçons estão empenhados de procurar nesta fonte de verdadeira luz e dos princípios da Ordem, um sempre crescente avanço na direção da Luz.

A fonte original da verdadeira Luz Maçônica é Deus. Somente os homens que caminham em sua direção, evitando a escuridão, são chamados de "Filhos da Luz".


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Renascimento, Reforma Religiosa e Contra Reforma Religiosa


 

O processo de criação de uma nova cultura, relacionada com as mudanças em geral e as novas formas de pensar, de agir, e sentir, entre os europeus do século XV, foi chamado de Renascimento. Foi a criação de uma cultura leiga que se preocupava com as coisas deste mundo, tendo o homem como centro, em contraposição à cultura sacra voltada basicamente para o domínio do "sagrado". Nesse processo tivemos, entre outras coisas: a substituição do "Cavaleiro" pelo "Burguês", individualista e naturalista, e a nudez (antes proibida) nos quadros pintados, principalmente, por Leonardo da Vinci e Michelângelo.

A partir do século XVI começou a apresentar sinais de decadência devido a três fatores, principais:

1) Crise Econômica, devido a diminuição dos negócios de importação de iguarias, devido as grandes navegações que supriam o mercado com menores preços e as guerras. O mecenato foi diretamente afetado.

2) A Reforma Religiosa e a Contra Reforma Religiosa, que veremos a seguir.

3) O caráter de "elite" demonstrado pelos participantes desse processo. O povo não participou desse movimento, considerado um erro crasso do movimento.

Reforma Religiosa

No final do século XV ocorreu a decadência dos feudos, aumentando as forças das cidades, da burguesia e da nova cultura implantada pelo Renascimento. Movimentos exigiam reformas na Igreja Católica. A divisão entre os cristãos fez surgir novas igrejas, genericamente, chamadas de "protestantes", devido os seguintes motivos:

1) As novas idéias oriundas do Renascimento.

2) Abusos e corrupção do Alto Clero Católico em Roma.

Nesse clima, Martinho Lutero, monge agostiniano, formulou com clareza o que o povo sentia e precipitou a ruptura do mundo cristão.

As reformas ocorreram em diversos locais e tiveram vários protagonistas.

1) – Alemanha: (na Saxônia) Martinho Lutero dizia que a leitura refletida da Bíblia conduzia à salvação espiritual. Estopim das discussões foi a venda de "Indulgências" para a construção da Basílica de São Pedro. Lutero foi excomungado e queimou a bula papal. A doutrina espalhou-se rapidamente e gerou lutas sangrentas.

2) – Suíça: o francês João Calvino, em Genebra, baseado em Lutero porém

mais radical nas exigências e foi influenciado pela mentalidade comercial (obtenção de lucros).

3) – Inglaterra: o Rei Henrique VIII queria se divorciar de Catarina Aragão para casar com Ana Bolena. Papa recusou o pedido por motivos políticos. O Rei rompeu com o Papa e fez com que o Parlamento fizesse dele o chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Era uma mistura de catolicismo, calvinismo, estruturando o Anglicalismo.

Contra Reforma Religiosa ou Reforma Católica

Em meados do século XVI iniciaram-se as mudanças para combater o protestantismo em ascensão. Católicos reformistas apoiados pela nobreza europeia, forçaram a eleição de diversos Papas reformistas. Sem resultados adequados.

Os Jesuítas tornaram-se, portanto, após outras tentativas, a principal Ordem da Igreja Católica, atuando principalmente nos campos de ensino e pregação.

Missionários ficaram famosos, com São Francisco Xavier (India e Japão), Manuel da Nóbrega e José de Anchieta (Brasil).

Nos anos de 1545 a 1563, a Igreja Católica convocou o Concílio de Trento, que repeliu a doutrina protestante, aprovando integralmente a doutrina católica, tendo como principal virtude a caridade cristã.

Nessa época, intensificou o TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO, condenando pessoas como Galileu, Copérnico e outros. Foi elaborado o INDEX que era uma lista de livros proibidos, considerados heréticos e imorais pela Igreja Católica.

Houve também, a publicação de Manuais de Catecismo, do Breviário, do Missal e da Vulgata, que é a tradução, convenientemente adequada, da Bíblia pela Igreja Católica.

 Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Tempo de Estudos

Às vezes, tem lojas que deixam o assunto na hora do Tempo de Estudos correr solto.. Trazem até os assuntos da Palavra a Bem da Ordem... Não é para isso que serve esse Tempo! ATENÇÃO!!

Esse tempo é necessário e salutar! Sem ele, as lojas ficam só discutindo o que servir no próximo almoço/jantar/festa, e nada acrescentam ao ser humano!!!

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Uma das metas da Maçonaria é o aperfeiçoamento do ser humano, buscando sempre a Verdade. É obvio que para isso é necessário dedicação, estudos, debates, etc, para que a mente do Obreiro fique cada vez mais aberta, mais receptiva e mais preparada.

Pensando nisso, com o intuito de dedicar um espaço de tempo aos estudos e debates, as Lojas, dependendo do Rito praticado e da Obediência, estabeleceram o "Tempo de Estudos" ou "Quarto de Hora de Estudos".

Não era prática ritualística até, aproximadamente, 40 anos atrás. Foi enxertado com a finalidade de atender o que foi descrito acima. Na verdade, tempos atrás, isso era feito na "Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Geral". Na minha opinião, foi um aperfeiçoamento.

Como foi inserido na Ritualística, após a apresentação feita por um Obreiro (palestrante), a palavra corre nas Colunas conforme estabelecido pela mesma, e não são dispensados os sinais e cumprimentos aos demais Obreiros que queiram fazer perguntas.. Ou seja, numa Sessão Ritualística, esse "Tempo de Estudos" não pode fugir à tramitação ritualística da palavra e a obrigatoriedade de falar em pé e a Ordem, com exceção do VM e dos Vigilantes (Castellani).

Porém, dependendo da necessidade de aproveitar o tempo disponível, ou apresentação com projeção de slides (muito comum hoje em dia), ou permitir um debate mais frutífero, a sessão Ritualística é suspensa. Abre-se a "Loja em Família" pelo Venerável Mestre, com golpe do Malhete.

Todo controle da apresentação, tempo de debate, uso da palavra, etc, são sempre controlados pelo Venerável Mestre.

Finalizados a tal apresentação e o debate, a Loja entrará na Ritualística, com golpe de Malhete proferido pelo Venerável, seguido das palavras "Em Loja meus Irmãos".

Resumindo:

• o "Tempo de Estudos" visa aperfeiçoar os conhecimentos dos Obreiros e não deve ser confundido com "Instruções do Grau"

• pode, ou não, ocorrer numa Sessão Ordinária.

• Não deve ser longo demais para não atrapalhar a Sessão.

• Quando ocorre o debate, o assunto não deve mais ser discutido na "Palavra a Bem da Ordem...".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Mudança Radical – Operativos para Especulativos



Aproximadamente entre 1550 e 1700, aos poucos, os Maçons mudaram seu comportamento. Deixaram de ser uma associação (Guilda) de pedreiros trabalhadores, com algumas ilegalidades, que aceitavam todas as doutrinas da Igreja Católica, e se transformaram em uma organização de Cavaleiros intelectuais, partidários de tolerância religiosa, entre homens de religiões diferentes, e convencidos de que as polêmicas doutrinas teológicas deveriam ser substituídas por uma simples crença em Deus.

Na época, eram chamados de "Maçons Operativos" e, com essa mudança, começaram a ser chamados de "Maçons Aceitos" ou "Cavaleiros Maçons", principalmente na Escócia.

Esses novos membros patrocinavam a Ordem, principalmente na Inglaterra onde a nobreza e a emergente classe mercantil, achavam isso como complemento ao sucesso pessoal. Na França foi mais ou menos semelhante, além do que, as Lojas serviam, aos livres pensadores, como local ideal para o crescente espírito de liberalismo.

Posteriormente, esses Maçons Aceitos começaram a ser chamados de "Maçons Especulativos", (ver Pílula Maçônica nº6 – Maçonaria Especulativa), porém, esse termo não foi utilizado antes de 1757.

O motivo da mudança parece estar bem claro: o enfraquecimento da Igreja Católica, devido a Reforma Religiosa, em torno de 1500 d.C. fez com que as grandes construções (catedrais) diminuíssem de ritmo, de modo acentuado. A Arquitetura Religiosa diminuiu acentuadamente, juntamente com o dinheiro destinado para isso. E na Inglaterra, tudo isso, atrelado as trocas de Reis e Rainhas, alguns tendendo para o Anglicalismo outros para o Catolicismo.

Ou muda, ou fecha! Foi o que aconteceu com outras Associações (Guildas), como os Chapeleiros, Seleiros, etc. Não mudaram o comportamento e a finalidade das mesmas, e acabaram fechando.

Na verdade não se sabe como se produziu essa mudança. Os grandes historiadores maçônicos se dividem, neste ponto.

A semente, provavelmente, deve ter sido o fato de que, de longa data, essas Associações aceitavam os filhos de membros que nem sempre continuavam na profissão do pai.

Esclarecendo: na idade média era comum uma pessoa seguir a profissão de seu pai, apesar de que nem sempre isso ocorria. Entretanto, isso não impedia que fosse membro da Associação.

Na Escócia, por exemplo, era habitual as Associações ligadas ao comercio, e mesmo na Maçonaria Operativa, convidarem Cavaleiros influentes a pertencerem a elas. Foi o caso do convite feito, por essa última,

aos Cavaleiros da família St Clair de Rosslyn. Que aceitaram tal convite e, posteriormente, praticamente ficaram "donos" da Maçonaria.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Resolvendo o Karma Familiar

Achei esse texto muito interessante - acho que os Jurza têm um karma familiar que vem de lá, de muitas eras... 

E acho que a pioneira na quebra do padrão pode ser minha prima Ana, que realizando a volta para a Croácia, está iniciando a quebra do padrão e liberta-nos do karma familiar.

Sei que para ela não está fácil, que é um desafio - mas ela resolveu encarar e está lutando bravamente.

Resta saber se os Jurza se livrarão desse karma e começarão a se libertar das amarras que nos impedem de caminhar adiante. 

Muitos acontecimentos se repetem em nossa família - Seria um ciclo que roda e roda e não se resolve... Como a carta 10 do tarô, que inexorável gira, alternando o mal e o bem. Mas parece que a nossa roda tem um peso em um dos raios...

Peço de antemão a permissão para reproduzir o texto, já que cito a fonte, pois o assunto nos é concernente, e ademais, já penso nele há muito tempo, dessa mesma forma, admitindo esse tipo de KARMA FAMILIAR. O que carregam os Jurzas?


-------------------------------------------------------  Segue o texto de Maiana Lena -------------------------------------------------------

A partir do seu nascimento você começa a absorver as energias de seus pais tão fortemente, como se fossem suas próprias. Este elo é tão forte que você não consegue distinguir onde ele começa ou termina. Você começa a absorver seus medos, suas culpas e suas cargas emocionais. Estas cargas são geralmente passadas por várias gerações tanto pelo lado materno quanto paterno. Pode "haver um aspecto kármico envolvido na questão, o padrão kármico vem se repetindo vida após vida até que seja quebrado."

Isso você pode chamar de karma famíliar. Pode haver questões relacionadas com um homem desequilibrado emocionalmente ou com uma mulher envolvida em uma escravidão auto imposta a um relacionamento escravizante, as questões relativas a determinadas doenças envolvendo o pai ou a mãe, etc.

Este tipo de carga kármica é resolvido quando a energia presa dentro de você é liberada, e, portanto, não é repassada para a próxima geração. O Karma familiar é resolvido quando, pelo menos um membro da família, quebra o vínculo, definindo-se livre do fardo emocional que ela absorveu desde a infância e acoplado em seus genes ligado a várias encarnações.
O membro da família que "quebra o padrão kármico" o fará em primeiro lugar, ajudando a si mesma. Trata-se de estar focado em seu próprio crescimento interior e expansão.

Este crescimento e expansão têm um efeito sobre a "energia da família." Isso abre a possibilidade de os membros dessa família para encontrar o caminho para sair também. Este processo não está vinculado apenas ao filho, mas também aos progenitores ou irmãos ligado a família. O ente familiar que se libertou do padrão kármico ligado a família fornece uma trilha energética para outros de sua família se libertarem também. Isso ele realiza naturalmente por seu trabalho interior e o que ele irradia consequentemente por causa disso, não pelas tentativas de empurrar os outros para mudar e avançar. O que ele oferece a sua família de nascimento energeticamente é a possibilidade de mudança. Sua energia espelha a possibilidade de mudança para eles e isso é tudo que ela precisa fazer.

Os membros da família poderão então seguir a trilha ou não. Ninguém é responsável pela mudança de alguém. Não é sua missão espiritual forçar alguém a trilhar o caminho espiritual e transformar-se. Este caminho é único e pertence a cada ser individualizado. Você pode se livrar do fardo kármico familiar que você pode ter gerado em muitas vidas aos seus entes familiares ou eles a você. Quando isso ocorrer você poderá apagar a carga emocional relativo ao fardo kármico impedindo assim serem repassados aos seus filhos e assim sucessivamente. Esta é a sua missão de alma.

Não lamentem a perda de sua família a este respeito caso eles não estejam prontos a seguir a trilha da libertação do fardo kármico. Você vai ter-lhes oferecido um ótimo serviço limpando o caminho e deixando uma trilha. Esse caminho vai ficar lá e ele será usado um dia por quem quiser sair daquele processo kármico em particular. A pista é o espaço de energia que você deixou disponíveis para eles.

Não é o seu objetivo levá-la em seus ombros. Isso é não a sua tarefa. Sempre que você tenta arrastar figurativamente seus pais ou familiares a seguir a trilha da libertação você está atrapalhando o seu próprio crescimento, e você sofrerá decepções e tristezas. Essas outras pessoas que você ama e deseja compartilhar a sua luz com você podem optar por viver nesta condição de "cegos na luz" por mais um século ou mais. Esta decisão cabe a eles.Mas um dia em seu próprio tempo, eles vão descobrir a trilha deixada por você em algum ponto e isso os fará fazer isso também. E assim eles vão começar o seu próprio caminho de crescimento interior, sua própria subida para a luz.

E não será maravilhoso eles encontrarem marcas ao longo do caminho, uma pista para eles para seguirem? Eles terão que passar por suas próprias lutas, mas eles terão um farol estabelecido para eles que iluminará seu caminho. Como pioneira deste caminho você abençoará a estrada tão difícil que escolheu trilhar com gratidão e honra!

Tratamento de Transmutação e cura Familiar- Maiana Lena

Lojas de Promulgação e Reconciliação

 

Os nomes de três importantes Lojas e seus significados históricos devem sempre estar na mente dos estudiosos maçônicos.

São elas:

* Loja de Promulgação (tornar público, conhecido)

* Loja de Reconciliação

* Loja de Emulação

Sabemos que quatro Lojas formaram a Grande Loja de Londres e Westminster em 1717. Estamos cientes, também, que uma outra Grande Loja foi formada anos mais tarde (1751) e que era asperamente hostil a primeira citada.

Essa segunda Grande Loja se auto intitulou de "Antigos" e apelidou a primeira Grande Loja de "Modernos", de maneira depreciativa, pois achavam que eles não estavam seguindo fielmente os "Antigos Deveres" (Old Charges).


Essa animosidade persistiu por longo tempo (aproximadamente 50 anos) até que, no início do século XIX (1800), devido a diversos fatores, inclusive um sentimento de maior tolerância de ambas as partes, produziram um desejo de união que, posteriormente, se concretizou.

Em 1809 os "Modernos" criaram uma loja, de comum acordo, chamada "Loja de Promulgação" para acertar e tornar conhecido, entre eles, os Antigos Landmarks da Ordem.

Essa Loja teve muitas reuniões, nas quais ensaiaram, discutiram e definiram o Cerimonial dos Trabalhos em Loja. Principalmente, o Cerimonial de Instalação, o qual era um importante ponto da rivalidade existente entre as duas Grandes Lojas.

Estando tudo definido, essa "Loja de Promulgação", após árduo trabalho, encerrou suas atividades em 1811. 

E, sem dúvidas, ela ajudou enormemente a união que ocorreu em 1813 A Loja de Reconciliação: baseado nos "Artigos da União" de 1813, uma comissão foi constituída, formando uma Loja que deveria ser constituída de "nove maçons dignos e experientes", de cada lado, com a finalidade de instruir e obrigar, os Veneráveis Mestres, ex-Veneráveis, Vigilantes e demais oficiais da Loja, a se prepararem para a Grande Assembleia, comemorando União com uniformidade nas formas, regras, disciplina e trabalhos. 

A Loja reuniu-se em muitas ocasiões e as Cerimônias que foram acordadas, foram ensaiadas e, com algumas alterações, tudo foi aprovado em 1816. Os registros não revelam o Ritual ensaiado pois tudo era decorado.

A Loja Emulação de Aperfeiçoamento: este é o lugar apropriado para o ensaio correto do Sistema de Ritual conhecido como "Emulação". Foi fundada em 1823 e o principal expoente dessa loja foi Peter Gilkes que morreu em 1833. As maiores precauções são tomadas, nessa loja, para preservar a pureza do Trabalhos, que foi formulada pela Loja de Reconciliação e aprovada pela Grande Loja em 1816. 

Não é uma Loja para instruções, mas para a melhoria do Ritual, estando os membros, de antemão, totalmente familiarizados com o mesmo.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Maçonaria é religião?



Como as Pílulas Maçônicas são voltadas principalmente para os Aprendizes e Companheiros, vamos voltar nesse assunto.
Muitos críticos e detratores da Maçonaria afirmam, a muito tempo, que a Ordem Maçônica é uma religião. Entretanto, ainda que a Maçonaria é por tradição uma sociedade de homens religiosos, categoricamente não é uma religião e nem pretende ser.
Não tem teologia, não oferece sacramentos, não garante e nem promete salvação da alma após a morte. Apesar de que seus ensinamentos são interpretados dentro de um clima espiritual, é esperado que os Obreiros pratiquem esses ensinamentos dentro do contexto de suas próprias religiões.
É sabido que algumas atividades maçônicas parecem ser religiosas. Como exemplo, temos a "Cerimônia de Casamento Maçônico". Muitas vezes e em muitos lugares é feito esse tipo de cerimônia. Na verdade, é só uma confirmação, dentro do ambiente Maçônico, de duas pessoas já legalmente casadas. O Venerável Mestre de uma Loja não é uma pessoa autorizada para celebrar um matrimônio e, consequentemente, o par em questão, já é casado.
Portanto, é um ato feito unicamente com a finalidade de comemorar, ou celebrar, entre Obreiros de uma ou mais Lojas, a união legal anteriormente realizada.
Existe, também, a "Cerimônia Fúnebre" onde a Loja se reúne para recordar os bons momentos que teve com o Obreiro falecido, suas boas obras, e para uma última, simbólica, despedida. Não é um sacramento nem substitui a um funeral religioso.
O Templo, onde as Lojas se reúnem, não é um lugar sagrado, apesar de muitos Maçons pensarem dessa forma. A "Sagração" de um Templo Maçônico, levando em consideração que a Maçonaria não é uma religião, é simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e será sempre usado para as atividades Maçônicas (ver Pílula Maçônica nº103 – Sagração). O objetivo principal é a realização de cerimoniais maçônicos e atividades administrativas. Não tem um motivo especial para ser religioso.

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os Templários e o Descobrimento do Brasil



 

O rei da França, Filipe IV, o Belo, na época do século XIV, estava falido e, entre outros, devia muito dinheiro a Ordem dos Templários, que era uma das Organizações mais ricas e mais poderosas da Europa. Seus membros eram guerreiros, banqueiros e construtores e tinham sede em Paris. Pelo fato de serem guerreiros, e bem organizados, se apoderaram de imensas quantidades de terras e bens materiais dos perdedores aos quais punham o seu jugo. Controlavam feudos e construções em Paris e no interior da França.

Participaram de modo intenso nas Cruzadas. As mesmas eram "patrocinadas" pela Igreja Católica a qual permitia, devido sua portentosa influência juntos aos reis e governantes, que os Templários tivessem muitas regalias e direitos. Entretanto, exigiam que as Cruzadas saíssem vitoriosas em suas contendas. As derrotas das Cruzadas no Médio Oriente, limentaram uma onda de calúnias, produzida provavelmente por pessoas ou entidades invejosas e sedentas do fracasso dos Cavaleiros da Ordem dos Templários, dizendo que os mesmos teriam se "vendido" aos muçulmanos. Aproveitando o clima favorável, talvez produzido por ele mesmo, em 13 de outubro de 1307, Filipe invadiu, de surpresa, as sedes dos Templários em toda a França, prendendo todos os membros.

Dois processos foram abertos contra a Ordem dos Templários: um dirigido pelo rei contra os presos, o outro conduzido pelo papa Clemente V, que como sabemos, foi forçado pelo rei Felipe, a colocar a sede do Papado em Avignon, França.

Muitos Cavaleiros foram mortos. A maioria degolada. A Ordem era Iniciática e bastante discreta. A própria discrição da Ordem foi usada contra ela, fazendo-se afirmações absurdas. Devido a ramificada rede de informações da Ordem, os sobreviventes trataram de salvar a maior quantidade possível de bens e tesouros.

Todos os seus bens "disponíveis" foram confiscados. Esperava-se uma fortuna, mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a suposição de que os tesouros foram transferidos em segurança para outros países. Para muitos investigadores, um desses países teria sido Portugal. O rei Dom Dinis (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem dos Templários em terras portuguesas. Sugeriu uma doação formal dos bens da Ordem à Coroa, mas, talvez, por imposição dos Templários, foi nomeado um administrador, de confiança da Ordem, para cuidar deles.

Dom Dinis, numa atitude corajosa para a época, local e condições, abriu as portas para todos os refugiados da Europa. Nessa ocasião, por volta de 1317, o último Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, Jacques (ou Thiago) de Molay, já havia sido executado na fogueira (1314). Nem o Papa, com toda sua autoridade e com a "Santa Inquisição" a sua disposição, o intimidou: fundou a Ordem de Cristo com, segundo afirmam os historiadores, parte do patrimônio dos Templários.

Todos os perseguidos da Europa, se concentravam, trazendo seus segredos, seus conhecimentos, para o Convento de Tomar, sede da Ordem de Cristo. Uma nova etapa, uma nova era, estava acontecendo para os Cavaleiros Templários. Dois anos depois, em 1319, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem de Cristo.

No início do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava na Itália, na Alemanha e na Flandres (hoje parte da Bélgica e Holanda). Nesse caso, porque é que foram os portugueses a encabeçar a expansão européia? Sem dúvida, a rica Ordem de Cristo foi o seu trunfo decisivo, com seus tesouros, mas, principalmente, com os seus conhecimentos e experiência adquiridos ao longo dos anos. .

Quando o Infante Dom Henrique, terceiro filho de Dom João I, se tornou Grão-Mestre da Ordem, em 1416, a Organização encontrou apoio para colocar em prática um antigo e ousado projeto: contornar a África e chegar à Índia, ligando o Ocidente ao Oriente sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra. Dom Henrique assumiu o cargo de governador do Algarve. Dividia seu tempo entre a Ordem de Cristo e o Porto (ou Vila) de Lagos.

Ao retornar à Portugal, na primavera de 1419, após combater os mouros na cidade de Ceuta, dom Henrique teria decidido abandonar as "futilidades da corte" e se instalar na ponta de Sagres. Dom Henrique era uma figura imponente, obcecado, teimoso, celibatário e asceta, permanentemente envolto em um manto negro.

O próprio local que o infante supostamente escolheu para viver já era pleno de simbolismo e magia. O antigo "promontório sacro" de gregos e romanos – chamado de Sagres pelos lusos - fora batizado pelo geógrafo grego Ptolomeu. Era a parte final da Europa: um lugar desértico, de beleza trágica, onde a terra se despede num cabo nu e pedregoso, para mergulhar no oceano temível e repleto de mistérios. Não por acaso, Sagres tinha sido ocupado por um templo de druidas, os sacerdotes celtas.

Ainda assim, não foi na ponta de Sagres, mas na Vila de Lagos, acerca de 30 km a leste dali, que Dom Henrique de fato se instalou, quando seu pai, o rei Dom João I, o fez governador daquela região, conhecida como Algarve, ou El-Ghard, a Terra do Poente, outrora o Ocidente árabe.

Foi aí, que em 1420, Dom João I, fez do Infante o administrador da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, originária da antiga Ordem dos Templários .

Algarve era a base naval e uma corte aberta: vinham viajantes de todo o Mundo, com todo tipo de informações, tão importantes naquela época. Foram atraídos para lá, sábios, cartógrafos, astrônomos e astrólogos – especialmente Judeus que, desde meados do século XIV, fugiam das perseguições que se desencadeavam na Espanha. Afirma-se hoje que, o Porto (ou Vila) de Lagos, localizada em uma ampla baía, possível de se zarpar, liderada pelo infante, foi que comandou a expansão marítima do século XV. Ali foi fundada a Escola de Sagres – que, na verdade, existiu apenas no sentido filosófico da palavra, já que nunca houve um espaço físico, um centro de estudos, e muito menos um observatório, na Ponta de Sagres.

Tinham passado cem anos sobre a condenação dos Templários nos processos de Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue o aval do papa ao projeto expansionista. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação para a África, posses de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais a descobrir.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Estrada de Santa Clara


Já escrevi sobre várias estradas, mas ao terminar o livro de Márcio e Leônidas, meu professor, pensei porque não se poderia implantar um impulso turístico e histórico na Estrada de Santa Clara, que ligava a Cachoeira de mesmo nome à cidade de Philadelphia, atual Teófilo Otoni, nos idos da Companhia do Valle do Mucury.

A estrada, lá pelos anos de 1857, ajudou a impulsionar e formar o Vale do Mucuri. 

São 27 léguas e meia que escondem muita história, muita luta e muito suor. 

Poderia ser feito um trajeto com marcos sinalizadores, georreferenciados, com direito a plaqueta com logotipo, e quem sabe carimbos com pictogramas significativos.

 Tipo Santa Clara na Cachoeira, uma cacho de Urucum em Urucu, um Alferes na Colônia Militar, um Indio no Potón, e no final um pictograma de Philadélphia, e outros tantos carimbos. 

E no fim um Certificado bonito da Estrada de Santa Clara.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

E começou a primavera...

No equinócio de primavera, os dias e noites ficam com a duração igual.

E pela primeira vez, o governo fala em não fazer horário de verão. Será?

Sólio


Como já tivemos, anteriormente, oportunidade de falar, SÓLIO é sinônimo de TRONO, que é o assento solene, pomposo, onde se senta a pessoa a quem se confere extrema autoridade. No caso da Maçonaria é onde se senta a autoridade maior da Loja, que é o Venerável Mestre ou seu substituto numa determinada Sessão.

Desse modo, os Vigilantes quando substituem o Venerável, sentam no Sólio, apesar de muitos pensarem que o mesmo só pode ser ocupado pelo referido, o que não é verdade. Os Vigilantes são substituídos pelos Expertos.

À direita do Sólio, fica a cadeira, ou assento do Grão Mestre ou seu Adjunto (na Constituição de Anderson, é chamado de Deputado). No caso do REAA, são chamados de Soberano e Sapientíssimo, (ver Pílula Maçônica nº46) e tem a autoridade e direito de estarem presentes à sessão de qualquer Loja, como também de presidi-la, tendo o Venerável da Loja á sua esquerda.

Ao fazerem isso, não há a necessidade de sentarem no Sólio..

Deve ficar claro, também que, um dos Vigilantes, ao assumir, eventualmente, o Veneralato, é tratado durante a Sessão, como "Venerável Mestre", recebendo o título inerente ao cargo do Primeiro Malhete da Loja.

Além disso, quando se diz: "o Primeiro Diácono tem assento abaixo do Sólio..." refere-se que o assento do referido, está num nível abaixo do nível onde está o Sólio.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Cavaleiros Hospitalários


Os Hospitalários ou Cavaleiros Hospitalários, de São João de Jerusalém, foram originariamente uma Ordem militar-religiosa formada, também, durante as Cruzadas. Seu remanescente existencial atualmente é a Suprema Ordem Militar de Malta.

O grupo foi formado no 11º século em Jerusalém; seus membros foram irmãos vinculados a um hospital dedicado à São João que cuidava de peregrinos doentes ou necessitados. Em 1113 este grupo recebeu a aprovação papal como ordem regular. Seu primeiro superior (Grão Mestre) foi Gerard de Martignes. Seu sucessor foi Raymond du Puy que reconstituiu a Ordem e começou engajar seus membros em operações militares para o Reino Latino de Jerusalém (ver comentários abaixo).

Após 1187, a Ordem moveu seu quartel general para a cidade de Acre.

Os membros continuavam a cuidar de doentes, guardavam as estradas e lutavam. Eles se tornaram rivais dos Templários na arte de guerra cruzada.

Em 1310 mudaram primeiro para Chipre e depois para a ilha de Rhodes, na qual a Ordem governou como um estado independente até a chegada do turco Otto. Em 1530, o Sagrado Imperador Romano, Carlos V, concedeu Malta para os Hospitalários. Eles defenderam a ilha contra os turcos até que Napoleão I expulsou todos eles em 1798. A Ordem estava declinando e, finalmente seu quartel general foi finalmente estabelecida em Roma. E, de 1805 a 1879 não tiveram Grão Mestre.

Reconstituída em 1879, os Hospitalários continuam hoje como uma Ordem onde clericais e membros fiéis, ambos engajados em trabalhos de caridade e assistência médica. Ela é internacional na qualidade de seus membros e de suas atividades. A vestimenta da Ordem é um manto negro com a cruz de malta de oito pontas, na cor branca.

O Reino Latino de Jerusalém O Reino Latino de Jerusalém foi criado em 1099 pelos líderes da primeira Cruzada; foi conquistado pelos Muslims em 1291. Sua grande extensão incluía a Palestina e outros estados ao norte, principalmente da

Antióquia. A história desse reino pode ser contada em duas etapas: de 1099 até 1187 quando Jerusalém foi reconquistada pelo líder dos Mulims, Saladino e de 1189 até 1291, quando foi finalmente conquistado.

Durante a primeira fase o Reino tinha como capital a cidade de Jerusalém. Os Cruzados escolheram inicialmente Godfrey de Bouillon como administrador (1099 a 1100). Apesar dele ter tomado somente o título de Defensor do Sepulcro Sagrado, seus sucessores, começando por seu irmão Baldwin I (1100 até 1118) usaram o título real. Eles tinham a esperança de expandir e consolidar sua posição na Palestina e, em particular, capturar cidades costeiras, as quais a Primeira Cruzada não havia conquistado. Com o apoio naval de Gênova, Veneza e Pisa, eles tiveram sucesso nessa empreitada.

A oposição árabe dos muslims estava inicialmente fragmentada entre pequenos e insignificantes estados. Após 1128, entretanto, os estados árabes foram gradualmente se unificando, graças ação de novos líderes, entre eles o maior sendo Saladino, que se tornou administrador (governador) do Egito em 1169. Declarando uma guerra santa em 1187, ele derrotou os Cruzados em Hattin, resgatando Jerusalém para os Mulims e sitiando os remanescentes Cruzados em Tiro, Trípoli e Antióquia.

Em 1189 os Cristãos promoveram a Terceira Cruzada intencionada de reconquistar Jerusalém. E assim foi feito. Esta Cruzada e as outras que a sucederam, somente reconquistaram as cidades costeiras e faixa adjacente do território.

De 1191 para frente, a capital do reino era a cidade de Acre.

Infelizmente, o futuro desse Reino foi amargurado pelos conflitos entre os Barões e os Governadores; entre os colonizadores de Veneza, Piza e Gênova;

e, principalmente entre as Ordens Militares dos Hospitalários e Templários.

A queda de Acre para os egípcios (Mamelucos) em 1291 marcou o fim do Reino Latino de Jerusalém.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Grande Capitulo do Rito de York


Em torno do ano de 1910, Maçons de origem inglesa não estavam satisfeitos com a Maçonaria praticada aqui no Brasil, pois pretendiam, se possível, ter Lojas do Rito inglês, que trabalhassem segundo a orientação litúrgica da Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). Alguns Obreiros desta última, foram enviados ao Brasil para negociarem com o Grande Oriente do Brasil, com o intuito de obter do GOB, a autorização para estabelecer uma Grande Loja Distrital, sob a Constituição Inglesa, em nosso território.

Isso não foi concretizado nessa época, porém, foi assinado um Tratado, em 21/12/1912, pelo Grão Mestre Lauro Sodré, do GOB, e pelos representantes da GLUI, que relatava, resumidamente e com outras palavras, o que segue abaixo:

- o GOB em consideração à inabalável e fraternal amizade que sempre uniu a GLUI e o GOB, e pretendendo atender aos anseios dos maçons ingleses residentes no Brasil, resolveu permitir que fosse criado um Grande Capítulo do Rito de York, com

patente e sob a obediência do Grande Oriente do Brasil (NOTA: sobre o termo "Rito de York" faremos uma explicação na próxima Pílula).

- desde logo ficarão subordinadas a esse Capítulo as seguintes sete Lojas do GOB:

"Eduardo VII", ao Oriente do Pará;

"Saint George", ao Oriente de Recife;

"Duke of Clarence". Ao Oriente da Bahia;

"Eureka Nº 3", ao Oriente do Poder Central;

"Wanderers", ao Oriente de São Paulo;

"Unity", ao Oriente de São Paulo;

"Morro Velho", ao Oriente de Minas Gerais

- esse Grande Capítulo será autoridade suprema, em matéria litúrgica e autorização de funcionamento, para todas as Lojas do Rito de York, atualmente e para aquelas que no futuro forem criadas no Brasil.

Como fruto desse Acordo, foi feito o Decreto Nº 478, de 01/12/1913, resumidamente mencionado abaixo (caso alguém se interessar tenho o Decreto na íntegra):

- Fica criado, no Oriente do Poder Central, o Grande Capítulo do Rito de York, ao qual se subordinarão, liturgicamente, todas as lojas desse rito atualmente existente no Brasil.

- O Grande Capítulo mencionado terá as mesmas atribuições da Constituição das Grandes Oficinas chefes de Rito, além das do acordo entre GOB e a GLUI.

- esse Grande Capítulo será composto por 33 membros efetivos, etc.

Esse Decreto durou até 1935, quando em 06 de maio desse ano, é assinado um outro Tratado, denominado "Tratado Convênio de Aliança Fraternal" entre o Grande Oriente do Brasil e a Grande Loja Unida da Inglaterra, reconhecendo, naquela época, o

GOB como única Potência Maçônica regularmente estabelecida no Brasil e o GOB, por sua vez, autorizava o estabelecimento, no Brasil, de uma Grande Loja Distrital, sob Carta Patente da Grande Loja Unida da Inglaterra.

Por esse Tratado, convencionou-se, também, que "em virtude de não mais ser necessária a existência do Grande Capítulo do Rito de York no Brasil, este, uma vez formada e estabelecida a Grande Loja Distrital, cessará suas atividades" (Castellani).

Com isso, todas as Lojas do Rito de York, então existentes, passaram, sob a direção da Grande Loja Distrital, para a Jurisdição da Grande Loja Unida da Inglaterra.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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