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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Egrégora


A palavra "Egrégora" não existe em nosso idioma, a língua portuguesa. Até onde se sabe, na Maçonaria até meados dos anos 80, nenhum obreiro havia ouvido sequer falar de seu significado.

Primeiramente, de acordo com Mestre Castellani, essa palavra tem origem no "ocultismo" e foi se introduzindo aos poucos em nosso ambiente maçônico.

Com exceção do livro "Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons" do escritor francês Alec Mellor, respeitadíssimo na comunidade maçônica mundial, nenhum outro cita essa palavra e seu significado.

Na página 107 desse livro, da Coleção Arcanum, editora Martins Fontes, temos:

"Egrégora, do grego antigo "Egrégore", é um termo inspirado no Ocultismo, onde significa a consciência coletiva de um grupo, mas dotada de personalidade. É uma entidade viva, não uma abstração.

Essa concepção, totalmente extra maçônica e ausente em todos os Rituais, foi admitida, sem grande espírito crítico, por vários maçons ocultistas que falaram da "egrégora da Loja" ou "egrégora da Ordem", etc.

Em 1893 foi lançado um texto inédito de Eliphas Levy, que no meu conceito, foi um perfeito imbecil, onde se lê: "As Egrégoras são deuses....nascem da respiração de Deus....Dormindo, ele inspira e expira. Sua respiração cria as Egrégoras....". Além dessas elucubrações mitológicas, escreveu outros absurdos sobre a etimologia dessa palavra, que me nego a escrever.

É difícil escrever tanta besteira junta mas ele conseguiu!

Mellor ainda nos diz: "divagações desse tipo são suficientes para mostrar até que ponto o ocultismo se disseminou como um flagelo na Maçonaria".

Voltando ao Mestre Castellani, finalizo com seu depoimento: "Fantasia total do texto de Eliphas Levy. Fantasia não tem compromisso com a verdade, não precisa de documentação, de provas. Pode-se dizer qualquer bobagem, porque a fantasia não tem limites e os basbaques encantam-se com ela. Mas não tem o mesmo encanto pela História séria e documentada. É por isso que, em nosso meio, ainda campeia a grande ignorância do que é, realmente, a Maçonaria".

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Padre Barruel



 

Augustin Barruel, também conhecido como Abbé Barruel, nasceu em 1741 em Villeneuve de Berg, França, e que morreu em 1820, foi um implacável inimigo da Maçonaria.

Ele era um escritor prolífico, mas sua reputação se deve, principalmente, ao trabalho denominado "Memórias para servir à História do Jacobinismo" (provas de uma conspiração contra todas as religiões e todos os governos da Europa, que existe nas reuniões dos Maçons, Iluminados e de outras Sociedades Secretas), em 04 volumes, publicado na Inglaterra em 1797. Nesse trabalho ele acusa os Maçons de possuírem princípios políticos revolucionários e serem infiéis à religião.

Ele procura achar a origem da Instituição (Maçonaria), primeiro com os antigos heréticos maniqueístas e, através deles, chegar aos Templários, contra os quais ele revive as antigas acusações de Filipe, o Belo, rei da França, e do Papa Clement V, em 1738 (Bula In Eminent – ver Pílula nº204).

Sua teoria relata que as Escolas e Lojas dos Maçons eram derivadas dos Templários. Após a extinção dessa Ordem, certo número de Cavaleiros guerreiros, tendo escapado da prescrição, uniram-se para a preservação de seus horríveis mistérios. Eles juravam batalhar contra os reis e contra os religiosos (padres) e contra qualquer religião a qual anatematizava seus dogmas.

Eles fizeram adeptos, os quais transmitiram, de geração em geração, os mesmos mistérios da iniqüidade, o mesmo ódio, a mesma aversão contra Deus dos Cristãos, contra os reis e padres.

Alec Mellor, escritor maçom, francês, nos diz:

"Barruel pode ser considerado como o pai da Antimaçonaria moderna. Aquela que existia antes dele não teve futuro. A sua, ao contrário, foi uma duradora semente de ódio, sendo de todos aqueles que escreveram contra a Maçonaria quem mais a prejudicou".

É isso que muitos chamam de História. A Maçonaria foi vítima de muitos adversários de má fé, escritores ou não, laicos e eclesiásticos. Mas os tempos  mudam e, enquanto um católico e alguns padres acusam o jesuíta Barruel, o Papa inocenta Galileo Galilei, também condenado com evidente má fé (N. Aslan).

 

Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.

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