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sexta-feira, 4 de março de 2016

Bandeira Pirata dos Templários

A história da Ordem dos Templários já foi mencionada em diversos
livros e é do conhecimento da maioria dos maçons. Resumindo, podemos
dizer que teve um grande poder, um enorme prestígio, acumulou uma
grande quantidade de conhecimentos e técnicas, principalmente
referentes à navegação, além de uma incontável fortuna.

A maioria sabe, também, que o Símbolo representado por um crânio (ou
caveira) sobre duas tíbias cruzadas pertence à Ordem dos Templários.
Inclusive, quem teve a felicidade de ter assistido a palestra
proferida pelo nosso querido Irmão Jamil El Chehimi (hoje no Orinte
Eterno) sobre esse assunto, viu claramente esse Símbolo.

Condensando um capítulo do livro "Regnum" do Ir.:Carlos Alberto
Gonçalves – Editora "A Trolha", citando o historiador Juan Atieza,
temos o que segue abaixo:

"A Ordem dos Templários nasce, desenvolve-se, alcança seu zênite,
decai e desaparece após um período de duzentos anos (1118 – 1312)."

"O Rei Felipe, que já vinha desviando seus olhares e sua cobiça para o
imenso patrimônio e a enorme fortuna templária em solo francês,
contava com as condições perfeitas para levar a cabo suas idéias e
executar o seu ambicioso plano: A extinção da ordem dos Templários,
com o apoio do Papa."

"Na noite de 13 de outubro de 1307, Felipe desencadeou um forte ataque
surpresa a todas as dependências templárias francesas, capturando 15
mil homens, além do seu Grão Mestre Jacques de Molay e sua guarda de
60 homens. Porém, apesar dos esforços de Felipe, nem todos os
templários foram aprisionados, tendologrado escapar 24 homens e toda a
frota naval templária existente em portos franceses."

Afinal que aconteceu com essa frota que navegou para locais
desconhecidos? Muitos historiadores concordam que tenha incorporado as
frotas portuguesas (talvez pela afinidade entre Portugal e a Grã
Bretanha) e as frotas Escocesas.

Baigent e Leigt, em "O Templo e a Loja" afirmam:

"a frota templária escapou em massa dos diversos portos do
Mediterraneo e do norte da Europa e partiu para um misterioso destino
onde poderia encontrar asilo político e segurança. Esse destino seria
a Escócia, via Portugal, onde uma parte dela seria incorporada."

"coincidência ou não, a pirataria européia começou nessa época e seu
padrão sugere que muitos piratas não eram meros flibusteiros que
atacavam qualquer um, mas "piratas" muito curiosos que limitavam sua
atenção aos navios do Vaticano e outros, leais ao catolicismo
(espanhóis, franceses, italianos, etc)"

"quando a Inquisição espanhola foi estabelecida no Novo Mundo, depois
de 1492, os "piratas templários" estenderam seus ataques ao Caribe e,
até mesmo, aos portos do pacífico, do Peru e do México, tudo em nome
de uma guerra naval que foi travada por mais de 200 anos."





Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 2 de março de 2016

IRON MAIDEN EM BELO HORIZONTE

Esse ano vou, nem que estiver chovendo motosserra ligada...

Já comprei ingresso!

Origem do REAA e do Supremo Conselho

A Inglaterra, no fim da Idade Média, se antecipou do restante do
"mundo" ocidental, tanto industrial como socialmente. Assim, enquanto
a França, no século XVII, ainda tinha um regime absolutista de Direito
Divino aos reis, ela já havia feito suas revoluções para liquidar esse
regime.

Durante o período de 1558 a 1603 ocorreu o reinado de Elizabeth I, da
Dinastia Tudor, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, e como não teve
descendentes, teve como sucessor Jayme I, da Dinastia Escocesa Stuart.
Este tornou-se rei da Inglaterra Escócia e Irlanda, que havia sido
submetida ao domínio inglês.O novo rei tornou-se impopular, forçando o
exílio voluntário dos Ingleses, que migraram para as Colônias
Americanas. Seu filho Carlos I reinou de 1625 até 1649 e era, também,
absolutista. No fim desse período, começaram as guerras civis, e
Carlos I foi executado. Tivemos um período de Republica, dirigida por
um Conselho de Estado, presidido por Cromwell.

O que é importante saber, é que a esposa de Carlos I, Rainha
Henriette, juntamente com seu filho, Carlos II, refugiaram-se na
França, e com todos os partidários e parasitas da Corte, porque ela
era prima irmã do Rei Luiz XIV, na época Rei da França.
Posteriormente, em 1660, Carlos II e seu filho Jaime II, voltaram a
reinar na Inglaterra, pois os ingleses ficaram descontentes com
Cromwell, até que no reinado de Jaime II, em 1688, houve a famosa
Revolução Gloriosa e, novamente a Corte inglesa se refugiou na França.

E, como nos relata Irmão Joaquim R.P.Cortez: "Entende-se
perfeitamente, a formação de diversos batalhões de tropas fiéis a eles
e a formação de Lojas Maçônicas ligadas aos Regimentos Militares.
Essas Lojas teriam sido o núcleo fundador da Maçonaria Escocesa. É
evidente que essa Maçonaria, de Escoceses e Irlandeses, era totalmente
desvinculada da Maçonaria Inglesas, mesmo porque, segundo consta, em
seus encontros, sob sigilo maçônico, tramava-se a restauração dos
Stuarts no trono inglês. Essa Maçonaria passou por uma série de
transformações posteriores, ganhando um caráter elitista, aderindo a
um grande misticismo e simbolismo, derivados do Hermetismo e
Ocultismo, divulgando-se por toda a França. Com o aparecimento dos
chamados "Altos Graus" e do primeiro Supremo Conselho, nos EUA em
1801, ela tomou um caráter internacional e difundiu-se para todo o
mundo, transformando-se naquilo que conhecemos hoje por Rito Escocês
Antigo e Aceito."


O Supremo Conselho do Grau 33.


O Maçom André Michel de Ramsay, nascido na Escócia, sonhava alto e
dizia ser aristocrata (apesar de não ser) e foi escorraçado da
Maçonaria da Escócia, por insistir em criar graus cavalheirescos. Na
França, realizou seu sonho e foi aristocratizado como Cavaleiro da
Ordem de São Lázaro. Preparou um discurso em 1737, onde pretendia, de
acordo com suas antigas idéias, aristocratizar a Maçonaria,
reformulando-a com a adoção de um sistema de Altos Graus, ligando-a
aos Templários e aos nobres das famosas Cruzadas. Não se sabe se ele
leu ou não esse discurso, mas, aparentemente, a semente vaidosa dos
Altos Graus estava plantada e, em 1754, em Paris, surgiu o Capítulo de
Clermont, de curta duração, que propunha-se a desenvolver os Altos
Graus na Maçonaria

Conforme nos relata Mestre Castellani: "em 1758, a semente germinaria,
e esse sistema "escocês", em Paris, França, fundou o "Conselho dos
Imperadores do Oriente e do Ocidente", ou, conhecido como "Soberana
Loja Escocesa de São João de Jerusalém". Nesse mesmo ano, o "Conselho"
criou um Sistema de Altos Graus, num total de 25 graus. Em 1762, esse
sistema foi oficializado e esses graus superiores foram chamados de
"Graus de Perfeição" e essa escala de 25 graus foi chamada de "Rito de
Perfeição" ou "Rito de Héredom". Em 1761, o Maçom Etienne Morin,
membro do Conselho, conseguiu autorização para fundar lojas de Altos
Graus na América do Norte e isso foi feito. Entretanto, a Historia
Maçônica nos conta que ele havia sido precedido, o que não impediu que
esses Altos Graus, no Novo Mundo, progredissem e prosperassem.
Entretanto, sem um poder moderador, para disciplinar e organizar o
sistema, o mesmo se transformou num verdadeiro caos. Diante desse caos
existente, um grupo de Maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na
cidade de Charleston, no estado de Carolina do Sul, por onde passa o
Paralelo 33 da Terra, resolveu acrescentar alguns graus e criar o
"Supremo Conselho do Grau 33" que, por ser o primeiro do mundo,
denominou-se "Mother Council of the World". Marcando o inicio de uma
fase de organização e método de concessão dos Altos Graus. Esse
primeiro Conselho adotou a divisa "Ordo ab Chao", o ordem no caos que
se havia transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem
critério lógico, e sem que houvesse um poder organizador e
disciplinador".


Conclusão.


O Rito Escocês Antigo e Aceito é um Rito especial, o primeiro a ter
seus Altos Graus e, principalmente, no que diz respeito às suas
origens, pois é dito "Escocês" e nasceu, como vimos na França. Os seus
Altos Graus teve o motivo de criação, muito provavelmente, devido à
vaidades pessoais dos membros da aristocracia em busca de títulos,
apesar que, outros historiadores achem outros motivos para tal.

O que é importante considerar é que no seu nascimento, esse Rito era
católico e o mesmo foi aristocratizado, motivos pelo qual a cor do
Rito é vermelha (púrpura) que distingue os Cardeais, príncipes da
Igreja, e os nobres e a realeza, com o uso do manto vermelho, que os
dignificam.



Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 1 de março de 2016

Loja Regular

Segundo Mackey, na "Encyclopedia of Freemansory" está definido o que
segue abaixo:

"uma Loja trabalhando sob autoridade de uma Carta
Constitutiva legal, é dita regular. Essa palavra foi primeiramente
usada nas Constituições de Anderson, em 1723."

Alec Mellor complementa:

"a noção de Regularidade aplica-se às Potencias, às
Lojas e aos Maçons. Um Maçom é regular quando ele passa por uma
Iniciação em uma Loja justa, perfeita e regular".

Percebe-se claramente que somente é "regular" a Potencia que tem a
chancela da Inglaterra, ou então, a chancela da Maçonaria Norte
Americana (que a Maçonaria Inglesa teve que aceitar, muito a
contragosto).

No mundo, hoje, conforme relatado no livro "Ramos da Acácia – Editora
A Trolha", existem dois blocos maçônicos: o "bloco regular" que são
reconhecidos pela Grande Loja Unida da Inglaterra, ou pelas Grandes
Lojas dos EUA, e o "bloco irregular", no caso de não ser reconhecido.

Desse modo, a Inglaterra, por ter sido a primeira obediência
institucionalizada, arroga-se o direito de ser a única do poder de
emitir Warrants de reconhecimento, aceitando, por tabela, que a
poderosa Maçonaria Norte Americana, que também os emita.

No Brasil, a única Potência Maçônica reconhecida pela Maçonaria
Inglesa é o GOB ( em 06 de maio de 1935). As Grandes Lojas (1927) são
tidas como "regulares" através das Grandes Lojas Americanas.

E, para finalizar e para que cada um tire as suas próprias conclusões,
vou citar mais um parágrafo do "Ramos da Acácia", citado acima, na
página 38:

Na Maçonaria, a norma fundamental é a Constituição de Anderson (1723)
e suas fontes são os Landmarks, institutos nos quais foi baseada. Os
antigos postulados, as Old Charges, os Landmarks, são anteriores à
norma fundamental (Constituições) e não expressam qualquer noção de
submissão a qualquer instituição e nem mesmo nas Constituições
inexistem afirmativas de que uma Loja Regular é aquela que pertença à
Grande Loja de Londres. Portanto, a Maço­naria Regular, do ponto de
vista LEGAL, é a que observa, impera­tivamente, os critérios
tradicionais. Já a Maçonaria "Regular", politicamente, é aquela que
tem o tratado de reconhecimento com a Grande Loja Unida da Inglaterra.





Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

GUILDAS E CORPORAÇÕES DE OFÍCIO

A Idade Média, que vai do Século V ao Século XV, da nossa era, teve um
período conhecido como Era do Obscurantismo, que apesar do nome, teve
um desenvolvimento na agricultura, no comércio e na vida urbana. As
cidades se desenvolveram, principalmente no final da Idade Média, e
isso fez com que um grande número de artífices a elas se dirigisse e
se associasse, formando primeiramente as Guildas e depois as
Corporações de Oficio.

Conforme nos esclarece o Ir.: Joaquim R.P.Cortez, em "Maçonaria,
Origem, Teoria e Prática", a definição de Feudo seria:

"Um marco tradicional nesse período, é a concentração
de algumas atividades dentro e nas proximidades de um castelo. Estes
são geralmente de pedras, bastante fortificados, empoleirados nos
altos de um morro para permitir uma visão privilegiada de seus
arredores, muitas vezes cercados por um fosso e pertencentes a um
senhor local. Neles se concentram todos os materiais necessários à
guerra ou à sua própria defesa. Temos, então, perfeitamente delineado
o feudo, com o seu senhor, o seu castelo e sua área de dominio.

À volta desses lugares fortificados, e que se tornaram pon­tos de
referência, passou a se acumular um agrupamento huma­no que prestava
serviços ao castelo. Esses foram os primeiros núcleos de formação das
cidades. Com a derrocada do Feudalis­mo, houve um constante
deslocamento das populações, que se viram livres dos trabalhos nos
campos, para as aglomerações urbanas que passaram a experimentar uma
época de grande crescimento."

A pesquisadora Anne Fremantle nos esclarece no seu livro "A Idade da Fé":

"Cresciam as cidades e cresciam as Guildas, que eram associações
formadas pelos comerciantes e artesãos. O diretório das Guildas,
escolhido por eleição, esforçava-se para manter a boa qualida­de e
preços dos produtos locais. Uma prova do seu crescente poder pode ser
dada, por exemplo, pelo monopólio usufruído pelos tintureiros de
Derby, na Inglaterra, onde ninguém podia tingir panos até a distância
de dez léguas de Derby, senão em Derby."

Durante o decorrer da Idade Média, as Guildas foram evoluindo
passando para Corporações de Mercadores, posteriormente para
Corporações de Artífices e, nos primórdios do Renascimento,
transformou-se em Corporações de Oficio. O pesquisador Edward McNall
Burns em "História da Civilização Oriental", nos deixa bem claro esses
eventos, relatando o segue abaixo.

"Tanto as Corporações de Ofício como as de Mercadores, de­sempenhavam
outras funções, além das relacionadas direta­mente com a produção ou o
comércio. Desempenhavam o papel de associações religiosas, sociedades
beneficentes e clubes sociais. Cada corporação tinha seu santo
padroeiro e seus membros comemoravam juntos os principais dias
santificados e festas da igreja. Com a secularização gradual do
teatro, as representa­ções de milagres e mistérios* foram transferidas
para a feira e as corporações assumiram o encargo de apresenta-Ias.
Além disso, cada organização acudia as necessidades de seus membros
que adoecessem ou se encontrassem em dificuldades de qualquer espécie.
Destinavam fundos a socorrer viúvas e órfãos. Um membro que já não
fosse capaz de trabalhar ou tivesse sido posto na prisão pelos seus
inimigos, poderia contar com os colegas para ajuda-lo. Até as dívidas
de um confrade sem sorte poderiam ser assumidas pela corporação se
fosse sério o estado de suas finanças."

E, resumindo o que nos diz o Ir. Joaquim R.P.Cortez sobre a
origem da Maçonaria Operativa, no seu livro a "Maconaria Escocesa"
pg35-36 - Editora Trolha, do qual esta Pilula foi extraida:

Nos diz que, no final da Idade Média, as Corporações de Oficio já
estavam bastante evoluidas e cumpriam todas as suas finalidades.e
haviam diversas Corporações de Oficio. A associação dessas Corporações
poderia ter gerado a Maçonaria Operativa, crescendo e se aperfeiçoando
com o passar do tempo.

Qualquer outro ponto de origem da Maçonaria, fora das Corporações de
Oficio, ao final da Idade Média, será, sem duvidas, mera suposição ou
puramente lendário.



Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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