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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

IDADE DA MAÇONARIA

Não existe, realmente, uma data que possa ser dada como a data de
origem da Francomaçonaria. Entretanto, sem dúvidas, pode ser dito, que
ela se desenvolveu, paralelamente, nos países da Europa e nas Ilhas
Britânicas durante a Idade Média. A Maçonaria atual, chamada
Especulativa, também, sem duvidas, se desenvolveu nas Ilhas Britânicas
(Escócia, Irlanda e, principalmente, na Inglaterra) e se espalhou
para a Europa e restante do Mundo.

Um dos primeiros registros escritos conhecido hoje em dia, é o
Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius escrito em torno de 1390 da
nossa era. Muitos dos nossos Símbolos Maçônicos vieram da Maçonaria
Operativa dos tempos Medievais.

Existe a "Carta de Bolonha", menos conhecido, mais antigo do que o
citado acima, datado de 1248. Lá é citado que haviam "Sociedades de
Mestres Maçons e Carpinteiros" em anos anteriores à data mencionada.
Esse documento é conservado até hoje no Arquivo do Estado de Bolonha.

A Maçonaria Moderna, dita Especulativa, como é hoje conhecida, data da
formação da Grande Loja de Londres e Westminster, posteriormente,
Grande Loja Unida da Inglaterra, a qual foi originada em Londres em
1717.

Do século precedente a essa data, existem amplas evidencias da
existência de Lojas Operativas, e durante os anos que antecederam
1717, essas Lojas Operativas mudaram gradualmente suas
características, com a introdução de pessoas que não eram Maçons pela
profissão e eram chamados de Não-Operativos ou Especulativos. Eram os
Aceitos.

O Ritual das Lojas Operativas era de característica bastante
elementar, consistindo em o Candidato ser obrigado a se sujeitar "ao
livro de deveres e obrigações" "the Book", mantido pelos membros mais
antigos (Elders), e concordar com as Obrigações (Charges) lidas para
ele. Levou muitos anos até o Ritual ter o conteúdo e a forma que tem
hoje e, de acordo com referencias e informações disponíveis, ele
assumiu a presente forma em torno de 1825.

Concluindo, de acordo com escritores sérios, incluindo o pessoal da
Loja Quatuor Coronati, parece não haver dúvidas que a Maçonaria se
originou na Idade Média (opinião inclusive do Mestre Castellani).

É temeroso, por falta de provas e evidências concretas, afirmar que a
Maçonaria deve origem na época do Rei Salomão, nos Antigos Egípcios,
nos Essênios, etc, etc.


Uma drástica distinção deve ser feita entre a Ordem Maçônica, como uma
organização, e as Lendas e Tradições, através das quais os
ensinamentos da Ordem são ensinados. Para bom entendedor, meia palavra
basta. Para os fanáticos, uma Enciclopédia é insuficiente.


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

LUZES

Este é um assunto muito controverso, pois como é subjetivo, diversas
opiniões são dadas, por diversos autores. Estou considerando o que há
de mais razoável em uma série de livros considerados como "sérios" da
Maçonaria.

Segundo o grande Mestre Nicola Aslan, no seu "Dicionário Enciclopédico":

"em Maçonaria, a palavra Luz tem um significado de Verdade,
Conhecimento, Ciência, Saber, instrução e prática de todas as
virtudes. Diz-se que um profano "recebe a luz", quando é Iniciado".

Mackey, na sua "Enciclopédia", escreve:

"Luz é uma palavra importante do sistema maçônico, transmitindo um
sentido mais longíquo e oculto do que geralmente pensa a maioria dos
leitores. É, de fato, o primeiro de todos os Símbolos apresentados ao
Neófito e que continua a ser-lhe apresentado na carreira maçônica. Os
maçons são enfaticamente chamados de "filhos da Luz", porque são, ou
pelo menos são julgados possuidores do verdadeiro sentido do Símbolo;
ao passo que os profanos, os não Iniciados, que não receberam esse
conhecimento, são, por uma expressão equivalente, considerados como
estando nas trevas".

São consideradas, na Maçonaria inglesa principalmente, dois tipos de
"Luzes": as Luzes Emblemáticas da Maçonaria e as Luzes Simbólicas da
Loja.

As Luzes Emblemáticas se dividem em duas:

- Luzes Maiores, que são a Bíblia, o Esquadro e o Compasso.

- Luzes Menores representado pelo Venerável Mestre, pelo Primeiro
Vigilante e pelo Segundo Vigilante.

As Luzes Simbólicas da Loja são as velas, ou lâmpadas, que são acessas
durante as Lojas: três para o grau de Aprendiz (uma no Oriente, uma no
Ocidente e outra no Meio-Dia),cinco para o grau de Companheiro (três
no Oriente, uma no Ocidente e uma no Meio-dia) e nove para o grau de
Mestre (.três no Oriente, três no Ocidente e três no Meio-Dia).


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Quatro níveis de interpretações PARDES

Existem quatro níveis de interpretações utilizados pelos sábios judeus.

Devido a profunda visão judaica sobre as Escrituras (Torá e Tanach) a
Bíblia passa ater um significado profundo e fantástico indo além do
que o cristianismo sugere, até porque as doutrinas cristãs são
pautadas na razão filosófica implantada pelos pais da igreja
(patrística) e seus seguidores posteriores o que vai contrastar com o
entendimento judaico (mais antigo). Isso fará com que percebamos
apenas uma pequena nuança da riqueza que existe nas escrituras e suas
mensagens de alto nível.

O entendimento do judaísmo sobre as escrituras chega a quatro
impressionantes níveis, toda a interpretação da Torá depende muito da
forma como os Judeus estudam a Torá e o Tanach, que nas Bíblias
Cristãs equivale ao Antigo Testamento, é possível chegar ao nível mais
profundo de interpretação chamado: Pardês.

Pardês na tradução literal significa Jardim, porém significa um
acróstico de um método de estudo das Sagradas Escrituras cada uma
atendendo a capacidade da pessoa naquele momento, em outras palavras
Pardês representa quatro diferentes abordagens da exegese das
Escrituras Sagradas no Judaísmo rabínico.

O nome, por vezes também escrito PaRDeS é uma sigla para as quatro abordagens:

1 – Pshat – o "simples significado", ou significado LITERAL. Assim é
ensinado para as crianças e adultos que ainda não estão familiarizados
com a Literatura da Torá. O ensinamento Literal é o mais apropriado
neste caso.

2 – Remez – "dicas" de um significado Alegorico, um ensinamento mais
profundo, e não apenas a expressão literal. Atingidos por pessoas com
melhor nivel cultural e amplo conhecimento de Torá.

3 – Drash – "interpretação"; descobrir o significado atravez do
Midrash, analisando as palavras, a colocação, os formatos das Letras,
por comparação palavras e formas e também por ocorrências semelhantes
noutros locais. Aqui este nível está disponivel para pessoas de grande
conhecimento em Torá, já no caso destacando-se dos demais!

4 – Sod – o "segredo" ou o significado místico e metafísico de uma
passagem. Trata-se aqui de um conhecimento secreto, geralmente está
mais para as pessoas que estão com um nível muito avançado de
conhecimento de Torá. No caso o Sod é alcançado por exegetas, rabinos,
e aspirantes a Cabala.

O importante é que todas as quatro formas de estudo do Pardês nunca
contradiz o significado base. Cada nível de conhecimento é revelado
para quem está preparado para recebê-lo.

Não se pode subir uma escada saltando degraus. É preciso subir degrau
por degrau, respeitando o tempo e as limitações momentâneas, para que
no momento certo, toda a verdade possa ser revelada sem causar danos
psicológicos!

Nunca tome decisões interpretando qualquer coisas de forma literal...

Fonte: Pelotas Occulta

APRENDIZ PODE FALAR EM LOJA?

É sabido que, em muitas Lojas por nós conhecidas, os Aprendizes estão
proibidos de se manifestarem na "Palavra ao Bem da Ordem em Geral e do
Quadro em Particular".

Não é o caso, felizmente, dos Aprendizes pertencentes às Lojas da ABBM.

Mas, para sabermos o que é correto, referente a esse assunto, vamos
recorrer mais uma vez, ao Mestre José Castellani, resumindo e usando
nosso palavreado, o que nos diz, em seu livro "Consultório Maçônico –
VIII".

"essa proibição não é constitucional nem regimental. Tradicionalmente,
sabe-se que as sociedades iniciáticas, geralmente de cunho religioso,
nas quais os Neófitos limitavam-se durante um certo tempo, a ouvir e a
aprender.

"Era o caso do Mitraismo persa – culto do deus Mitra, o Sol – que era
composto de sete etapas; na primeira o neófito era o Corvo, por que o
corvo, no Mitraismo, era o servo do Sol e porque ele pode imitar fala,
mas não criar idéias próprias, sendo assim, mais um ouvinte, do que um
participante ativo. Idem para as Escolas Pitagóricas, onde existiam
três etapas: Ouvintes, Matemáticos e Físicos".

"em Maçonaria, todavia, não existe essa tradição, mas, sim, o
Simbolismo. Ou seja, simbolicamente, o Aprendiz é uma criança, que não
sabe falar, mas só soletrar. Isto é simbólico e não pode ser levado ao
pé da letra. O Aprendiz pode e deve falar em assuntos inerentes ao seu
Grau, ou nos que interessem a comunidade, de maneira geral".


O assunto pode ter controvérsias, mas me parece que essa explanação do
Mestre Castellani é bem razoável e muito "pé no chão".


Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Regime Escocês Retificado

O Regime Escocês Retificado (RER) descende diretamente da Ordem da
Estrita Observância Templária, seja no Simbolismo Cavalheiresco, seja
nos princípios Cristãos. A Retificação aconteceu no Convento de Lyon,
em 1778, no qual foram adotados dois Códigos: "Código Maçônico das
Lojas Reunidas e Retificadas" e "Código Geral dos Regulamentos da
Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa". Ainda hoje são os
únicos documentos inspiradores do RER. A "Regra Maçônica das Lojas
Reunidas e Retificadas", que criou efetivamente e definitivamente o
Regime, foi adotada no Convento de Wilhelmsbad, em 1782.



Escopo

O RER tem como escopo o aperfeiçoamento que cada homem tem de
perseguir individualmente e o exercício de uma caridade ativa, voltada
a cada homem.



Estrutura

O RER é uma Ordem Maçônica nos quatro primeiros Graus e uma Ordem
Cavalheiresca nos dois últimos. Os três primeiros Graus – pelas
convenções em uso e para consentir a regularidade das Lojas – são
administrados por Potências Maçônicas Regulares, sendo no Brasil pelo
Grande Oriente do Brasil (GOB), enquanto os três últimos são
governados pelo Grande Priorado do Brasil. Uma Ordem Interna que
administra os Graus Cavalheirescos (ou Graus da Cavalaria do CBCS) (5
e 6). É uma Ordem Cristã, porém não é confessionária. É importante não
confundir "Cristão" com "Catolicismo".



Grau 4 – Mestre Escocês de Santo André



Nascido como último Grau dos quatro Graus Maçônicos do RER, ele
representa a finalização de um caminho de evolução que começou com a
Iniciação. Cada Grau da Ordem Maçônica Retificada trabalha uma virtude
cardeal, sendo que a "Força" é a deste Grau. Com uma Cerimônia cheia
de simbolismo, muito esotérica e espiritual, transmite ao Candidato
várias mensagens: a transitoriedade do mundo terreno e a limitação do
ser humano, mas também indica um caminho para a elevação de si mesmo,
e transmite uma mensagem de esperança num futuro melhor. O Grau é a
União entre o Antigo e o Novo Testamento.



Grau 5 – Escudeiro Noviço



É o primeiro Grau "dos escolhidos", no sentido que, enquanto até o
Grau 4 são alcançados com o trabalho e a dedicação e são etapas de um
caminho a ser percorrido pelo maçom no seu aperfeiçoamento, somente
entra na Ordem Interna (Graus 5 e 6) quem for convidado por membros da
Ordem e aprovado pelo Diretório da mesma. Representa a entrada numa
Ordem de Cavalaria Cristã, onde os princípios das duas são trabalhados
e aperfeiçoados.

O simbolismo do Escudeiro (o ajudante de um Cavaleiro) significa que
ainda há um caminho de aperfeiçoamento a ser percorrido, acompanhando
um "guia" – o Cavaleiro – que já completou esse caminho e hoje é apto
a conduzir um novo candidato. O Grau 5 é provisório no sentido de que,
quem não completar esse caminho, poderá voltar ao Grau 4, pois se não
manifestar as qualidades para poder ser Cavaleiro, não teria sentido
ficar numa Ordem Cavalheiresca.



Grau 6 – Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa



Para o Grau 6 (CBCS), somente o Grão-Prior e Grão-Mestre Nacional do
Grande Priorado tem poderes para Armar um Cavaleiro Benfeitor da
Cidade Santa, não existe outra forma. No nosso caso, quem pode fazê-lo
é o Reverendo Irmão Wagner Veneziani Costa.

Representa a apoteose do caminho! O cumprimento de um caminho de
aperfeiçoamento, onde as virtudes já foram tão bem trabalhadas que o
Cavaleiro não precisa mais nem de guias nem de compromissos, pois já
se aperfeiçoou individualmente pela prática das virtudes dos Graus
inferiores a tal ponto de ser ele mesmo exemplo e guia, não somente
para os outros membros do Regime, mas também para o seu constante
aperfeiçoamento pessoal e pela humanidade como um todo. Isto é feito
em conformidade com o escopo do RER, descrito no começo deste texto. E
ninguém melhor que um Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa representa
esse status, pois recolhe simbolicamente na mesma definição os
arquétipos das Virtudes, bem como uma ligação com os Cavaleiros
Templários (dos quais pega o nome original!), onde o Regime como um
todo afirma querer trazer inspiração e perpetuar os princípios.

Fonte: Rede Colméia

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