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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Blade Runner (1982) - Like tears in rain...





Vi de novo Blade Runner, o original de 1982, e que fantástico é esse filme.

A trama psicológica é a que importa, o peso psicológico que os Replicantes, andróides que têm a duração máxima de 4 anos para não desenvolverem sentimentos humanos, carregam é uma constante no filme.

Eles não compreendem o porquê do fato que suas vidas têm duração finita, e que apesar de serem mais fortes e mais rápidos, convivem com esse dilema.

O filme é belíssimo, a chuva o tempo todo incomoda e faz um clima mais noir ainda, e ainda por cima, sempre de noite.

E Deckard (Harrison Ford) o caçador dos Replicantes que estão ficando revoltosos por estarem sentimentais também, se apaixona por uma Replicante (Sean Young) e deixa de caçá-la para fugir com ela.


E ainda tem a trilha sonora do Vangelis, que foi feita para se escutar no último volume com aqueles bumbos ressoando em cada compasso, mantendo o clima de vanguarda e ao mesmo tempo noir.

E no fim, o Replicante mais inteligente, Roy (Rutger Hauer - que morreu na vida real no mesmo ano que morreu seu personagem Replicante, 2019), pronuncia essa frase famosa, que diz que "todos esses momentos serão perdidos no tempo... como lágrimas na chuva." 



Poético pra caramba: mostra a consciência da morte e sua efemeridade de sua existência (pensamento que tentamos evitar a todo custo), bem como o sentimento humano que tinham os Replicantes... 

Uma curiosidade: o filme foi baseado no livro "Do androids dream of electric sheep?" (Androides sonham com ovelha elétrica?) e o nome Blade Runner vem de outro livro de um vendedor de navalhas, mas que era cool demais para desperdiçar...

"You will be required to do wrong no matter where you go. It is the basic condition of life, to be required to violate your own identity. Philip K. Dick, Do Androids Dream of Electric Sheep?"

QUE FILMAÇO!




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