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sábado, 9 de agosto de 2025

O nome Inefável

S


ejamos sinceros: tem muito Mestre por aí que não tem a mínima noção do que é o Nome Inefável, sua origem e simbologia. 

Já outros fazem o favor de inventar lendas e teorias místicas que vão além da imaginação dos simples mortais. 

Entre elas, podemos citar a lenda de que, se você pronunciar o Nome corretamente, terá poderes ilimitados (Superman?). 
Tratemos aqui apenas do que é real: 

O que é Inefável? 

A palavra inefável descreve algo que não pode ser pronunciado, ou seja, impronunciável, indizível. 
Seria algo tão sagrado que sua pronúncia seria indevida, restrita apenas aos escolhidos, e dita apenas nos momentos apropriados. 

Assim, o Nome Inefável seria o nome de um Deus eterno, único, onipresente e invisível. 
Afinal de contas, se só há Ele, então Ele não precisa ser nomeado, e se Ele está presente em todos os lugares, então Ele não precisa ser chamado. 

Com essa crença, os judeus posicionaram seu Deus acima dos deuses de outros povos, pois Ele não estava vinculado a animais ou aos astros e não possuía concorrentes. 

Mas para transmitir as histórias e ensinamentos de sua crença, os judeus precisavam se referir a Ele de alguma forma. 

Para isso, adotaram "títulos" como Elohim (a Autoridade), El Shaddai (Todo Poderoso), Adonai (Senhor), Elyon (Altíssimo), Ehyeh-AsherEhyeh (Eu sou o que sou), e outros. 

Esses títulos foram devidamente traduzidos nas bíblias tradicionais e são amplamente usados pelas igrejas e seus sacerdotes ao mencionarem o G∴A∴D∴U∴ .

Como em todos os povos das mais remotas eras tinham nos sacerdotes os guardiões de algum tipo de segredo ou mistério, com os judeus não poderia ser diferente. 

Assim, ficou o Sumo Sacerdote, líder religioso do povo judeu, responsável por guardar a pronúncia do verdadeiro nome do G∴A∴D∴U∴ e pronunciá-lo apenas quando em cerimônia específica no Templo de Jerusalém. 

O nome teria sido informado inicialmente a Moisés por Deus através da Sarça Ardente. 
Dessa forma, o nome servia como uma espécie de senha, um segredo que era transmitido pelo Sumo Sacerdote a seu sucessor e aos Reis coroados por ele, sempre de forma ritualística, dentro do Templo. 

Na verdade, todo bom judeu sabia como se escrevia o nome verdadeiro de Deus, mas apenas o Sumo Sacerdote e o Rei sabiam pronunciá-lo. 

Você deve estar se perguntando: Como isso é possível? 

Explicando de uma forma bem simplista: O hebraico é uma língua que só se escreve com consoantes. 
Assim, o leitor judeu precisa conhecer a pronúncia da palavra para pronunciar as vogais corretas. 

Para quem achar isso um pouco estranho, saiba que produzimos exemplos claros disso todos os dias: vc = você; tbm = também; blz = beleza. 

O nome de Deus seria escrito com 04 letras hebraicas correspondentes às letras JHVH de nosso alfabeto (tetragramaton), mas como as pessoas nunca haviam escutado a palavra, não sabiam como pronunciá-la. 

Poderia ser mais de 100 combinações, Isso sem considerar a hipótese das consoantes estarem misturadas, o que aumenta as possibilidades de combinação para mais de mil. 

De qualquer forma, seja pela morte daqueles que a sabiam ou pela destruição do Templo, único lugar onde o nome poderia ser pronunciado, a palavra se perdeu. 

Uma versão que surgiu com o tempo foi a utilização das vogais de Ehyeh-AsherEhyeh (Eu sou o que sou) com o Tetragramaton, o que gerou a versão Jihaveh (Javé, em português). 

Mas também convencionou-se adotar os sons de Adonai, título mais comum para denominar Deus, em combinação com o Tetragramaton, o que gera o nome Jihovah (Jeová, em português), que se consolidou como a "versão correta" do nome do G∴A∴D∴U∴, apesar de não existir quaisquer outros indícios para tanto. 

Por esse motivo, o nome continua sendo "inefável" para os judeus ortodoxos e muitas outras vertentes religiosas e esotéricas. 

Para nós, Mestres Maçons, independente de qual seja a pronúncia correta, o que realmente importa são os profundos ensinamentos que esse símbolo ilustra. 

E uma dessas lições é de que, apesar do G∴A∴D∴U∴ ser chamado de tantos diferentes nomes e visto de tantas diferentes formas, conforme a cultura, costumes e crenças de cada povo e cada ser, 

Ele é o mesmo, único, oculto aos nossos olhos, mas presente em nossas vidas.


Kennyo Ismail M∴M∴

Versinhos

Nesse site tem palmeiras
Que na minha terra não há

As aves que aqui gorjeiam
Já não cantam por lá...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Maçons são lampiões



Reproduzo abaixo um texto de muita sabedoria!

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Aqueles que viveram em algum lugar, sem luz elétrica como eu, que fui criado na campanha, devem lembrar-se do velho e saudoso lampião. Para quem não o conheceu, deve-se destacar que o lampião é um utensílio que serve para iluminar. Normalmente, tem um depósito de combustível (querosene, quase sempre), um pavio (normalmente de tecido, para pegar fogo), um regulador, para o tamanho do pavio, e consequente intensidade da chama e um vidro protetor, para evitar que o vento apague o fogo. Esse vidro suja muito e é necessário limpá-lo constantemente.

Assim, um lampião com combustível, pavio bem regulado e vidro limpo, quando aceso gera luz. Brilha no escuro.

Quando somos exaltados a Mestre, dizem-nos que, agora, temos luz própria, que devemos iluminar o caminho dos que nos seguem. Portanto, o Mestre Maçom, também, é um lampião, e assim como este, devemos ter um depósito de combustível (conhecimento, sabedoria) bem cheio. Da regulagem de nosso pavio dependerá a clareza e intensidade da chama, da luz que queremos transmitir aos Irmãos. Uma boa frequência, saber manifestar-se de maneira oportuna, equilibrada, são condições importantes para que nossa chama brilhe com força. Finalmente, nosso vidro deve estar bem limpo para a passagem da luz. Devemos saber falar de maneira a sermos entendidos, convencermos, ensinarmos aquele grupo de Irmãos ao qual nos dirigimos.

Portando, é necessário estarmos atentos mais e mais ao que o cargo que ocupamos nos exige. Estudando, participando de seminários, encontros, treinamentos, palestras, lendo muito, etc., para termos uma boa bagagem e ferramentas para atendermos às expectativas em nós depositadas. A leitura constante e a participação em eventos mantêm cheio nosso depósito de combustível, atualizando nossos conhecimentos. O entusiasmo, a participação em Loja, o interesse faz com que nosso pavio seja grande e forte, proporcionando uma chama brilhante, que a todos atinge. Nosso vidro limpo é nosso bom relacionamento e conhecimento dos Irmãos, fazendo com que haja uma harmonia entre todos e deixando a luz passar.

Este vidro, que no lampião funciona como uma proteção para o vento não apagar o fogo, em nossa vida maçônica, também, funciona como uma proteção contra o descaso, o ostracismo, a falta de interesse. O vidro não é inquebrável (não somos insubstituíveis), mas quanto maior a espessura desse vidro, maior será a proteção.

Pergunte-se para que serve um lampião estragado? Ou seja, sem tanque de combustível, ou sem pavio. Certamente a resposta será: não serve para nada. É inútil!

Pois se em nossa vida maçônica faltar bagagem de conhecimentos (depósito de combustível), falta de equilíbrio emocional ("pavio curto"), ou estivermos desatualizados (com o vidro opaco/sujo), talvez, para nada serviremos. Seremos inúteis, ao ponto de ficarmos na prateleira (sem nenhum cargo) e um dia sermos jogado fora.

Portanto, estude, participe de eventos, leia bastante, atualize-se, transmita sua sabedoria, seja um Mestre, e brilhe mais e mais.

Autor: Vilson Marion Flores da Silva

Fonte: blog o ponto dentro do círculo

quarta-feira, 27 de março de 2024

COMO FAZER SUA LOJA MAÇÔNICA CRESCER E SE FORTALECER



- Participe de tantas reuniões e funções quanto possível.

- Apareça cedo, fique até tarde.

- Suporte as atividades e participe.

- Leia. Estude. Aprenda. Ensaie. Discuta. Ensine. Cresça. Melhore.

- Esteja preparado! Tire os olhos do ritual. Conheça o ritual e os deveres das três cadeiras de coração: aprenda o ritual do cargo que está acima de você; conheça o cargo que você ocupa e a cargo subordinado a você. Ensine esta mesma prática a todos os oficiais.

- Fortaleça a cadeia. Comprometa-se em melhorar a vida de todos os Oficiais e Irmãos que você conhece.

- Viva a Maçonaria fora e dentro da Loja - 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

- Aceite um cargo. Assuma uma responsabilidade. Seja voluntário. Faça o seu melhor!

- Arregace as mangas. Ajude! Continue humilde. Devolva o que recebe.

- Abandone todo ego e orgulho tolo.

- Convide e envolva candidatos e irmãos. Incentive-os a se apropriarem da Loja e de sua jornada.

- Evite o "boato". Evite fofocas.

- Construa com as forças dos outros. Incentive a paixão e novas ideias.

- Todas as mãos no convés! Muitas mãos fazem o trabalho mais leve.

- Nunca fale negativamente de um Oficial ou membro de Comitê ou Comissão.

- Forme Oficiais ou membros de Comitês para a Ordem.

- Pague suas mensalidades antecipadamente. Doe frequentemente.

- Trate aos outros como família; com a mais alta consideração, estima e respeito.

- Planeje, pratique, prepare, persevere.

- Honre o passado, preserve as tradições e a cultura da Loja.

- Lidere pelo exemplo. Seja a mudança que você deseja ver na Loja.

- Não pergunte o que a Maçonaria pode fazer por você; mas o que você pode fazer pela Maçonaria.

- Siga o Código: as Grandes Luzes, as Obrigações, Encargos, Old Charges, Antigos Landmarks, Código de Julgamento, Constituição e Regulamentos da Grande Loja, Estatutos, Monitores, Cerimônias, Orientações e os vários Rituais da Maçonaria devem ser o seu guia constante; seu modus operandi; e seus padrões de procedimentos operacionais. Se você não concordar, estude a Legislação e tome as devidas providências e processo apropriado para alterá-las.

- Seja positivo. Nunca veja uma situação como impossível. Aceite o desafio, supere todos os obstáculos e produza resultados positivos que beneficiam a todos.

- Incorpore ordem e decoro. Siga o protocolo e etiqueta adequados. Evite conversas privadas durante as reuniões e cerimônias de conferências de graus.

- Nunca abrigue ressentimentos ou brigas contra qualquer irmão. Vá até ele. Resolva o problema. Faça as pazes. Cure todas as feridas. Fortaleça o vínculo.
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Autoria desconhecida.

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Brasil vai mal no PISA: novidade?

O teste PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - avalia a qualidade do ensino, baseado na performance dos alunos em Matemática, Linguagem e Ciências. 

E "novidade" - o Brasil foi mal! Que esperar de um país que investe cerca de 3000 dólares por ano (em contrapartida a OCDE investe mais de 10.000) por estudante e que mantém os mesmos métodos arcaicos e ultrapassados de ensino dessas disciplinas, sem nenhuma conexão com a vida do estudante, às vezes apenas decoradas para "passar" de ano?

Desde 2000 o Brasil vem dirigindo o pelotão do meio da má performance dos alunos - muitos alunos saem do ensino médio sem saber calcular um volume, resolver uma equação simples, saber algo de ciências ou entender uma idéia geral de um texto.
 
Uma vergonha! Ficamos debatendo essas políticas de gênero e problemas sem importância, vereadores dando nome para ruas, mas uma reforma do ensino, do método de ensino, nada. Criaram um currículo esdrúxulo de linhas malucas para as crianças aprenderem outras disciplinas, mas de que vale, se nem as básicas estão aprendendo?

E esses meninos que não conseguem extrair uma idéia de um texto, serão os "ingenhêros" e "dotôres" que cuidarão de nossas obras e de nossa saúde.

Onde iremos parar? Falo isso há alguns anos - analfabetismo funcional, ignorância em matemática e ciências básicas - não saber calcular uma causa e efeito...

Daí saem os anti-vacinas e os terraplanistas - os que negam a ciência e preferem, na ignorância, retroceder para antes dos avanços conseguidos com tanto sacrifício!

Triste retrato da insuficiência do ensino e da incapacidade de ver a realidade. 

Urge mudar o método de ensino e aplicar a escola na vida dos estudantes!

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