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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

ABS Brake - How it works



Here is a simple explanation of how an ABS Brake works!

Uma explicação simples de como funciona o freio ABS, que não deixa travar as rodas!

Reto Escocês Retificado

Considerado por uns como uma maçonaria elitista – uma super-maçonaria ou uma maçonaria dentro da maçonaria – e visto por outros como um desvio – uma para-maçonaria, uma maçonaria marginal ou até mesmo uma "falsa maçonaria" – o Regime Escocês Retificado, criado por Jean Baptiste Willermoz na segunda metade do século XVIII, coloca aos membros da ordem, assim como aos "maçonólogos" que o observam de fora, um enigma, tanto em razão das suas origens quanto dos seus usos e, dos seus ensinamentos.

Sabemos que, como a Vida, única em suas fontes essenciais, e múltipla em suas manifestações substanciais, a Ordem dos Franco-maçons, UNA em seu projeto fundamental de erigir a Cidade Ideal onde reinariam o Espírito e o Amor Universal, se fragmenta exteriormente num elenco de ritos cuja diversidade, fonte de indiscutível enriquecimento, inscreve-se grosseiramente nas heranças históricas e culturais dos membros que os praticam. Sem esta diversidade de formas e usos pode-se apostar que a franco-maçonaria não teria atravessado vitoriosamente três séculos de história no curso dos quais não lhe foram poupados golpes e provações tanto internos – conventos tempestuosos, cismas… – quanto externos – anátemas pontificais, hostilidade latente dos meios ditos racionalistas. Irmãos mantenham-se à direita, irmãos, mantenham-se à esquerda…

Cada rito maçônico apóia-se numa corrente inicática, que ele exprime com maior ou menor sucesso e maior ou menor coerência no tortuoso dédalo dos graus sucessivos, cujos número é variável, e que se repartem em classes (Lojas, capítulos, etc.) distinguidos por cores extraídas da simbólica alquímica: azul, verde, vermelho, branco. Os três primeiros graus, os graus azuis, constituem a passagem inicial comum a todos os ritos.

Quando de sua elevação ao terceiro grau, o novo Mestre Maçom aprende que a "PALAVRA" foi perdida. É, tradicionalmente, a consequência infeliz do assassinato do Arquiteto Hiram Abif por três maus companheiros. Se, como defendem alguns, como Ragon, o curso maçônico deveria limitar-se aos três graus azuis – aprendiz, companheiro e mestre – constataríamos que os maçons experimentariam um sentimento de frustração em sua fome, sendo a vocação dos graus superiores justamente a de reaver a verdadeira PALAVRA que (de que serviria saturar-se de perífrases evasivas?) foi trazida de volta e revelada pelo Cristo àqueles que têm ouvidos para ouvir.

Em nome de um humanismo mal compreendido e mal digerido, a quase unanimidade dos maçons se empenha em complicar – ocorreu um processo de valorização neste sentido – o que é no entanto muito simples: Hiram morreu levando consigo a PALAVRA para o fundo de sua sepultura; Cristo ressuscitou para nos devolver a PALAVRA (os gnósticos em seu tempo não se equivocaram ao associar o Cristo ao Logos) e nos restabelecer em nossa dignidade prístina, a de antes da prevaricação do Anjo. Neste ponto, o Regime Escocês Retificado, fundamentado na corrente iluminista do século XVIII, é o mais esclarecedor. O quarto grau, o de Mestre Escocês de Santo André, fundamenta-se no pensamento filosófico de Martinez de Pasqually e de Louis-Claude de Saint-Martin. Ele dá ao HOMEM DE DESEJO as chaves da REINTEGRAÇÂO, e depois do parêntese capitular de Escudeiro Noviço e de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, este ensinamento fundamental, este núcleo da Tradição será continuado e aprofundado nas classes da Profissão e da Grande Profissão.

Assim, o Regime Escocês Retificado representa o Centro de União de todos aqueles que reivindicam o Cristianismo em pureza filosófica, de todos aqueles que compreenderam que o Cristianismo é o ponto culminante da tradição ocidental, que ele é o "verdadeiro humanismo espiritual" que a Franco-maçonaria "filosofal", assim como o martinismo, avatares modernos da espiritualidade eterna, veicularam até os nossos dias.

Esta matéria foi publicada originalmente em L'Initiation no Nº 4 de 1985.
Fonte: Revista L'Initiation no Nº 1 – Abril-Junho de 2001

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Livro da Lei

A Grande Loja Unida da Inglaterra, em 04 de setembro de 1929, lançou, e foi aprovado pela Franco Maçonaria universal, os "Princípios de Base" para o reconhecimento de regularidade de uma Grande Loja ou um Grande Oriente:


Art. 06: - As três grandes Luzes da Franco Maçonaria, o Livro da Lei Santa, o Esquadro e o Compasso, ficarão sempre expostos quando dos trabalhos da Loja.


A mais importante das três é o Livro da Lei Santa (The Volume of Sacred Law).


Nos países da Europa, da América, da Oceania, o L.L.S. usado é a Santa Bíblia, pois ela é o Livro Sagrado da grande maioria.


Vou tecer mais algumas considerações, extraídas de livros neo-zelandeses, devido ligação íntima que eles tem com a Grande Loja Unida da Inglaterra.


A Maçonaria é uma disciplina não um credo.


 Ela assume, entretanto a existência de um Criador mas não faz nenhum esforço para explicar essa Divindade e nem enumera, nem define Seus atributos divinos. Ela permite a liberdade a seus obreiros que tenham seus próprios pontos de vista sobre a essa questão.


Similarmente, a Maçonaria aceita a Bíblia, ou outro Livro da Lei Sagrado, como um aceitável guia da Fé. Além do mais, a Maçonaria não faz nenhum esforço para interpretar as escrituras ou questionar ou responder seu conteúdo, suas origens, história e seus textos.


A Maçonaria toma a posição de que a Bíblia, por exemplo, contém, por si só, evidências de crenças para dirigir e guiar todos aqueles que regulam suas vidas pela Luz de seus ensinamentos. Para nós, Maçons, esse propósito e prática de moral, nada mais é necessário.


Se um Irmão quer aconselhamentos mais profundos, tais como as interpretações dos textos e de seus ensinamentos, deverá consultar um padre, ou pastor ou semelhante, da sua própria Igreja ou Culto Religioso.


A Maçonaria não é um substituto da igreja, seja ela qual for.

 

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Trono de Salomão

Denomina-se de Cadeira de Salomão a cadeira onde toma assento o Venerável Mestre da Loja quando a dirige em sessão ritual.

Em si, não tem nada de especial. É uma peça de mobiliário como outra qualquer. É como qualquer outra cadeira. Porventura (mas não necessariamente) um pouco mais elaborada, com apoio de braços, com maior riqueza na decoração, com mais cuidado nos acabamentos. Ou não...

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor essencialmente simbólico. Integra, conjuntamente, com o malhete de Venerável e a Espada Flamejante (esta apenas nos ritos que a usam), o conjunto de artefatos que simbolizam o Poder numa Loja maçónica. Ninguém, senão o Venerável Mestre, usa o malhete respetivo. Ninguém, senão ele, utiliza a Espada Flamejante. Só ele se senta na Cadeira de Salomão.

A Cadeira de Salomão destina-se, pois, tal como os outros dois artefatos referidos, a ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja. Assim sendo, importante e significativo é o nome que lhe é atribuído. Não se lhe chama a Cadeira de César ou o Trono de Alexandre. Sendo um atributo do Poder, não se distingue pelo Poder. Antes se lhe atribui o nome do personagem que personifica a Sabedoria, a Prudência, a Justa Sageza. Ao fazê-lo, está-se a indiciar que, em Maçonaria, o Poder, sempre transitório, afinal ilusório, sobretudo mais responsabilidade que imperiosidade, só faz sentido, só é aceite, e portanto só é efetivo e eficaz se exercido com a Sabedoria e a Prudência que se atribui ao rei bíblico.

Quem se senta naquela cadeira dispõe, no momento, do poder de dirigir, de decidir, de escolher o que e como se fará na Loja. Mas, em maçonaria, se é regra de ouro que não se contraria a decisão do Venerável Mestre, porque tal compromisso se assumiu repetidamente, também é regra de platina que, sendo-se livre, não se é nunca obrigado a fazer aquilo com que se não concorda. O Poder do Venerável Mestre é indisputado. Mas, para ser seguido, tem de merecer a concordância daqueles a quem é dirigido. E esta só se obtém se as decisões tomadas forem justas, forem ponderadas, forem prudentes. O Poder em maçonaria vale o valor intrínseco de cada decisão. Nem mais, nem menos.

A Cadeira de Salomão é pois o lugar destinado ao exercício do Poder em Loja, com Sabedoria e Prudência. Sempre com a noção de que não é dono de qualquer Poder, que só se detém (e transitoriamente) o Poder que os nossos Irmãos em nós delegaram, confiando em que bem o exerceríamos.

Não está escrito em nenhum lado, não há nenhuma razão aparente para que assim tenha de ser. Mas quase todos os que se sentaram na Cadeira de Salomão sentem que esta os transformou. Para melhor. Não porque esta Cadeira tenha algo de especial ou qualquer mágico poder. 

Porque a responsabilidade do ofício, o receber-se a confiança dos nossos Irmãos para os dirigirmos, para tomar as decisões que considerarmos melhores, pela melhor forma possível, por vezes após pronúncia dos Mestres da Loja em reunião formal, outras após ter ouvido conselho de uns quantos, outras ainda em solitária assunção do ónus, transforma quem assumiu essa responsabilidade. 

A confiança que no Venerável Mestre é depositada pelos demais é por este paga com o máximo de responsabilidade. Muito depressa se aprende que o Poder nada vale comparado com o Dever que o acompanha. Que aquele só tem sentido e só é útil e é meritório se for tributário deste.

A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão não lhe permite distinguir se é confortável ou não. Não é apta a que sinta que se encontra num plano superior ou central ou especial em relação aos demais. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão vê todos os rostos virados para ele. Aguardando a sua palavra. Correspondendo a ela, se ela for adequada. Calmamente aguardando por correção, se e quando a palavra escolhida não for adequada. A primeira vez que um Venerável Mestre se senta na Cadeira de Salomão fá-lo instantaneamente compreender que está ali sentado... sem rede!

E depois faz o seu trabalho. E normalmente faz o seu trabalho como deve ser feito, como viu outros antes dele fazê-lo e como muitos outros depois dele o farão. E então compreende que não precisa de rede para nada. Que o interesse é precisamente não ter rede...

Quem se senta na Cadeira de Salomão aprende a fazer a tarefa mais complicada que existe: dirigir iguais!

Fonte: A Partir Pedra

Terceiro Grau nas Lojas Simbólicas

 

Depois de alguns anos na Maçonaria, começa a formar no pensamento do Maçom interessado, a dúvida se na época dos Maçons Operativos, existiam, ou não, os três Graus existentes hoje na Especulativa.


Vou tecer alguns comentários sobre esse assunto, fruto de pesquisa realizada em livros editados na Inglaterra e Nova Zelândia.


É aceito, de modo geral, entre todos os historiadores maçônicos, idôneos, que em 1717, na Inglaterra havia somente dois Graus:


- Aprendizes (Entered Apprentice)

- Companheiros (Fellow Craft)


Não havia o Grau de Mestre. O que era assim chamado, na Operativa, era o chefe, o mais experiente, dos demais e que era o responsável pela obra.

Entre 1717 e 1730, na Especulativa, houve uma divisão, um arranjo, entre os dois graus existentes, dando origem a três graus. No livro "Short History of Freemasonry – 1730" de Knoop e Jones, é dito que, de modo muito provável, o conteúdo do Primeiro Grau se dividiu, formando um novo Primeiro Grau e um novo Segundo Grau.


O Segundo Grau antigo se transformou no Terceiro Grau – o Grau de Mestre Maçom, que antes não existia. Esses dois renomados pesquisadores acham que isso deve ter ocorrido após 1723, pois não foi citado nas Constituições de Anderson, e antes de 1730, pois no livro "Masonry Dissected" de Samuel Prichard foi mencionado a existência desses três Graus.


A formação da Grande Loja da Inglaterra em 1717 teve, em seguida, muitas mudanças na ritualística sendo, aparentemente, finalizadas em1813 com a formação da Grande Loja Unida da Inglaterra (ver Pílula nº 56) Pesquisas indicam que no começo somente a Grande Loja formada em 1717 podia conferir esse Terceiro Grau – de Mestre Maçom – para as Lojas. Entretanto, muitas Lojas foram adicionadas às quatro primeiras e isso se tornou impraticável. Depois de alguns anos, todas as Lojas conferiam o Grau de Mestre aos obreiros merecedores. 

 

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

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