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terça-feira, 26 de maio de 2015

ATERSATA

Atersata, palavra muitas vezes escrita de forma errada como
"artezata", ou "aterzata", é de dificil localização nos dicionários
maçônicos em geral (tanto nos nacionais como nos escritos na lingua
inglesa). Na língua inglesa é escrito como "athersada".

É uma palavra de origem Persa, com o significado de "mão forte, mão
poderosa". Obviamente, a tradução com significado mais objetivo é: "o
Governador que dirige com total poder, com mão forte!".

Na verdade, esse nome encontrado na Biblia (Septuaginta) é o nome dada
ao Governador Persa de Jerusalém que acompanhou Zorobabel e Nehemias
(vide "Esdras" II. 63; "Nehemias" VII. 65-70, descritos abaixo).

E o Atersata proibiu-os de comer coisas sagradas, até que conseguissem
encontrar um sacerdote.....

Por isto tudo, fizemos uma aliança sagrada....pelos nossos sacerdotes.
Estes foram os que assinaram: Neemias, o Atersata, filho de
Helquias....

Na Ordem de Heredom de Kilwinning, este era o nome do chefe supremo
dessa Ordem. E, na Maçonaria Francesa e na Brasileira, entre outras, é
o nome do presidente do "Sublime Capítulo Rosacruz" do Rito Escocês
Antigo e Aceito, na divisão que vai do 15º ao 18º Grau.

Em 586 a.C, Judá, a remanescente e importante cidade do grupo das 12
tribos dos Hebreus (cisma de 921 a.C.), foi conquistada e destruída
por Nabudonossor II, chefe dos Babilônios. Nessa época, o primeiro
Templo, o de Salomão, construído em 980 a.C, foi totalmente destruido
e todos os hebreus foram levados, cativos, para o exílio na Babilônia.

Posteriormente, em 538 a.C. a Babilônia foi conquistada por Ciro, o
Grande, que, diferente dos demais conquistadores, dava liberdade
religiosa e de costumes, aos povos conquistados. Dessa forma, os
hebreus tiveram permissão de retornarem a sua terra.

Depois disso é que todos os hebreus começaram a serem chamados de
'judeus", o que anteriormente, era usado somente para os pertencentes
aos nascidos em Judá.

O titulo de Atersata foi recebido por Neemias dado pelo Rei da Persia,
provavelmente Dario III, a quem servia, para ser o Governador da nova
Judéia.

Após o retorno dos judeus o segundo Templo foi construído, denominado
de templo de Zorobabel.



M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Quem foi Leo Taxil ?

Qual era a ligação de Leo taxil com a Maçonaria, na Europa?

Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo
Taxil, foi educado por Jesuítas e mais tarde se juntou a Maçonaria.
Posteriormente, ele pediu demissão e retornou para a fé católica.
Começou a escrever contra a Maçonaria dizendo que a mesma praticava
cultos satânicos, acentuando a discordância entre esta última e o
Clero.

De 1885 a 1897 ele publicou muitos livros anti-maçônicos e durante
esse período perpetrou uma fraude enorme sobre a Igreja Católica
Romana, que na época não se apercebeu de suas intenções. Essas suas
atividades anti-maçônicas, eram altamente rentáveis para ele,
financeiramente.

Além de seus livros anti-maçônicos, conseguiu ser recebido em
audiência solene pelo Papa Leão XIII. Qualquer sugestão de ser um
trote de Leo Taxil, era rebatida e compensada pelos depoimentos de
altas autoridades da Igreja.

Seu esforço e embuste supremo foi a invenção de uma mulher "Diana
Vaughan" acusada de ter nascido em 1874 como a filha do "Satã". Diana
Vaughan, não existia, mas, através dele, foi uma escritora prolífica
sobre assuntos anti-maçônico e recebeu grande publicidade e elogios
entusiasmados dos chefes da Igreja Católica.

Esse assunto foi questionado no Congresso anti-maçônico realizada em
Trient em 1896, e um comitê foi criado para determinar a veracidade do
mesmo de uma vez por todas. Taxil produziu, falsamente, uma
"fotografia" da Miss Vaughan na Conferência.

Eventualmente, em 1897, numa reunião convocada por ele em Paris, Taxi!
informou diante de um imenso, que ele havia conseguido perpetrar o
maior embuste dos tempos modernos; que Diana Vaughan nunca havia
existido e que, por 12 anos ele tinha enganado a Igreja Católica
Romana, da maneira mais flagrante. Quase foi linchado e fugiu com
proteção da polícia local.

De tempos em tempos, aparecem livros antimaçônicos, inspirados nas
idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele.

Na Maçonaria norte americana, igrejas fundamentalistas encontram,
nesses livros, material para suas campanhas..

Toda a história é completamente fantástica, existe em diversos livros,
e vale a pena ser lida em detalhes.



M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

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