O Barqueiro Caronte
-> Patuscadas, nonsenses, lugares comuns (e incomuns) e outras bazófias... Antes de morrer, lembre-se de levar uma moeda para pagar Caronte e cruzar para o outro lado do Estige...
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
As Três Feridas Narcísicas da Humanidade, por Freud
De novo, o cara - ele é super!
As três feridas narcísicas da humanidade, expostas por Freud, referem-se a descobertas científicas que deslocaram o ser humano de uma posição central e privilegiada, abalando o seu autoamor narcísico e a sua suposta superioridade.
As três feridas são:
A Ferida Cosmológica (Nicolau Copérnico): Causada pela descoberta de que a Terra não é o centro do universo (Heliocentrismo), mas apenas mais um planeta girando em torno do Sol e descentralizou o ser humano do ponto de vista físico e cósmico, tirando-o de uma posição especial no plano universal.
A Ferida Biológica (Charles Darwin): Veio com a Teoria da Evolução, que demonstrou que o ser humano é apenas mais uma espécie animal, que evoluiu a partir de formas de vida mais simples, e não uma criatura especial e superior, criada à parte, e descentralizou o ser humano do ponto de vista biológico, confrontando a ideia de ser uma criação única e destinada a dominar.
A Ferida Psicológica (Sigmund Freud - a Psicanálise): Considerada por Freud a mais recente e talvez a mais dolorosa, é a descoberta de que o indivíduo não é senhor de sua própria casa, ou seja, o Eu (Ego) não é o senhor absoluto da psique, revelando a existência do Inconsciente, uma força psíquica que governa grande parte de nossos pensamentos, desejos e ações, mostrando que a nossa consciência e racionalidade têm um domínio limitado sobre nós mesmos.
Essas feridas são 3 golpes fortes no narcisismo do Homem, que descobre que ele não é o centro nem o ápice da criação, nem superior a tudo...
A terceira ferida narcísica, a Psicológica, bota em choque a crença do ser humano ser senhor de suas paixões - descobre que o Inconsciente é cheio de conteúdos reprimidos e inconfessáveis, que moldando seus sentimentos e pensamentos, às vezes contraria a vontade consciente e comanda ações que abalam a autonomia do ser humano e impõem a humildade de aceitar que algo incontrolável está dentro de sua mente, deixando-nos à mercê de impulsos e desejos que desconhecemos e muitas das vezes não sabemos como detê-los.
Freud achava que era a ferida mais difícil de aceitar pois estava dentro da mente do ser humano o Inconsciente incontrolável, como uma fera presa e mostrava a fragilidade e a falta de controle à que estamos sujeitos...
São fantásticos os textos desse ícone da Psicanálise!
Mensagens sutis em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll
Hoje li algumas coisas interessantes sobre esse "inocente" livro infantil...
Lewis Carroll foi um crítico mordaz da sociedade inglesa da época, escrevendo o livro para crianças, mas que continha mensagens subliminares sobre o que acontecia e que incomodava à todos.
Alice persegue um coelho, que passa gritando que é tarde e entra em um buraco - ela cai também e chega num lugar onírico, cheio de visões, típico de quem usava o Láudano, um derivado do ópio, que na época Vitoriana era encontrado em quase todos os lares de Londres, na forma líquida em frasquinhos, da mesma maneira que se acha aspirina em comprimidos em todos os lares hoje.
O láudano era utilizado contra dores de cabeça, dores nas juntas, cólicas, e pasmem, até mães davam para seus bebês para que dormissem mais calmos e elas pudessem cumprir suas jornadas de trabalho de 14 horas nos moinhos e tecelagens da Revolução Industrial.
E Lewis Carroll viu um efeito do láudano, que ele retrata no episódio do bebê da Duquesa que vira porco - os bebês que usavam constantemente o láudano, dado por suas mães, ficavavam com seus olhos inchados e apertados, e o nariz pontudo - como se parecessem porquinhos - eis aí uma observação mordaz de Carroll criticando o costume da época.
Alice toma um líquido de um pequeno frasco que aumenta seu tamanho - típica alucinação de quem usa opiáceos, que sofrem uma despersonalização do corpo, experimentando visões de aumento ou diminuição de seus corpos ou de objetos próximos.
Alice seguiu o coelho e o encontrou à mesa com o Chapeleiro Maluco - outra alusão à um problema seríssimo de Londres, das fábricas de chapéus que transformavam o pêlo de coelhos em feltro para fabricar chapéus.
Lewis Carroll foi um crítico mordaz da sociedade inglesa da época, escrevendo o livro para crianças, mas que continha mensagens subliminares sobre o que acontecia e que incomodava à todos.
Alice persegue um coelho, que passa gritando que é tarde e entra em um buraco - ela cai também e chega num lugar onírico, cheio de visões, típico de quem usava o Láudano, um derivado do ópio, que na época Vitoriana era encontrado em quase todos os lares de Londres, na forma líquida em frasquinhos, da mesma maneira que se acha aspirina em comprimidos em todos os lares hoje.
O láudano era utilizado contra dores de cabeça, dores nas juntas, cólicas, e pasmem, até mães davam para seus bebês para que dormissem mais calmos e elas pudessem cumprir suas jornadas de trabalho de 14 horas nos moinhos e tecelagens da Revolução Industrial.
E Lewis Carroll viu um efeito do láudano, que ele retrata no episódio do bebê da Duquesa que vira porco - os bebês que usavam constantemente o láudano, dado por suas mães, ficavavam com seus olhos inchados e apertados, e o nariz pontudo - como se parecessem porquinhos - eis aí uma observação mordaz de Carroll criticando o costume da época.
Alice toma um líquido de um pequeno frasco que aumenta seu tamanho - típica alucinação de quem usa opiáceos, que sofrem uma despersonalização do corpo, experimentando visões de aumento ou diminuição de seus corpos ou de objetos próximos.
Alice seguiu o coelho e o encontrou à mesa com o Chapeleiro Maluco - outra alusão à um problema seríssimo de Londres, das fábricas de chapéus que transformavam o pêlo de coelhos em feltro para fabricar chapéus.
Acontece que usavam Nitrato de Mercúrio e respiravam os vapores deletérios durante toda a sua vida laboral - o nitrato de mercúrio levava a deterioração do sistema nervoso central, ocasionando tremores, problemas de fala, alucinações e por fim a morte.
É a loucura do Chapeleiro Maluco, que faz todas aquelas barbaridades à mesa, junto do coelho, na hora do chá, observados pela incrédula Alice.
Intoxicação por Mercúrio...
Uma outra crítica é sobre a Rainha de Copas, que Carroll retratou como sendo uma caricatura de todas as monarcas que exigiam que cabeças fossem cortadas aos seus mais ínfimos desejos, e que incomodava já a sociedade da época, mas que não criticava, por medo de represálias.
Os soldados da rainha pintaram todas as rosas brancas de vermelho - uma alusão também ao sangue, mas principalmente à Guerra das Rosas, episódio sangrento da história da Inglaterra, no qual os partidários da casa de York usavam rosas brancas em suas lapelas, e os partidários da casa Lancaster, rosas vermelhas...
Uma outra crítica é sobre a Rainha de Copas, que Carroll retratou como sendo uma caricatura de todas as monarcas que exigiam que cabeças fossem cortadas aos seus mais ínfimos desejos, e que incomodava já a sociedade da época, mas que não criticava, por medo de represálias.
Os soldados da rainha pintaram todas as rosas brancas de vermelho - uma alusão também ao sangue, mas principalmente à Guerra das Rosas, episódio sangrento da história da Inglaterra, no qual os partidários da casa de York usavam rosas brancas em suas lapelas, e os partidários da casa Lancaster, rosas vermelhas...
Isso era suficiente para que fossem mortos os partidários opostos em embates de natureza política, o que acabou culminando na já citada guerra.
Interressante notar que, num livro aparentemente inocente, Lewis Carroll embutiu críticas à sociedade londrina de sua época que passavam despercebidas para as crianças, que se divertiam com a estória, mas que alertavam aos adultos o que acontecia.
Uma verdadeira obra de arte, com mensagens subliminares que poucos adultos hoje em dia sabem...
Interressante notar que, num livro aparentemente inocente, Lewis Carroll embutiu críticas à sociedade londrina de sua época que passavam despercebidas para as crianças, que se divertiam com a estória, mas que alertavam aos adultos o que acontecia.
Uma verdadeira obra de arte, com mensagens subliminares que poucos adultos hoje em dia sabem...
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Primeira Tópica de Freud - Teoria Topográfica de Freud
Uma das maiores sacadas de Freud, que eu gostava muito de estudar e discutir na Faculdade de Psicologia, era a topografia freudiana do Consciente e Inconsciente, um conceito fundamental na Psicanálise, também conhecida como Primeira Tópica ou Teoria Topográfica.
Freud dividiu o aparelho psíquico em três "lugares" virtuais, que se referem a sistemas com características e modos de funcionamento diferentes:
O Inconsciente, onde rola a parte mais vasta e profunda da psique e contém conteúdos reprimidos ou recalcados, como desejos, medos, traumas e impulsos que são incompatíveis com as normas sociais e morais, e que foram excluídos da consciência - é onde mora o perigo das nossas mentes...
Ele é inacessível diretamente à Consciência. O material inconsciente só se manifesta de forma disfarçada (distorcida, deformada) em fenômenos como sonhos, atos falhos (tipo lapsos de linguagem ou esquecimentos), sintomas neuróticos, chistes (piadas), operando pelo processo primário, ilógico, regido pelo Princípio do Prazer, que busca sempre a satisfação imediata dos desejos, sem filtrar a possibilidade real de realização.
Os sonhos são conteúdos que se manifestam se libertando da prisão do Inconsciente, que realiza seus desejos através das imagens oníricas, a fim de descarregar um pouco a tensão acumulada. Por isso a privação do sono é tão prejudicial à manutenção da saúde mental do indivíduo.
Desses fenômenos vou falar em outro post, porque adoro o texto "os Chistes e outras Parapraxias" de Freud. São fenômenos muito pitorescos de se presenciar.
O Pré-Consciente, é o segundo "lugar", e contém pensamentos, memórias, conhecimentos e sentimentos que não estão na consciência no momento, mas que podem ser facilmente acessados com um pequeno esforço da atenção ou da memória - é o "filtro" entre o Inconsciente e o Consciente. Serve como uma área de passagem e censura. Seus conteúdos são acessíveis, mas censurados pelo que ele acha que pode ou não aparecer na parte Consciente, um pouco mais lógico e organizado temporalmente, mas não é a realidade imediata.
E finalmente, o Consciente, a parte mais superficial do aparelho psíquico. Inclui tudo o que o indivíduo tem conhecimento imediato, ou seja, suas percepções, pensamentos, sentimentos e lembranças do momento atual - a parte que aparece, está em contato direto com o mundo exterior e com as informações internas (sensações, pensamentos atuais), operando pelo Processo Secundário, que é lógico, racional, temporal e regido pelo Princípio da Realidade (avalia as condições do mundo real antes de permitir a satisfação das pulsões dentro de uma possibilidade factível e mais moralmente aceita).
Essa topografia da Primeira Tópica pode ser comparada à um Iceberg, sendo que a ponta visível e pequena é a parte Consciente, o que vemos de imediato. Submersos na água, logo abaixo está o pré-Consciente (mais raso e que pode boiar à tona facilmente) e no fundo, imerso na escuridão, bem maior e mais denso, está a parte invisível representando o Inconsciente (a maior parte da mente, onde residem os conteúdos recalcados que, apesar de ocultos, são a força motriz que influencia decisivamente a personalidade e o comportamento - tipo a Deep Web da mente...).
Essa Primeira Tópica que Freud formulou baseado em seus estudos forma a base para se entender a Segunda Tópica, onde Freud define o Id, o Ego e o SuperEgo, modelo mais refinado, que tratarei em outro post.
Eu acho que Freud foi um cara visionário, e que merece muita atenção por seus estudos que revolucionaram a psicanálise.
Os objetos interestelares
A identificação dos objetos 1I/'Oumuamua, 2I/Borisov e, mais recentemente, 3I/ATLAS marca um novo e fascinante capítulo na astronomia.
Estes são os primeiros corpos celestes confirmados como interestelares — visitantes que não se formaram no nosso Sistema Solar, mas sim em sistemas estelares distantes, e que vieram vagando pelo espaço galáctico até cruzarem a órbita do Sol.
Por isso a sequencia numérica e o "I", de interestelar. São os 3 primeiros corpos celestes classificados dessa categoria que a humanidade detectou.
Suas naturezas forasteiras conferem-lhes características singulares que desafiam nosso conhecimento sobre a formação planetária e a composição cósmica.
O que torna estes objetos tão diferentes daquilo que os humanos conhecem, como cometas e asteroides do nosso próprio sistema, é a sua origem extrassolar, comprovada por suas órbitas fortemente hiperbólicas.
Essa trajetória significa que eles não estão gravitacionalmente ligados ao Sol, entrando e saindo do nosso sistema em alta velocidade, sem jamais retornar.
Essa característica por si só já os distingue de todos os outros corpos em órbita solar fechada.
1. O Enigmático 1I/'Oumuamua (O Mensageiro)
Forma e Comportamento Atípicos: Descoberto em 2017, o 'Oumuamua (palavra havaiana para "mensageiro de longe que chegou primeiro") chocou os cientistas pela sua forma.
Estima-se que seja extremamente alongado, como um "charuto" ou um "disco" fino, com uma proporção comprimento/largura inédita.
Aceleração Não-Gravitacional: A característica mais intrigante foi sua ligeira aceleração ao se afastar do Sol que não podia ser totalmente explicada pela gravidade.
Em cometas comuns, isso é causado pela sublimação de gelos, mas o 'Oumuamua não mostrava a coma (nuvem de gás e poeira) típica de cometas.
Essa ausência de cauda e a forma incomum levaram alguns cientistas a cogitarem até hipóteses de origem artificial.
2. O Cometa "Puro" 2I/Borisov (O Cometa Primitivo)
O Primeiro Cometa Interestelar:
Descoberto em 2019, o Borisov foi o primeiro visitante interestelar a apresentar atividade cometária visível, com uma coma e cauda evidentes, parecendo-se mais com os cometas que conhecemos.
Composição Intacta: Análises revelaram que sua poeira e gás eram mais uniformes e sua polarização de luz maior do que a de cometas típicos do Sistema Solar, sugerindo que ele é um objeto menos processado ou mais primitivo.
Ele pode ter se formado em um ambiente mais frio ou ser um fragmento mais puro, que guardou material químico mais intocado, oferecendo uma "cápsula do tempo" de um sistema estelar distante.
3. O Misterioso 3I/ATLAS (O Antigo Forasteiro)
Raro em Dióxido de Carbono e Muito Velho:
Identificado em 2025, o 3I/ATLAS destacou-se por uma composição química incomum, sendo rico em dióxido de carbono.
Algumas evidências sugerem que ele pode ter se originado no "disco espesso" da Via Láctea, uma região de estrelas mais antigas.
Mais Antigo que o Sol: Essas características levaram à especulação de que o 3I/ATLAS pode ser mais antigo que o próprio Sistema Solar, trazendo material que se formou antes mesmo do nosso Sol nascer.
A observação detalhada de sua atividade química intensa ao se aproximar do Sol oferece uma oportunidade ímpar para estudar a diversidade química em outras galáxias.
Conclusão: Uma Janela para Outros Mundos
Estes três objetos interestelares — o misterioso charuto sem cauda, o cometa primitivo e o provável fragmento mais antigo que o Sol — funcionam como emissários de mundos distantes.
Eles confirmam que o espaço interestelar está repleto de "matéria-prima" e fragmentos ejetados de outros sistemas planetários.
Ao estudar a química, a forma e o comportamento desses viajantes, a humanidade obtém uma janela única para a diversidade e a evolução da matéria em toda a galáxia, permitindo-nos comparar nosso "quintal cósmico" com o de estrelas vizinhas.
Vídeos alarmantes que dizem que são naves cósmicas ou que são sondas alienígenas mostram que o desconhecido ainda atiça a mente dos seres humanos.
Se o 3I/Atlas for realmente uma nave para destruir a Terra, nada resta a fazer, não tem para onde fugir.
Então...
Melhor é deixar prá lá... Se vierem nos destruir, tomara que na hora eu esteja bêbado!
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Filme "General" - Goran Višnjić
Retrata a vida de Ante Gotovina, General na Guerra da Independência da Croácia.
O cartaz acima diz: "General. Heroi. Soldado. Sujeito".
Mesmo ator croata que fazia a série E.R. de pronto socorro americana, o Goran Višnjić.
Ele fazia a séria do E.R. e sempre pedia para os produtores para falar na Croácia e dizer que era croata (inclusive seu personagem).
Muito legal esse orgulho!
Sou louco pra ver esse filme!
Tem uma folha no meu feijão!!!! Que ignorância!
Avaliação feita pelo cliente, compartilhada no fórum /funny do Reddit — Foto: Reprodução/Redd
A publicação, que traz uma captura de tela da avaliação, foi feita pelo usuário raj000777 no fórum r/funny (divertido, em português) em 26/10 e atraiu mais de 74 mil interações.
"Comi aqui pela primeira vez nesta noite. A carne foi provavelmente a melhor que eu já experimentei, mas encontrei uma folha inteira no meu feijão. Não posso aguentar isso (emoji enojado)", diz o texto da resenha.
O print mostra também a resposta do restaurante, que não foi identificado. "Estamos felizes que você gostou da carne. Mas acho que você nunca viu folhas de louro na sua comida anteriormente. Se vir no futuro, pode ficar tranquilo. É um sinal de que alguém gastou tempo e esforço para fazer sua comida do zero", replicou o estabelecimento. O restaurante também pediu desculpas pela surpresa.
Nos comentários, os usuários elogiaram a postura do restaurante.
"Bem, essa é uma forma de transformar uma crítica ruim em propaganda para o seu negócio", disse um deles. Mas outras pessoas assumiram que já passaram por situações semelhantes.
"Isso aconteceu comigo quando era novato na marinha. Tivemos espaguete no jantar uma noite e achei uma folha de louro inteira, pensei que devia ser algum tipo de sujeira", comentou outra pessoa, que acrescentou que foi criado comendo refeições prontas e a família usava apenas sal e pimenta como tempero.
Se tiver outra pandemia... Não é a questão. A questão é quando...
Virus do tipo Coronavírus, respiratórios, se propagam freneticamente entre os animais - humanos ou não... São muito mais fáceis de pular de um organismo à outro através do ar, muito mais do que os vírus que necessitam de relações sexuais ou de compartilhamento de fluidos e secreções em grandes quantidades. Isso já sabemos...
Em 2019 iniciou-se a COVID19 através da disseminação do vírus do tipo Corona e fez o estrago que fez. E o que aprendemos? Que foi ruim. Estamos com medo? Me parece que não... Porque já estamos andando de ônibus lotados com as janelas fechadas, estamos servindo refeições sem usar máscaras, estamos promiscuamente nos aglomerando preparando o terreno para um outro vírus pandêmico. Nem parece que ficamos isolados tanto tempo, nem parece que as práticas higiênicas melhoraram um pouco.
E a peste negra foi resultado da peste bubônica disseminada através de pulgas infectadas dos ratos que grassavam na sujeira e confusão das grandes cidades da época, com a bactéria Yersinia pestis como vilã... Essa é a primeira hipótese... E matou muita gente...
O livro de Camus, "A PESTE", é uma crítica à essa invasão aterradora da peste bubônica, muitos anos depois da peste que ocorreu nos anos 1343-1356, iniciando com o aparecimento de ratos mortos nas ruas da cidade de Oran, na Argélia. Logo em seguida, as autoridades fecham a cidade (lembram do lockdown?) e impõem uma quarentena isolando os habitantes do mundo externo. Isso causou sofrimento e desespero, ainda mais vendo as pessoas adoecendo e morrendo perto dos seus conhecidos.
Eventos de solidariedade acabaram acontecendo, visto que o ser humano não é inerentemente mau, mas as mortes iam aumentando e o caos foi-se instalando - máscaras foram preconizadas, e como acabaram incomodando, alguns habitantes passaram a não usá-las, gerando revolta e sofrimento (alguma semelhança?)...
Dois médicos começaram a pesquisar e unir esforços para combater a peste, que apesar do estrago, acabou sendo debelada com medidas sanitárias que ajudaram a conter o avanço da doença. Isso depois de muito caos.
Da mesma forma que aconteceu na COVID19, as pessoas tiverem que fazer escolhas difícies, às vezes duvidosamente imorais, mas o sentimento de humanidade e solidariedade aparecia como um alívio, com ações altruístas de abnegados tentando salvar a cidade.
Mas atos egoístas e de indiferença à doença do outro também aconteceram, muitas vezes levando os habitantes a se confrontarem com a delicadeza da existência humana e a fragilidade da vida.
Esse livro virou best-seller na pandemia de COVID19...
E mesmo tendo passado a Peste Negra, a Gripe Espanhola, Gripe Aviária, a Gripe do porco, H1N1, H2, H3, H4, H5N1 e N2 e COVID19, entre outras pestes, a Humanidade ainda tenta tirar lucro durante a pandemia, proteger vacinas que poderiam debelar uma doença que potencialmente tinha o poder de acabar com a raça humana, de superfaturar respiradores e cilindros de oxigênio e máscaras (que chegaram a faltar)... Tudo em prol do lucro! Não quero dizer que o lucro é errado, mas um momento de comoção global não era a hora para exploração e superprecificações.
E parece que não aprendeu nada e caminha de novo, com a promiscuidade das aglomerações e da falta de higiene quotidiana dos atos comuns das populações como andar de transporte público, ir a cinemas, teatros, alimentar-se em restaurantes, em direção ao Caos que outra doença global irá causar. E já tem um novo tipo de vírus respiratório na China (sempre lá?) que está afetando as vacas e que já conseguiu, mesmo que poucas vezes, saltar de um bovino para um humano, através de mutação.
E já existem estudos que comprovam que a famigerada Peste Negra dos anos 1300 não foi somente carreada por ratos, mas que os humanos tiveram um papel preponderante na sua propagação, com sua falta de higiene e promiscuidade das aglomerações....
Agora é só esperar outra pandemia, não é questão de se vai acontecer, mas de quando será....
Megaoperação no Rio
As notícias estão pipocando sobre o acontecido na capital do estado do Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, da captura e esfacelamento de facções criminosas.
Essa ação não foi súbita, foi programada e desenhada por um ano inteiro e buscava capturar e desmantelar a rede de terrorismo e tráfico que impera no Rio de Janeiro.
Mas porque chegou no ponto que chegou?
Barricadas nas entradas de favelas, táticas de guerrilha, jogaram bomba na polícia usando drones, os criminosos têm armas que matam policiais e derrubam helicópteros - enquanto o povo de bem da favela fica sitiado, os bandidos mandam e desmandam nas comunidades - já há o absurdo de ter que se pagar taxa de mudança e gás somente da milícia. O tecido gangrenou, só debridando para não matar o organismo de sepse.
Porque o governo deixou crescer a massa crítica, não fez nada para deter o avanço enquanto era pequeno, e diversos mecanismos ditos "humanitários" começaram a pulular impedindo que a polícia pudesse agir com assertividade, favorecendo o crime organizado a crescer.
Anos atrás quando a gente precisava de ligar para um filho na escola, ou da escola para os pais, usava-se o telefone da secretaria... Hoje todos têm que estar com seus telefones a tiracolo, à distância de um braço, numa urgência que não existe...
O que impede de colocar bloqueadores em presídios, de onde os chefões dos cartéis de droga e dos terroristas continuam comandando as atrocidades que grassam pelo Rio?
As milícias proliferando, o crime invadindo os setores mais abastados da sociedade, o dinheiro fácil da corrupção, entra em todos os setores. E como fazer para parar? Cada vez mais difícil. Hoje existem advogados e empresários no tráfico, ao lado desses bandidos.
E essa megaoperação não vai resolver o problema do crime e do tráfico - ele é um problema intrínseco, já está arraigado e entranhado na sociedade carioca e só com uma repressão pesada é que poderá ser detido. Esses bandidos não são mais jovens adultos armados em gangues de favelas - são o crime organizado, com conexões em máfias perigosas e mundiais.
Mas é um problema que cresce em todo o mundo - a humanidade está cada vez mais degradada e cada vez mais perdida. Não se tem educação em casa, não se tem mais valores de moral. O sonho do moleque da favela não é trabalhar - é entrar para o tráfico e andar de carrão, de motão, de lancha e usar ouro e ostentar. Trabalhar sob a CLT virou chacota entre os jovens.
A sociedade está rota, quebrada...
"Sozinhos não temos condições de vencer essa guerra. Uma guerra contra o estado paralelo que vem se demonstrando mais forte. Mais poder bélico e poder financeiro (...) Os governadores têm muito a percepção de que grande parte das lideranças criminosas de seus estados passa por aqui. Toda ajuda será bem-vinda, mas será técnica e ordeira, sem politicagem. "
Cláudio Castro
Governador do estado do Rio de Janeiro
Precisamos de mais abraços e menos telas
Precisamos de menos telas e mais interações humanas, mais contato e menos ZAP, menos Insta e mais pele, mais calor de outro ser humano!
Devemos abraçar mais, e abraçar com intenção - não abraços chochos sem emoção e sem amor.
Quando for abraçar uma pessoa, deixe que seu pé direito toque o pé direito dessa pessoa, pela parte de dentro, para que o espaço seja compartilhado, seja único e com intenção.
O pé tocando o pé da outra pessoa significa que você está dizendo para ela que caminhará ao lado dessa pessoa e a ajudará quando precisar, pois você será a sua companhia nos momentos difíceis.
Deixe que seus joelhos se toquem, estreitando ainda mais o abraço, significando que ao dobrar os joelhos juntos na adoração da força superior que a outra pessoa escolher, ou durante uma queda, você estará ajoelhado ao lado dessa pessoa, sempre auxiliando.
Encoste o seu peito no dela - sintam os corações batendo em uníssono inundados pelo amor que vem do alto e que infunde a toda a humanidade com as benesses da vida. Sintam a vida pulsando!
E por fim, abrace a outra pessoa passando seu braço por trás das costas dela e apertando ela com força contra seu peito, reafirme que o amor, a amizade e a camaradagem que você presta à ela vem da maior profundeza do seu ser.
Envolva a pessoa na sua aura, na emanação de sua vida e preste à ela a homenagem que ela merece!
Abracem os amigos, e acabem com a individualidade das telas que fazem as pessoas cada vez mais conectadas, mas cada vez mais solitárias.
O mundo era muito mais feliz e amoroso quando o telefone tinha um fio que o prendia direto na parede...
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