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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

BULA



Ao contrário do que muitos pensam, a palavra "Bula" não refere-se somente a um documento Papal.

Ao contrário, na verdade, segundo Dicionário Aurélio, "Bula" é um antigo selo de ouro, prata ou chumbo, pendente de documentos emitidos por papas e outros soberanos, e que resultava da compressão do metal entre dois cunhos.

Refere-se, também, ao impresso que acompanha um medicamento e contém informações sobre composição e posologia do mesmo.

No caso da Igreja Católica, as "Bulas" são designadas muitas vezes com as palavras pelas quais começam, distinguindo-se de acordo com sua destinação.. Desse modo, temos bulas de excomunhão, bulas doutrinais, etc (Aslan)..

Existem muitas Bulas Papais contra a Maçonaria, sendo  as mais importantes a "In Eminenti" – 1738 (foi a primeira para a Maçonaria Especulativa).  "Apostolicae Provida" – 1751.  "Quo Graviora" – 1825.  "Qui Pluribus" – 1846.  "Humanum Genus" – 1884, etc, etc.

Segundo o Mestre Nicola Aslan, todas elas atribuíram à Maçonaria intenções que ela nunca teve, e tornaram-na responsável, graças às calúnias de Pe. Barruel, de todos os empreendimentos das sociedades secretas políticas. Acusaram-na de conspiração contra à Igreja, poder temporal, maliciosamente confundida com a Igreja, poder espiritual, e contra os legítimos poderes civis, representados pelos reis absolutistas.

Continuando com o Mestre Aslan que nos relata em sua Enciclopédia:  "não cabe aqui discutir a justiça de todos esses documentos. Fica, porém, a impressão de que a Santa Igreja, por seus dirigentes, quase todos pertencentes à nobreza, sempre esteve mal informada, e seus membros, imbuídos da prepotência da aristocracia de então, julgavam-se acima de qualquer crítica e utilizavam os mesmos métodos dos reis absolutistas". Estes, ao darem uma ordem, costumavam acrescentar: "Porque tal é o meu bel prazer".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Gnosticismo


Segundo dicionário "Aurélio" a palavra "gnose" vem do grego "gnosis" e é traduzida como "conhecimento, sabedoria".

Em tradução livre do "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos: O nome "Gnosticismo", derivada dessa palavra acima, foi assumido por uma seita filosófica a qual procurou unir as noções místicas do Leste europeu com as idéias dos filósofos gregos, juntamente com ensinamentos do Cristianismo. O sistema tem características que mostram conclusivamente que era um desenvolvimento da antiga doutrina dos Persas e dos Caldeus.

De acordo com os gnósticos, Deus, a mais alta inteligência, habita a plenitude da Luz, e é a fonte de todo o bem. A matéria crua, massa caótica da qual todas as coisas foram feitas, é igual a Deus, eterna, e é a fonte de todo o mal. Percebe-se, nessa definição um "Dualismo", declarado.

Nicola Aslan, no seu "Grande Dicionário Enciclopédico" nos relata:

É um sistema de filosofia, cujos partidários pretendiam ter um conhecimento sublime da natureza e atributos de Deus. Os "gnósticos" eram platônicos degenerados, mas eruditos, que a Igreja combateu tenazmente, o que contribuiu para torná-los conhecidos, e de certa maneira, pára incentivá-los.

Os "gnósticos" fizeram sua aparição desde o século II d.C. A "Gnose" ou "Gnosticismo" era o conjunto de conhecimentos por tradição, e que escapa aos processos ordinários de instrução, por isso os "gnósticos" formavam uma sociedade secreta e não ensinavam senão aos seus membros o esoterismo, inteiramente desconhecido dos profanos (N. Aslan).  Desse modo, os gnósticos, segundo eles, detinham uma "ciência" secreta. O clero da Igreja Católica, devido o charlatanismo da maioria de seus membros, esclarecia seus fiéis e destruía, sempre que possível, suas obras.

Como muitos dos Símbolos, muito antigos, usados pela Maçonaria, eram os mesmos usados na simbologia gnóstica, tais como o triangulo, o triangulo com um círculo, o Selo de Salomão, etc, a antimaçonaria, sempre presente, acusava ser a Maçonaria um prolongamento do Gnosticismo, o que não é verdade. Não há nenhuma ligação entre o Gnosticismo e a Maçonaria.

Pesquisando ainda Mestre Aslan, podemos dizer que, na Maçonaria, sempre existiu maçons sonhadores e inovadores, principalmente os franceses, que estudaram o gnosticismo, formando Lojas espúrias, que nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria.
 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Alquimia



 

Existem centenas de livros onde poderíamos pesquisar o significado de "Alquimia". Obviamente, são semelhantes. Uns mais abrangentes, outros mais concisos.

Segundo o "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos:

É a arte de mudar metais comuns em ouro. Entre as coisas que o homem mais ardentemente desejou, são os meios de obter conforto físico ou de luxo - ou seja, a riqueza, e livre de doenças, e longa vida.

A esperança de descobrir como obter isso, entre os segredos da natureza, ou seja, a arte de fazer ouro pela transmutação, e a obtenção de um licor mágico que assegurasse a eterna juventude, chamado o Elixir da Vida, deu nascimento à ciência chamada Alquimia. Uma classe de filósofos herméticos nasceu, os quais realizavam suas pesquisas e desenvolvimentos com ardor e seriedade.

Para isso, talvez alguns fossem impostores, eles eram entusiastas e ensinavam suas doutrinas através de imagens místicas e símbolos. Para a transmutação de metais eles pensavam ser necessário achar uma substancia, a qual, contendo o "principio original" de toda a matéria, possuiria o poder de dissolver todos os elementos. Este solvente geral, ou misturador universal, o qual, ao mesmo tempo, possuiria também o poder de remover todas as "sementes das doenças" para fora do corpo humano, renovando, desse modo, a vida. Era chamada de "Pedra Filosofal" e seus possuidores eram chamados de "Adeptos".

Pesquisando a "Enciclopédia" de Nicola Aslan, nós encontramos, de modo resumido, o que segue: "Os alquimistas deixaram dentro da Maçonaria um extenso cabedal de símbolos, vocábulos e conhecimentos, completamente incompreensíveis ao maçom que não procurar adquirir algumas noções sobre Alquimia.

Na Inglaterra, a Maçonaria Especulativa recebeu insignificante influencia da Alquimia. O mesmo não se pode falar da França. Na verdade, os Maçons Especulativos franceses foram buscar na Alquimia, no Hermetismo e na Cabala, que então se confundiam, os elementos necessários que formaram grande parte das doutrinas e do Simbolismo Maçônico, cuja influencia repercutiu nos Altos Graus e, muito particularmente, no R.E.A.A.

A partir desse momento, as duas maçonarias tiveram um desenvolvimento muito diferente.  Enquanto a inglesa permanecia vinculada ao simbolismo operativo e bíblico, a francesa se enriquecia ao adotar, também, o Simbolismo e as doutrinas filosóficas dos alquimistas, hermetistas e cabalistas, abrindo assim, caminho para o estudo da filosofia e das ciências sociais (Aslan)".

Segundo Wirth, a Alquimia era também um sistema filosófico: era também algo mais.. Era uma arte, a arte da cultura intelectual e moral do homem. O "ouro potável", que se procurava produzir, simbolicamente, era a perfeição humana.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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