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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Fanáticos e Fanatismo

Em termos religiosos, temos que, segundo os dicionários, fanático "é
quem, ou que se julga inspirado por Deus". De modo geral fanático "é
quem, ou que se apaixona demasiadamente por uma causa ou pessoa".

Podemos aprofundar esta nossa pesquisa consultando trabalhos do
pranteado Ir.:Nicola Aslan, dizendo que os fanáticos eram os
sacerdotes antigos dos cultos de Isis, Cibele, Belona, etc., que eram
tomados de delírio sagrado, e que se laceravam até fazer correr
sangue. A palavra tomou, assim, o sentido de misticismo vulgar, que
admite poderes ocultos, que podem intervir graças ao uso de certos
Rituais. Emprega-se, também, para indicar a intolerância obstinada
daquele que luta por uma posição, que considera evidente e verdadeira,
e que está dis­posto a empregar até a violência para fazer valer suas
opiniões e para con­verter a outros que não aceitam as suas idéias.
Dai tomar-se o termo, por extensão, para apontar toda e qualquer
crença, quer religiosa, ou não, desde que haja manifestação obstinada
por parte de quem a segue.

Esta palavra vem do latim fanum, Templo, lugar sagrado. Fanaticus era,
em latim, o inspirado, o entusiasmado, o agitado por um furor divino.
Pos­teriormente, tomou o sentido de exaltado, de delirante, de
frenético. E, . finalmente, o de supersticioso.

Desse modo, podemos agora definir o Fanatismo como sendo a dedicação
cega, excessiva, ao zelo religioso; paixão; adesão cega a uma doutrina
ou sistema qualquer, inclusive político. Podemos afirmar que o abuso
das praticas religiosas podem levar até a exaltação que impedem o
fanático a praticar atos criminosos em nome da religião ou de um poder
político.

Conforme a Enciclopédia Portuguesa Ilustrada temos que: o fanatismo é
uma fé cega, irrefletida, inconsciente, e a maior parte das vezes
independente da própria vontade, que algumas pessoas sentem por uma
doutrina ou um partido. O fanatismo é uma auto-sugestão, que se sente
independente da própria vontade e que faz sentir uma paixão
desordenada a que nos abandonamos. Enquanto o fanatismo não intervém
nas relações sociais dos indivíduos, não deve ser considerado
perigoso; mas não sucede o mesmo quando os seus efeitos se manifestam
numa sociedade compacta, onde reina a diversidade de crenças e
opiniões. O fanatismo cau­sou males em todas as sociedades antigas, e
na Idade Media viram-se tam­bém excessos produzidos por ele.

A Maçonaria condena o fanatismo com todas as suas forças. Em vários
Graus, as instruções giram em torno desta execrável paixão,
considerada como um dos inimigos da Ordem Maçônica.


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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