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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

HINO DOS BODES DO ASFALTO

Adoro esse hino - ainda mais que conheci o irmão que o compôs e vi os irmãos cantando ele no 1o EBAN, em 2007!


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Letra.:    Gentil Fernandes Nery
Música.: Paulo Sydney Campos Amaro
Getúlio Duarte de Oliveira

 
Quem vem lá? Quem vem lá?
Fazendo poeira
Te respondo
Ao surgir a clareira

Qual sementes
Levadas pelo vento
Plantando paz
Uma fonte de alimento

Oh ! Quão bom
Viajam os irmãos
Bodes do Asfalto
Numa cadeia de união

Irmãos e cunhadas
Alinhados, no prumo
Pelas estradas
A alegria é o rumo

REFRÃO
Motos no asfalto
Bodes por paixão
O ronco do motor
Acelera o coração

Os bodes são romãs
Que sob céu azul
Unem as colunas do Brasil
De norte a sul
 
Livres, bons costumes
Rodando em liberdade
Constroem sempre
Templos à fraternidade

Além fronteiras
Léguas de amizade
Partidas e chegadas
Rastros de saudade

Numa prece rogamos
Ao GRANDE lá no alto
Que ilumine os caminhos
Do Bodes do Asfalto

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Lei Estadual Dia do Bodes do Asfalto

Coisa mais chique, agora o dia do Bodes do Asfalto, nosso motoclube amado, tem até lei estadual em São Paulo!

EEEBBBBAAA! Vida longa ao Bodes do Asfalto!!!

Quebra cabeça com alfabeto Glagolítico









Esse quebra cabeça com o alfabeto glagolítico foi apresentado pelo inventor Zlatko Šakić, que é de Rijeka, e levou duas medalhas de ouro na décima sétima edição da Exibição de Invenções ARCA de 2019.






O alfabeto glagolítico CROATA é anterior ao alfabeto utilizado atualmente pelos russos, búlgaros, sérvios, que é o Cirílico, e ainda se pode vê-lo na Catedral de Zagreb, e em textos eclesiásticos.






O quebra cabeça é interessante porque apresenta as mesmas letras vistas de um ângulo no alfabeto latino, e de outro ângulo, as mesmas letras em alfabeto glagolítico.






Eu, pessoalmente, acho o alfabeto muito bonito, e suas ligaduras mais interessantes ainda.

Volta das trevas


Alô todos!

Depois de defender meu doutorado em Agosto de 2018 (até que enfim), e de muito labutar, vou começar, devagarinho, a postar no blog novamente.

Peço desculpas para os que esperaram!

Abraços à todos!

domingo, 30 de junho de 2019

Tiradentes Bikefest 2019



O encontro continua sensacional, mas a chatice de não poder parar em um monte de lugar, o lugar da banda ser proibido entrar com bebida, tá fazendo com que o evento se burocratize e fique cada vez mais chato... Cheio de área com fita, proibida... O número de motos está aumentando e estão diminuindo a área para estacionar... Assim não vai dar... Nem tinha barraca lá no Alto da Igreja.... Que isso...

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Análise do primeiro artigo das Old Charges

 

O primeiro artigo das Obrigações de um Maçom Livre, concernente a Deus e a Religião é mostrado, de modo condensado, na Pílula anterior, com o número "PM nº259 – Old Charges II" e  nos relata o Primeiro Artigo.  Para melhor entendimento vamos mostrá-lo de modo completo:

            "Um Maçom é obrigado, em virtude de sua posição, a obedecer a lei moral; e se compreende bem a Arte, nunca será um  ateu estúpido nem um irreligioso libertino. Se bem que nos tempos antigos os Maçons estavam obrigados, em cada país, a pertencer à religião do dito país ou da dita nação, qualquer que fosse. Atualmente se tem considerado mais conveniente não obrigá-lo senão a esta Religião em que todos os homens estão de acordo, deixando de lado sua opinião particular; que sejam homens bons e verdadeiros, homens de honra e probidade, por qualquer denominação ou crenças que possa distingui-los, donde resulta que a Maçonaria se converte no Centro de União e o meio para conciliar uma verdadeira amizade entre as pessoas que sem ela teriam permanecido em constante distância"..

Este documento tem sido reverenciado e seguido pela Maçonaria Universal.

Porém, se analisarmos com critério, nos surpreende o fato de Anderson ter isolado unicamente o ateu e usado termos pesadíssimos chamando-o de "ateu estúpido" e "irreligioso libertino".. Alguns historiadores alegam que Anderson estava distinguindo os ateus estúpidos dos ateus razoáveis.

Entretanto, essa alegação não faz sentido, pois aparentemente Anderson tinha em mente algo mais profundo e defensivo.

Veremos ao longo deste trabalho, que a Grande Loja de Londres, recém fundada em 1717, havia passado por enormes dissabores provocados pelo Grão Mestre da Ordem, eleito em 1722, chamado Philip, Duque de Wharton..

Por que nessa Sociedade aberta a todas as convicções religiosas, Anderson fazia exceção somente aos ateus? Aparentemente desmentia seus próprios princípios, mesmo porque os ateus até aquela época eram raros e inexpressivos.

Portanto, quando Anderson escreveu o primeiro artigo das Obrigações, estava pensando num ateu de grande importância, blasfemo e libertino, e quando assinalou "ateu estúpido" e "irreligioso libertino" estava se referindo à uma mesma pessoa.

O desprezo de Anderson por um homem que não acreditava em Deus, era mais moral do que filosófico. Era uma precaução contra determinados tipos de homens, evitando que interferissem no bom desenvolvimento da Grande Loja de Londres, recém fundada.

Sem dúvida, a exclusão de "ateu estúpido" e "libertino irreligioso" estava ligada a um recente escândalo, provocado pelo Duque de Wharton.

 

Retroagindo no tempo, sabemos que naquela época começaram a aparecer em Londres certos clubes, fechados, destinados à prática da libertinagem e eram denominados Hell Fire Clubs (clubs das chamas do inferno).

Alguns desses clubes tinham estatutos e rituais. Sabia-se que o ateísmo estava associado à libertinagem. Alí, blasfemar era quase que obrigatório. Normalmente, eram frequentados tanto por homens como por mulheres e seus membros ostentavam nomes de profetas, santos e mártires. As mulheres tinham apelidos tais como lady Sodoma, lady Gomorra, lady Poligamia, etc.

A moda dos Hell Fire Clubs se estendeu com rapidez espantosa e haviam tomado a forma de sociedades secretas de "ateus"..

O presidente de um desses clubes era o jovem aristocrata, Philip de Wharton, elevado a Duque em 1718, denominando-se Duque de Wharton.

Talvez por sua influência na nobreza, talvez por influência política, ou por qualquer outro motivo que desconheço, foi eleito Grão Mestre da Grande Loja de Londres e Westminster. Era um mau caráter, alcoólatra, ateu e tremendamente libertino.

Sua gestão foi escandalosa e ele,  o Duque de Wharton, acabou sendo expulso da Maçonaria, tendo sido o seu Malhete solenemente queimado. Depois de anos de vida crapulosa, foi para a Espanha, fundando uma Grande Loja, e morrendo lá com a idade de trinta e três anos.

 

Entretanto, como nos diz Alec Mellor –"O alerta havia sido perigoso. Se um homem tão considerado e influente como Desaguliers não tivesse sido seu Deputado Grão Mestre, podemos perguntar em que teria se convertido a jovem Grande Loja sob a direção de um Wharton que unia seu grau de Grão Mestre com os dos Hell Fire Clubs. Mas não bastava somente haver expulsado a ovelha negra. Era preciso pensar no futuro e deixar bem claro que a qualidade de ateu e libertino era incompatível com a Francomaçonaria. A redação das Constituições chegou oportunamente a esse efeito. Assim se explica a redação do primeiro artigo como também o indignado termo empregado por Anderson. Em outras condições não haveria sido necessário nenhum adjetivo pejorativo. O lº artigo não era uma petição de princípios, senão uma reação de defesa".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Pedra no Canto Nordeste do Templo


Brethren, vejam que magnífico relato contido nesta Pílula. È uma condensação de alguns artigos de livros da Nova Zelandia, traduzidos e adaptados.

                Ele esclarece o "por que?" da "Pedra de Fundação" (Foundation Stone) de uma construção ter a posição no Nordeste e qual a ligação com a Iniciação Maçônica. Vejam:

Está registrado nos Rituais ingleses o que segue: "é costume na ereção de todos os edifícios majestosos e excepcionais, colocarmos a primeira pedra ou "Pedra de Fundação" no canto nordeste da construção. VOCE, que foi recentemente admitido na Ordem Maçônica, estará sentado na parte nordeste do Templo , para simbolicamente, representar aquele pedra"

A primeira frase mencionada acima, provavelmente faz parte de nossas tradições,  pois não se tem evidencias históricas que a suportem. Mas, é interessante para nossos propósitos maçônicos, se a usarmos como ensinamento moral..

O motivo do canto nordeste ser, tradicionalmente, declarado o local de colocação da primeira pedra da construção, é dada pelo M.W. Bro C.C,Hunt, por muitos anos Grande Secretário da Loja de Yowa. Em seu livro "Simbolismo Maçônico" ele relata: "A declaração freqüentemente ouvida por um Maçom é que na Maçonaria Operativa a primeira pedra de uma construção era colocada no canto Nordeste, e desse fato uma lição pode ser ensinada. Mas, a razão para colocar a primeira pedra da construção naquele local, não é dada."

Talvez, nem sempre essa pedra tenha sido colocada naquele canto, mas, por que, simbolicamente, foi adotado ser o Canto Nordeste o local para a colocação da referida pedra?

Operações de uma construção requerem muita claridade para o adequado posicionamento das pedras, pilares, etc. Com a claridade oferecida pela luz elétrica, as mesmas podem ser em feitas mesmo à noite, pois a claridade obtida é a mesma. Mas, os Maçons Operativos não tinham essa vantagem. Eles deviam fazer o melhor com a luz do Sol enquanto essa estivesse presente. As pedras naquele canto tinham que ser colocadas com grande exatidão, e então, como a claridade dada pelo Sol crescia no nordeste, nada mais natural do que ser aquele canto o escolhido para começar a construção. Aparentemente, era o melhor lugar para a acurada colocação das pedras.

Obviamente, estamos falando do Hemisfério Norte da Terra.

Ele continua: "Deverá ser notado que em todas as tradições e lendas sobre esse canto, ele representa a fonte do amanhecer, o local de inicio onde os raios do Sol batem, e por isso simboliza o "Aprendiz" começando sua vida Maçônica.....

"considerando que, simbolicamente, na Maçonaria, o Norte é considerado o lugar das Trevas e o Leste a fonte de Luz, o Canto Nordeste, apropriadamente, simboliza o Candidato emergindo das Trevas para a Luz. Ele está surgindo do canto Norte das Trevas,  para o amanhecer  do Canto  Leste........ele recebeu alguma Luz e está na direção para receber mais e mais Luz.

O Norte como o lugar das Trevas, Maçonicamente, representa o mundo profano, enquanto o Leste como fonte de Luz representa a Loja, e em ultima instância, a Ordem Maçônica.

A Pedra de Fundação colocada no canto Nordeste, tem um lado virado para o Norte e o outro virado para o Leste. O Candidato no Nordeste da Loja, representa alguém que emergiu das Trevas do Norte, mas não está totalmente fora da mesma, e caminha na direção da Luz."

 

Obervações: seria muito interessante que os VVMM atentassem para a importância desse Simbolismo. As Lojas que freqüento, do R.E..A.A, na maioria das vezes os Aprendizes, ao final da Iniciação, são colocados no meio da "Coluna B", no topo.  O correto é que sejam colocados no Nordeste do Templo.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 19 de março de 2019

Grande Loja


Eu, particularmente, sempre pensei que a origem do termo "Grande Loja" derivasse do evento da união das quatro Lojas da Inglaterra, em 1717, formando a "Grande Loja de Londres e Westminster". Mas a verdade não é essa.. Por casualidade, em pesquisa no Grande Dicionário Enciclopédico, do Mestre Nicola Aslan, encontrei:

"O termo Grande Loja, teve origem que remonta à Idade Média e foi utilizado, pela primeira vez, pela Maçonaria Operativa alemã.

As Lojas de Talhadores de Pedra, ou Steinmetzen, foram-se formando na Alemanha, por toda parte, com suas próprias leis e regulamentos. Estas Lojas ou Confrarias tomaram o nome de Hütten (Lojas), do nome do local em que se reuniam, e  reconheciam a supremacia das Grandes Lojas, denominadas Haupthüten (Lojas Principais)

Estas Grandes Lojas foram em número de cinco e estavam situadas em Colônia, Estrasburgo, Viena, Zurique e Magdeburgo. O Mestre da obra da Catedral de Colônia era reconhecido como chefe de todos os Mestres e operários da Baixa Alemanha, como o de Estrasburgo o era daqueles da Alta Alemanha. Mais tarde foi estabelecido um Mestre central em Estrasburgo, onde a construção da catedral se prolongou mais.

A sua jurisdição estendia-se sobre as Lojas de uma parte da França, e de uma parte da Alemanha; à Grande Loja de Colônia estavam subordinadas as Oficinas da Bélgica e de outra parte da França e assim por diante. As cinco Grandes Lojas Operativas alemãs tinham jurisdição independente e soberana, julgando sem apelação todas as causas levadas perante elas. Conforme os estatutos da sociedade.

Em 1452, Jost Dotzinger, Mestre das obras da catedral de Estrasburgo, unificou a organização das Corporações dos Talhadores de Pedra, formulando uma Constituição que foi aceita por todos.

No Congresso de Ratisbona, Dotzinger foi eleito Mestre Supremo e a Oficina de Estrasburgo recebeu o título de Grande Loja, ficando encarregada de julgar, em primeira instância, todas as divergências surgidas entre os Talhadores de Pedra.

Esse mesmo título foi usado em 1717, na Inglaterra quando a Maçonaria se transformou em uma Fraternidade com objetivos morais e sociais.. Formaram-se então as Grandes Lojas que se espalharam, sob esse novo aspecto, por todos os continentes. Desde então a Grande Loja é um Corpo Superior, independente, soberano e diretor da Ordem Maçônica perante as Oficinas de sua jurisdição."

 
Vou me atrever a mencionar um pensamento conclusivo, muito conhecido:  "Neste mundo nada se perde, nada se cria, tudo se copia."

 
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Qualificações do Venerável Mestre

 

Quais as "qualificações" e "deveres" de um Mestre Instalado?

È necessário dizer que Venerável Mestre "perfeito" não existe e nem nunca existirá. Isso é uma verdade.

Vamos mencionar os itens qualificatorios:

1.        – O Venerável Mestre qualificado deverá conhecer bem a Ordem Maçônica e a História da Maçonaria.

2.        – Ele deverá conhecer, também, alguma coisa da Literatura Maçônica a ponto de  poder recomendar livros aos Irmãos da sua Loja, e poder indicar onde achá-los e onde achar as respostas às questões feitas a ele.

3.        – Ele manterá a "harmonia" na Loja e estará atento à formação de "panelinhas" ou ocorrência de "fissuras" no grupo.

4.        – Ele deixará a Loja ao seu sucessor, financeiramente, melhor do que estava quando foi Instalado.

5.        – Ele fará Sessões interessantes e trabalhará duro para arranjar bons Trabalhos e planejará eventos cultos e instrutivos aos Irmãos. Nenhum Irmão deixará a Sessão sem dizer ou fazer alguma coisa, o que marcará maçonicamente seu coração.

6.        – Os 03 Graus Simbólicos deverão ser tratados com a mesma atenção e os Obreiros deverão ter as Instruções de maneira clara e apropriada e as dúvidas deverão ser esclarecidas ali, naquele momento.

7.        – Ele não terá dificuldades para preservar a dignidade de seus Oficiais, porque é sabido que, os Irmãos de uma Loja respeitam Veneráveis Mestres que respeitam seus Oficiais.

8.        – Ele será um "servidor" da Loja e fará o bem estar da mesma, como uma de suas prioridades.

9.        – Ele começará as Sessões no horário programado e fará tudo para evitar passar do horário do término, previsto.

10.      – Ele respeitará as Tradições da Loja e da Ordem Maçônica.

11.      – Ele seguirá, religiosamente, a Ritualística do Rito adotado pela Loja, sem invencionice ou abuso de poder, sem fazer eventos porque "acha que tem que fazer", ou dando desculpas esfarrapadas, dizendo "farei porque outros fazem", passando por cima da Ritualística.

12.      – Ele é o Guia, o Filósofo e Amigo dos Irmãos da Loja.

13.      – Ele é entusiasmado sobre seu trabalho mas consciente de suas próprias limitações. Ele é rápido para aceitar considerações mas lento para agir até que sejam dadas as análises criteriosas sobre as mesmas.

14.      – Ele receberá com agrado as sugestões mas não necessariamente as seguirá se as considerar inadequadas.

15.      – O ideal do Venerável Mestre é um Ideal Maçônico e batalhará para viver uma Vida maçônica.

16.      – Finalmente, o Venerável Mestre Ideal terá uma mente modesta, sem o mínimo de arrogância. Ele deverá estar sempre ciente que ocupa o "Trono de Salomão" e é o representante e responsável da Loja, agindo sempre de modo compatível com essa função. Essa condição de Venerável Mestre é o maior e melhor presente que uma Loja pode dar a um de seus Obreiros!


Esta Pílula Maçônica foi pesquisada e adaptada do artigo do M.W. Bro Carl H. Claudy (EUA) do  " O livro do Mestre Instalado".



Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

sexta-feira, 1 de março de 2019

VENERÁVEIS DE SUCESSO


(esta  pílula foi baseada e adaptada de artigo de autoria do Sr.Luiz A. Marins Filho, Ph.D. sobre empresas de sucesso)

Veneráveis de sucesso não perguntam o que os Maçons de sua Loja querem – surpreendem os membros da Loja! Nem sempre os Maçons sabem o que querem. Os Veneráveis, pela experiência adquirida, é que têm a obrigação de desenvolver as atividades da Loja que irão surpreender os Maçons.

Veneráveis de sucesso entendem que ser prestativo é o novo nome do jogo. Esses Veneráveis entendem que de nada adianta você ser Grau 33, ou ter 40 anos de maçonaria. O importante é ser prestativo e estar ligado a tudo relacionado com a sua Loja.

Veneráveis de sucesso sabem que o maior capital de uma Loja é o "capital humano maçônico, de cada um de seus membros". Assim, as Lojas desses Veneráveis estudam, debatem, e fazem com que o nível intelectual do grupo seja cada vez mais alto. Elas não dispensam tempo de estudos. Relacionam–se com outras Lojas. Trocam conhecimentos. De nada adianta ter uma Loja bonita, lotada, muito bem apresentada, com instalações perfeitas, se os Maçons que a compõem não surpreendem pelos conhecimentos adquiridos.

Veneráveis de sucesso sabem que é preciso ter consistência e constância nos serviços, em Loja. Isto quer dizer que as Lojas com Veneráveis de sucesso tem normas, procedimentos e Ritualística que todos conhecem e utilizam. São Lojas que hoje, amanhã e depois, trabalham com qualidade, obedecendo a Ritualística. Veneráveis de sucesso não se julgam os donos da verdade. Desprezam o "achismo"  e "invencionices". A consistência é fundamental e, para isso, são necessários procedimentos constantes que todos conheçam e obedeçam.

Veneráveis de sucesso têm excelente relacionamento com os Maçons de sua Loja. Sabem da importância de um bom relacionamento. Veneráveis que não fazem isso não podem ter sucesso. Assim, ouvir, respeitar opiniões, respeitar pedidos é fundamental.

Veneráveis de sucesso relacionam-se bem com outras Lojas e com a comunidade, em geral. Veneráveis de sucesso compreendem a importância de ter uma boa imagem na comunidade. Assim, participam de programas sociais e culturais e estão sempre presentes na comunidade.

Quero aproveitar a mensagem deste artigo e dizer que nós, Maçons, somos fornecedores e temos nossos clientes, que são nossas esposas, nossos filhos, nossos amigos. Nossos parentes. Devemos surpreendê-los com nosso comportamento.

E, como Maçons que somos, devemos também ser "Maçons de sucesso" tendo como objetivo principal a Loja Maçônica com todas as suas atividades e seu corpo participativo.          Devemos, portanto, não perguntar o que nossa Loja quer e sim, surpreender e encantar em nossas atitudes e em nossas virtudes. Devemos oferecer nosso melhor serviço; ser consistente e constante em nossas atividades maçônicas. O nosso relacionamento, entre Irmãos, deve ser o mais exemplar possível.
 
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A Espada Flamejante



A espada, é um aparato de ataque e defesa, podemos chamá-la assim, formado por uma haste longa e empunhadura, com ou sem guardas para proteção da mão. É feita normalmente de aço. É mais longa do que a "adaga", que por sua vez é mais longa do que o punhal e pode ser classificada, de um modo simples, em dois tipos: com lâmina comprida, pontiaguda e com dois gumes cortantes; ou somente uma haste redonda comprida e pontiaguda.

Normalmente, para ser guardada e protegida, é colocada dentro de uma bainha simples, que é um estojo versátil e leve, preso à cintura. É uma arma branca, usada desde os primórdios das civilizações guerreiras, como os Vikings, por exemplo; ou nas invasões turcas do século XVI, ou na forma de "cimitarra"; ou pelos Romanos nas suas conquistas e, até bem pouco tempo, nas últimas guerras na luta "corpo a corpo". Atualmente, constituem distintivos dos oficiais das Forças Armadas e Policiais Militares. São usadas em solenidades e formatura como símbolo de honra e dignidade.

A Espada Flamejante ou Flamígera é diferente de tudo que está acima mencionado. Ela não está descrita em nenhum livro, exceto a Bíblia, que não seja aquele que relate as coisas pertencentes à Ordem Maçônica . Sua lâmina não é retilínea, mas ondulada, assemelhando-se à labaredas de fogo.

Conforme pode ser lido no Livro Sagrado, a Bíblia, ela foi empunhado pelos Anjos do Senhor, Guardiões da Porta do Paraíso Terrestre, como verdadeira Espada de Fogo: "E expulsou-os; e colocou, no oriente do Jardim do Éden, querubins armados de espadas flamejantes, para guardar o caminho da Árvore da Vida  " (Gen.3:24).

Até onde se sabe, os historiadores não têm, além dessa informação obtida na Bíblia, descrita acima, outras informações que esclareçam a origem dessa arma, de formato tão peculiar. A Maçonaria Simbólica adotou-a, pois representa, sem dúvida, a emancipação da força, de proteção, de defesa e de ação. Tem significados tremendamente profundos na Simbologia Maçônica, sendo talvez, o principal deles, a arma a ser usada na luta eterna  da dualidade entre o "Bem" e o "Mal".

Semelhante aos "Anjos do Senhor" na Porta do Paraíso, é usada simbolicamente pelos Irmãos Cobridores, Externo e Interno, na Porta do Templo para "telhar" os IIr.: retardatários ao início da Sessão Maçônica e, "cobrir" o Templo aos profanos, simbolizando a autoridade da Ordem Maçônica em seus domínios.

Simboliza também o poder possuído pelo Venerável Mestre de Iniciar novos Aprendizes, Elevar novos Companheiros e Exaltar novos Mestres. O Venerável Mestre é a autoridade máxima da Loja, e deve ser o mais correto de todos os Irmãos. Esta retidão exemplar é simbolizada pelo "Esquadro" e a autoridade máxima é simbolizada pela Espada Flamejante.

Ampliando os limites de nossa mente, podemos afirmar que a Espada Flamejante, quando empunhada pelo Venerável Mestre, sem dúvida alguma, é a representação da força, do poder, da magia e do encanto da Maçonaria Universal, espalhada por todo canto da Terra. Essa mesma Maçonaria que tem aperfeiçoado os homens pelo Amor, pelo Caráter e pela Tolerância.

Ampliando nossos pensamentos mais ainda, podemos concluir que, devido à semelhança com os raios esplendorosos de uma tempestade, controlados pelo Grande Arquiteto, a Espada Flamejante, é o emblema da Justiça do Supremo, lembrando a Humanidade, em toda a sua gama de conhecimentos, que acima de qualquer um deles, por mais poderoso que se considere, está a Justiça Divina, separando o joio do trigo, os bons dos maus...

(este artigo foi escrito em 1998, um dos primeiros quando era ainda Aprendiz)

 Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Maçonaria



A Maçonaria é definida de diversas maneiras. Dentro de uma série de definições, normalmente semelhantes, vamos escolher a seguinte para o nosso estudo:

"É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um".

Vamos separar as palavras, ou conjunto de palavras e analisar o seu significado Maçônico, que é o objetivo deste trabalho, dirigido aos Aprendizes Maçons.

É uma Instituição, .. instituição é "uma associação ou organização de caráter social, educacional, religioso, filantrópico, etc" . No nosso caso, devemos deixar bem claro que não é uma instituição religiosa. Não se propõe a ligar o Maçom com qualquer que seja a divindade do Cosmos ou algo semelhante. Não promete qualquer revelação de mistérios religiosos ou revelações  superiores ou divinas, muito menos se propõe à salvação da alma ou qualquer programa de salvação espiritual. Em suma, não tem configuração de uma religião ou um simulacro religioso.

composta de homens adultos, ...  Supõe-se que pelo fato de serem adultos, os iniciados já possuem uma personalidade individual formada e suas linhas básicas definidas, tanto pessoal como profissional. Se o iniciado assim o desejar e estiver disposto, ele pode reformular seus conceitos e referenciais com base em novos princípios. No caso, ensinamentos maçônicos. A Maçonaria não promete nada aos iniciados. Somente lhe fornece as ferramentas, e os ensina como desbastar a "Pedra Bruta". Por incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os profanos, intensamente, procuram desvendar.

livres e de bons costumes, ...  Hoje em dia todos os homens são fisicamente livres, não há mais escravidão, no sentido nato da palavra. Entretanto, sem que se aperceba, a maioria das pessoas é escrava de vícios ao materialismo, tornando essas pessoas, psicologicamente dependentes, que é um tipo de escravidão, de fontes favoritas de prazer, como dinheiro, sexo, comida, futebol, televisão, costumes sociais, etc,. Podem, inclusive, serem escravas do medo, muito comum nos dias atuais. Medo de acontecimentos futuros, medo de serem assaltadas ou serem mortas, por exemplo. Portanto, o Maçom deve aprender a quebrar esses grilhões invisíveis, libertando-se desses vícios coercitivos. O Maçom livre, deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos. Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de "bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a uma vida mais perfeita e aproveitável.

que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, ... Humanidade feliz é a humanidade fraterna, comunicativa, sincera em seus atos, onde todos se tratam e se comportam, como se todos os seus vizinhos fossem seus irmãos. E como fazer uma humanidade fraterna?

A Maçonaria tem um método próprio, já mencionado acima, que se inicia no nível individual mas tem como finalidade influir no coletivo: toma um indivíduo, como se fora uma pedra bruta, e oferece a ele, como instrumentos de trabalho, seus princípios e filosofia. E o Maçom deverá eliminar suas asperezas e irregularidades, tornando-se pedra cúbica,  que irá ajustar-se justa e perfeitamente no edifício social, perfeitamente coesa, com outras pedras cúbicas, pela argamassa Maçônica, que é contínua no espaço e que a todos une e está em contato.

A fraternidade universal não é uma idéia nova, ou de origem maçônica, mas, na certeza, se existir um dia, resolverá a maior parte dos grandes conflitos humanos. Assim, a fraternidade é uma das bases em que se apoia a Instituição Maçônica.

pelo amor, ... A Maçonaria quando trata desse assunto, está se referindo, com toda certeza, do amor de aspecto philia, que é o amor fraterno, caridoso e não no aspecto eros, amor erótico. É o amor praticado pelos grandes personagens que passaram e passam por este mundo, dando-nos exemplos de caridade, de coragem, de auxílio ao próximo sem nada pedir em troca. É o amor de pessoas que largam tudo, riqueza e fama, para se dedicarem ao aperfeiçoamento da sociedade.

É o amor de membros, ou membro, de uma família que tudo faz para que a mesma esteja sempre unida e coesa, pois sabe que a família é, e sempre será, a pedra do alicerce da sociedade.

pelo aperfeiçoamento dos costumes, ... Todo Maçom, conforme orienta a Instituição Maçônica, deve atuar com firmeza, em qualquer situação ou posição em que se encontrar, impondo sua ética e princípios morais, adquiridos em Loja.. Deve lutar e dar exemplos, contra a corrupção e desagregação da moral na sociedade em que vive. Deve dar exemplos de civismo e amor à Patria. Enfim, deve se aperfeiçoar, para melhorar os costumes de todos que o rodeiam.

Ser justo e perfeito, somente em Loja, entre IIr \, é bom mas não resolve. É necessário levar esse aperfeiçoamento para a comunidade.

pela tolerância, ... É o princípio da tolerância que permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém, como cita o Ir\Theobaldo Varoli Filho: "não se entendam por tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a passividade exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer credo".

E, das Constituições de Anderson temos: "é deste modo que a maçonaria se converterá num centro de união e num meio de estabelecer conciliadora amizade entre os que, de outro modo, permaneceriam separados". Sem dúvida, o conceito de tolerância  exige apurado senso de discernimento e alto grau de sabedoria.

pela igualdade, ... Os Maçons tem em comum a Instituição a que pertencem, indiferentemente de formação intectual, social, religiosa ou origem racial. O fato de terem algo em comum, deve gerar uma igualdade em direitos. Em livros consagrados pela Maçonaria encontramos  que, por maior que seja o  contra senso, a igualdade é sempre valorizada na diversidade. Cada um conquista os seus direitos. A Maçonaria não exige, nem prega, a homogeneização, muito menos a massificação. Representando, simbolicamente, o que está sendo dito, temos o nosso "Pavimento Mosaico" no chão dos nossos templos.

pela liberdade, ... Palavra de difícil compreensão. Normalmente é definida como a faculdade de cada um de se decidir, ou agir, segundo sua própria determinação, livre de qualquer pressão física ou moral. Palavra perigosa no significado, pois em nome da liberdade, cometem-se os mais hediondos crimes. A liberdade exige um conjunto de ações complementares; uma falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibra e desilude.

Jamais deve ser confundida com libertinagem, lembrando sempre que a liberdade do Maçom termina onde começa a de seu outro Irmão.

pelo respeito à autoridade e a crença de cada um. ... A liberdade de pensamento é uma das características da Maçonaria. Porém, existe a necessidade do respeito à opção pessoal de cada um de seus membros no que se refere a partidos políticos e crenças religiosas. O desrespeito, ou intolerância, a essas opções, promoveram, como nos mostra a História, mortes e atrocidades em nome de Deus.

Esta é a origem de se proibir a discussão sobre religião e política em Loja.

Tal comportamento também está definido nas Constituições de Anderson, em 1723. Isto não impede que se comente aspectos religiosos, ou comportamento político, históricos. Entretanto, a Loja jamais deverá ser transformada em tribuna de ataque ou defesa, nesses aspectos.

Concluindo, uma frase filosófica que um dia ouviremos nos graus superiores: "Sem nunca se identificar ou opor a governos e religiões, ou mesmo a uma escola filosófica, a Maçonaria tem mantido sempre como base de seus ensinamentos a liberdade de pensamento, a indagação da verdade e a busca constante e pacífica de uma vida melhor. Nada de partidos políticos ou de seitas religiosas, mas, sempre dentro da moral, da justiça, da tolerância, com absoluto respeito aos credos e às crenças de todos os homens".
 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Take my hand. Trust me.

When I was a young man, a long time ago,
The secrets of Masonry I wanted to know.
Of a Mason I asked what those secrets might be.
He replied,"First, we talk, then we will see."
A petition he granted and ordered it filled
To be read at a meeting and a judgment be willed.
Then questions I answered about God and home;
Of habits and friends; a wife or alone.
In time I was summoned - a date to appear
Before an assembly of men gathered near.
I entered the building and looked up the stair;
Does pleasure or pain await me up there?
A hazing by paddle, taunting by joke?
My petition accepted or maybe revoked?
Introductions and handshakes welcomed me there
And lessons symbolic, an aid to prepare
For a journey in darkness, a predestined plight
To a Holy of Holies, the source of all light.
How well I remember what I heard someone say,
To enter God's Kingdom there is but one way;
Be ye naked and blind, penniless and poor;
These you must suffer 'fore entering that door.
The journey ahead is not yours to know,
But trust in your God wherever you go.
Then assurance from the darkness whispered tenderly,
"My Friend, be not afraid;
TAKE MY HAND;
FOLLOW ME."
With nervous attention a path I then trod;
A pathway in darkness to the altar of God.
With cable-tow and hoodwink, on bare bended knee,
A covenant was made there between God and me.
Charges and promises were made there that night.
Dispelling the darkness and bringing me light.
Mid lightening and thunder and Brethren on row!
Cast off the darkness! And cast off the tow!
In the company of men, a man you must be,
Moral in character, the whole world to see.
Trust in your God, promise daily anew
To be honest and upright in all things you do.
Each man is a brother in charity to share
With those suffering hunger, pain or despair.
The widow and orphan and brother in pain
Depend on your mercy their welfare to gain.
The secrets of Brethren keep only in mind.
To the ladies of Brethren be noble and kind.
Go now, my brother, your journey's begun
Your wages await you when your journey is done.
That journey I started, Oh, so long ago
And I've learned of those things I wanted to know.
I've learned of the secrets, not secret at all,
But hidden in knowledge within Masons' hall.
Childhood yields to manhood, manhood yields to age,
Ignorance yields to knowledge, knowledge yields to sage.
I've lived all my life the best that I could,
Knowing full well how a good Mason should.
I know of those times when I slipped and then fell.
What's right and what's wrong were not easy to tell.
But a trust in my God and a true brother's hand.
Helped raise me up and allowed me to stand.
I've strode down the old path, Masonically worn
By all Mason's raised for the Masons unborn.
But this tired old body, once young and so bold,
Now suffers the afflictions of having grown old.
The almond tree's flourished; the grinders are few.
The housekeepers tremble; desires fail too.
The locusts are a burden; fears are in the way.
The golden bowl is breaking, a little every day.
Mine eyes are again darkened, my sight again to fail;
I sense the Master's presence mid my family's silent wail.
I've laid aside my working tools, my day is nearly done.
For long I've played the game of life; the game's no longer fun.
Life's pathway ends before me. I see what's meant for me;
An acacia plant is growing where a beehive used to be.
The Ethereal Lodge has summoned from beyond the wailing wall
And I vowed that I must answer when summoned by a call.
Again I stand bewildered at the bottom of the stair
In nervous apprehension of what awaits me there.
Once again, and now alone, I stand without the door.
With faltering hand, I slowly knock as once I did before.
I pray again to hear those words,
whispered tenderly,
"My son, be not afraid.
TAKE MY HAND;
FOLLOW ME."
Autor: Sir Knight Alvin F. Bohne, P.M.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Arte abstrata do Fuzi


DEUS MEUMQUE JUS


É muito comum, principalmente em Revistas Maçônicas, encontrar um emblema, bonito, com uma Águia Bicéfala, segurando em suas patas uma espada e, abaixo, numa faixa presa na dita espada,  uma frase, em latim: "Deus Meumque Jus",  significando Deus e o meu Direito, usado pelo 33º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, em seus documentos, e também adotado pelo Supremo Conselho do Rito fundado em 1801, em Charleston, Carolina do Sul, na latitude 33, EUA.

O significado, como dito, é "Deus e o meu Direito" (God and my right). Na verdade, foi anteriormente traduzido para o inglês, do francês "Dieu et mon droit".

Vou tentar explicar o que ocorreu, baseado na Enciclopédia de Mackey (Alec Mellor e Nicola Aslan, também tomaram Mackey como referencia).

Em 1198, Ricardo, Coração de Leão, estava cercando e atacando a cidade de Gisors, na Normandia, pois o Rei da França, Felipe Augusto, havia se apoderado dessa cidade, sem ter direito a isso.

Essa cidade, entretanto, naquela época pertencia à Inglaterra, e Ricardo achava-se no direito de reavê-la. Logicamente, achava-se apoiado por Deus, e usou nessa missão guerreira a divisa, moralmente justificada,  "Dieu et mon Droit".

Motivando seus soldados com essa frase, ganhou a batalha, reconquistou a cidade de Gisors, e ficou tão satisfeito com essa divisa que a colocou, agora traduzido para o latim, Deus Meuquem Jus, no Brasão (heráldico) da Inglaterra.

Por qual motivo essa divisa foi colocada no Emblema do Supremo Conselho do R..:E.:A.:A.: eu não sei dizer, na certeza. Provavelmente, os fundadores do Supremo, achavam-se no "direito" de fundar o Primeiro Supremo Conselho do Rito, para organizar e colocar ordem (Ordo ab Chao) em algo extremamente bagunçado.

Pois, como escreveu  Mestre Castellani: "diante do caos existente, um grupo de maçons, reunidos  a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, Carolina do Sul, resolveu acrescentar alguns graus aos 25 existentes e criar o "Supremo Conselho do grau 33" que, por ser o primeiro do mundo, denominou-se "Mother Council of de World", marcando o inicio de uma fase de organização e método de concessão dos Altos Graus".
 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Egrégora


A palavra "Egrégora" não existe em nosso idioma, a língua portuguesa. Até onde se sabe, na Maçonaria até meados dos anos 80, nenhum obreiro havia ouvido sequer falar de seu significado.

Primeiramente, de acordo com Mestre Castellani, essa palavra tem origem no "ocultismo" e foi se introduzindo aos poucos em nosso ambiente maçônico.

Com exceção do livro "Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons" do escritor francês Alec Mellor, respeitadíssimo na comunidade maçônica mundial, nenhum outro cita essa palavra e seu significado.

Na página 107 desse livro, da Coleção Arcanum, editora Martins Fontes, temos:

"Egrégora, do grego antigo "Egrégore", é um termo inspirado no Ocultismo, onde significa a consciência coletiva de um grupo, mas dotada de personalidade. É uma entidade viva, não uma abstração.

Essa concepção, totalmente extra maçônica e ausente em todos os Rituais, foi admitida, sem grande espírito crítico, por vários maçons ocultistas que falaram da "egrégora da Loja" ou "egrégora da Ordem", etc.

Em 1893 foi lançado um texto inédito de Eliphas Levy, que no meu conceito, foi um perfeito imbecil, onde se lê: "As Egrégoras são deuses....nascem da respiração de Deus....Dormindo, ele inspira e expira. Sua respiração cria as Egrégoras....". Além dessas elucubrações mitológicas, escreveu outros absurdos sobre a etimologia dessa palavra, que me nego a escrever.

É difícil escrever tanta besteira junta mas ele conseguiu!

Mellor ainda nos diz: "divagações desse tipo são suficientes para mostrar até que ponto o ocultismo se disseminou como um flagelo na Maçonaria".

Voltando ao Mestre Castellani, finalizo com seu depoimento: "Fantasia total do texto de Eliphas Levy. Fantasia não tem compromisso com a verdade, não precisa de documentação, de provas. Pode-se dizer qualquer bobagem, porque a fantasia não tem limites e os basbaques encantam-se com ela. Mas não tem o mesmo encanto pela História séria e documentada. É por isso que, em nosso meio, ainda campeia a grande ignorância do que é, realmente, a Maçonaria".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Padre Barruel



 

Augustin Barruel, também conhecido como Abbé Barruel, nasceu em 1741 em Villeneuve de Berg, França, e que morreu em 1820, foi um implacável inimigo da Maçonaria.

Ele era um escritor prolífico, mas sua reputação se deve, principalmente, ao trabalho denominado "Memórias para servir à História do Jacobinismo" (provas de uma conspiração contra todas as religiões e todos os governos da Europa, que existe nas reuniões dos Maçons, Iluminados e de outras Sociedades Secretas), em 04 volumes, publicado na Inglaterra em 1797. Nesse trabalho ele acusa os Maçons de possuírem princípios políticos revolucionários e serem infiéis à religião.

Ele procura achar a origem da Instituição (Maçonaria), primeiro com os antigos heréticos maniqueístas e, através deles, chegar aos Templários, contra os quais ele revive as antigas acusações de Filipe, o Belo, rei da França, e do Papa Clement V, em 1738 (Bula In Eminent – ver Pílula nº204).

Sua teoria relata que as Escolas e Lojas dos Maçons eram derivadas dos Templários. Após a extinção dessa Ordem, certo número de Cavaleiros guerreiros, tendo escapado da prescrição, uniram-se para a preservação de seus horríveis mistérios. Eles juravam batalhar contra os reis e contra os religiosos (padres) e contra qualquer religião a qual anatematizava seus dogmas.

Eles fizeram adeptos, os quais transmitiram, de geração em geração, os mesmos mistérios da iniqüidade, o mesmo ódio, a mesma aversão contra Deus dos Cristãos, contra os reis e padres.

Alec Mellor, escritor maçom, francês, nos diz:

"Barruel pode ser considerado como o pai da Antimaçonaria moderna. Aquela que existia antes dele não teve futuro. A sua, ao contrário, foi uma duradora semente de ódio, sendo de todos aqueles que escreveram contra a Maçonaria quem mais a prejudicou".

É isso que muitos chamam de História. A Maçonaria foi vítima de muitos adversários de má fé, escritores ou não, laicos e eclesiásticos. Mas os tempos  mudam e, enquanto um católico e alguns padres acusam o jesuíta Barruel, o Papa inocenta Galileo Galilei, também condenado com evidente má fé (N. Aslan).

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

BULA



Ao contrário do que muitos pensam, a palavra "Bula" não refere-se somente a um documento Papal.

Ao contrário, na verdade, segundo Dicionário Aurélio, "Bula" é um antigo selo de ouro, prata ou chumbo, pendente de documentos emitidos por papas e outros soberanos, e que resultava da compressão do metal entre dois cunhos.

Refere-se, também, ao impresso que acompanha um medicamento e contém informações sobre composição e posologia do mesmo.

No caso da Igreja Católica, as "Bulas" são designadas muitas vezes com as palavras pelas quais começam, distinguindo-se de acordo com sua destinação.. Desse modo, temos bulas de excomunhão, bulas doutrinais, etc (Aslan)..

Existem muitas Bulas Papais contra a Maçonaria, sendo  as mais importantes a "In Eminenti" – 1738 (foi a primeira para a Maçonaria Especulativa).  "Apostolicae Provida" – 1751.  "Quo Graviora" – 1825.  "Qui Pluribus" – 1846.  "Humanum Genus" – 1884, etc, etc.

Segundo o Mestre Nicola Aslan, todas elas atribuíram à Maçonaria intenções que ela nunca teve, e tornaram-na responsável, graças às calúnias de Pe. Barruel, de todos os empreendimentos das sociedades secretas políticas. Acusaram-na de conspiração contra à Igreja, poder temporal, maliciosamente confundida com a Igreja, poder espiritual, e contra os legítimos poderes civis, representados pelos reis absolutistas.

Continuando com o Mestre Aslan que nos relata em sua Enciclopédia:  "não cabe aqui discutir a justiça de todos esses documentos. Fica, porém, a impressão de que a Santa Igreja, por seus dirigentes, quase todos pertencentes à nobreza, sempre esteve mal informada, e seus membros, imbuídos da prepotência da aristocracia de então, julgavam-se acima de qualquer crítica e utilizavam os mesmos métodos dos reis absolutistas". Estes, ao darem uma ordem, costumavam acrescentar: "Porque tal é o meu bel prazer".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Gnosticismo


Segundo dicionário "Aurélio" a palavra "gnose" vem do grego "gnosis" e é traduzida como "conhecimento, sabedoria".

Em tradução livre do "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos: O nome "Gnosticismo", derivada dessa palavra acima, foi assumido por uma seita filosófica a qual procurou unir as noções místicas do Leste europeu com as idéias dos filósofos gregos, juntamente com ensinamentos do Cristianismo. O sistema tem características que mostram conclusivamente que era um desenvolvimento da antiga doutrina dos Persas e dos Caldeus.

De acordo com os gnósticos, Deus, a mais alta inteligência, habita a plenitude da Luz, e é a fonte de todo o bem. A matéria crua, massa caótica da qual todas as coisas foram feitas, é igual a Deus, eterna, e é a fonte de todo o mal. Percebe-se, nessa definição um "Dualismo", declarado.

Nicola Aslan, no seu "Grande Dicionário Enciclopédico" nos relata:

É um sistema de filosofia, cujos partidários pretendiam ter um conhecimento sublime da natureza e atributos de Deus. Os "gnósticos" eram platônicos degenerados, mas eruditos, que a Igreja combateu tenazmente, o que contribuiu para torná-los conhecidos, e de certa maneira, pára incentivá-los.

Os "gnósticos" fizeram sua aparição desde o século II d.C. A "Gnose" ou "Gnosticismo" era o conjunto de conhecimentos por tradição, e que escapa aos processos ordinários de instrução, por isso os "gnósticos" formavam uma sociedade secreta e não ensinavam senão aos seus membros o esoterismo, inteiramente desconhecido dos profanos (N. Aslan).  Desse modo, os gnósticos, segundo eles, detinham uma "ciência" secreta. O clero da Igreja Católica, devido o charlatanismo da maioria de seus membros, esclarecia seus fiéis e destruía, sempre que possível, suas obras.

Como muitos dos Símbolos, muito antigos, usados pela Maçonaria, eram os mesmos usados na simbologia gnóstica, tais como o triangulo, o triangulo com um círculo, o Selo de Salomão, etc, a antimaçonaria, sempre presente, acusava ser a Maçonaria um prolongamento do Gnosticismo, o que não é verdade. Não há nenhuma ligação entre o Gnosticismo e a Maçonaria.

Pesquisando ainda Mestre Aslan, podemos dizer que, na Maçonaria, sempre existiu maçons sonhadores e inovadores, principalmente os franceses, que estudaram o gnosticismo, formando Lojas espúrias, que nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria.
 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Alquimia



 

Existem centenas de livros onde poderíamos pesquisar o significado de "Alquimia". Obviamente, são semelhantes. Uns mais abrangentes, outros mais concisos.

Segundo o "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos:

É a arte de mudar metais comuns em ouro. Entre as coisas que o homem mais ardentemente desejou, são os meios de obter conforto físico ou de luxo - ou seja, a riqueza, e livre de doenças, e longa vida.

A esperança de descobrir como obter isso, entre os segredos da natureza, ou seja, a arte de fazer ouro pela transmutação, e a obtenção de um licor mágico que assegurasse a eterna juventude, chamado o Elixir da Vida, deu nascimento à ciência chamada Alquimia. Uma classe de filósofos herméticos nasceu, os quais realizavam suas pesquisas e desenvolvimentos com ardor e seriedade.

Para isso, talvez alguns fossem impostores, eles eram entusiastas e ensinavam suas doutrinas através de imagens místicas e símbolos. Para a transmutação de metais eles pensavam ser necessário achar uma substancia, a qual, contendo o "principio original" de toda a matéria, possuiria o poder de dissolver todos os elementos. Este solvente geral, ou misturador universal, o qual, ao mesmo tempo, possuiria também o poder de remover todas as "sementes das doenças" para fora do corpo humano, renovando, desse modo, a vida. Era chamada de "Pedra Filosofal" e seus possuidores eram chamados de "Adeptos".

Pesquisando a "Enciclopédia" de Nicola Aslan, nós encontramos, de modo resumido, o que segue: "Os alquimistas deixaram dentro da Maçonaria um extenso cabedal de símbolos, vocábulos e conhecimentos, completamente incompreensíveis ao maçom que não procurar adquirir algumas noções sobre Alquimia.

Na Inglaterra, a Maçonaria Especulativa recebeu insignificante influencia da Alquimia. O mesmo não se pode falar da França. Na verdade, os Maçons Especulativos franceses foram buscar na Alquimia, no Hermetismo e na Cabala, que então se confundiam, os elementos necessários que formaram grande parte das doutrinas e do Simbolismo Maçônico, cuja influencia repercutiu nos Altos Graus e, muito particularmente, no R.E.A.A.

A partir desse momento, as duas maçonarias tiveram um desenvolvimento muito diferente.  Enquanto a inglesa permanecia vinculada ao simbolismo operativo e bíblico, a francesa se enriquecia ao adotar, também, o Simbolismo e as doutrinas filosóficas dos alquimistas, hermetistas e cabalistas, abrindo assim, caminho para o estudo da filosofia e das ciências sociais (Aslan)".

Segundo Wirth, a Alquimia era também um sistema filosófico: era também algo mais.. Era uma arte, a arte da cultura intelectual e moral do homem. O "ouro potável", que se procurava produzir, simbolicamente, era a perfeição humana.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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