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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Tenha orgulho de ser Maçom!

O candidato quando é Iniciado, Elevado e Exaltado, fica enlevado com
as "histórias" mostradas nos Rituais, baseadas na Bíblia. Fica
encantado com os fatos enevoados ligando a Maçonaria com os
acontecimentos Bíblicos. Fica convencido e soberbo de saber que, como
Maçom, é um descendente direto dos construtores do Templo do Rei
Salomão!

De Aprendiz passa para Companheiro e depois para Mestre e, raramente,
pergunta quem planejou o Templo ou quem acompanhou todos os trabalhos
feitos em ouro, prata e pedras preciosas. Quem esculpiu, quem decorou
as obras de arte. Fica plenamente satisfeito em saber que tudo foi
feito por Hiram , que era o filho de uma viúva da tribo de Naftali.

Com o passar do tempo, ele lê alguns livros maçônicos idôneos, e fica
assombrado e chocado ao aprender que, sem dúvida alguma, os atuais
Maçons são descendentes dos construtores das catedrais, na Idade
Média, da Inglaterra, Alemanha, França, etc, etc.

Seu panorama mental sobre a Maçonaria fica nublado, seu orgulho fica
abalado e sua admiração, contentamento no seu curto sonho maçônico
fica minimizado.

Isto é um retrato real e frequentemente ocorre!

O que deve ficar claro para todos nós é que os Maçons não são
descendentes de simples trabalhadores. Nossos ancestrais não eram
simples talhadores de pedras, pedreiros, escultores, etc. Eles eram os
maiores artistas, especialistas em trabalhar e construir em pedras na
Idade Média.

Poucos homens podem construir um galpão usando serrote, martelo e
pregos. Mas, a maioria deles não consegue construir a sua própria
moradia. Eles não sabem como ler uma planta. Eles nada sabem sobre
resistência dos materiais. Eles nada sabem sobre códigos de
construções. Para obter sua casa eles precisam empregar um arquiteto e
um construtor, os quais tenham o conhecimento especializado requerido.

Hoje em dia nós temos a eletrônica e os computadores, mas na Idade
Média, todo esculpido era obra da experiência e da habilidade manual.
Não havia livros e desenhos especializados.

Mesmo hoje, as modernas construções dificilmente se igualam na beleza
das proporções, no vigor, na suntuosidade e na magnificência das
Catedrais, dos Castelos, dos Mosteiros, das Abadias feitas pelos
Mestres Construtores dos quais a Maçonaria é descendente.

Pessoas simples não fariam esse tipo de construção, cuja estrutura,
grandeza, resistência e beleza, desafiam os séculos, nas intempéries e
nas guerras.

Nossa Ordem escolhe hoje em dia, os futuros Aprendizes, com bastante
critério. Os construtores de Catedrais da Idade Média também
procuravam e escolhiam aqueles que tinham conhecimento, caráter e
habilidade para aprender. Quando se tornavam Companheiros, tinham
orgulho de seu trabalho. Sabiam que não podia falhar e davam o melhor
de si, por toda sua vida.

Não é este, para todos nós, o maior motivo de orgulho, em sermos
descendentes desses homens especiais?



(livre tradução e adaptação
da MAS - Bulletin 1951 - USA)



Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Como Entender e Estudar o Simbolismo

Deve ser lembrado, antes de mais nada, que o Maçom deve ter um
comportamento essencialmente pratico em suas ações e ideias,
principalmente quanto à origem de certos objetos ligados à Maçonaria.

Em outras palavras, uma explanação simples e obvia de um símbolo
Maçônico, é preferível a uma explanação fantástica, altamente
imaginativa ou romântica.



Seis pontos devem ser considerados:



1- A Ordem (Francomaçonaria) tem origem nas Guildas
Maçônicas na fase Operativa, na Idade Média.

2- As várias referências Egípcias e Orientais nos
rituais maçônicos representam acréscimos ou adições, feitas de tempos
em tempos nos rituais originais, mais antigos.

3- O Simbolismo só se transformou em algo proeminente,
notório, na Maçonaria, em tempo passado, relativamente curto.

4- A posse de nossos Símbolos por outros corpos
organizacionais, Sociedades e Ritos, e vice-versa, não indica, por si,
nenhuma conexão entre essas organizações e a Maçonaria, ou, de nenhuma
maneira, indica a origem da nossa Ordem Maçônica.

5- A influência que possa ter existido na Maçonaria,
de Rituais de antigos Ritos Iniciáticos, na certeza, não ocorreu antes
da terceira década do século XVIII.

6- Com respeito a alguns Maçons que acham que a
Maçonaria é derivada dos "mistérios" do Antigo Egito e que todos
nossos símbolos são de origem egípcia, deve ser ficar esclarecido que
esses "mistérios" não são bem conhecidos e muitos deles estão
totalmente perdidos.



Finalmente deve ser dito que alguns objetos encontrados na Maçonaria,
que numa primeira visão parecem ser Símbolos Maçônicos, mas que, com
uma analise mais rigorosa, veremos que não são. É necessário o devido
cuidado para distinguir entre genuínos Símbolos Maçônicos daquelas
coisas chamadas "Símbolos", devido uma fértil imaginação e/ou um super
entusiasmo maçônico.



( livre tradução de livros
ingleses e neo-zelandeses)



Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

LÚCIFER

A palavra LÚCIFER tem uma origem tremendamente simples. Entretanto,
foi e é fruto dos "oportunistas" religiosos que, normalmente visando
obtenção de bens materiais, se aproveitavam e se aproveitam da
ignorância das pessoas. Desse modo, devido à convenientes
interpretações, tem essa palavra, hoje, diversos significados.

A origem correta é: portador(a) da luz (do Latim lucis = luz e ferre =
carregar, portar, trazer. Idem para o grego heosphoros), e era o nome
dado ao planeta Vênus, que é visível antes do alvorecer e que,
simbolicamente, seria o portador da luz do Sol que em breve estaria
brilhando.

Segundo o pesquisador iconográfico Luther Link, Isaias, na Bíblia fez
uma designação descritiva aplicada a uma metáfora referente aos
excessos de um "rei da Babilônia", e não a uma entidade em si: "Como
caíste do céu, o Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão
brilhante"

Isaias não estava falando do Diabo. Usando imagens possivelmente
retiradas de um antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de
um ambicioso rei babilônico. (Wikipédia)

Aproveitemos as informações dessa Enciclopédia: "A expressão hebraica
(heilel ben-shahar) é traduzida como "o que brilha". A tradução
"Lúcifer" (portador de luz), deriva daVulgata latina de Jerônimo e
isso explica a ocorrência desse termo em diversas versões da Bíblia.

Mas alguns argumentam que Lúcifer seja satanás e por isso, também foi
o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Arcanjos. Assim, muitos nos
dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo
(caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan,
Adversário). Os judeus o chamam de heilel ben-shachar, onde heilel
significa Vênus e ben-shachar significa "o luminoso, filho da manhã".
Alguns judeus interpretam Lúcifer como uma referência bíblica a um rei
babilônico. Mais tarde a tradiçãojudaica elaborou a queda dos anjos
sob a liderança de Samhazai, vindo daí a mesma tradição dos padres da
Igreja.

Segundo a igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de
todos os Arcanjos. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre
todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de
seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus,"O Homem", e
revoltou-se contra o Altíssimo. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de
Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos corrompidos; já os
anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com
seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre
Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper a
mais magnífica das criaturas mortais feitas por Deus, o homem; do
outro lado Deus, os anjos, arcanjos, querubins e Santos travam
batalhas diárias contra as forças do Mal (personificado em Lúcifer).
Que maior vitória obteria o Anticristo frente a Deus do que corromper
e condenar as almas dos humanos aos infernos, sua morada verdadeira?"

Abrindo um parenteses: dá para se perceber que a imaginação do ser
humano não tem limites. Anjo... Arcanjo...o mais forte e belo dos
Arcanjos...auxiliares de Deus...Caramba! é interessante como se dá um
"comportamento totalmente humano" à Deus e muitos aceitam como se
fosse a coisa mais natural do mundo!

Na Enciclopédia do Mestre Nicola Aslan temos: "Entre os cristãos, esse
nome acabou por ser aplicado ao espírito do Mal. Esta denominação
nasceu, em certos Padres da Igreja, por alusão a várias passagens de
Isaias...em que o profeta anuncia a queda do rei da Babilonia e o
assombro que ela causa, nestes termos – Como é que caiste do céu, tu,
Lúcifer, astro da manhã? – Os padres aplicaram a palavra ao demonio,
anjo caído."

Sem mais comentários.





Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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