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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Jolly Roger - Bandeira Pirata dos Templários



 

A história da Ordem dos Templários já foi mencionada em diversos livros e é do conhecimento da maioria dos maçons. Resumindo, podemos dizer que teve um grande poder, um enorme prestígio, acumulou uma grande quantidade de conhecimentos e técnicas, principalmente referentes à navegação, além de uma incontável fortuna.

A maioria sabe, também, que o Símbolo representado por um crânio (ou caveira) sobre duas tíbias cruzadas pertence à Ordem dos Templários. Inclusive, quem teve a felicidade de ter assistido a palestra proferida pelo nosso querido Irmão Jamil El Chehimi (hoje no Orinte Eterno) sobre esse assunto, viu claramente esse Símbolo.

Condensando um capítulo do livro "Regnum" do Ir.:Carlos Alberto Gonçalves – Editora "A Trolha", citando o historiador Juan Atieza, temos o que segue abaixo:

"A Ordem dos Templários nasce, desenvolve-se, alcança seu zênite, decai e desaparece após um período de duzentos anos (1118 – 1312)."

"O Rei Felipe, que já vinha desviando seus olhares e sua cobiça para o imenso patrimônio e a enorme fortuna templária em solo francês, contava com as condições perfeitas para levar  a cabo suas idéias e executar o seu ambicioso plano: A extinção da ordem dos Templários, com o apoio do Papa."              

"Na noite de 13 de outubro de 1307, Felipe desencadeou um forte ataque surpresa a todas as dependências templárias francesas, capturando 15 mil homens, além do seu Grão Mestre Jacques de Molay e sua guarda de 60 homens. Porém, apesar dos esforços de Felipe, nem todos os templários foram aprisionados, tendo logrado escapar 24 homens e toda a frota naval templária existente em portos franceses."

Afinal que aconteceu com essa frota que navegou para locais desconhecidos? Muitos historiadores concordam que tenha incorporado as frotas portuguesas (talvez pela afinidade entre Portugal e a Grã Bretanha) e as frotas Escocesas.

Baigent e Leigt, em "O Templo e a Loja" afirmam:

"a frota templária escapou em massa dos diversos portos do Mediterraneo e do norte da Europa e partiu para um misterioso destino onde poderia encontrar asilo político e segurança. Esse destino seria a Escócia, via Portugal, onde uma parte dela seria incorporada."

"coincidência ou não, a pirataria européia começou nessa época e seu padrão sugere que muitos piratas não eram meros flibusteiros que atacavam qualquer um, mas "piratas" muito curiosos que limitavam sua atenção aos navios do Vaticano e outros, leais ao catolicismo (espanhóis, franceses, italianos, etc)"

"quando a Inquisição espanhola foi estabelecida no Novo Mundo, depois de 1492, os "piratas templários" estenderam seus ataques ao Caribe e, até mesmo, aos portos do pacífico, do Peru e do México, tudo em nome de uma guerra naval que foi travada por mais de 200 anos."

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Origem do R.'.E.'.A.'.A.'. e do Supremo Conselho


 

A Inglaterra, no fim da Idade Média, se antecipou do restante do "mundo" ocidental, tanto industrial como socialmente. Assim, enquanto a França, no século XVII, ainda tinha um regime absolutista de Direito Divino aos reis, ela já havia feito suas revoluções para liquidar esse regime.

Durante o período de 1558 a 1603 ocorreu o reinado de Elizabeth I, da Dinastia Tudor, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, e como não teve descendentes, teve como sucessor Jayme I, da Dinastia Escocesa Stuart.. Este tornou-se rei da Inglaterra Escócia e Irlanda, que havia sido submetida ao domínio inglês.O novo rei tornou-se impopular, forçando o exílio voluntário dos Ingleses, que migraram para as Colônias Americanas. Seu filho Carlos I reinou de 1625 até 1649 e era, também, absolutista. No fim desse período, começaram as guerras civis, e Carlos I foi executado. Tivemos um período de Republica, dirigida por um Conselho de Estado, presidido por Cromwell.

O que é  importante saber, é que a esposa de Carlos I, Rainha Henriette, juntamente com seu filho, Carlos II, refugiaram-se na França, e com todos os partidários e parasitas da Corte, porque ela era prima irmã do Rei Luiz XIV, na época Rei da França. Posteriormente, em 1660, Carlos II e seu filho Jaime II, voltaram a reinar na Inglaterra, pois os ingleses ficaram descontentes com Cromwell, até que no reinado de Jaime II, em 1688, houve a famosa Revolução Gloriosa e, novamente a Corte inglesa se refugiou na França.

E, como nos relata Irmão Joaquim R.P.Cortez: "Entende-se perfeitamente, a formação de diversos batalhões de tropas fiéis a eles e a formação de Lojas Maçônicas ligadas aos Regimentos Militares. Essas Lojas teriam sido o núcleo fundador da Maçonaria Escocesa. É evidente que essa Maçonaria, de Escoceses e Irlandeses, era totalmente desvinculada da Maçonaria Inglesas, mesmo porque, segundo consta, em seus encontros, sob sigilo maçônico, tramava-se a restauração dos Stuarts no trono inglês. Essa Maçonaria passou por uma série de transformações posteriores, ganhando um caráter elitista, aderindo a um grande misticismo e simbolismo, derivados do Hermetismo e Ocultismo, divulgando-se por toda a França. Com o aparecimento dos chamados "Altos Graus" e do primeiro Supremo Conselho, nos EUA em 1801, ela tomou um caráter internacional e difundiu-se para todo o mundo, transformando-se naquilo que conhecemos hoje por Rito Escocês Antigo e Aceito."

 

O Supremo Conselho do Grau 33.

 

O Maçom André Michel de Ramsay, nascido na Escócia, sonhava alto e dizia ser aristocrata (apesar de não ser) e foi escorraçado da Maçonaria da Escócia, por insistir em criar graus cavalheirescos. Na França, realizou seu sonho e foi aristocratizado como Cavaleiro da Ordem de São Lázaro. Preparou um discurso em 1737, onde pretendia, de acordo com suas antigas idéias, aristocratizar a Maçonaria, reformulando-a com a adoção de um sistema de Altos Graus, ligando-a aos Templários e aos nobres das famosas Cruzadas. Não se sabe se ele leu ou não esse discurso, mas, aparentemente, a semente vaidosa dos Altos Graus estava plantada e, em 1754, em Paris, surgiu o Capítulo de Clermont, de curta duração, que propunha-se a desenvolver os Altos Graus na Maçonaria

Conforme nos relata Mestre Castellani: "em 1758, a semente germinaria, e esse sistema "escocês", em Paris, França, fundou o "Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente", ou, conhecido como "Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém". Nesse mesmo ano, o "Conselho" criou um Sistema de Altos Graus, num total de 25 graus. Em 1762, esse sistema foi oficializado e esses graus superiores foram chamados de "Graus de Perfeição" e essa escala de 25 graus foi chamada de "Rito de Perfeição" ou "Rito de Héredom". Em 1761, o Maçom Etienne Morin, membro do Conselho, conseguiu autorização para fundar lojas de Altos Graus na América do Norte e isso foi feito. Entretanto, a Historia Maçônica nos conta que ele havia sido precedido, o que não impediu que esses Altos Graus, no Novo Mundo, progredissem e prosperassem. Entretanto, sem um poder moderador, para disciplinar e organizar o sistema, o mesmo se transformou num verdadeiro caos. Diante desse caos existente, um grupo de Maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, no estado de Carolina do Sul, por onde passa o Paralelo 33 da Terra, resolveu acrescentar alguns graus e criar o "Supremo Conselho do Grau 33" que, por ser o primeiro do mundo, denominou-se "Mother Council of the World". Marcando o inicio de uma fase de organização e método de concessão dos Altos Graus. Esse primeiro Conselho adotou a divisa "Ordo ab Chao", o ordem no caos que se havia transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem critério lógico, e sem que houvesse um poder organizador e disciplinador".

 

Conclusão.

 

O Rito Escocês Antigo e Aceito é um Rito especial, o primeiro a ter seus Altos Graus e, principalmente, no que diz respeito às suas origens, pois é dito "Escocês" e nasceu, como vimos na França. Os seus Altos Graus teve o motivo de criação, muito provavelmente, devido à vaidades pessoais dos membros da aristocracia em busca de títulos, apesar que, outros historiadores achem outros motivos para tal.

O que é importante considerar é que no seu nascimento, esse Rito era católico e o mesmo foi aristocratizado, motivos pelo qual a cor do Rito é vermelha (púrpura) que distingue os Cardeais, príncipes da Igreja, e os nobres e a realeza, com o uso do manto vermelho, que os dignificam.

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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