Hoje li algumas coisas interessantes sobre esse "inocente" livro infantil...
Lewis Carroll foi um crítico mordaz da sociedade inglesa da época, escrevendo o livro para crianças, mas que continha mensagens subliminares sobre o que acontecia e que incomodava à todos.
Alice persegue um coelho, que passa gritando que é tarde e entra em um buraco - ela cai também e chega num lugar onírico, cheio de visões, típico de quem usava o Láudano, um derivado do ópio, que na época Vitoriana era encontrado em quase todos os lares de Londres, na forma líquida em frasquinhos, da mesma maneira que se acha aspirina em comprimidos em todos os lares hoje.
O láudano era utilizado contra dores de cabeça, dores nas juntas, cólicas, e pasmem, até mães davam para seus bebês para que dormissem mais calmos e elas pudessem cumprir suas jornadas de trabalho de 14 horas nos moinhos e tecelagens da Revolução Industrial.
E Lewis Carroll viu um efeito do láudano, que ele retrata no episódio do bebê da Duquesa que vira porco - os bebês que usavam constantemente o láudano, dado por suas mães, ficavavam com seus olhos inchados e apertados, e o nariz pontudo - como se parecessem porquinhos - eis aí uma observação mordaz de Carroll criticando o costume da época.
Alice toma um líquido de um pequeno frasco que aumenta seu tamanho - típica alucinação de quem usa opiáceos, que sofrem uma despersonalização do corpo, experimentando visões de aumento ou diminuição de seus corpos ou de objetos próximos.
Alice seguiu o coelho e o encontrou à mesa com o Chapeleiro Maluco - outra alusão à um problema seríssimo de Londres, das fábricas de chapéus que transformavam o pêlo de coelhos em feltro para fabricar chapéus.
Lewis Carroll foi um crítico mordaz da sociedade inglesa da época, escrevendo o livro para crianças, mas que continha mensagens subliminares sobre o que acontecia e que incomodava à todos.
Alice persegue um coelho, que passa gritando que é tarde e entra em um buraco - ela cai também e chega num lugar onírico, cheio de visões, típico de quem usava o Láudano, um derivado do ópio, que na época Vitoriana era encontrado em quase todos os lares de Londres, na forma líquida em frasquinhos, da mesma maneira que se acha aspirina em comprimidos em todos os lares hoje.
O láudano era utilizado contra dores de cabeça, dores nas juntas, cólicas, e pasmem, até mães davam para seus bebês para que dormissem mais calmos e elas pudessem cumprir suas jornadas de trabalho de 14 horas nos moinhos e tecelagens da Revolução Industrial.
E Lewis Carroll viu um efeito do láudano, que ele retrata no episódio do bebê da Duquesa que vira porco - os bebês que usavam constantemente o láudano, dado por suas mães, ficavavam com seus olhos inchados e apertados, e o nariz pontudo - como se parecessem porquinhos - eis aí uma observação mordaz de Carroll criticando o costume da época.
Alice toma um líquido de um pequeno frasco que aumenta seu tamanho - típica alucinação de quem usa opiáceos, que sofrem uma despersonalização do corpo, experimentando visões de aumento ou diminuição de seus corpos ou de objetos próximos.
Alice seguiu o coelho e o encontrou à mesa com o Chapeleiro Maluco - outra alusão à um problema seríssimo de Londres, das fábricas de chapéus que transformavam o pêlo de coelhos em feltro para fabricar chapéus.
Acontece que usavam Nitrato de Mercúrio e respiravam os vapores deletérios durante toda a sua vida laboral - o nitrato de mercúrio levava a deterioração do sistema nervoso central, ocasionando tremores, problemas de fala, alucinações e por fim a morte.
É a loucura do Chapeleiro Maluco, que faz todas aquelas barbaridades à mesa, junto do coelho, na hora do chá, observados pela incrédula Alice.
Intoxicação por Mercúrio...
Uma outra crítica é sobre a Rainha de Copas, que Carroll retratou como sendo uma caricatura de todas as monarcas que exigiam que cabeças fossem cortadas aos seus mais ínfimos desejos, e que incomodava já a sociedade da época, mas que não criticava, por medo de represálias.
Os soldados da rainha pintaram todas as rosas brancas de vermelho - uma alusão também ao sangue, mas principalmente à Guerra das Rosas, episódio sangrento da história da Inglaterra, no qual os partidários da casa de York usavam rosas brancas em suas lapelas, e os partidários da casa Lancaster, rosas vermelhas...
Uma outra crítica é sobre a Rainha de Copas, que Carroll retratou como sendo uma caricatura de todas as monarcas que exigiam que cabeças fossem cortadas aos seus mais ínfimos desejos, e que incomodava já a sociedade da época, mas que não criticava, por medo de represálias.
Os soldados da rainha pintaram todas as rosas brancas de vermelho - uma alusão também ao sangue, mas principalmente à Guerra das Rosas, episódio sangrento da história da Inglaterra, no qual os partidários da casa de York usavam rosas brancas em suas lapelas, e os partidários da casa Lancaster, rosas vermelhas...
Isso era suficiente para que fossem mortos os partidários opostos em embates de natureza política, o que acabou culminando na já citada guerra.
Interressante notar que, num livro aparentemente inocente, Lewis Carroll embutiu críticas à sociedade londrina de sua época que passavam despercebidas para as crianças, que se divertiam com a estória, mas que alertavam aos adultos o que acontecia.
Uma verdadeira obra de arte, com mensagens subliminares que poucos adultos hoje em dia sabem...
Interressante notar que, num livro aparentemente inocente, Lewis Carroll embutiu críticas à sociedade londrina de sua época que passavam despercebidas para as crianças, que se divertiam com a estória, mas que alertavam aos adultos o que acontecia.
Uma verdadeira obra de arte, com mensagens subliminares que poucos adultos hoje em dia sabem...
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