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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Entrevista com Rolf Epp, diretor da BMW

A equipe de conteúdo da revista e do site MOTO.com.br, Marcio Viana,
diretor de conteúdo e relacionamento, e Aladim Lopes Gonçalves, editor
de conteúdo, participaram de um encontro informal nessa terça-feira
(14/02), em São Paulo (SP), com a direção da BMW Motorrad Brasil para
apresentar os números de mercado da revista e do site MOTO.com.br e
apresentar os novos projetos editoriais e ações para a promoção do
mundo das duas rodas, como mídia especializada no segmento de
motociclismo. A conversa em tom descontraído se passou durante um
almoço com o diretor da BMW Motorrad Brasil, Rolf Epp, a nova gerente
de comunicação, Katja Embden, e Larissa Nicolau, coordenadora de
comunicação.

Rolf Epp, que já foi dirigente da BMW na Argentina e no Panamá, se
destacou no Brasil como um dos mentores do projeto de parceria com a
Dafra para a produção de motos em regime CKD (kits de montagem),
prática que permitiu que a marca alemã conseguisse um grande
crescimento no mercado nacional e tornasse seus produtos mais
acessíveis para o motociclista brasileiro. Atualmente são montados
três modelos nesse sistema, a G650 GS, a F800 GS e a F800 R, e logo
mais o lançamento G 650 GS Sertão deverá ser nacionalizado. "Esse
modelo de parceria de produto no Brasil é o único da BMW no mundo.
Existem parcerias com outras empresas, mas na área de tecnologia, por
exemplo." Ele informa que esse contrato de parceria industrial com a
Dafra é renovado anualmente.

O diretor da BMW Motorrad também revela um grande otimismo diante da
boa recuperação e do crescimento do mercado brasileiro de
motocicletas, sobretudo com a maior demanda pelas motos Premium, nicho
acima de 500cc. Em 2011 foram vendidas no país mais de 45 mil motos de
alta cilindrada, um crescimento de 23% no último ano. Por isso, entre
outras atividades que serão exploradas pela BMW no Brasil, Rolf Epp
diz que no segundo semestre de 2012 será desenvolvido o programa
Premium Selection nas concessionárias da marca para a qualificação da
venda de motos seminovas de alta cilindrada. Atualmente a marca alemã
conta com 24 pontos de venda no país e esse número deverá subir para
30 até o final de 2012. "Por questões estratégicas, vamos concentrar
as novas revendas na região nordeste."

Diante do elevado contingente de motos nas vias dos grandes centros
urbanos e dos problemas na formação e habilitação dos motociclistas no
país, o Rolf Epp ficou surpreso ao saber que o Brasil já havia adotado
registro para habilitação de motociclistas por faixa de cilindrada,
que antigamente eram A1 (baixa cilindrada), A2 (média cilindrada) e A3
(alta cilindrada), porém com a implantação do Código Brasileiro de
Trânsito, em 1998, a legislação mudou e agora vigora apenas as
categorias para moto A (todas as cilindradas) e AAC (Autorização para
Conduzir Ciclomotor). "É difícil de acreditar que essa mudança
aconteceu, pois esse tipo de graduação nas motos é importante para
preparação do motociclista e para a segurança no trânsito."

Sobre a polêmica notícia publicada na versão on-line do jornal de
economia inglês Financial Times, no último domingo (12/02), de que o
grupo Investindustrial Holdings, que administra a fabricante de motos
Ducati, anunciou que tem intenção de vender a octogenária empresa
italiana em 2012 pela quantia de 1 bilhão de euros, Rolf Epp afirmou
que não estava inteirado sobre o fato. "A Ducati é uma marca
importante, mas desconheço essa informação de que a empresa estaria à
venda."

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pavonagem

Que dureza...

Preços das motos da BMW Motorrad no Brasil e nos EUA

É de chorar....
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Nos mercados americano, canadense e europeu, os preços das motos da
marca bavária BMW são competitivos e equivalentes aos praticados pelos
principais concorrentes das outras marcas.

Diferente do mercado brasileiro, motos da BMW nesses outros mercados
não são consideradas apenas sonho da "elite".

Com os investimentos da BMW Motorrad no Brasil em montagem de
motocicletas em Manaus (na planta da Dafra), como é o caso dos modelos
G 650 GS (inclusive a versão Sertão), F 800 R e F 800 GS, os valores
dos produtos vem caindo, e motociclistas antes consumidores de outros
modelos japoneses e diferentes nacionalidades, vem também optando pela
marca alemã.

Atualmente (15/02/2012), de acordo com o site bmw-motorrad.com.br,
existem 22 concessionárias da marca no país. Honda, Yamaha e Suzuki
tem milhares. Esse quesito também é muito considerado na hora da
escolha da compra de motocicletas por brasileiros, principalmente
aqueles que residem em cidades do interior.

Segue comparativo de preços de motos da BMW no mercado brasileiro e
americano. Usamos a cotação do dólar americano como R$ 1,71.

Vale dizer que no site da BMW Motorrad Brasil não se tem os preços das
motocicletas, pois, os mesmos podem variar de acordo com cada
concessionária.

Já em outros países, talvez por ser um produto mais competitivo e
comum, os valores constam nos sites da BMW Motorrad.

Modelo - Preço EUA - Preço Brasil
BMW G 650 GS - R$ 13.423,00 - R$ 29.800,00

BMW F 800 GS - R$ 21.127,00 - R$ 42.900,00

BMW R 1200 GS - R$ 27.616,00 - R$ 71.900,00

BMW R 1200 GSA - R$ 31.378,00 - R$ 91.200,00

BMW F 800 R - R$ 18.536,00 - R$ 36.900,00

BMW S 1000 RR - R$ 25.735,00 -  R$ 70.400,00

BMW K 1300 S - R$ 26.600,00 - R$ 80.000,00*

BMW R 1200 RT - R$ 29.688,00 -  R$ 78.000,00*

BMW K 1600 GT - R$ 35.739,00 - R$ 106.000,00*
*Valores aproximados.

Repare que a diferença de valor não é proporcional, quanto mais caro o
modelo, maior a diferença (em porcentagem do valor do produto).
Exemplo, a BMW F 800 GS é pouco mais que 100% mais cara no Brasil,
enquanto a BMW R 1200 GS é quase 300% mais cara no Brasil.

A alta carga tributária cobrada no Brasil, isolada, não justifica a
grande diferença de preços entre o Brasil e os EUA. O lucro das
concessionárias e características do mercado, como a lei da oferta e
demanda, são os fatores que favorecem os valores cobrados no Brasil.
Em outras e simples palavras: enquanto tiver quem pague, terá quem
venda.

Fonte: RockRiders.com.br, com consultas ao site bmw-motorrad.com e
concessionárias brasileiras da marca BMW.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fabricante de motos Ducati está a venda por 1 bilhão de euros

Foto de 1930 na antiga Fábrica da Ducati em Bologna/Itália

Equivalente a mais de 2,27 bilhões de reais...

Segundo o jornal britânico Financial Times, o grupo de investimentos
InvestIndustrial, detentor da fabricante italiana Ducati, pretende
vender a marca por 1 bilhão de euros (equivalente a mais de 2,27
bilhões de reais pelo câmbio oficial), esse volume de dinheiro é o
triplo do que o grupo investiu na marca desde 2005.

Na disputa pela compra da Ducati, estão as alemãs BMW e Volkswagen,
agém do grupo indiano Mahindra. A Ducati comercializa globalmente
aproximadamente 40 mil motocicletas/ano.

Segundo Andrea Bonomi, presidente da InvestIndustrial, "A Ducati é
hoje uma empresa perfeita, mas depende do apoio de um parceiro forte,
de alcance mundial. Vamos trabalhar em busca desse parceiro neste
ano".

A bavária BMW, ainda segundo informações do Financial Times, negou ter
interesse na compra da Ducati, já a Volkswagen não se manifestou a
respeito, mas anos atrás já tinha ofertado adquirir a marca italiana.
Vale lembrar que a fabricante de automóveis Volkswagen, recentemente,
encerrou uma parceria com a a japonesa Suzuki. Será agora a nova
proprietária da Ducati?

Fonte: RockRiders.com.br, com informações do Financial Times (online)

Roadwin 250R: Moto compacta com apelo esportivo

Por Aladim Lopes Gonçalves

Resultado de uma parceria da brasileira Dafra com a coreana Daelim, a
Roadwin 250, produzida em regime CKD, em Manaus (AM), chega aos
concessionários da marca pelo preço sugerido de R$ 12.490 com a
promessa de proporcionar um forte apelo esportivo em uma moto urbana.
O modelo também representa a entrada da empresa no mundo dos motores
250cc, conforme afirmação do presidente da Dafra, Creso Franco,  na
apresentação da Roadwin 250, na pista da Fazenda Capuava, na região de
Campinas (SP).

"Com esse lançamento estamos ampliando o line up de produtos da Dafra,
oferecendo ao consumidor uma moto 250cc esportiva, e ao mesmo tempo
estamos dando nossa contribuição para que mais pessoas tenham acesso a
motos com uma concepção mais esportiva", destaca o executivo.

De fato, o novo modelo da Dafra tem uma missão e tanto. Diante de
concorrentes de mesma cilindrada, como Kawasaki Ninja 250R, Kasinski
Comet GT 250R e, logo mais, próximo do segundo semestre, da Honda CBR
250R. Vale ressaltar que, apesar de terem a mesma cilindrada, a
Roadwin tem motor monocilíndrico, enquanto Ninja e Comet têm
propulsores bicilíndricos. Portanto, o embate na esfera técnica deve
ficar para mais adiante, com a chegada da compacta esportiva da Honda.

Se a Roadwin 250, equipada com uma carenagem generosa, mas com seu
motor um cilindro de 247 cm³, refrigeração líquida, duplo comando no
cabeçote e injeção eletrônica, capaz de produzir 24 cv de potência a
9.000 rpm e torque de 1,90 kgf.m a 7.000 rpm, pode não surpreender em
termos estritos de performance, por outro lado, oferece uma condição
de pilotagem confortável e com forte apelo visual de esportividade.
Aspecto que pudemos comprovar durante os testes na pista.

Diante do guidão da Roadwin 250, a sensação é de estar em cima de uma
motocicleta até um pouco maior, ilusão óptica causada pela farta
carenagem do modelo. O próximo passo é só dar a partida e sentir como
o seu comportamento em movimento. O motor monocilíndrico soa um tanto
silencioso e não é muito de resposta rápida na partida se você não
acelerar mais vitalidade. Até parecia que a embreagem estava "baixa".
Para uma saída mais vigorosa é preciso acelerar com vontade.

Mas para o piloto captar mesmo a sensação de esportividade da Roadwin
250, além de acelerar com mais energia, também é necessário "esticar"
a passagem de marchas no câmbio de cinco velocidades. Isso porque o
motor 250cc dessa compacta esportiva mostra mais resultado nas faixas
de rotações mais elevadas. Abaixo de 4.000 rpm o seu comportamento é
bastante tímido. Com trocas de marcha na faixa de rotação do torque
máximo (7.000 rpm) a postura muda bastante e tudo fica mais divertido.

Nessa condição, o panorama de pilotagem surpreende e seu conjunto
estrutural e de rodagem é firme e estável, permitindo um grau de
aderência para a realização de curvas com boa margem de segurança. O
cavalete central foi o item que mais sofreu durante as inclinações e
manobras. O sistema de freios (duplo na dianteira e simples na
traseira) agradou pelo seu nível de eficiência bem dimensionado para a
moto. A velocidade máxima anunciada para a moto é 130 km/h.

Ainda falta descobrir qual vai ser a postura da Roadwin 250 na hora de
encarar as dificuldades do trânsito urbano, já que o modelo tem
vocação de street. Se o comportamento do motor ainda é uma incerteza
nesse sentido, um aspecto positivo para a moto é a sua condição
favorável de pilotagem. Com guidão mais elevado e próximo do piloto,
além da suspensão bem calibrada e assento macio, a impressão que se
tem é que é possível rodar por horas a fio sem muito desgaste para o
piloto.

A Roadwin 250 pode ser uma promessa e tanto no segmento de esportivas
compactas pelo seu preço abaixo das concorrentes, posição de pilotagem
confortável e forte apelo visual, incluindo carenagem generosa, painel
de instrumentos com conta-giros analógico, velocímetro digital e
display com marcador de combustível, hodômetro e relógio.

A traseira remodelada pela engenharia da Dafra também complementa o
belo esquema visual da moto, com o detalhe moderno da lanterna com
LEDs. De acordo com a Dafra, a expectativa de vendas para o modelo é
de cerca de 300 unidades por mês. A moto pode ser encontrada nas
concessionárias nas cores vermelho e branco. A garantia concedida é de
um ano.

FICHA TÉCNICA

Motor: Monocilíndrico, 4 válvulas, DOHC, refrigeração líquida

Capacidade cúbica: 247 cm³

Potência: 24 cv 9.000 rpm

Torque: 1,92 kgf.m a 7.000 rpm

Câmbio: 5 velocidades

Alimentação: Injeção eletrônica KEFICO

Quadro: Berço duplo em aço

Suspensão dianteira: Garfo telescópico convencional

Suspensão traseira: Balança monoamortecida

Comprimento: 2.025 mm

Largura: 778 mm

Altura: 1.180 mm

Distância entre eixos: 1.390 mm

Altura do banco: 780 mm

Tanque de combustível: 15 litros

Peso (em ordem de march): 173 kg

Freio dianteiro: Duplo disco de 290 mm de diâmetro com pinças de dois pistões

Freio traseiro: Disco simples de 220 mm, com pinça de dois pistões

Pneu dianteiro: 110/70 – 17

Pneu traseiro: 130/70 – 17

Cores: Branca e Vermelha

Preço Sugerido: R$ 12.490


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

Histórico de manutenção das motos é obrigatório

Infelizmente não no Brasil, mas na Inglaterra...

Na Inglaterra, todos os proprietários de motocicletas (e também de
carros), sempre que levam suas motos para fazer alguma manutenção em
qualquer oficina (concessionária da marca ou não), tem os registros
dos serviços realizados gravados num sistema que é consultado por todo
o país.

Assim na hora da venda da motocicleta, o novo proprietário pode
consultar quais e quando foram feitos serviços de manutenção na
motocicleta. No sistema aparece o nome da mecânica/concessionária, os
serviços realizados, as trocas de materiais/produtos, os valores pagos
e todas as demais informações referentes, como a quilometragem da moto
na ocasião das manutenções.
No caso de carros é feito o mesmo "histórico do veículo".

O histórico do veículo pode ser consultado por qualquer
lojista/mecânica ou cidadão, através da Internet.

Essa é a forma que os ingleses conferem tudo a respeito de qualquer
veículo, garantindo uma compra segura. Veículos (motos ou carros) que
ficam anos sem manutenção, na hora da revenda são mais desvalorizados
que aqueles que têm a manutenção em dia.
Ah se essa moda pega no Brasil hein! O que teria de motocicletas com
vários anos de uso e baixa quilometragem sendo desmascaradas... sem
contar que assim, não tem "jeitinho", vale o que está gravado no
sistema...

Fonte: RockRiders.com.br

A igreja e a maçonaria

Do jornal O PESQUISADOR MAÇÔNICO

IGREJA CATÓLICA X MAÇONARIA (Nos Dias Atuais)
Dom Lélis Lara

Dom Lélis Lara fala sobre relação da Maçonaria e Igreja Católica.
Bispo Emérito e Consultor Jurídico da CNBB proferiu palestra para
platéia de 200 pessoas, no Templo da Loja Maçônica União de Ipatinga.
DOM LARA palestrou, por cerca de 40 minutos, para uma atenta e
diversificada platéia, entre os quais o padre Geraldo Ildeu
(conservador).

O Bispo Emérito da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano, Dom Lelis Lara,
foi o centro das atenções de um eclético e seleto público, na noite da
última segunda-feira, (01 de setembro de 2010, segundo mensagem
repassada " via Internet " pelo Ir.'. Sérgio Antônio), quando proferiu
inédita palestra sobre as relações entre a Igreja Católica e a
Maçonaria, no Templo da Loja Maçônica União de Ipatinga, no centro da
cidade. O religioso palestrou a convite do Venerável Mestre da Loja
União de Ipatinga, Ednaldo Amaral Pessoa que tem como um dos pilares
de sua gestão a realização de sessões públicas onde são realizadas
palestras, abertas à comunidade, sobre temas diversos e de grande
interesse de toda sociedade, não apenas dos maçons e seus familiares.

Segundo Dom Lara, o Concílio Vaticano II (1963-1965) escancarou as
portas e janelas da Igreja para o mundo, e que depois do Concílio o
propósito da Igreja Católica é se aproximar de todas as pessoas do
mundo, sem preconceito sejam elas cristãs ou não.

E foi exatamente no espírito do Concílio Vaticano II que o Bispo se
inspirou para falar da relação entre a Igreja Católica e a Maçonaria.
Dom Lara disse que quando se fala de Igreja e Maçonaria, muitas vezes
se estabelece ou se imagina um confronto entre essas duas entidades,
mas não deveria ser assim, porque católicos são cristãos e os maçons
também, senão todos, certamente grande parte. E Jesus, ao final de sua
vida, deixou para os seus seguidores o testamento de que devemos amar
uns aos outros. Mas, segundo o bispo, esta palavra de Jesus não foi
sempre bem entendida, e que às vezes é entendida de acordo com a
índole das pessoas, e as pessoas mais radicais muitas vezes ficam com
o coração armado, na defensiva ou no ataque, quando, como filhos de
Deus, deveriam viver como irmãos, com o coração desarmado, respeitando
as diferenças.

Ritos

Inicialmente, Dom Lara apresentou, de forma objetiva, a história da
Igreja Católica, destacando a caminhada da Igreja - que já dura mais
de dois mil anos - e que a instituição é como um barco no meio do
oceano, que passou por muitos escolhos e superou muitas tempestades, e
que procura sempre se adaptar aos tempos. O bispo lembrou ainda que o
Papa João XXIII, responsável pela convocação do Concílio do Vaticano
II, foi o grande responsável por colocar a Igreja Católica no caminho
da atualização. Entretanto, segundo Dom Lara, este trabalho de
atualizar a Igreja não é fácil, porque há várias correntes ou
tendências dentro da própria Igreja, o que dificulta a caminhada.

Dom Lara destacou também que a Igreja Católica mundial adota dois
ritos (maneira de celebrar a liturgia e de organizar a vida da Igreja)
distintos: o rito latino e o rito oriental, sendo que na Igreja
Católica oriental existem padres casados exercendo o ministério, o que
não é admitido pela disciplina da Igreja Católica Latina. Esta
postura, de dois ritos distintos, de acordo com o Bispo, é em respeito
às grandes tradições e costumes dos orientais católicos. Dom Lara
apresentou também à platéia o índice esquemático do Código de Direito
Canônico, dando uma ideia de como se constitui, se organiza e funciona
a Igreja Católica, destacando que o Povo de Deus está em evidência na
sociedade eclesial.

Ele finalizou seu breve relato da história da Igreja dizendo que
estava ali em simples pinceladas, um retrato da Igreja Católica, que
nós dizemos 'santa e pecadora'.

Maçonaria Operativa

Em seguida, Dom Lara discorreu sobre a origem da maçonaria, na idade
média, quando a sociedade civil se constituía de corporações, entre as
quais se destacaram as associações religiosas e as de operários.
Dentre as de operários tinha destaque especial a dos pedreiros, que,
por causa dos seus serviços apreciados em edifícios públicos,
especialmente em igrejas, gozava de certas prerrogativas, de isenções
e de franquias.

Daí a origem de franc-maçon, ou pedreiros livres. Todos eram
profundamente religiosos e cada associação queria firmar seus
alicerces na religião, que dominava a sociedade, a fim de garantir sua
estabilidade e proteger seus membros, proporcionando-lhes bem-estar
físico, desenvolvimento intelectual e eterna felicidade à alma.

Maçonaria Filosófica ou Especulativa

Citando vasta bibliografia consultada, Dom Lara lembrou que o pastor
protestante James Anderson foi o responsável pela elaboração das
Constituições  maçônicas, que em 1723 foram adotadas pela Grande Loja
de Londres, que havia sido fundada em 1717. Dom Lara não deixou de
citar também que foi James Anderson que distinguiu a Maçonaria
Operativa, já extinta àquela época, da Maçonaria Especulativa, que
pretendia plasmar o século das luzes, tendo por base Liberdade,
Fraternidade e Igualdade. A grande diferença entre as duas fases da
Maçonaria, a Operativa e a Especulativa ou Filosófica, é que na
segunda os ofícios (pedreiros, carpinteiros etc.) passaram a ser
simbólicos.

Em vez da construção de catedrais de pedra, o ideal devia ser, a
partir de então, a edificação de catedrais humanas, ou homens ideais,
para honra do Grande Arquiteto do Universo (Deus)

Aproximação

Já entrando na questão das divergências entre as duas instituições,
Dom Lara lembrou que a partir do século XIX, mais precisamente em
1877, o Grande Oriente da França suprimiu de suas constituições o
dever de acreditar em Deus e na imortalidade da alma, e admitiu em
seus quadros irreligiosos e ateus, caindo na irregularidade. Em função
disto, a Loja Mãe da Maçonaria, Grande Loja Unida da Inglaterra,
cortou relações com ela e ainda as mantém cortadas.

Assim, constatado que o anticlericalismo e o anticatolicismo se
verificam apenas na Maçonaria irregular e não são da essência da
Maçonaria Universal, é cada vez mais forte o movimento de aproximação
entre a Igreja Católica e a Maçonaria. Ainda segundo o Bispo, é neste
contexto que devem se colocar os pronunciamentos da Igreja Católica
após o Concílio Vaticano II.

Dom Lara citou ainda um trecho bíblico ... não deixes tua mão esquerda
saber o que a direita faz (Mateus 6,3) para enaltecer uma das
convicções dos maçons, que é a de praticar a filantropia sem dar
publicidade ao ato. O que, segundo ele, é um princípio louvável. O
Bispo foi enfático também ao afirmar que muitas vezes a Maçonaria é
vista como associação envolta em mistérios, segredos, como por
exemplo, sinais para se identificarem como maçons; e isso faz com que
muitos imaginem ou fantasiem coisas estranhas, ridículas e absurdas,
como pactos com o diabo e coisas assim.

Relação tensa

Ao discorrer sobre o relacionamento entre a Igreja e a Maçonaria, Dom
Lara disse que ao longo da história, aconteceu muita coisa que¸
infelizmente, devemos lamentar. As relações entre estas duas
instituições foram tensas.

Mas essas tensões não tinham a mesma intensidade em todas as regiões.
Antes do Concílio Vaticano II o posicionamento da Igreja Católica em
relação à Maçonaria era muito severo. O cânon 2335, do antigo Código
de Direito Canônico, estabelecia excomunhão para quem ingressasse na
Maçonaria ou em outras associações que maquinassem contra a Igreja ou
autoridades civis legitimamente constituídas.

No atual código de Direito Canônico esta penalidade não consta. Aliás,
a palavra Maçonaria não é conhecida no atual código de Direito
Canônico. O cânon 1374 desse Código penaliza o católico que ingressar
em associação que maquina contra a Igreja.

Não se refere explicitamente à Maçonaria, enfatizou o religioso.

Para Dom Lara, na Região Metropolitana do Vale do Aço as relações
entre Igreja Católica e Maçonaria parecem tranquilas, e que o Bispo
Diocesano, Dom Odilon Guimarães Moreira tem a mesma impressão.

Ele citou ainda dois acontecimentos recentes que definem bem a boa
relação entre as duas instituições. Um que teve grande repercussão
nacional, e mesmo fora do Brasil, a missa celebrada, no Natal de 1975,
na Loja Maçônica Liberdade, de Salvador, pelo Exmo. Sr. Cardeal Avelar
Brandão Vilela, Arcebispo daquela cidade, já falecido. Naquela
oportunidade, o Cardeal foi agraciado com distinta honraria da
Maçonaria. No ano seguinte, 1976, semelhante homenagem recebeu o
Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, destacou.

Mas Dom Lara deixa claro que a relação Maçonaria e Igreja Católica não
é a mesma em todos os lugares, e que depende da orientação de seus
responsáveis ou dirigentes.

Segundo ele, coisa semelhante acontece com a Igreja Católica e Igrejas
Protestantes, citando como exemplo casos em que pretende-se realizar a
celebração ecumênica de um casamento entre uma parte católica e a
outra de religião cristã não católica. Há pastores que o permitem e há
os que se opõem radicalmente a tal celebração.

Segundo ele, dentro da própria Igreja Católica, em questões não
definidas pela doutrina ou autoridade da Igreja, a orientação ou
decisão dos bispos não é sempre a mesma.

O Bispo Emérito da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano finalizou sua
palestra com uma mensagem de união para os presentes: o desejo ardente
de Jesus Cristo é que todos sejam UM. E que todas as pessoas da Terra
se enlacem num grande abraço. Este sonho de Jesus Cristo deve
encontrar eco e ressonância no coração de todos nós, seus seguidores.
Ao longo da história sempre surgiram pessoas sensíveis ao projeto de
Deus ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança.

Para o presidente da Loja Maçônica União de Ipatinga, Ednaldo Amaral
Pessoa, a visita de Dom Lara proporcionou momentos de rara felicidade
a todos aqueles que compareceram à sessão. A manifestação de Dom Lara
foi simplesmente louvável, pois proporcionou oportunidade para que
misticismos acerca da Maçonaria e da Igreja Católica fossem
esclarecidos destacou.

Ednaldo destacou ainda que a mensagem de Dom Lara mostrou-nos a lição
de que a relação com DEUS, para quem crê, é terapêutica e nos leva a
viver a cura de nossas feridas interiores e físicas. Por fim,
ressaltou que a presença de Dom Lara na Loja Maçônica demonstrou o
quão grande é a sua coragem, restando constatada a erudição,
sabedoria, inteligência e simplicidade, tão peculiar em Dom Lara.

A palestra de Dom Lara foi acompanhada por cerca de 200 pessoas,
representantes de vários setores da comunidade, como Lions, Rotary,
Judiciário, OAB e padres, além de membros de várias Lojas Maçônicas da
região metropolitana do Vale do Aço.

A palestra despertou de tal forma o interesse da comunidade que a
administração da Loja União de Ipatinga teve que colocar um telão no
salão que antecede seu Templo para que várias pessoas não voltassem
para casa sem assistir a palestra, visto que o interior do Templo já
estava completamente lotado.

Ao final da cerimônia, Dom Lara foi homenageado com uma placa de
agradecimento e reconhecimento aos relevantes serviços prestados à
comunidade, bem como por seu desprendimento em realizar a inédita
palestra.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Contestado ( Um Pouco de nossa História - Guerra do Contestado )

Linha de trem chega ao Contestado, expulsa caboclos e dá início a uma guerra

Eles eram crianças quando, em 1912, tropas do Exército e agentes
policiais desembarcaram nos sertões de Santa Catarina e Paraná para
combater seus pais, mães, tios e avós que pegaram em facões de pau e
velhas espadas farroupilhas e julianas, num movimento contra o projeto
de uma ferrovia em suas posses de terra e os desmandos de lideranças
emergentes da República, proclamada duas décadas antes.

Às vésperas do centenário da Guerra do Contestado, a maior rebelião
civil do País no século 20, que agitou o Sul entre os anos de 1912 e
1916, o Estado investigou o paradeiro das últimas testemunhas do
conflito que deixou um saldo estimado de 10 mil mortos.

Altino Bueno da Silva, hoje com 108 anos, Maria Trindade Martins, 105,
e Sebastiana Medeiros, 102, foram localizados em porões de casas e
barracos de bairros pobres, numa investigação jornalística de 12
meses, para dar a versão dos derrotados sobre os cem dias decisivos da
vitoriosa campanha militar (dezembro de 1914 a abril de 1915)
comandada pelo general Fernando Setembrino de Carvalho - o cerco, a
tomada e a destruição do reduto caboclo de Santa Maria, principal
acampamento dos revoltosos, no atual município catarinense de Timbó
Grande, a 400 quilômetros de Florianópolis.

A luta sertaneja marcou uma área de 30 mil quilômetros quadrados,
maior que Alagoas e o Haiti, ainda hoje uma região tratada como
'maldita' pelo Poder Público - as terras do Contestado, cercadas por
cidades colonizadas por europeus e com padrões de primeiro mundo,
apresentam índices de desenvolvimento humano equivalentes a rincões
pobres do Nordeste. É uma história de renegados em pleno Sul do
Brasil.

As memórias de infância de três brasileiros que sobreviveram a uma
guerra militar e enfrentam a guerra da pobreza, ultrapassando cem anos
de idade numa região onde a expectativa de vida é inferior à média
nacional, foram confrontadas com todos os documentos militares que se
têm registro sobre o Contestado - duas mil páginas de relatórios e
fotografias.

As lembranças dos 'meninos', que surgem lentamente, influenciadas
durante anos pelos relatos de adultos, e os papéis amarelados dos
vencedores, retirados de caixas de um arquivo do Rio de Janeiro, usado
pelos pesquisadores do tema, embora com suas versões distintas,
compõem um mosaico de violações de direitos humanos que não tinha sido
visto desde o massacre das revoltas regenciais. A aproximação entre o
passado e o presente fica ainda mais nítida na análise das ações e
prioridades dos governos em Santa Catarina, um Estado reconhecido por
sua pujança econômica.

Prisioneiros.

Em 1910, a Brazil Railway Company, subsidiária da holding Lumber
Company, criada pelo empresário norte-americano Percival Farquhar,
concluía a construção do trecho da ferrovia São Paulo- Rio Grande do
Sul no território disputado por Santa Catarina e Paraná, o Contestado.
Quatro mil ex-detentos e miseráveis de Santos, Rio de Janeiro e São
Paulo recrutados para as obras foram demitidos e expulsos de cabanas
de palha levantadas nas margens da estrada.

A Lumber conseguiu concessão do governo para explorar pinhos e imbuias
nos 15 quilômetros de cada lado da ferrovia. Os renegados engrossaram
redutos formados por caboclos nativos que, por orientação de monges
andarilhos, pregavam nos desertos sulistas a chegada do exército
celeste de São Sebastião, chefiado por uma tropa de elite chamados de
os 'Pares de França', figuras de histórias medievais reproduzidos em
folguedos de origem portuguesa e folhetins.

As 'cidades santas', abertas em clareiras da mata do Planalto
Catarinense, abrigavam ainda soldados 'maragatos' opositores do
governo Floriano Peixoto derrotados por tropas legais, de 1893 a 1895,
e pequenos comerciantes e proprietários de terras opositores dos novos
coronéis da recém proclamada República.

O Contestado foi uma aliança inesperada e explosiva do caboclo simples
do oeste, do político derrotado e magoado do Rio Grande do Sul, do
ex-presidiário e do braçal sem rumo do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Brasileiros com qualidades, defeitos e dramas pegavam em armas. Só
maquiados serviriam, mais tarde, de exemplo para grupos políticos.

A guerra dos jagunços, como o conflito foi chamado pelos caboclos, ou
dos fanáticos, na designação dos militares, não teve relação direta
com a disputa entre os governos paranaense e catarinense pelo
território dos campos de Irani e Palmas, uma área que poucos anos
antes era reivindicada pela Argentina. Somente em tempos mais recentes
que pesquisadores passaram a chamar a revolta de Guerra do Contestado.

O estopim da revolta ocorreu em 22 de outubro de 1912, quando o
capitão João Gualberto Gomes de Sá Filho, do Regimento de Segurança do
Paraná, na liderança de 50 homens a cavalo e 200 a pé, atacou um grupo
de caboclos que estavam em volta do monge José Maria de Jesus, em
Irani, Santa Catarina.

Antes da batalha, no deslocamento até Irani, os militares tinham
perdido sua principal arma, uma metralhadora 'Maxim', durante a
travessia de um rio. O próprio João Gualberto teria matado o monge,
reconhecendo-o por um boné de pele de onça. O militar foi retalhado a
facão pelos rebeldes.

Gualberto virou um novo Moreira César - oficial morto pelos
conselheiristas de Canudos. A morte de Gualberto deixou em pânico
autoridades de Curitiba, Florianópolis e Rio de Janeiro. Ao mesmo
tempo, a notícia da morte de José Maria, no mesmo combate, correu
pelos campos de araucária juntamente com a ideia de que o religioso
ressuscitaria.

Surgiam as 'cidades santas', comandadas por 'virgens' de 14 e 15 anos,
que repassavam para os homens as 'instruções' recebidas em visões do
monge. A primeira delas foi Taquaruçu, organizada por um pequeno
comerciante, Eusébio Ferreira dos Santos. Uma neta dele, Teodora,
dizia conversar todas as tardes com o monge José Maria.

Aos poucos, o movimento exclusivamente religioso ganhou contornos de
guerrilha. Era a luta dos pelados (caboclos) contra os peludos
(militares). Os facões de guamirim, madeira dura encontrada na região,
esculpidos no fogo eram substituídos por armas de aço tomadas de
fazendeiros, soldados e oficiais em combates na Serra da Esperança, no
oeste catarinense.

Winchesters, revólveres e espadas usadas na Revolução Farroupilha
(1835-1840), na proclamação da República Juliana (1839) e na Revolução
Federalista (1893-1895) voltavam a ser usadas em batalhas. As práticas
da degola, do fuzilamento de prisioneiros e das mutilações de orelhas,
assombrações das velhas guerras gaúchas, também foram reutilizadas.

A 12 de setembro de 1914, Setembrino de Carvalho assumiu o comando da
11ª Região Militar, com sede em Curitiba. Ele tinha por missão chefiar
a operação de massacre dos caboclos. Este caderno descreve a campanha
de Setembrino. Entre o final de dezembro de 1914 e começo de abril de
1915, o Contestado viveu o auge da guerra. Dos 18 mil homens do
Exército, sete mil estavam na região.

A estimativa de dez mil mortos, levantada desde o fim do conflito, não
foi derrubada por novos estudos publicados. É praticamente o dobro de
mortes registradas na Guerra de Canudos, na Bahia, em 1897.

Baixas.

Uma análise de 76 relatórios da campanha do general Setembrino indica
que, nos cem dias decisivos da guerra, cerca de 1.500 a 2 mil rebeldes
morreram. A avaliação sobre os números apresentados pelos comandantes
nos documentos deve levar em conta as tentativas dos militares em dar
um caráter 'épico' a suas ações e justificar o tamanho das tropas e a
quantidade de armas e suprimentos para reprimir os caboclos. Em quatro
anos de guerra, portanto, o número de mortos pode ter sido bem
inferior aos dez mil registrados em estudos.

Pesquisa.

O Estado consultou 13 caixas de documentos militares produzidos
durante a Guerra do Contestado. Mais de dois mil papéis, fontes de
livros produzidos sobre o episódio nos anos 1960 e 2000, e 87
fotografias foram reproduzidos e estão, agora, à disposição dos
leitores e pesquisadores no portal estadão.com.br.

Documentos como a lista dos prisioneiros e de guias civis do Exército
vêm a público na íntegra pela primeira vez. Também foram consultadas
coleções de periódicos da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, e
processos de terras dos cartórios de registros de Lebon Régis e Porto
União, em Santa Catarina.

As referências deste trabalho são os livros 'Lideranças do
Contestado', de Paulo Pinheiro Machado, 'Messianismo e Conflito
Social', de Maurício Vinhas de Queiroz, 'Contestado, a Guerra
Cabocla', de Aureliano Pinto de Moura, e 'Guerra do Contestado: A
Organização da Irmandade Cabocla', de Marli Auras.

Foi a partir da análise do acervo militar, em especial do olhar das
crianças prisioneiras retratadas em antigas fotografias, que a equipe
do jornal percorreu cidades e povoados de Santa Catarina e do Paraná,
num total de 8,5 mil quilômetros de estradas, para colher a versão do
'outro lado' da história e conhecer o legado deixado pelo conflito.
Remanescentes da revolta e descendentes de caboclos que lutaram contra
os militares dão sua versão ou apresentam o imaginário popular dos
fatos descritos em documentos militares.

Eles falam também da vida atual. As impressões sobre a realidade do
Contestado e a coleta de histórias orais foram obtidas em cem dias de
observação e acompanhamento do dia-a-dia dos moradores e na análise
das ações e repasses de verbas do governo para as cidades da região.

Os depoimentos dos primeiros prisioneiros de Santa Maria destacam a
difícil situação dos moradores do reduto, que enfrentam a tifo e a
falta de comida. 'Tem morrido muita gente de doença e muito pouco de
bala', relatou o prisioneiro Jorge Pires do Prado, sem descrição de
idade, a 3 de abril.

Outro prisioneiro, José Ribeiro da Costa, de 'cinquenta e poucos
anos', fala que os rebeldes estavam se alimentando de couro cozido.
'As famílias têm muitas que não saem do reducto porque não deixam, que
essas famílias já se alimentam de couro cosido', relata.

Ele ressalta que um dos comandantes rebeldes, Joaquim, e seus homens
'estão dispostos a morrerem antes que se entreguem'. 'Hoje, o plano do
Joaquim é não atacar as forças federais e por isso, ele já pela açção
da artilharia, retirou-se com seus homens para o pé da serra, dentro
do mato, e está esperando que as forças entrem no reducto para
ataca-la pela retaguarda.'

O prisioneiro relata o suposto uso de crianças pelos rebeldes. 'A
criançada tem incumbência de fazer gritaria, que a munição é pouca e,
além disso, já os homens estão enfraquecidos pela fome', afirma.

Labirinto.

Para localizar os 'meninos' do Contestado, a equipe recorreu a cinco
rádios da região, sistemas de som de postes, blogs comunitários,
pequenos jornais, comunidades religiosas e cartórios de registros
civis. Foi nos cartórios também que estavam guardados documentos de
terra e processos contra líderes rebeldes para complementar as
informações colhidas no acervo do Exército.

Fonte:  estadao.com.br

A maçonaria está ouriçada - Presidente da Petrobrás

O Marido da Cunhada Graça

Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão

A Maçonaria anda ouriçada. Em vários e-mails, maçons espalham a
pergunta: Quem é o marido da Maria das Graças Foster, nova presidenta
da Petrobrás? Eles respondem: o Grande Irmão Colin Vaughan Foster é o
Grão-Mestre Distrital da Divisão Norte da Grande Loja Unida da
Inglaterra, cujo "Grand Master" é o Príncipe Edward George Nicholas
Paul Patrick – primo da Rainha Elisabeth.

Quem comanda a Grande Loja Unida da Inglaterra, junto com o príncipe,
é Peter Lowndes membro do Royal Institution of Chartered Surveyors
(RICS). Ou seja, a Maçonaria Britânica é um dos braços de comando da
Oligarquia Financeira Transnacional que controla os principais
negócios do mundo globalitário. Como os maçons constatam, o
"primeiro-damo" da Petrobrás é gente forte na Maçonaria Universal. É o
controlador atuando nos bastidores de uma das mais estratégicas
empresas brasileiras!

Nos irônicos comentários dos maçons sobre a posse da Graça Foster, um
chama atenção: "Pelo menos o vice-Presidente da República Michel
Temer, que é maçom mas nega sempre que lhe é conveniente, terá a
chance de dispensar um tratamento especial à nova presidenta da
Petrobrás. Temer poderá chamar Graça de "cunhada" – que é como os
maçons se dirigem às mulheres de seus irmãos de ordem.

Na foto acima, com as mãos sobre a mesa, o cada vez mais prestigiado
Colin Vaughan Foster recebe homenagens e participa de eventos na
Maçonaria Tupiniquim, onde muito "irmão" que não sabe onde tem a
cabeça teria o maior prazer de tomar um whisky 18 anos, brindando e
saudando o retrato da Rainha da Inglaterra, no intervalo das sessões
maçônicas do Rito de York. Os maçons deviam propor um brinde ao marido
da cunhada Graça. Ele merece!

Afinal, "God save the husband of the New Queen of Petrobrás". Quem
sabe o Grande Arquiteto do Universo ajuda a melhorar os resultados da
empresa...

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net.
Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos
Estratégicos.


A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em
nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original
da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre
publicação, para nosso simples conhecimento.


© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 11 de Fevereiro de 2012.

Motos Premium ao seu alcance

Por Carlos Bazela

O brasileiro está comprando mais e também está cada vez mais otimista
quanto a isso. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início deste
ano, para 41% dos entrevistados, o poder de compra irá aumentar nos
próximos meses, número maior do que os 33% que tinham esse mesmo
palpite em junho do ano passado. Com a economia favorável e muitos
brasileiros ascendendo em classes sociais, pode-se dizer que o nosso
mercado se tornou uma verdadeira meca para as chamadas marcas Premium.
Jóias, roupas de grife e carros de luxo passaram a ser vistos com mais
frequência em nosso cotidiano.

Com as motos não poderia ser diferente. De acordo com dados dos
emplacamentos de motocicletas, em 2005 foram 15.087 motocicletas
vendidas com motorização acima de 500cc. Esse número saltou para
45.767 unidades em 2011. Desta forma, marcas do mundo todo iniciaram
suas movimentações para firmar o pé por aqui e garantir a sua fatia do
bolo.

Foi o que aconteceu com a norte-americana Harley-Davidson, por
exemplo, que iniciou oficialmente suas operações por aqui no ano
passado, eliminando o distribuidor intermediário. "Com o crescimento
da economia brasileira, a Harley-Davidson estabeleceu sua própria
subsidiária em São Paulo e passou a desempenhar um papel mais direto e
ativo em suas operações no mercado brasileiro", explica Longino
Morawski, diretor da Harley-Davidson do Brasil.

E isso está dando certo? Os números falam por si. Em um ano, a marca
já conta com mais de 750 motos vendidas do modelo Dyna Super Glide
Custom, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave). Um montante respeitável,
considerando-se que estamos falando de uma moto que custa, em média,
R$35 mil. Além dela, a marca americana anunciou que este ano terá
disponíveis para o público brasileiro outros 18 modelos, incluindo a
CVO Ultra Classic Electra Glide, que custa R$104,9 mil. Ao todo, a
Harley-Davidson vendeu 4.322 unidades em 2011.

Mercado de ouro

Mais uma prova do bom momento das motos Premium no Brasil foi a
chegada da italiana MV Agusta. Com sede em Varese, a marca inaugurou
aqui a única linha de montagem fora da Itália. Assim, no final do ano
passado, começou a produção das duas versões da naked Brutale e da
superesportiva F4 na fábrica da Dafra, em Manaus (AM). "As negociações
[entre MV Agusta e Dafra] começaram um ano antes do anúncio oficial da
chegada da marca e o plano sempre foi montar as motos aqui", afirma
Marcus Vinicius Santos, gerente da MV Agusta.

Ao investir em uma linha de montagem nacional, a marca italiana também
abriu mão dos contratos com importadores independentes, o que reduziu
consideravelmente os custos. Uma F4, por exemplo, chegou a bater a
casa dos R$ 100 mil quando era importada e agora sai por R$ 68 mil,
enquanto as versões "brasileiras" da Brutale R e RR são vendidas por
R$ 52 e R$ 60 mil, respectivamente.

Outra marca que, aliás, inaugurou esse mesmo sistema de linha de
montagem é a BMW Motorrad. Também parceiros da Dafra, a marca produz
hoje em Manaus três modelos e importa outros nove. Dentre eles, a
superesportiva BMW S 1000 RR, cuja versão de entrada custa R$ 61,4 mil
e fechou 2011 com 631 unidades vendidas no Brasil, segundo a
Fenabrave. "De 2007 para 2011 tivemos um crescimento de sete vezes em
volume de vendas", Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil, que
apenas com esse modelo faturou mais de R$ 38 milhões.

Sobre o mercado, comemora: a felicidade com os números do mercado
brasileiro vai ainda mais além. No último Salão Duas Rodas, em outubro
passado, a BMW apresentou mundialmente a G 650 GS Sertão, quarto
modelo montado em Manaus, que também será produzida em Berlim, na
Alemanha e exportada para toda a Europa com a mesma nomenclatura. "O
Brasil ocupa a sétima posição nas vendas mundiais da BMW, mas estamos
em ritmo acelerado para ocuparmos o sexto lugar", revela Rolf Epp.

Quem compra uma moto dessas?

O perfil do consumidor que adquire uma motocicleta Premium costuma
seguir os mesmos padrões de cliente que tem outros produtos das mesmas
características. "Normalmente ele é jovem, tem entre 30 e 50 anos e
compra à vista", diz Sérgio Augustus Silva, gerente de vendas da
concessionária Intercar MV Agusta. Conhecer bem o produto também é
mais do que essencial para quem está atrás do balcão. "Setenta por
cento dos clientes que vem aqui para comprar uma F4, por exemplo, já
conhecem a moto", confirma Silva.

Cláudio Conte, gerente comercial da Caltabiano BMW Motos, não vê a
idade como um grande diferencial: "Não temos um padrão. A gente vende
para clientes de 19 a 50 anos". Entretanto, ambos concordam quanto a
necessidade do vendedor ser bem preparado nesse mercado. "Excelência
em atendimento é essencial. Aqui, nós não vendemos apenas a moto que o
cliente quer. Nós vendemos a moto que vai atender às necessidades
dele", diz.

Tradicional no ramo de automóveis, o Grupo Caltabiano representa
marcas de luxo como Mini, Volvo, Mercedes-Benz, Chrysler e, hoje,
conta também com lojas da BMW Motorrad, sendo a primeira delas
localizada no endereço mais exclusivo de São Paulo, a Rua Oscar
Freire. "O mercado de motos de luxo está acompanhando o crescimento do
mercado nacional", afirma Conte. O Grupo Caltabiano também se
consagrou como o maior revendedor de motos da marca no mundo, com um
total de 1009 unidades vendidas, ultrapassando a italiana Roma BMW,
antiga campeã invicta.

Quem também resolveu pegar carona no mercado das motos de alto padrão
foi o Grupo Auto Star, que acrescentou a Harley-Davidson ao portfólio
de marcas que já contava com BMW Automóveis, Land Rover, Volvo e Mini.
Nesse caso, o representante aliou o perfil sofisticado do público com
a paixão pelo ícone das duas rodas. Ou, como diz o diretor Maurício
Portella, "O consumidor Harley-Davidson puro, que tem o desejo e o
sonho somente concentrado nas motos da marca americana".

Preparadas para vender

Com o mercado brasileiro de consumidores Premium despertando tanto
interesse, a concorrência seria inevitável. Portanto, para vender
mais, as marcas se armam como podem. É o caso da Honda, que no final
do ano passado criou o conceito "Dream", que engloba atendimento
diferenciado nas concessionárias na hora da venda e do pós-venda de
motos acima de 450cc. "Nessa nova abordagem da Honda para o segmento
acima de 450cc, sabemos que a venda é apenas o início do nosso
trabalho", afirma Ricardo Susini, gerente de vendas da Moto Honda da
Amazônia.

Além de já contar com 73 revendas habilitadas com o conceito Dream, a
marca japonesa investe pesado em novos modelos. Apenas em 2011, a
Honda trouxe a big trail XL 700V Transalp, a sport touring VFR 1200F,
a CBR 600F, e a naked CB 1000R. As novas motos integram o portfólio de
maior cilindrada ao lado das veteranas CBR 600RR, CBR 1000RR CB 600F
Hornet e GL 1800 Goldwing. Mas vale ressaltar que a Honda deverá
apresentar muitas novidades para o segmento Premium. "Liderança é o
objetivo. Trabalhamos para ser líder em tudo. A Honda quer a liderança
absoluta. Queremos 50% mais 1 do mercado", finaliza Susini.

Novos modelos também é a estratégia da MV Agusta, que já estuda trazer
a superesportiva F3 e a Brutale 675, modelos recém-lançados na Itália.
"Os modelos de média cilindrada tem sido um diferencial para a MV
Agusta como um todo e estamos planejando traze-las no começo de 2013",
diz Marcus Vinícius, gerente da MV Agusta.

Já Ricardo Suzuki, Gerente de Planejamento da Kawasaki, (:P) está mais
tranquilo quanto à concorrência. "Cada marca tem a sua cara e seu
consumidor fiel. Por isso, é mais importante para nós na Kawasaki ter
um produto de qualidade para oferecer a ele", conta. Assim sendo, tem
mercado para todo mundo, uma vez que as motos de alto valor agregado
ainda é um segmento que mexe com o imaginário do consumidor: "Moto
ainda é uma compra emocional", conclui Suzuki. E você, que sempre
sonhou com uma máquina dessas, já escolheu a sua moto Premium? Opções
não vão faltar.

Fonte: moto.com.br

BMW S 1000 RR muda para ficar ainda mais rápida

11/02/2012 - André Jordão/Agência INFOMOTO / Fonte: iCarros

Depois de inovar em 2009 — ano de seu lançamento — com um pacote
tecnológico completo, a S 1000 RR chega em 2012 com poucas alterações.
O motor de quatro cilindros em linha permanece igual e continua
produzindo 193 cavalos de potência máxima. Já o peso teve uma redução
de cinco quilos, deixando a nova versão da S 1000 RR com uma relação
peso/potência incrível, uma das características que fizeram da
primeira superesportiva da marca bávara uma motocicleta de sucesso em
todo o mundo.

Segundo a fabricante as mudanças aconteceram, principalmente, na curva
de torque e na sensibilidade do acelerador. Depois de uma temporada
quase perfeita no Campeonato Mundial de Superstock em 2010, onde a S
1000 RR venceu nove das dez provas nas mãos do italiano Ayrton
Badovini, os engenheiros da BMW focaram os esforços em deixar a
motocicleta ainda mais racing — desde o ajuste de suspensão, até o
novo amortecedor de direção, tudo foi pensado para ganhar milésimos
preciosos na pista.


E, para ser cada vez mais rápida, foram mantidos os bons freios BMW
Motorrad Race ABS e o controle de tração (DTC), até porque a S 1000 RR
também é uma boa moto para o motociclista comum, aquele que foge dos
track day e prefere os passeios de final de semana.


Novidades


Uma das preocupações da BMW para a nova S 1000 RR era revisar a curva
de torque e a sensibilidade do acelerador. Na versão 2012, a
superesportiva apresenta um punho de aceleração reconfigurado, mais
sensível à resposta, e uma nova disposição do torque, mais linear e
harmoniosa em todas as faixas do motor. A moto também ganhou
alterações no sistema de mapeamento do motor, - que agora rende até
163 cv no modo Rain.


Outra diferença na S 1000 RR 2012 é a suspensão dianteira. Invertido,
o garfo foi reposicionado no canote, deixando o entre-eixo um pouco
mais longo. Essa alteração, de acordo com a BMW, irá privilegiar a
estabilidade em retas, sempre pensando em ganhar rendimento nas
pistas. A versão 2012 da S 1000 RR também ganhou um novo amortecedor
de direção com dez níveis de ajuste.

Design e novas informações


As mudanças estéticas são quase imperceptíveis, mas também atingiram a
versão 2012 da S 1000 RR. A traseira está mais esguia e ganhou
entradas de ar para maior circulação do vento, e as aletas laterais
carregam alterações discretas, pensando em melhorar a aerodinâmica. O
logotipo RR também é novo.


No restante, poucas modificações. Novas cores, rodas pintadas em
preto, revestimento do monobraço traseiro também em preto e novas
pedaleiras para o piloto e a garupa. O painel de instrumentos também
ganhou novidades e agora informa, por exemplo, a melhor volta e avisa
ao piloto quando ele exceder uma velocidade pré-programada.


S 1000 RR no Brasil


No Brasil, a superesportiva com sotaque alemão ficou no pódio de
vendas do segmento no ano passado com 631 unidades emplacadas,
perdendo somente para a Honda CBR 1000RR (1.413) e a Yamaha R1 (644),
mesmo com preço superior e menos concessionárias pelo Brasil.


Para quem se interessou, a versão 2012 da S 1000 RR já está sendo
vendida em um único pacote por R$ 69.900 nas cores preta, azul e
branca e vermelha. A versão tricolor, que faz alusão às equipes de
corrida da BMW, custa um pouco mais cara e será comercializada por R$
72.300.

http://msnmotos.icarros.com.br/noticias/noticia.jsp?id=11388

Cadê a moto? Criou asas?

Com documentação irregular, Honda foi apreendida e levada ao depósito
do Detran. Ao buscá-la, dono foi informado por funcionários do local
que veículo sumiu

Nem o policial civil acreditava no que estava escrevendo na
ocorrência: depois de o dono de uma moto colocar em dia a documentação
e pagar 116 diárias para um Centro de Remoção e Depósito (CRD) do
Detran, os funcionários do lugar não encontraram o veículo para
devolvê-lo. Ele sumiu.

O drama do comerciante Carlos Leandro Espindola, 38 anos, começou em
outubro, quando ele teve a moto guinchada por estar com a documentação
vencida e, aparentemente, não tem data para terminar. Depois de ouvir
dos funcionários do Depósito Rubão que procurasse seus direitos na
Justiça, Carlos foi direto à 16ª DP, na Restinga.

Com comprovantes de pagamentos que somam R$ 3.550 referente aos
impostos e multas e R$ 985,87 de diárias no depósito, ele sensibilizou
o investigador Alexandre Correa.

Quatro meses até juntar grana

– Como assim, o CRD não vai fazer nada? A moto estava sob
responsabilidade deles. Ela levantou asas e voou? Cadê a confiança no
Estado? Já não basta a insegurança na rua e vai ser furtado lá dentro,
pagando? – indignou-se o policial.

O comerciante deixou sua Honda CB 300, ano 2010, preta, estacionada em
cima da calçada enquanto jogava futebol. Já tinha multas por excesso
de velocidade e não pagou o licenciamento da moto, adquirida oito
meses antes - cerca de R$ 600. O veículo foi guinchado e levado ao
depósito. Levou quase quatro meses até o dono juntar a quantia para
reaver o veículo.

"Uma sensação de perda"

– A primeira coisa que eu pensei é que o Detran é um órgão do Estado e
a moto deveria estar em segurança. Demorei para juntar a grana –
lamenta Carlos.

Ele quer saber quem vai arcar com o prejuízo. Além das diárias pagas
sem saber se o veículo estava lá, está a moto, que ele avalia em R$
10,9 mil.

– É uma sensação de perda. A gente paga para eles cuidarem, e não
cuidam – disse Carlos.

Família se mobilizou

Carlos usava a moto para passeios com a mulher e, também, para ir ao
banco e fazer entregas e compras para seu bar. A CB 300 foi financiada
em 36 prestações. Quando o veículo foi apreendido, Carlos pediu ajuda
ao pai e o quitou. Agora, ele tem a moto quitada, a documentação em
dia, diárias pagas, mas ela mesmo... ficou sem.

ENTENDA O CASO

– No dia 8 de outubro de 2011, a Brigada Militar flagrou a moto do
comerciante Carlos Leandro Espindola, 38 anos, em situação irregular,
estacionada em cima de uma calçada, na Restinga.

– Os policiais verificaram pela placa que o veículo estava com o
licenciamento vencido e ele foi recolhido para o Depósito Rubão, na
Avenida Manoel Elias, Bairro Rubem Berta.

– Em 31 de janeiro de 2012, o comerciante pagou no banco R$ 3.550
referente a impostos e multas e R$ 985,87 pelas 116 diárias no
depósito.

– Com os comprovantes dos pagamentos em mãos, chegou ao depósito.
Depois de duas horas procurando entre os centenas de veículos no
pátio, não a encontrou.

– Em 1º de fevereiro, um funcionário do depósito registrou ocorrência de furto.

– Depois de dias sem resposta, o comerciante ouviu, quinta-feira
passada, que o depósito nada faria e que ele devia buscar seus
direitos na Justiça.

– Ontem, ele registrou ocorrência policial contra o depósito.

Dono do CRD "ameaça" pagar

Responsável pelo Depósito Rubão, Rubens (não quis dizer o sobrenome)
promete arcar com a responsabilidade.

Diário Gaúcho – Como o senhor acompanha essa denúncia que envolve seu CRD?

Rubens – Estou sabendo. Mas não conheço esse rapaz e ele não me
procurou. Diz que teve a moto furtada.

Diário – Como o senhor pretende resolver essa situação?

Rubens – Está sob investigação policial.

Diário – O senhor teme alguma punição por parte do Detran?

Rubens – Não, não vejo nada como punição porque ninguém é criança para
haver punição.

Diário – Quem vai arcar com o prejuízo dele?

Rubens – O máximo que pode acontecer é eu ter que indenizar esse rapaz.

Diário – O senhor vai indenizar?

Rubens – Por que não? Se realmente houve uma falha e a investigação
apontar isso, nada mais justo do que ele ser indenizado. Estou
tranquilo.

Diário – E o senhor pensa em rever as questões de segurança do seu depósito?

Rubens – Aí tu já estás perguntando demais. Já temos câmeras.

Diário – Então as imagens poderão ser usadas para tentar ver o que aconteceu?

Rubens – Já falei o suficiente.

Detran abre processo

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Detran informou que
encaminhou o caso a sua corregedoria "para devidas providências". O
órgão revela que abrirá processo administrativo contra o CRD Rubão, e
a pena vai desde advertência por escrito até o descredenciamento.

O comunicado deixa claro outra irregularidade: o CRD não comunicou o
caso ao Detran, conforme prevê o contrato entre as duas partes.
De acordo com a nota, o órgão "só tomou conhecimento do caso hoje
(ontem), sendo dever do CRD comunicar de imediato ao Detran os fatos e
informações relevantes, caracterizadores de desvio de conduta ou de
indícios de irregularidades referentes à remoção, ao depósito e à
guarda de veículos e demais serviços correlatos, sem prejuízo da
comunicação à autoridade policial competente, nos casos de ilícitos
criminais".

Trabalhos sem data de conclusão

O CRD Rubão foi comunicado ontem à tarde pela Divisão de Depósitos do
Detran, que cuida da questão. Não há data para o final dos trabalhos
da corregedoria.

Estado não está livre

Em outro trecho do comunicado, o Detran afirma que "o proprietário, os
sócios-proprietários, o gerente e empregados (do CRD) responderão
criminal, administrativa e civilmente pela execução indevida das
atividades e obrigações". Mas não é bem assim.

– O primeiro responsável realmente é o CRD, mas se este não tiver
patrimônio para cobrir a dívida, a ação pode alcançar o Detran –
explica o professor de Direito e advogado administrativista Rafael
Maffini.

O advogado afirma que, em casos como o de Carlos, é cabível ação
contra o depósito:

– É uma ação mais rápida, não é desvantajoso para quem está acionando.


DIÁRIO GAÚCHO

Moto para quem pode

13/02/2012 - Carlos Bazela/Agência INFOMOTO / Fonte: iCarros

O brasileiro está comprando mais e também está cada vez mais otimista
quanto a isso. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no início deste
ano, para 41% dos entrevistados, o poder de compra irá aumentar nos
próximos meses, número maior do que os 33% que tinham esse mesmo
palpite em junho do ano passado. Com a economia favorável e muitos
brasileiros ascendendo em classes sociais, pode-se dizer que o nosso
mercado se tornou uma verdadeira meca para as chamadas marcas Premium.
Jóias, roupas de grife e carros de luxo passaram a ser vistos com mais
frequência em nosso cotidiano.

Com as motos não poderia ser diferente. De acordo com dados dos
emplacamentos de motocicletas, em 2005 foram 15.087 motocicletas
vendidas com motorização acima de 500cc. Esse número saltou para
45.767 unidades em 2011. Desta forma, marcas do mundo todo iniciaram
suas movimentações para firmar o pé por aqui e garantir a sua fatia do
bolo.

Foi o que aconteceu com a norte-americana Harley-Davidson, por
exemplo, que iniciou oficialmente suas operações por aqui no ano
passado, eliminando o distribuidor intermediário. "Com o crescimento
da economia brasileira, a Harley-Davidson estabeleceu sua própria
subsidiária em São Paulo e passou a desempenhar um papel mais direto e
ativo em suas operações no mercado brasileiro", explica Longino
Morawski, diretor da Harley-Davidson do Brasil.

E isso está dando certo? Os números falam por si. Em um ano, a marca
já conta com mais de 750 motos vendidas do modelo Dyna Super Glide
Custom, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave). Um montante respeitável,
considerando-se que estamos falando de uma moto que custa, em média,
R$35 mil. Além dela, a marca americana anunciou que este ano terá
disponíveis para o público brasileiro outros 18 modelos, incluindo a
CVO Ultra Classic Electra Glide, que custa R$104,9 mil. Ao todo, a
Harley-Davidson vendeu 4.322 unidades em 2011.

Mercado de ouro

Mais uma prova do bom momento das motos Premium no Brasil foi a
chegada da italiana MV Agusta. Com sede em Varese, a marca inaugurou
aqui a única linha de montagem fora da Itália. Assim, no final do ano
passado, começou a produção das duas versões da naked Brutale e da
superesportiva F4 na fábrica da Dafra, em Manaus (AM). "As negociações
[entre MV Agusta e Dafra] começaram um ano antes do anúncio oficial da
chegada da marca e o plano sempre foi montar as motos aqui", afirma
Marcus Vinicius Santos, gerente da MV Agusta.

Ao investir em uma linha de montagem nacional, a marca italiana também
abriu mão dos contratos com importadores independentes, o que reduziu
consideravelmente os custos. Uma F4, por exemplo, chegou a bater a
casa dos R$ 100 mil quando era importada e agora sai por R$ 68 mil,
enquanto as versões "brasileiras" da Brutale R e RR são vendidas por
R$ 52 e R$ 60 mil, respectivamente.

Outra marca que, aliás, inaugurou esse mesmo sistema de linha de
montagem é a BMW Motorrad. Também parceiros da Dafra, a marca produz
hoje em Manaus três modelos e importa outros nove. Dentre eles, a
superesportiva BMW S 1000 RR, cuja versão de entrada custa R$ 61,4 mil
e fechou 2011 com 631 unidades vendidas no Brasil, segundo a
Fenabrave. "De 2007 para 2011 tivemos um crescimento de sete vezes em
volume de vendas", Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil, que
apenas com esse modelo faturou mais de R$ 38 milhões.

Sobre o mercado, comemora: a felicidade com os números do mercado
brasileiro vai ainda mais além. No último Salão Duas Rodas, em outubro
passado, a BMW apresentou mundialmente a G 650 GS Sertão, quarto
modelo montado em Manaus, que também será produzida em Berlim, na
Alemanha e exportada para toda a Europa com a mesma nomenclatura. "O
Brasil ocupa a sétima posição nas vendas mundiais da BMW, mas estamos
em ritmo acelerado para ocuparmos o sexto lugar", revela Rolf Epp.

Quem compra uma moto dessas?

O perfil do consumidor que adquire uma motocicleta Premium costuma
seguir os mesmos padrões de cliente que tem outros produtos das mesmas
características. "Normalmente ele é jovem, tem entre 30 e 50 anos e
compra à vista", diz Sérgio Augustus Silva, gerente de vendas da
concessionária Intercar MV Agusta. Conhecer bem o produto também é
mais do que essencial para quem está atrás do balcão. "Setenta por
cento dos clientes que vem aqui para comprar uma F4, por exemplo, já
conhecem a moto", confirma Silva.

Cláudio Conte, gerente comercial da Caltabiano BMW Motos, não vê a
idade como um grande diferencial: "Não temos um padrão. A gente vende
para clientes de 19 a 50 anos". Entretanto, ambos concordam quanto a
necessidade do vendedor ser bem preparado nesse mercado. "Excelência
em atendimento é essencial. Aqui, nós não vendemos apenas a moto que o
cliente quer. Nós vendemos a moto que vai atender às necessidades
dele", diz.

Tradicional no ramo de automóveis, o Grupo Caltabiano representa
marcas de luxo como Mini, Volvo, Mercedes-Benz, Chrysler e, hoje,
conta também com lojas da BMW Motorrad, sendo a primeira delas
localizada no endereço mais exclusivo de São Paulo, a Rua Oscar
Freire. "O mercado de motos de luxo está acompanhando o crescimento do
mercado nacional", afirma Conte. O Grupo Caltabiano também se
consagrou como o maior revendedor de motos da marca no mundo, com um
total de 1009 unidades vendidas, ultrapassando a italiana Roma BMW,
antiga campeã invicta.

Quem também resolveu pegar carona no mercado das motos de alto padrão
foi o Grupo Auto Star, que acrescentou a Harley-Davidson ao portfólio
de marcas que já contava com BMW Automóveis, Land Rover, Volvo e Mini.
Nesse caso, o representante aliou o perfil sofisticado do público com
a paixão pelo ícone das duas rodas. Ou, como diz o diretor Maurício
Portella, "O consumidor Harley-Davidson puro, que tem o desejo e o
sonho somente concentrado nas motos da marca americana".

Preparadas para vender

Com o mercado brasileiro de consumidores Premium despertando tanto
interesse, a concorrência seria inevitável. Portanto, para vender
mais, as marcas se armam como podem. É o caso da Honda, que no final
do ano passado criou o conceito "Dream", que engloba atendimento
diferenciado nas concessionárias na hora da venda e do pós-venda de
motos acima de 450cc. "Nessa nova abordagem da Honda para o segmento
acima de 450cc, sabemos que a venda é apenas o início do nosso
trabalho", afirma Ricardo Susini, gerente de vendas da Moto Honda da
Amazônia.

Além de já contar com 73 revendas habilitadas com o conceito Dream, a
marca japonesa investe pesado em novos modelos. Apenas em 2011, a
Honda trouxe a big trail XL 700V Transalp, a sport touring VFR 1200F,
a CBR 600F, e a naked CB 1000R. As novas motos integram o portfólio de
maior cilindrada ao lado das veteranas CBR 600RR, CBR 1000RR CB 600F
Hornet e GL 1800 Goldwing. Mas vale ressaltar que a Honda deverá
apresentar muitas novidades para o segmento Premium. "Liderança é o
objetivo. Trabalhamos para ser líder em tudo. A Honda quer a liderança
absoluta. Queremos 50% mais 1 do mercado", finaliza Susini.

Novos modelos também é a estratégia da MV Agusta, que já estuda trazer
a superesportiva F3 e a Brutale 675, modelos recém-lançados na Itália.
"Os modelos de média cilindrada tem sido um diferencial para a MV
Agusta como um todo e estamos planejando traze-las no começo de 2013",
diz Marcus Vinícius, gerente da MV Agusta.

Já Ricardo Suzuki, Gerente de Planejamento da Kawasaki, está mais
tranquilo quanto à concorrência. "Cada marca tem a sua cara e seu
consumidor fiel. Por isso, é mais importante para nós na Kawasaki ter
um produto de qualidade para oferecer a ele", conta. Assim sendo, tem
mercado para todo mundo, uma vez que as motos de alto valor agregado
ainda é um segmento que mexe com o imaginário do consumidor: "Moto
ainda é uma compra emocional", conclui Suzuki. E você, que sempre
sonhou com uma máquina dessas, já escolheu a sua moto Premium? Opções
não vão faltar.

http://msnmotos.icarros.com.br/noticias/noticia.jsp?id=11393

Motoqueiro Fantasma 2 estreia nessa sexta-feira, 17/02

Depois de morrer e ser trazido de volta à vida pelo demônio no
primeiro filme, na segunda parte da trama o motociclista de saltos
radicais Johnny Blaze (Nicolas Cage) precisa ajudar um menino de 10
anos a fugir dos seguidores de uma seita macabra. Para isso ele vai
ter que usar o poder de se transformar no verdadeiro inferno sobre
duas rodas como o Motoqueiro Fantasma.

O lançamento do filme nos cinemas brasileiros acontece nessa
sexta-feira, dia 17/02. Motoqueiro Fantasma 2 – Espírito da Vingança
(Ghost Rider – Spirit of Vengeance) é uma produção da Sony Pictures,
com distribuição da Imagem Filmes.

O Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider, em inglês) é um personagem das
revistas em quadrinhos da Marvel Comics. As histórias do motociclista
amaldiçoado que lutava por justiça fez grande sucesso, especialmente
na década de 1980, inclusive no Brasil.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Rosacruz Áurea - “veste alquímica de bodas”, ou “veste de ouro”

Apresentando a Rosacruz Áurea


O Lectorium Rosicrucianum ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea
(ou ainda, simplesmente, rosacruz moderna) tem atualmente a sua Sede
Central em Haarlem - Holanda, sendo este também o seu lugar de origem.

Em 1924, os irmãos Zwier W. Leene (1892 - 1938) e Jan Leene (1896 -
1968) entraram para a Sociedade Rosacruz, divisão holandesa que havia
se formado alguns anos antes a partir da "Rosicrucian Fellowship"
(FR), fundada em 1909 por Max Heindel em Oceanside, California, EUA.
Os dois irmãos logo ocuparam um lugar proeminente na Sociedade
Rosacruz e, em 1929, foram designados dirigentes da mesma. No ano de
1930, a Sra. H. Stok-Huizer (1902 - 1990) uniu-se aos irmãos Leene e
juntos empreenderam uma pesquisa espiritual da qual resultou que, em
1935, se tornaram independentes da "Rosicrucian Fellowship". Z.W.
Leene faleceu no ano de 1938, porém o Sr. J. Leene e a Sra. H.
Stok-Huizer continuaram juntos o trabalho iniciado.

Escreveram numerosas obras sob os pseudônimos J. van Rijckenborgh e
Catharose de Petri, respectivamente.

Durante a Segunda Guerra Mundial, as atividades da Sociedade Rosacruz
foram proibidas pelas forças de ocupação, mas logo após o seu fim
puderam ser reiniciadas abertamente. Os dois líderes espirituais
tomaram um novo caminho, centrando-se cada vez mais sobre o conceito
"Gnosis". Literalmente, a palavra "Gnosis" significava para eles
"conhecimento" em um sentido cristocêntrico, o conhecimento direto de
Deus, que é resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual: o
renascimento pela Água e pelo Espírito (João 3:5). Esse processo de
desenvolvimento espiritual é simbolizado pelas "Núpcias alquímicas de
Cristão Rosacruz". 2 mai excluir Giuliano

O nome Cristão Rosacruz foi um termo utilizado pelos rosacruzes
clássicos do século dezessete para designar o protótipo do homem
renascido em Cristo e, assim, totalmente renovado. Ele está a serviço
da humanidade com todo o seu coração e toda a sua alma, pela
realização da verdadeira renovação espiritual.

Em sentido mais amplo, o conceito "Gnosis" foi a denominação utilizada
para o toque universal de Cristo e sua Fraternidade e para o seu
eterno trabalho de salvação através de toda a história, mesmo na época
pré-cristã.

No ano de 1945 a Sociedade Rosacruz adotou o nome Lectorium
Rosicrucianum e apresentou-se ao mundo como "Escola Espiritual
Gnóstica".

Havia simultaneamente nesta mesma época, no sul da França, como se
confirmando a antiga profecia da tradição oral ("após 700 anos, o
loureiro voltará a florir") um despertar do interesse pelas pesquisas
em torno da religião Cátara, tanto nos meios ocultistas, teosóficos e
outros esotéricos quanto da parte de historiadores acadêmicos. Em 1930
havia se formado um grupo de pessoas orientadas para o novo despertar
do catarismo e para a busca do Santo Graal. Entre eles era possível
encontrar personalidades de destaque: um ocultista, um escritor
inspirado como Maurice Magre, intelectuais como Déodat Roché, a
condessa Pujol-Murat, descendente da célebre Esclamonde de Foix, o
poeta e filósofo René Nelli, amigo de André Breton – para quem
"Montségur ainda ardia" (o espírito da intolerância sempre arde) – e,
por fim, Antonin Gadal.

Antonin Gadal foi quem mais aprofundou suas pesquisas espirituais nas
tradições orais da Ocitânia (sul da França). Ele teceu profundos laços
de simpatia com Isabelle Sandy, uma escritora local, com a condessa de
Pujol-Murat, com Paul Alexis Ladame, escritor suíço que tinha uma
grande veneração pelos cátaros, com o escritor Christian Bernadac e
sua família, com Fauré-Lacaussade, historiador local. Ele também foi
auxiliado no plano histórico por padres católicos como Pe. Glory.

Nos anos 1937-38, ocultistas, sobretudo anglo-germânicos, como Walter
N. Birks e Otto Rhan, interessaram-se pelo trabalho de Gadal e o
procuraram. Mas por tratar de uma visão do catarismo bem diferente da
visão do ocultismo, depois de um tempo eles dele se afastaram.

Nos anos finais de sua vida, Antonin Gadal interessou-se pela Rosacruz
Áurea, recohecendo nesta escola espiritual gnóstica um ensinamento e
uma orientação interior em conformidade com o que ele vinha buscando.
Esse encontro histórico entre as duas correntes teve como antecedentes
uma viagem de J. Leene e da Senhora Stock-Huyser a Albi, em 1947, ao
"jardim das rosas", vasto pátio fortificado de uma residência
senhorial de frente para o Tarn. Mas o encontro aconteceu finalmente
em 1956 em Ussat-les-Bains, no Ariège. Em uma cerimônia, foi selada a
junção da Rosacruz Áurea com o grupo iniciático dirigido pelo Sr.
Antonin Gadal. Esse encontro selou, portanto, a aliança da
Fraternidade dos Cátaros com a Rosacruz, representada simbolicamente
pela união da corrente da água com a corrente do fogo.

Os ensinamentos do Lectorium Rosicrucianum estão baseados no conceito
de duas ordens de natureza (aquilo que os historiadores comumente
designam como "dualismo", ou também "maniqueísmo", designando assim as
correntes gnósticas oriundas dos ensinamentos de Mani):

Primeiramente, existe a ordem natural que conhecemos e que é apenas
uma ordem de emergência - uma morada transitória. Esta natureza
envolve tanto os que vivem quanto os que estão mortos.

Tudo nesta natureza está sujeito ao ciclo do nascer, crescer, morrer e
renascer. Em segundo lugar, existe a ordem divina original. A primeira
é o mundo passageiro: nascer, brilhar e fenecer, também chamada de
"dialética"; a segunda é o mundo da eternidade, ou "estática", que é
designada na Bíblia como o reino dos céus.

Este reino está presente no coração do homem como um último vestígio
latente, como uma centelha divina ou átomo centelha do espírito. Esse
princípio faz surgir nos pesquisadores um anseio indefinido, uma vaga
recordação de um estado original perdido, de um estado de ser unido a
Deus no reino da imortalidade.

O dualismo radical, ou seja, a distinção absoluta entre o princípio
espiritual e o p´rincípio humano, ao contrário de como o fazem os
historiadores materialistas em sua ótica visivelmente influenciada
pelo pensamento católico, não é visto pela Rosacruz Áurea como algo
negativo.

Jan Van Rijckenborg, em suas obras, trata de elidir a idéia de uma
distinção entre uma Gnosis "positiva" e uma Gnosis "negativa", ou
entre um gnosticismo mais dualista (influenciado por Mani) em oposição
a um gnosticismo menos dualista, ou de um dualismo mais ameno
(influenciado por Hermes ou por uma suposta corrente "não-gnóstica" do
cristianismo). Para Rijckenborg, trata-se de uma só Gnosis. E o
ensinamento da dualidade entre o divino e o humano, entre o eterno e o
temporal, é sua base essencial.

Através do ensinamento da existência destas duas ordens de natureza
inteiramente distintas, o Lectorium Rosicrucianum visa dar a conhecer
à humanidade a necessidade de retorno à ordem divina através do
processo do "renascimento do espírito" (João 3:9), que foi anunciado
por Jesus. Esse renascimento ou "transfiguração" é um processo de
"morrer diariamente", como Paulo diz em I Cor. 15:31. O que morre é a
velha natureza, a consciência-eu, e o que deve despertar é a natureza
divina: o Cristo interno.

O Lectorium Rosicrucianum não só ensina esse processo a seus alunos
como também os apóia em seus esforços para sua realização.

O ensinamento da sabedoria transfigurística que o Lectorium
Rosicrucianum divulga faz parte da mensagem de todas as grandes
religiões do passado. O conceito de duas ordens de natureza, o
conceito do princípio original latente no coração humano e o do
caminho da transfiguração podem ser encontrados, por exemplo, nas
seguintes frases bíblicas: "Meu reino não é deste mundo" (João 18:36),
"O reino de Deus está em vós" (Lucas 17:21) e "Ele deve crescer e eu
devo diminuir" (João 3:30).

Outro conceito rosacruciano fundamental é o de que o ser humano é um
microcosmo, um pequeno mundo: um sistema de corpos visíveis e
invisíveis ci
circundado por um campo magnético limitado por um "firmamento
microcósmico" ou "lípika". Essa idéia está de acordo com o axioma
hermético: "Assim como é em cima, assim é embaixo".

O caminho da transfiguração compreende cinco fases importantes.

Cada uma destas fases está relacionada:

a) à ligação com o aspecto superior de cada um dos planetas (astrosofia)
b) à MODIFICAÇÃO DE UM DOS CINCO FLUIDOS QUE COMPÕEM A ALMA.

São elas:

1. Auto-conhecimento / conhecimento das duas ordens de natureza: Nesta
primeira fase do caminho da transfiguração, trata-se de compreender a
natureza imperfeita deste campo de vida terrestre e de experimentar o
chamado interno para voltar à ordem divina. É relacionada ao
nascimento na consciência da nova força Mercuriana (Mercúrio), e à
modificação do fluído do sangue (em seu aspecto astral e etérico).

2. Desejar verdadeiramente a salvação: Esta fase é relacionada ao
nascimento da nova consciência Venusiana (Vênus), que manifesta na
consciência o anseio pela verdade e pela libertação. Corresponde à
mudança do fluido nervoso.

3. Render o "eu" ao átomo centelha do espírito para que a salvação
possa ser realizada: Esta é a fase da auto-rendição (da "Endura", como
diziam os antigos Cátaros), da entrega completa ao Cristo interior, é
a fase da morte da personalidade e do ego. Corresponte ao aspecto
superior do planeta Marte, e à mudança dos hormônios. Na simbologia
esotérica cristã, é quando o princípio "João" em nós se rende ao
princípio "Jesus", reconhecendo-o como mestre. O ser humano passa, no
sentido místico, do estado de consciência joanino para o estado Jesus.

4. Nova Atitude de Vida: Esta é a fase em que se desenvolve um novo
comportamento ou atitude de vida que deve ser realizado
espontaneamente sob a direção do átomo centelha do espírito, o
princípio espiritual que passa a governar a alma humana. As
características dessa nova atitude de vida estão descritas, por
exemplo, no Sermão do Monte.

No sentido místico, o que acontece nesta fase é que a nova consciência
governada pelo princípio Jesus (a ligação cabeça-coração) desce pelo
simpático e lá enfreta as três tentações de Lúcifer (3 tentações no
deserto). Depois sobre novamente pelo simpático e passa a governar os
doze aspectos da consciência (doze apóstolos). A força ou radiação
Jesus em nós inicia seus milagres, renovando todo o sistema
microcósmico do ser humano.

No sentido esotérico, esta etapa corresponde à total modificação do
fogo serpentino (o chamado fluido de fogo da Kundalini, que flui pela
coluna), e à sua renovação a partir da Kundalini do coração, e não do
santuário pélvico. Correponde à influência do aspecto superior do
planeta Júpiter em nós.

5. A Nova Alma: É a etapa final do processo de transfiguração, que
significa despertar ou renascer no campo de vida original, com uma
alma totalmente renovada. O sétuplo fluido astral da consciência se
modifica. O ser humano se liga ao aspecto superior do planeta Saturno.
É a etapa das núpcias alquímicas.

Mas este é apenas o início da transfiguração, pois um a um, os doze
aspectos da nossa consciência terão que ser postos à prova. E muitos
deles ainda falharão.

Estas cinco etapas correspondem apenas ao primeiro degrau ou primeiro
círculo sétuplo em que se divide a grande obra espiritual. Eles
correspondem ao renascimento da figura física (os cinco fluidos da
alma).

O ser humano toma consciência de sua origem divina, vê as linhas e
diretrizes que levam à realização e tem que começar a segui-las.

Mas o princípio "Judas" (o aspecto da nossa consciência que se opõe ao
caminho espiritual) ainda atua em nós. E ele sempre trairá o novo
hormônio crístico.

A taça do Graal ainda terá que ser conquistada por meio de uma longa busca...

No segundo degrau ou segundo círculo sétuplo, liga-se aos três
planetas dos mistérios: Urano, Netuno e Plutão. E a renovação da
figura anímica tem processo. É o período de construção de um novo
corpo-alma (a "veste alquímica de bodas", ou "veste de ouro"). O ser
humano deve aplicar as leis que agora lhe são conhecidas a fim de
provocar o crescimento do Cristo interior.

É a etapa do realismo cristão, ou conversão. O indivíduo deve
professar a fé, testemunhar o saber, o ato, a realização. É no sentido
místico o trilhar do caminho de Jesus da cruz até o gólgota.

No terceiro e último degrau ou círculo sétuplo, ocorre a união com a
sabedoria sobrerna e com o bem supremo. É a ressurreição de Jesus na
forma de Cristo, como uma figura espiritual renascida, com um novo
corpo-alma. Divide-se em cinco etapas também, que são as etapas da
constituição de cada um dos aspectos deste novo veículo divino. É a
etapa da realização e coroação de toda a obra.

Estes três círculos ou três degraus correspondem às três etapas da
alquimia: Albedo, Nigredo e Rubedo.

Na simbologia dos antigos Cátaros, eram as três fases: Lagarta,
Crisálida e por último a borboleta (o inseto perfeito)

Na simbologia hermética e rosacruz são as três rosas: branca, vermelha
e dourada.

.........

Após o que acima foi exposto, é importante considerar que os
ensinamentos transfigurísticos não devem ser considerados apenas como
um sistema filosófico ou um estudo teórico, porém, eles devem ser
"vividos". Esse "viver" é o objetivo central do discipulado dos alunos
da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea. E esta "vivência" deste
processo espiritual chamado de transfiguração só é possível através da
ligação do ser humano com um campo de força espiritual, proporcionado
por uma escola espiritual transfigurística.

Antes que o interessado se decida a ingressar na Escola, são dados
tanto o tempo necessário como todas as oportunidades para informar-se
a respeito dela.

Após ter ingressado, a pessoa é livre para, a qualquer momento,
retirar-se da Escola. A liberdade individual é considerada como a
única base legítima para que cada homem siga seu caminho, cumprindo
sua vocação espiritual.

Espera-se dos alunos que adotem certas mudanças básicas em suas vidas,
tais como o vegetarianismo e a abstinência de fumo, álcool e drogas.
Naturalmente espera-se uma alta moralidade. Nas atividades externas
bem como no desenvolvimento interno, homens e mulheres têm as mesmas
oportunidades. Existem alunos de todas as idades e, em particular, há
muitos jovens que participam ativamente do trabalho do Lectorium
Rosicrucianum.

Em muitos países, o Lectorium Rosicrucianum possui centros de
conferências e núcleos onde estão localizados seus Templos. Nestes, os
alunos se reúnem com regularidade para participar dos serviços
templários e reuniões, nos quais estudam a doutrina da sabedoria
transfigurística e refletem sobre como integrá-la a suas vidas.

Em todo o mundo existem mais de 160 núcleos que possuem os mesmos
objetivos. Neles também são realizadas palestras ou reuniões públicas
e cursos para os interessados. No trabalho mundial do Lectorium
Rosicrucianum existem aproximadamente 12000 alunos ativos, além de
cerca de 3000 membros.


Fonte:

www.forum.clickgratis.com.br/tjlivres/t-3330.html

Boxx Corp é "caixa elétrica" de duas rodas

Boxx Corp é "caixa elétrica" de duas rodas

Inusitado. Este é o melhor termo para definir o Corp, um veículo de
duas rodas criado pela empresa americana Boxx.


Com apenas um metro de comprimento o Boxx é movido por um motor
elétrico com autonomia de 32 Km.
Segundo a fabricante, sua velocidade é entre 48 e 56 Km/h, dependendo
da configuração escolhida.

Estima-se que as primeiras unidades da Boxx Corp serão entregues em
2012 e elas já podem ser encomendadas no site oficial da empresa
www.boxxcorp.com pelo preço de US$ 3.995 (cerca de R$ 7.400).


Fonte: moto.com.br

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