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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Maçonaria



A Maçonaria é definida de diversas maneiras. Dentro de uma série de definições, normalmente semelhantes, vamos escolher a seguinte para o nosso estudo:

"É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um".

Vamos separar as palavras, ou conjunto de palavras e analisar o seu significado Maçônico, que é o objetivo deste trabalho, dirigido aos Aprendizes Maçons.

É uma Instituição, .. instituição é "uma associação ou organização de caráter social, educacional, religioso, filantrópico, etc" . No nosso caso, devemos deixar bem claro que não é uma instituição religiosa. Não se propõe a ligar o Maçom com qualquer que seja a divindade do Cosmos ou algo semelhante. Não promete qualquer revelação de mistérios religiosos ou revelações  superiores ou divinas, muito menos se propõe à salvação da alma ou qualquer programa de salvação espiritual. Em suma, não tem configuração de uma religião ou um simulacro religioso.

composta de homens adultos, ...  Supõe-se que pelo fato de serem adultos, os iniciados já possuem uma personalidade individual formada e suas linhas básicas definidas, tanto pessoal como profissional. Se o iniciado assim o desejar e estiver disposto, ele pode reformular seus conceitos e referenciais com base em novos princípios. No caso, ensinamentos maçônicos. A Maçonaria não promete nada aos iniciados. Somente lhe fornece as ferramentas, e os ensina como desbastar a "Pedra Bruta". Por incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os profanos, intensamente, procuram desvendar.

livres e de bons costumes, ...  Hoje em dia todos os homens são fisicamente livres, não há mais escravidão, no sentido nato da palavra. Entretanto, sem que se aperceba, a maioria das pessoas é escrava de vícios ao materialismo, tornando essas pessoas, psicologicamente dependentes, que é um tipo de escravidão, de fontes favoritas de prazer, como dinheiro, sexo, comida, futebol, televisão, costumes sociais, etc,. Podem, inclusive, serem escravas do medo, muito comum nos dias atuais. Medo de acontecimentos futuros, medo de serem assaltadas ou serem mortas, por exemplo. Portanto, o Maçom deve aprender a quebrar esses grilhões invisíveis, libertando-se desses vícios coercitivos. O Maçom livre, deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos. Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de "bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a uma vida mais perfeita e aproveitável.

que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, ... Humanidade feliz é a humanidade fraterna, comunicativa, sincera em seus atos, onde todos se tratam e se comportam, como se todos os seus vizinhos fossem seus irmãos. E como fazer uma humanidade fraterna?

A Maçonaria tem um método próprio, já mencionado acima, que se inicia no nível individual mas tem como finalidade influir no coletivo: toma um indivíduo, como se fora uma pedra bruta, e oferece a ele, como instrumentos de trabalho, seus princípios e filosofia. E o Maçom deverá eliminar suas asperezas e irregularidades, tornando-se pedra cúbica,  que irá ajustar-se justa e perfeitamente no edifício social, perfeitamente coesa, com outras pedras cúbicas, pela argamassa Maçônica, que é contínua no espaço e que a todos une e está em contato.

A fraternidade universal não é uma idéia nova, ou de origem maçônica, mas, na certeza, se existir um dia, resolverá a maior parte dos grandes conflitos humanos. Assim, a fraternidade é uma das bases em que se apoia a Instituição Maçônica.

pelo amor, ... A Maçonaria quando trata desse assunto, está se referindo, com toda certeza, do amor de aspecto philia, que é o amor fraterno, caridoso e não no aspecto eros, amor erótico. É o amor praticado pelos grandes personagens que passaram e passam por este mundo, dando-nos exemplos de caridade, de coragem, de auxílio ao próximo sem nada pedir em troca. É o amor de pessoas que largam tudo, riqueza e fama, para se dedicarem ao aperfeiçoamento da sociedade.

É o amor de membros, ou membro, de uma família que tudo faz para que a mesma esteja sempre unida e coesa, pois sabe que a família é, e sempre será, a pedra do alicerce da sociedade.

pelo aperfeiçoamento dos costumes, ... Todo Maçom, conforme orienta a Instituição Maçônica, deve atuar com firmeza, em qualquer situação ou posição em que se encontrar, impondo sua ética e princípios morais, adquiridos em Loja.. Deve lutar e dar exemplos, contra a corrupção e desagregação da moral na sociedade em que vive. Deve dar exemplos de civismo e amor à Patria. Enfim, deve se aperfeiçoar, para melhorar os costumes de todos que o rodeiam.

Ser justo e perfeito, somente em Loja, entre IIr \, é bom mas não resolve. É necessário levar esse aperfeiçoamento para a comunidade.

pela tolerância, ... É o princípio da tolerância que permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém, como cita o Ir\Theobaldo Varoli Filho: "não se entendam por tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a passividade exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer credo".

E, das Constituições de Anderson temos: "é deste modo que a maçonaria se converterá num centro de união e num meio de estabelecer conciliadora amizade entre os que, de outro modo, permaneceriam separados". Sem dúvida, o conceito de tolerância  exige apurado senso de discernimento e alto grau de sabedoria.

pela igualdade, ... Os Maçons tem em comum a Instituição a que pertencem, indiferentemente de formação intectual, social, religiosa ou origem racial. O fato de terem algo em comum, deve gerar uma igualdade em direitos. Em livros consagrados pela Maçonaria encontramos  que, por maior que seja o  contra senso, a igualdade é sempre valorizada na diversidade. Cada um conquista os seus direitos. A Maçonaria não exige, nem prega, a homogeneização, muito menos a massificação. Representando, simbolicamente, o que está sendo dito, temos o nosso "Pavimento Mosaico" no chão dos nossos templos.

pela liberdade, ... Palavra de difícil compreensão. Normalmente é definida como a faculdade de cada um de se decidir, ou agir, segundo sua própria determinação, livre de qualquer pressão física ou moral. Palavra perigosa no significado, pois em nome da liberdade, cometem-se os mais hediondos crimes. A liberdade exige um conjunto de ações complementares; uma falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibra e desilude.

Jamais deve ser confundida com libertinagem, lembrando sempre que a liberdade do Maçom termina onde começa a de seu outro Irmão.

pelo respeito à autoridade e a crença de cada um. ... A liberdade de pensamento é uma das características da Maçonaria. Porém, existe a necessidade do respeito à opção pessoal de cada um de seus membros no que se refere a partidos políticos e crenças religiosas. O desrespeito, ou intolerância, a essas opções, promoveram, como nos mostra a História, mortes e atrocidades em nome de Deus.

Esta é a origem de se proibir a discussão sobre religião e política em Loja.

Tal comportamento também está definido nas Constituições de Anderson, em 1723. Isto não impede que se comente aspectos religiosos, ou comportamento político, históricos. Entretanto, a Loja jamais deverá ser transformada em tribuna de ataque ou defesa, nesses aspectos.

Concluindo, uma frase filosófica que um dia ouviremos nos graus superiores: "Sem nunca se identificar ou opor a governos e religiões, ou mesmo a uma escola filosófica, a Maçonaria tem mantido sempre como base de seus ensinamentos a liberdade de pensamento, a indagação da verdade e a busca constante e pacífica de uma vida melhor. Nada de partidos políticos ou de seitas religiosas, mas, sempre dentro da moral, da justiça, da tolerância, com absoluto respeito aos credos e às crenças de todos os homens".
 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Take my hand. Trust me.

When I was a young man, a long time ago,
The secrets of Masonry I wanted to know.
Of a Mason I asked what those secrets might be.
He replied,"First, we talk, then we will see."
A petition he granted and ordered it filled
To be read at a meeting and a judgment be willed.
Then questions I answered about God and home;
Of habits and friends; a wife or alone.
In time I was summoned - a date to appear
Before an assembly of men gathered near.
I entered the building and looked up the stair;
Does pleasure or pain await me up there?
A hazing by paddle, taunting by joke?
My petition accepted or maybe revoked?
Introductions and handshakes welcomed me there
And lessons symbolic, an aid to prepare
For a journey in darkness, a predestined plight
To a Holy of Holies, the source of all light.
How well I remember what I heard someone say,
To enter God's Kingdom there is but one way;
Be ye naked and blind, penniless and poor;
These you must suffer 'fore entering that door.
The journey ahead is not yours to know,
But trust in your God wherever you go.
Then assurance from the darkness whispered tenderly,
"My Friend, be not afraid;
TAKE MY HAND;
FOLLOW ME."
With nervous attention a path I then trod;
A pathway in darkness to the altar of God.
With cable-tow and hoodwink, on bare bended knee,
A covenant was made there between God and me.
Charges and promises were made there that night.
Dispelling the darkness and bringing me light.
Mid lightening and thunder and Brethren on row!
Cast off the darkness! And cast off the tow!
In the company of men, a man you must be,
Moral in character, the whole world to see.
Trust in your God, promise daily anew
To be honest and upright in all things you do.
Each man is a brother in charity to share
With those suffering hunger, pain or despair.
The widow and orphan and brother in pain
Depend on your mercy their welfare to gain.
The secrets of Brethren keep only in mind.
To the ladies of Brethren be noble and kind.
Go now, my brother, your journey's begun
Your wages await you when your journey is done.
That journey I started, Oh, so long ago
And I've learned of those things I wanted to know.
I've learned of the secrets, not secret at all,
But hidden in knowledge within Masons' hall.
Childhood yields to manhood, manhood yields to age,
Ignorance yields to knowledge, knowledge yields to sage.
I've lived all my life the best that I could,
Knowing full well how a good Mason should.
I know of those times when I slipped and then fell.
What's right and what's wrong were not easy to tell.
But a trust in my God and a true brother's hand.
Helped raise me up and allowed me to stand.
I've strode down the old path, Masonically worn
By all Mason's raised for the Masons unborn.
But this tired old body, once young and so bold,
Now suffers the afflictions of having grown old.
The almond tree's flourished; the grinders are few.
The housekeepers tremble; desires fail too.
The locusts are a burden; fears are in the way.
The golden bowl is breaking, a little every day.
Mine eyes are again darkened, my sight again to fail;
I sense the Master's presence mid my family's silent wail.
I've laid aside my working tools, my day is nearly done.
For long I've played the game of life; the game's no longer fun.
Life's pathway ends before me. I see what's meant for me;
An acacia plant is growing where a beehive used to be.
The Ethereal Lodge has summoned from beyond the wailing wall
And I vowed that I must answer when summoned by a call.
Again I stand bewildered at the bottom of the stair
In nervous apprehension of what awaits me there.
Once again, and now alone, I stand without the door.
With faltering hand, I slowly knock as once I did before.
I pray again to hear those words,
whispered tenderly,
"My son, be not afraid.
TAKE MY HAND;
FOLLOW ME."
Autor: Sir Knight Alvin F. Bohne, P.M.

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