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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Complexo de Édipo

O Complexo de Édipo é o conceito central da psicanálise que descreve a organização dos desejos e das identificações infantis em relação aos pais. Embora Freud o tenha formulado, Lacan o reinterpretou radicalmente, passando de um drama psicológico-afetivo para uma estrutura linguística-simbólica.

Aqui está um esclarecimento do Complexo de Édipo segundo Freud e Lacan:

1. Complexo de Édipo segundo Sigmund Freud (Psicologia e Biologia)
Freud via o Édipo como um drama psicossexual que ocorre na fase fálica (entre 3 e 5 anos) e é o núcleo de todas as neuroses. Eleborou que o desejo da criança pelo genitor do sexo oposto (objeto de amor) motiva a rivalidade com o genitor do mesmo sexo (rival). É baseado no mito de Édipo Rei, que mata o pai e casa-se com a mãe. 

No caso do menino, ele tem o desejo pela mãe e o pai é visto como rival. O medo de ser punido pelo pai com a castração (perda do pênis) o leva a reprimir o desejo pela mãe e a se identificar com o pai., formando o SuperEgo, base da censura e do comportamento social (instância moral). Na menina esse complexo é considerado mais complexo. A menina transfere o objeto de amor da mãe para o pai ao notar a ausência do pênis (o complexo de castração). O desejo de ter um bebê do pai (como substituto do pênis) a leva a aceitar a feminilidade.

Para Freud, o Complexo de Édipo tem o caráter fundamentalmente biológico (diferença anatômica dos sexos) e afetivo (amor/ódio direcionado a pessoas reais).

Já segundo Jacques Lacan, psicanalista francês, o Complexo de Édipo tem nuances de simbolismo da linguagem e papéis culturais e não é essencialmente biológico/aeftivo.

Lacan "retornou a Freud" submetendo o Édipo a uma leitura estrutural e linguística. Para ele, o Complexo não é primariamente sobre pais e mães reais, mas sobre a estrutura simbólica da linguagem e a Lei, subtituindo o medo da castração freudiana (perda do órgão) pelo conceito de Nome-do-Pai e a Função Paterna.

O conceito de Nome-do-Pai, não é sobre o pai biológico, mas sobre a função simbólica que introduz a Lei (a proibição do incesto) na psique da criança. É a metáfora paterna que substitui o desejo da mãe pelo falo (o falo aqui é o significante do desejo materno). A lei introjetada spbre o Nome-do-Pai interdita a relação dual e fusional entre Mãe e Criança, impondo o mundo da cultura, da linguagem (o Simbolismo) e das relações sociais.

Nesse mecanismo da construção do Nome-do-Pai, Lacan define 3 tempos do Complexo de Édipo, momentos lógicos que são essenciais para a constituição do sujeito:

No 1º Tempo, a criança é o Falo (imaginário) da Mãe. Ela deseja ser tudo o que satisfaz o desejo da Mãe (a Mãe também deseja o Falo). A criança se identifica com o objeto do desejo materno e permanece alienada no Imaginário (a dualidade Mãe-Criança). Note aqui o Falo não como o órgão físico, mas como estruturante do poder do pai em satisfazer o desejo materno. No 2º Tempo, aparece a intervenção do Pai Imaginário: o Pai aparece como aquele que possui o Falo e é capaz de privar a Mãe de seu objeto (a criança). Então a criança descobre que a Mãe deseja algo fora dela (o Falo, encarnado no Pai). Isso faz com que ela, a criança, começa a se afastar da Mãe para buscar o objeto desejado. Isso leva ao 3º Tempo, onde a Intervenção do Nome-do-Pai (simbólico) aparece, como o Pai que impõe a Lei (a castração simbólica), proibindo a Mãe de ter o Falo e a criança de ser o Falo. A criança aceita a Lei da Castração e se inscreve no Simbólico (a ordem da linguagem e da cultura), o que define sua posição de gênero e orienta seu desejo.

Comparando Freud e Lacan, Freud vê a natureza do Complexo de Édipo como sendo psicológica, libidinal e baseada na anatomia (Pênis). Já Lacan vê como linguística e simbólica (Falo). O agente do Complexo para Freud é o Pai biológico real e o medo dele castrar a criança para evitar que ela satisfaça a mãe, já Lacan vê a criação do Nome-do-Pai como a proibição de satisfazer o desejo da mãe pela criança (função simbólica que estrutura o inconsciente como linguagem).

O resultado é a formação da personalidade (a definição das regras que serão incorporadas ao SuperEgo) e a escolha do objeto de desejo posterior, para Freud. Já Lacan acha que o resultado é a constituição do sujeito na linguagem e no social, definindo a posição subjetiva perante o desejo e a Lei.

Em suma, Lacan desbiologiza o Édipo, transformando-o de um evento familiar em uma estrutura universal que inscreve o ser humano na ordem da linguagem e da cultura.

Uma observação para os pais jovens é que a criança maquina a todo tempo evitar que o mãe tenha contato com o pai, seja se intrometendo no meio dos dois em um abraço ou dormindo entre os dois, seja sabotando relações do pai e da mãe. Vi isso acontecer bastante com crianças pequenas e cabe aos pais definirem limites bem claros para que a criança constitua o seu SuperEgo, de acordo com Freud, ou que entenda as proibições sociais e seu papel na cultura, de acordo com Lacan. 

Se deixar solto, elas tomam conta, comportamente esse que refletirá na vida adulta com diversos problemas e recalques difíceis de se resolver.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Rebel "Moça com brinco de pérola" de Vermeer (releitura)



Achei ela bem sexy com esses piercings... Eu que a idealizei...

O Id, o Ego e o SuperEgo

A segunda tópica de Freud foi uma evolução do pensamento sobre as instâncias da mente humana, ou da personalidade. Freud evoluiu a ideia da parte Consciente e da parte Inconsciente, refinando a análise, decompondo a mente humana em 3 partes: o Id (ou ISSO), o Ego (ou EU) e o Superego.

O Id (Princípio do Prazer) é a fonte da energia psíquica (libido) e dos instintos (pulsões), e busca a satisfação imediata de todas as necessidades e desejos, sem se importar com a realidade ou moralidade.

Seria o reservatório de desejos e a parte mais primitiva, totalmente inconsciente.

Já o Ego (Princípio da Realidade) atua como mediador entre as exigências do Id, as restrições do Superego e a realidade externa e tem a função de adiar a satisfação do Id para momentos apropriados e seguros, sendo a parte racional e executiva da personalidade.

Finalmente, o Superego (Princípio Moral), representa o lado moral e ideal da personalidade, incorporando valores, regras, proibições e a consciência moral, aprendidos principalmente com os pais e a sociedade. é o "juiz" interno, que busca a perfeição e impõe culpa.

O princípio do funcionamento se baseia no fato das pulsões e desejos quererem escapar das profundezas do Id, o tempo todo agindo sem a realidade, a moralidade ou as convenções sociais, mas para aparecerem no Ego e se mostrarem na realidade, precisam vencer as restrições e barreiras que o SuperEgo impõe, baseado nas regras impostas pela criação pelos pais e pela sociedade. 

O Ego tenta a todo tempo adiar a aparição das pulsões no mundo real, às vezes recorrendo a racionalizações e censuras do SuperEgo.

Em suma, a vida psíquica, na visão de Freud, é uma batalha constante onde o Ego tenta manter o equilíbrio entre os impulsos irracionais e exigentes do Id e as demandas morais e repressivas do Superego.

Uma briga constante onde o Id recorre busca esfregar desejos primitivos estocados nele à todo custo na cara do Ego, que luta para satisfazer as exigências morais do SuperEgo.

Uma luta bastante cansativa e às vezes desigual, com um dos lados perdendo e gerando sofrimento!

Adoro essa tópica, já que ela explica muito dos nossos problemas e vicissitudes de nossas vidas psíquicas.

Experiência Socialista

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca
havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe
inteira.

Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente
funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza
ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e
justo. O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento
socialista nesta classe.

Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas
seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam
'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em
teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um
"A".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem
estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se
esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda
prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles
esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham
estudado bastante no início resolveram que eles também se
aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a
segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não
voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos,
buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera
das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido
a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que
passaram a fazer parte daquela turma.

No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o
resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina…
Para sua total surpresa. O professor explicou: "o experimento
socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo
sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as
recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam
por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor.
Tão simples quanto isso."

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a
prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa
trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de
outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza
tentando dividi-la;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa
trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando
esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para
sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma
nação.

O povo e seu buraco

Como funciona o Governo...

O cidadão está no fundo do poço, mas o "intelectual" não lhe dá a
escada, o meio pelo qual ele possa galgar os degraus e subir, desde
que faça algum esforço.

Ao contrário, o "homem humanitário" se debruça na borda do buraco,
estica um braço que nunca vai adiantar e faz cena de que quer ajudar.

O "descamisado" do fundo do poço não sabe que existe uma escada, logo,
imagina que aquele homem é bom e quer ajudá-lo, assim, aposta nele.

Os meios (escadas): Escola pública de qualidade, cursos técnicos,
Transporte, Segurança, Infra estrutura, Economia forte, criação de
empregos, etc.

Os jogos de cena: Bolsa família, Auxílio reclusão, maciça propaganda,
Cotas raciais, etc.

Política do "Pão e Circo"; pão (bolsa isso, bolsa aquilo...) e circo
(estádios glamourosos).

O país afunda, mas o poder está garantido.

Reflexões sobre o uso de um brasão de MotoClube

A partir do momento em que você decidir, ou for convidado, a entrar em qualquer clube de motocicletas, e aqui vale para MCs MGs, Associações, ou qualquer outra denominação, um dos pré-requisitos é que você esteja alinhado à filosofia desta entidade . Portanto esteja atento a isso!

Em linhas gerais, esta terá valores que deverão ser respeitados por você.

Mas algumas coisas serão comuns a qualquer uma: o prazer de pilotar uma motocicleta; a satisfação de conviver em grupo --- identificado pelo brasão do clube a qual você fará parte; e a honra de participar de uma outra família. É preciso estar ciente de que a partir daquele momento algumas coisas mudam.

A prioridade não é mais do indivíduo, mas do grupo a qual se faz parte. Não estou dizendo aqui que o grupo está acima do indivíduo, mas sim que a partir daquele momento alguns valores mudam de lugar: o que importará é que o grupo esteja junto, unido como se todos os integrantes fossem um só.

Não importa o lugar, o destino, o prazer agora é outro: é o de estar junto, de fazer parte de algo em conjunto, maior; de dividir valores e usar com orgulho aquele brasão. E isto deve bastar, já que laços fortes se formaram, na mesma medida em que as experiências e a convivência aumentarem.

Alguns destes laços acabarão sendo para toda a vida, e outros, ainda que não se queira, de vez em quando, irão se desfazer. Mas o importante é que duraram o tempo necessário para terem se tornado inesquecíveis. Tal qual como na vida, o que foi desfeito será preenchido por outro, sem que com isso substituía o anterior. Afinal, relacionamentos humanos são insubstituíveis, pois deixam marcas indeléveis por onde passam.

Mas de alguma forma isso garantirá a entidade a continuidade necessária para prevalecer, a partir do momento da criação de novos laços, ainda mais vigorosos, e de novo, enquanto durem.

Então quando você recebe um brasão, recebe com ele a imensa responsabilidade de levar, toda a história daquele grupo. Leva a lembrança de cada integrante que pertenceu ou ainda pertence ao clube; leva o trabalho daqueles que lutaram para que a entidade, da qual você faz parte hoje, seja respeitada na comunidade.

Leva um pouco da paisagem e da poeira da estrada que você e os integrantes já percorreram. Leva também a sua própria história de vida, lá no fundo dos alforjes. A família, a namorada, a noiva, a esposa, os filhos, os amigos (os inimigos também, como esquecê-los) e mesmo aqueles colegas de trabalho, distantes que mal falamos, ainda que não viajem ou mesmo curtam o motociclismo, entram conosco nessa grande aventura, porque sabem e vêem os seus passos e com quem você roda diariamente ou aos fins de semana.

Quando você pilota identificado, você leva uma tradição que vence o tempo

Portanto quando chegar a sua hora, seja grato ao conquistar o direito de usar determinado brasão, pois certamente aquelas pessoas que estão lhe conferindo esta CONDECORAÇÃO, estarão lhe recebendo de braços abertos, e lhe dizendo naquele momento um sonoro: Seja bem vindo a nossa família!

Você a partir daquele momento estará representando uma miríade de rostos, personalidades, e quiça, nações (caso a entidade escolhida seja internacional) . E o que pedem em retribuição? Apenas a sua lealdade; o seu comprometimento com a entidade que você representa; e que você use aquele brasão com muita honra e galhardia. Acho que isso não é pedir muito. Ou é?

(Texto de Shark, do ISRA - International Star Riders Association - por Juliano Idogawa.)


nota: o brasão apresentado é do motoclube Kune, de Osijek, Croácia, onde minha avó nasceu... Tirei a foto na rua, e nosso irmão motociclista achou o maior barato um motociclista do Bodes do Asfalto tirando foto do brasão dele na Croácia...

Você sabe pilotar na chuva?






Está chegando a estação das chuvas e como sei que muitos de nós precisamos pilotar durante esse período, quero te passar 6 dicas que tenho para pilotagem no molhado.

É normal sentir medo, e ele é essencial para nossa proteção.

Mas, fique calmo. Não deixe o medo te travar diante dessa condição adversa do tempo.

Informação Importante: Quando a chuva esta fraca, o perigo é maior, pois todos os detritos/sujeiras da pista se misturam com pouca água e fica um sabão (Fácil de escorregar). Já a Chuva Forte lava a pista, ficando muito mais seguro para pilotar. É importante saber disso.

1ª Dica - Reduza a velocidade, quanto mais rápido você estiver, mais dificil será de frear ou desviar de algo.

2ª Dica - Evite frear bruscamente, faça gradativamente. Não é questão de força para parar a moto. Mas sim de aumentar a força nos freios gradativamente e também usar o freio motor, reduzindo as marchas.

3ª Dica - Não reduza marchas em curvas e evite passar nas faixas e sinalizações pintadas no solo, pois são lugares que mais tendem a escorregar.

4ª Dica - Se tiver um carro na sua frente, prefira colocar os pneus da moto nas faixas deixadas pelos pneus do carro, pois elas estão "limpando" a pista pra você.(Mas fique distante do carro). Evite também ficar na frente de veículos muito próximos, pois o motorista pode não saber freiar na chuva.

5ª Dica - Os outros precisam te ver principalmente sob condições de chuva, então se necessário use farol alto e a buzina.

6ª Dica - Esteja bem preparado, com jaqueta impermeável, calça, botas e luvas. Pois isso vai ajudar muito você suportar o frio, não ficar ensopado e até mesmo te proteger caso venha ocorrer uma queda




Fonte: Desconhecida

surname JURZA - sobrenome JURZA - alguns pensamentos


Bom sempre que tem alguma coisa prá resolver, tem um IFNAME="JURZA" embutido na programação que acaba ferrando com a gente - atrasa documento, perde documento, dá confusão, troca nome, sempre dá um biziu... até minha prima teve de tirar a mala do ônibus lotado na fronteira da Croácia só pros caras olharem... e o ônibus todo ficou olhando para ela... como se fosse traficante de catioro... kkk

A minha teoria é que nosso nome era JURCA - já achei grafado assim. Então, antes do Império Autro-Hungaro, na grafia croata, isso se lia IU-R-TSA...

Daí, como se escreve isso em alemão? IU-R-TSA? Escreve JURZA e le lê IUR-TSA...

Daí, como se lê isso em croata agora? IUR-ZA...

Tá vendo, tá igual ao Paiva que foi pros EEUUAA...

Ele assinava Paiva, eles chamavam ele de Peiva...
Ele assinava Peiva, chamaram ele de Piiva...
Ele assinou Piva, chamaram ele de PAIVA e ele ficou feliz...

Taí, o porque do IFNAME... Daí o vovô já nasceu depois do Império austro-hungaro ter mudado a grafia do nome, e aprendeu a falar errado...

Daí, nos ainda por cima avacalhamos mais ainda e passamos a falar abrasileirado JURZA, que em croata tinha de estar escrito Žurza prá soar como a gente fala...

Se a gente avacalhou o nome, é bastante provável que o nome tenha sido avacalhado pelos austro-húngaros e pelos croatas depois...

E ainda por cima, nosso sobrenome tem mais é na República Checa - ou seja, acho que no final, a gente deve acabar sendo até de outro lugar... kkkk 

O pai do vovô era nascido em Marselha, filho do cônsul da Tunísia.. Pretty messy, hã?

Achei ainda que JURCA poderia ser, no italiano, GIORGIO... Que provavelmente virou Đorđio, que virou JORGE (que é o equivalente), que voltou prá Žorđe, que virou Jorge, que virou Jurca, que virou Jurza e que passou prá Žurza que a gente fala...

Cada vez que mudava o nome, eu penso num "clerk" surdo, provavelmente de outra nacionalidade que não a do declarante, com óculos pince-nez e narigão, escrevendo a nanquim em algum livro de pergaminho de paróquia fedendo a mofo e mudando a grafia pro que ele escutou, na grafia que ele conhece...

Daí nossa desidentificação...

Música do Carnaval de 1920 - Racha lenha



Uma lindeza de música...


segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Ato falho ou Parapraxia


Ato Falho (ou parapraxia, como um termo mais abrangente em psicanálise) é um dos conceitos mais populares de Sigmund Freud. 

Ele se refere a um erro na fala, na escrita, na leitura, em uma ação ou no esquecimento, que, para a psicanálise, não é um acidente ou mera falta de atenção. Pelo contrário, é uma manifestação do inconsciente.

Freud explorou este conceito principalmente em sua obra de 1901, Psicopatologia da Vida Cotidiana.

O Ato Falho é fundamentalmente um ato bem-sucedido de uma intenção inconsciente, a consciência, com uma intenção clara, por exemplo, " Bom dia, caro colega",  falha e deixa escapar de forma não intencional, um conteúdo mental inconsciente (ex: dizer "bom dia, caro rival"), e o resultado não é o visado conscientemente, mas sim um compromisso entre a intenção consciente e o desejo recalcado (reprimido).

Em outras palavras, o Ato Falho é um deslize onde o inconsciente escapa momentaneamente do controle da censura, revelando uma verdade, um desejo, ou um conflito que o sujeito preferia manter oculto ou que ele mesmo desconhecia.

O ato falho é uma irrupção de um desejo reprimido que escapa da censura do Consciente e extravasa para o mundo, quando há uma falha no mecanismo de repressão ou recalque.

Os atos falhos não se limitam apenas à fala; eles abrangem diversos erros do dia a dia:

* Lapsos de Língua (lapsus linguae) Chamar o chefe de "tirano" em vez de "diretor". Hostilidade ou rivalidade reprimida.
* Lapsos de Escrita (lapsus calami) Escrever um cheque para uma dívida com a data de pagamento da próxima fatura. Desejo inconsciente de atrasar ou evitar o pagamento.
* Esquecimento Esquecer um compromisso com alguém que não se aprecia. Desejo de evitar a pessoa ou o evento.
* Perda/Extravio Perder um objeto que foi presenteado por um ex-parceiro. Desejo de se livrar da lembrança ou do vínculo com aquela pessoa.
* Ações Inesperadas Derrubar um copo de água na pessoa que secretamente se detesta. Agressividade ou hostilidade não reconhecida.

O material inconsciente (desejos, medos, pulsões) está sempre buscando uma forma de satisfação e de entrar na consciência. O sistema psíquico (Ego/Superego) costuma censurar esse material. 

Porém, em momentos de distração, cansaço, ou sob certas tensões emocionais, a "vigilância" psíquica relaxa, permitindo que o material reprimido se manifeste de forma disfarçada e inesperada no ato falho.

O ato falho é uma pista de ouro para o inconsciente do analisando, pois revela o conflito em questão, que pode ser investigado pela Associação Livre.

Eu acho divertidíssimo de presenciar, e é tão impulsivo, que a pessoa que comete o ato falho muitas vezes não se dá conta do que fez.

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