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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Então o ano acabou... Dezembrite pura...

Praticamente o último dia do ano, esse período dá uma dezembrite danada. Coisas que não foram, coisas que não tinham que ser e que foram.

Mais um ano acaba, nessa jornada inexorável que é a vida, mais um ano de perdas e ganhos, de vitórias e muitas derrotas.

Fico bem triste essa época do ano, me dá um saudosismo de outras épocas, e sempre me dá uma sensação de desmoronamento.

Tempo que éramos crianças, de inocência, de vida leve e divertida, com família completa, com companhias. Isso tudo vai diminuindo...

Pessoas vêem e vão, e deixam buracos onde alocamos espaço em nossos corações para elas. Deixam um vazio. E nosso coração vai indo assim, pela vida, ganhando cada vez mais furos.

Talvez, quando não reste mais nada para esburacar em nossos corações, seja a hora de partirmos desse mundo...

É inevitável: a gente acaba por fazer um balanço do que passou e que a gente queria que tivesse feito - e vemos que cronogramas são sempre feitos para serem furados...

Projetos que não saem do imaginário...

E dá uma agonia premente de fim de ciclo, de fim de ano - isso que é a dezembrite

E ainda tem a obrigação das festas de fim de ano, como se fosse legal festejar todas as merdas que aconteceram no ano que passou.

Não sei porque a gente acaba por lembrar dos fracassos e tropeços do ano. Acho que eles nos afetam muito mais do que as coisas boas que passaram. Marcam mais.

Machucam mais.

Mas a vida é assim, uma sucessão de atropelos e desavenças e poucos sucessos, entre dois papéis: a certidão de nascimento e de óbito.

E como dizia um colega meu, a gente vai até onde o curréi güentá...



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