Ao contrário do que muitos pensam, a palavra "Bula" não refere-se somente a um documento Papal.
Ao contrário, na verdade, segundo Dicionário Aurélio, "Bula" é um antigo selo de ouro, prata ou chumbo, pendente de documentos emitidos por papas e outros soberanos, e que resultava da compressão do metal entre dois cunhos.
Refere-se, também, ao impresso que acompanha um medicamento e contém informações sobre composição e posologia do mesmo.
No caso da Igreja Católica, as "Bulas" são designadas muitas vezes com as palavras pelas quais começam, distinguindo-se de acordo com sua destinação.. Desse modo, temos bulas de excomunhão, bulas doutrinais, etc (Aslan)..
Existem muitas Bulas Papais contra a Maçonaria, sendo as mais importantes a "In Eminenti" – 1738 (foi a primeira para a Maçonaria Especulativa). "Apostolicae Provida" – 1751. "Quo Graviora" – 1825. "Qui Pluribus" – 1846. "Humanum Genus" – 1884, etc, etc.
Segundo o Mestre Nicola Aslan, todas elas atribuíram à Maçonaria intenções que ela nunca teve, e tornaram-na responsável, graças às calúnias de Pe. Barruel, de todos os empreendimentos das sociedades secretas políticas. Acusaram-na de conspiração contra à Igreja, poder temporal, maliciosamente confundida com a Igreja, poder espiritual, e contra os legítimos poderes civis, representados pelos reis absolutistas.
Continuando com o Mestre Aslan que nos relata em sua Enciclopédia: "não cabe aqui discutir a justiça de todos esses documentos. Fica, porém, a impressão de que a Santa Igreja, por seus dirigentes, quase todos pertencentes à nobreza, sempre esteve mal informada, e seus membros, imbuídos da prepotência da aristocracia de então, julgavam-se acima de qualquer crítica e utilizavam os mesmos métodos dos reis absolutistas". Estes, ao darem uma ordem, costumavam acrescentar: "Porque tal é o meu bel prazer".
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.
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