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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

OS ESTATUTOS DE SCHAW - 1598

Em Edimburgo, no vigésimo oitavo dia de dezembro do ano do Senhor de
1598. Estatutos e instruções que devem observar todos os Mestres
Maçons deste reino, empossados por William Schaw, Mestre de Obras de
Sua Majestade, o rei Jaime VI, e Venerável Geral do mencionado Ofício,
com o consentimento dos Mestres abaixo firmados.

1. Primeiramente, observar e guardar o que seus predecessores
guardaram de memória, ou seja, todas as instruções anteriormente
estabelecidas referentes aos privilégios de seu Ofício, e em
particular ser sincero uns com ou outros e viverem juntos na caridade,
havendo se convertido, por juramento em Irmãos e Companheiros de
Ofício.

2. Obedecer a seus Veneráveis, Diáconos e Mestres em tudo o que seja
referente a seu Ofício.

3. Serem honestos, fiéis e diligentes em seu trabalho e se comportar
com retidão diante de seus Mestres ou proprietários das obras
empreendidas, sendo estas pagas por empreitada, ou por alojamento e
alimento ou por semana.

4. Ninguém empreenderá uma obra, grande ou pequena, que não seja capaz
de executar com competência, sob pena de multa de quarenta libras ou
do quarto valor da referida obra, sem prejuízo das indenizações e
compensações a pagar aos proprietários da obra, segundo estimativa e
juízo do Venerável Geral, ou em sua ausência, segundo a estimativa dos
Veneráveis, Diáconos e Mestres do condado onde a referida obra está
sendo construída.

5. Nenhum Mestre tomará para si obra de outro Mestre depois que este
ter contratado com o proprietário da obra, seja por contrato, acordo
de fidelidade ou acordo verbal, sob pena de multa de quarenta libras.

6. Nenhum Mestre retomará uma obra na qual outros Mestres já tenham
trabalhado anteriormente até que seus predecessores tenham recebido o
pagamento pelo trabalho cumprido, sob pena da mesma multa.

7. Em cada uma das Lojas em que se distribuem os maçons será escolhido
e eleito a cada ano um Venerável que estará a cardo da mesma, por
sufrágio dos Mestres das referidas Lojas e com o consentimento do
Venerável Geral se este estiver presente. Se não for possível para
este último comparecer, será informado que um Venerável foi eleito
pelo período de um ano, a fim de poder serem enviadas suas diretrizes
ao Venerável eleito.

8. Nenhum Mestre tomará mais de três aprendizes ao longo de sua vida,
a não ser se este obter um consentimento de todos os Veneráveis,
Diáconos e Mestres do condado onde vive o Aprendiz que pretende tomar.

9. Nenhum Mestre tomará nem se valerá de um Aprendiz por menos de sete
anos, e tampouco será permitido fazer deste Aprendiz um irmão e
Companheiro de Ofício até que tenha exercido outros sete anos, até o
término de seu aprendizado, salvo dispensa especial concedida pelos
Veneráveis, Diáconos e Mestres reunidos para avaliá-lo, e que tenha
sido comprovado suficientemente seu valor, qualificação e habilidade
daquele a que se pretende ser feito Companheiro de Ofício; isso tudo,
sob pena de uma multa de quarenta libras a ser recebida daquele que
tenha sido feito Companheiro de Ofício sem a devida instrução
necessária, sem prejuízo das penas que possam ser aplicadas à Loja a
qual este pertença.

10. Não será permitido a nenhum Mestre vender seu Aprendiz a outro
Mestre, nem liberar, através de pagamento, o Aprendiz dos anos de
ensinamento que a ele é devido, sob pena de uma multa de quarenta
libras.

11. Nenhum Mestre receberá aprendizes sem informar ao Venerável da
Loja a qual pertença, a fim de que o nome do referido Aprendiz e o dia
de sua iniciação possam ser devidamente registrados.

12. Nenhum Aprendiz será iniciado sem que seja respeitada a mesma
regra, a saber, que seu ingresso seja devidamente registrado.

13. Nenhum Mestre ou Companheiro de Ofício será recebido ou admitido
sem a presença de pelo menos seis Mestres e de dois aprendizes
iniciados, sendo Venerável de Loja um desses seis; no dia da recepção,
o referido Companheiro de Ofício ou o Mestre será devidamente
registrado e seu nome e marca serão inscritos em livro próprio em
conjunto com os nomes dos seis que o receberam, além dos Aprendizes
aceitos, igualmente que registraram o nome dos instrutores que devem
eleger cada recipiendário. Tudo isso com a condição de que nenhum
homem será admitido sem que seja examinado e se prove suficientemente
sua habilidade e valor no Ofício a que se consagra.

14. Nenhum Mestre trabalhará em uma obra de Maçonaria sob a autoridade
ou direção de outro homem de Ofício que já tenha tomado a seu encargo
uma obra de Maçonaria.

15. Nenhum Mestre ou Companheiro de Ofício acolherá um cowan* para
trabalhar com ele, nem enviará nenhum dos seus ajudantes para
trabalhar com os cowans, sob pena de uma multa de vinte libras cada
vez que alguém contrariar esta regra.

16. Não se permitirá a um Aprendiz iniciado empreender uma tarefa ou
obra para um proprietário por um valor superior a dez libras, sob pena
da mesma multa precedente, a saber, vinte libras; e depois de ter
executado esta tarefa, não iniciará outra sem permissão dos Mestres ou
do Venerável do lugar.

17. Se existir alguma disputa, querela ou desentendimento entre os
Mestres, os ajudantes ou os aprendizes iniciados, que as partes em
questão comuniquem a causa de sua querela aos veneráveis e a os
diáconos de sua Loja em um prazo de vinte e quatro horas, sob pena de
multa de dez libras, a fim de que possam reconciliar-se e chegar a um
consenso e que suas diferenças possam ser aplainados pelos referidos
veneráveis, diáconos e Mestres; e se ocorrer de uma das partes se
empenhar e ser obstinado em sua questão, esta será excluída dos
privilégios de sua Loja e não lhe será permitido voltar a trabalhar
nela até que reconheça seu erro diante dos veneráveis, diáconos ou
Mestres.

18.Todos os Mestres empreendedores de obra velarão para que os
andaimes e as passarelas estejam solidamente instalados e dispostos, a
fim de que nenhuma pessoa empregada na referida obra se machuque como
conseqüência de sua negligência ou sua imperícia, sob pena de serem
privados do direito de trabalhar como Mestres responsáveis de obas e
de serem condenados pelo resto de seus dias a trabalhar sob as ordens
de outro Mestre principal que tenha obras sob seu encargo.

19.Nenhum Mestre acolherá nem empregará Aprendiz ou ajudante que tenha
se livrado do serviço de outro Mestre e no caso de ter agido por
ignorância, não o manterá quando for informado da situação, sob pena
de uma multa de quarenta libras.

20.Todas as pessoas pertencentes ao Ofício de maçom se reunirão em
tempo e lugar devidamente anunciado sob pena de uma multa de dez
libras, em caso de ausência.

21.Todos os Mestres que forem convocados para uma assembléia ou
reunião prestarão o juramento solene de não ocultar nem dissimular as
faltas ou infrações que tenham cometido um dos outros, assim como as
faltas ou infrações que tais homens de Ofício tenham conhecimento de
ter cometido contra os proprietários das obras sob seu encargo; tudo
isso, sob pena de uma multa de dez libras a ser paga por aqueles que
tenham dissimulado tais faltas.

22. Ordena-se que todas as multas previstas anteriormente sejam
aplicadas sobre os delinqüentes e contraventores das instruções pelos
Veneráveis, Diáconos e Mestres das Lojas as quais pertençam os
culpados e que o produto seja distribuído ad pios usus segundo a
consciência e parecer destas pessoas.

E com o fim de que estas instruções sejam executados e observadas tal
como estão determinadas, todos os Mestres reunidos no dia indicado
desde já se comprometem e se obrigam a obedecer fielmente. É por isso
que o Venerável Geral requereu que seja firmado o presente manuscrito
de seu próprio punho, a fim e que uma cópia autêntica seja encaminhada
a cada Loja particular deste reino.

Motos Suzuki - J.Toledo do Brasil faz recall

Vários modelos de média e alta cilindrada são afetados...

A J. Toledo da Amazônia Suzuki Motos do Brasil iniciou campanha de
chamamento para inspeção e substituição do retificador das
motocicletas JTA/SUZUKI, modelos DL1000 ano modelo 2008 e 2009, B-King
ano modelo 2010 e 2011, GSX1300R, BANDIT650, BANDIT650S, GSX650F,
BANDIT1250, BANDIT1250S anos modelo 2009 e 2010, GSX-R750 ano modelo
2010 e BOULEVARD M1500 com chassis de numeração sequencial final de
000001 até 000005.

Alguns retificadores das unidades afetadas foram produzidos com
aderência insuficiente entre o módulo de potência e a carcaça do
retificador, o que pode resultar em falta de corrente ou carga a ser
fornecida para a bateria, podendo causar o descarregamento da bateria
e impossibilidade de se funcionar a motocicleta.

ATENÇÃO: Conforme determinação da Portaria Conjunta nº 69/2010,
emitida pela Secret aria de Direito Econômico do Ministério da
Justiça, todas as motocicletas objeto deste chamamento foram
cadastradas no Sistema de Registro de Avisos de Risco – Recall de
Veículos Automotores junto ao DENATRAN, de forma que o não atendimento
à campanha impedirá a obtenção do Certificado de Registro e
Licenciamento do Veículo.

Ao fazer o procedimento de recall na Concessionária Autorizada Suzuki
Motos mais próxima, exija a entrega do documento que comprove o
atendimento ao recall, contendo: número da campanha, descrição do
reparo ou troca, dia, hora, local e duração do atendimento, o qual
poderá ser requisitado pelo DENATRAN.
Para realizar o reparo, que consistirá na substituição do retificador,
solicitamos que V.Sa. agende com a Concessionária Autorizada mais
próxima uma data para o atendimento.

Confira os chassis  e modelos participantes:

DL1000: Chassi de numeração
de 9CDBS111J8M002232 até 9CDBS111J9M004152

GSX1300 B-King:
JS1CR111180103290 até JS1CR111180104509
e 9CDGX71AJAM000001 até 9CDGX71AJBM100424,

GSX1300R Hayabusa:
9CDGX72AJ9M002415 até 9CDGX72AJBM103858,

BANDIT650:
9CDGP74AJ9M101040 até 9CDGP74AJAM102301,

BANDIT650S:
9CDGP74AS9M100828 até 9CDGP74ASAM101971,

GSX650F:
9CDGP74AF9M000001 até 9CDGP74AFAM101504,

BANDIT1250:
9CDGW72AJ9M000003 até 9CDGW72AJBM001026
e JS1CH122100101337,

BANDIT1250S:
9CDGW72AS9M000003 até 9CDGW72ASBM101026,

GSX-R750:
9CDGR7LAJAM004817 e9CDGR7LAJAM004818

BOULEVARD M1500:
9CDVY55AJBM000001 até 9CDVY55AJBM000005

Mais informações no site www.suzukimotos.com.br

Fonte: RockRiders.com.br

Igreja Católica reconhece comunicação com os espíritos

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico
trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído,
justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo
emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999,
em Recife (PE).

O livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita
Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio
espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais
espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge
beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom
Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as
outras religiões.

Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975
e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro "Novas Utopias", do
espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela
originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a
Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu
muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre
vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé
necessária como o Imprimátur do Vaticano. É importante destacar,
ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes
iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance
Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi
aceito pela instituição católica, sem qualquer constrangimento.

No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo
Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora
Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica. Conforme eles
mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada
aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a
codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da
população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a
verdade espiritual, porque "os tempos são chegados", estes
ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os
filhos de Deus.

A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que
professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o
momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência
espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois
mundos.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o
Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida
espiritual:

Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes
de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico,
continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à
Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os
ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos
de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da
humanidade.

Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para
realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra
muitas barreiras com o preconceito religioso?

Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá
reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam
aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de
relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados,
cristalizados em crenças em determinados pontos que não levam a nada.
Resistem à idéia de evolução dos conceitos. Mas, a grande diferença é
que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência
mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de
outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que
vibram na mesma sintonia.

Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?

Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que
passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo
sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na
pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós
juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas
enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.

Como é sua rotina de trabalho?

A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma... Levanto-me,
porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver
atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que
trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que
precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro
em algumas atividades que faço com muito prazer.

Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua
maior alegria?

Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não
deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles
aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e
continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho
para o Nosso Senhor Jesus Cristo.

O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos
Centros Espíritas?

Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os
hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se
faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários,
reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência
mais freqüente não é na casa espírita.

O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?

Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este
ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado,
tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus
age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso
grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor.
Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo
natural.

Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?

Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm
da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa
nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito
interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar
ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação
muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do
médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar
aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos
poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento,
aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me
comunicar enfrentam problemas semelhantes.

Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?

Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade
faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais
detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e
oportunidade. Imaginamos que haja outros padres que também queiram
escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.

Por que Dom Helder é quem está escrevendo?

Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos
da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos
colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que
continuaria a existir, sabia que IGREJA CATÓLICA JÁ RECONHECE
COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS haveria algo depois da vida física. Falei
isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um
médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as
possibilidades. É isto que eu estou fazendo.

Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?

Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica
para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem
por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e
resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados
numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a
proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que
acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm
com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.

Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?

Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à
disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele
por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a
forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele
começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais
fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.

O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela
mediunidade?

Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia,
inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas
é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da
nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros
mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na
vida física?

Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por
si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato
com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural.
Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum
tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas,
digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas
espirituais.

Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?

Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram
responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo
moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela
sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer
que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo
mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade.
Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se
teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.

Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?

Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro,
representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma
responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito
fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali
sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem
inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as
espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideal.

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