A espada, é um aparato de ataque e defesa, podemos chamá-la assim, formado por uma haste longa e empunhadura, com ou sem guardas para proteção da mão. É feita normalmente de aço. É mais longa do que a "adaga", que por sua vez é mais longa do que o punhal e pode ser classificada, de um modo simples, em dois tipos: com lâmina comprida, pontiaguda e com dois gumes cortantes; ou somente uma haste redonda comprida e pontiaguda.
Normalmente, para ser guardada e protegida, é colocada dentro de uma bainha simples, que é um estojo versátil e leve, preso à cintura. É uma arma branca, usada desde os primórdios das civilizações guerreiras, como os Vikings, por exemplo; ou nas invasões turcas do século XVI, ou na forma de "cimitarra"; ou pelos Romanos nas suas conquistas e, até bem pouco tempo, nas últimas guerras na luta "corpo a corpo". Atualmente, constituem distintivos dos oficiais das Forças Armadas e Policiais Militares. São usadas em solenidades e formatura como símbolo de honra e dignidade.
A Espada Flamejante ou Flamígera ( ver pílula nº 141) é diferente de tudo que está acima mencionado. Ela não está descrita em nenhum livro, exceto a Bíblia, que não seja aquele que relate as coisas pertencentes à Ordem Maçônica . Sua lâmina não é retilínea, mas ondulada, assemelhando-se à labaredas de fogo.
Conforme pode ser lido no Livro Sagrado, a Bíblia, ela foi empunhado pelos Anjos do Senhor, Guardiões da Porta do Paraíso Terrestre, como verdadeira Espada de Fogo: "E expulsou-os; e colocou, no oriente do Jardim do Éden, querubins armados de espadas flamejantes, para guardar o caminho da Árvore da Vida " (Gen.3:24).
Até onde se sabe, os historiadores não têm, além dessa informação obtida na Bíblia, descrita acima, outras informações que esclareçam a origem dessa arma, de formato tão peculiar. A Maçonaria Simbólica adotou-a, pois representa, sem dúvida, a emancipação da força, de proteção, de defesa e de ação. Tem significados tremendamente profundos na Simbologia Maçônica, sendo talvez, o principal deles, a arma a ser usada na luta eterna da dualidade entre o "Bem" e o "Mal".
Semelhante aos "Anjos do Senhor" na Porta do Paraíso, é usada simbolicamente pelos Irmãos Cobridores, Externo e Interno, na Porta do Templo para "telhar" os IIr.: retardatários ao início da Sessão Maçônica e, "cobrir" o Templo aos profanos, simbolizando a autoridade da Ordem Maçônica em seus domínios.
Simboliza também o poder possuído pelo Venerável Mestre de Iniciar novos Aprendizes, Elevar novos Companheiros e Exaltar novos Mestres. O Venerável Mestre é a autoridade máxima da Loja, e deve ser o mais correto de todos os Irmãos. Esta retidão exemplar é simbolizada pelo "Esquadro" e a autoridade máxima é simbolizada pela Espada Flamejante.
Ampliando os limites de nossa mente, podemos afirmar que a Espada Flamejante, quando empunhada pelo Venerável Mestre, sem dúvida alguma, é a representação da força, do poder, da magia e do encanto da Maçonaria Universal, espalhada por todo canto da Terra. Essa mesma Maçonaria que tem aperfeiçoado os homens pelo Amor, pelo Caráter e pela Tolerância.
Ampliando nossos pensamentos mais ainda, podemos concluir que, devido à semelhança com os raios esplendorosos de uma tempestade, controlados pelo Grande Arquiteto, a Espada Flamejante, é o emblema da Justiça do Supremo, lembrando a Humanidade, em toda a sua gama de conhecimentos, que acima de qualquer um deles, por mais poderoso que se considere, está a Justiça Divina, separando o joio do trigo, os bons dos maus...
(este artigo foi escrito em 1998, um dos primeiros quando era ainda Aprendiz)
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.