Quando começou a despertar de seu torpor deparou-se com um indivíduo
estranho, que estava se deleitando com sua situação - um Mago.
Porque estava ele rindo ? O louco não achava graça nenhuma.
Mas o Mago cada vez mais contorcia-se de riso, derrubando de sua mesa
seus objetos mágicos - mas também pudera - sua mesa só tinha três pés
- como é que ele pensa que essa mesa ficaria estável ? - pensou o
Louco.
Para mim que sou louco, isso é normal, mas para ele não pode ser.
Engraçado que cada vez mais o Louco achava que o Mago não batia bem da
cabeça.
Do outro lado do mundo, o Mago via o Louco como um indivíduo passivo,
meio louco até, já que ele o provocava com suas prestidigitações e ele
nem reagia.
Era difícil descobrir quem era o mais embusteiro da estória, já que
um achava que estava enganado o outro, visto que o Louco achava que o
Mago não tinha a idéia muito boa, e o Mago achava que o Louco era
louco mesmo.
Eram dois mundos que apenas se tocavam pela percepção daquele
momento, mas que viajavam em direções diametralmente opostas.
Mas o Mago era aberto - toda a sua vida e arte estavam naquela mesa,
e o Mago rapidamente a montou novamente - e mostrando uma moeda ao
Louco, empunhou sua varinha mágica e desapareceu, levando consigo sua
mesa e suas quinquilharias.
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