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quinta-feira, 14 de abril de 2016

O Ritual na Maçonaria

 

Um "Ritual" é a forma de conduzir, com procedimentos e cerimoniais anteriormente estabelecidos, todas as cerimônias de um determinado Rito Maçônico.

Portanto, na Maçonaria, é o livro que contem as fórmulas e demais instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. Cada grau tem o seu Ritual particular e também cada espécie de cerimônia, havendo Rituais de Iniciação, de Banquete, etc. A forma de abrir e fechar os Trabalhos, assume a forma de um diálogo com a repetição de certos fatos relativos à Ordem (Nicola Aslan – Grande Dicionário Enciclopédico – Ed. Trolha).

E por que se usa um Ritual na Maçonaria? Por que há uma forma fixada para abrir e fechar uma Loja? Por que não fazer isso tudo com um golpe do Malhete?

A Maçonaria usa o ritual pelo mesmo motivo que um ator usa o "script":  para estar seguro que cada Oficial da Loja saiba, na certeza, o que tem para falar e fazer, e, muito importante, o que os demais Oficiais falarão e farão.

O Ritual está enraizado na tradição da Maçonaria. A repetição dos acontecimentos e das "falas" está em linha com a Natureza – o surgimento e o pôr do Sol – o fluxo e refluxo das marés – as mudanças das estações do ano, etc.

As repetições nos dão a oportunidade de ver, mais e mais as belezas das nossas Cerimônias. É possível que, sem o uso do Ritual, a Maçonaria Simbólica, pararia de existir.

Na Inglaterra, EUA, Nova Zelândia e Austrália, o Ritual é decorado, exigindo muito trabalho e força de vontade dos Oficiais da Loja. Com isso, apesar de exigir mais sacrifício, esse comportamento valoriza e dignifica um pouco mais as funções dos Oficiais.

A prática do uso do Ritual parece ser um instinto profundo enraizado na natureza humana. Desse modo, o Ritual está presente nas cerimônias religiosas, nas preces, e em outras cerimônias com as quais estamos acostumados no nosso dia-a dia, incluindo: Batismo, Casamento, Funeral, Júri e muitas outras.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Maçom Aceito

 

O termo "Aceito" aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos maçons.

Membros da "Companhia de Maçons de Londres" e da antiga "Companhia da Cidade" foram "aceitos na Ordem" e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa "Aceitação", homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. Elias Ashmole, por exemplo, foi um dos "Aceitos".

O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os "aceitos", que eram  homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro.

Dessa pratica em uso, cresceu ao longo do tempo, o uso das palavras "Aceito" ou "Adotado" para indicar um homem que tinha sido admitido dentro da irmandade dos maçons simbólicos. Existem poucas referencias históricas, entretanto, não há nenhuma duvida que os maçons, mais geralmente conhecidos como Maçons Aceitos, foram se tornando bem conhecidos  no ultimo quarto do século XVII.

Nas Lojas da Maçonaria Escocesa Operativa era comum o uso do termo "Admitido" entre os seus membros. Aliás, na pequena nobreza e nas famílias conceituadas, também era comum o uso desse termo.

 

Livre e Aceito.

 

Apesar do termo "Maçom" estar em uso nos dias da idade média e candidatos serem "aceitos" na Francomaçonaria, na metade do século XVII, a primeira vez que apareceu a frase "Maçom Livre e Aceito" foi em 1722, cinco anos após a Primeira Grande Loja ter sido fundada. Isso ocorreu no título de um panfleto, que hoje é conhecido como "Roberts´ Pamphlet", imprimido em Londres em 1722. O título era: "As Antigas Constituições pertencentes a Antiga e Respeitável Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos ". Oficialmente, a frase foi usada pelo Dr.Anderson na segunda edição das Constituições em 1738 e ao longo do tempo, foi adotada pelas Grandes Lojas da Irlanda, Escócia e grande numero das Grandes Lojas dos EUA.

A teoria admitida é que as duas palavras entraram em conjunção para um objetivo comum, pois muitas antigas Lojas tinham entre seus membros, "Maçons Aceitos" e outros que eles chamavam de "Freemasons – Maçons Livres".

Isso, tanto na Maçonaria Operativa, como na Especulativa. Então, foi razoável aceitar o termo "livre e aceito" para cobrir os dois grupos que se expandiam rapidamente e que estavam em fusão.

 

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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