De acordo com Alec Mellor, famoso escritor Maçônico francês, em "Dicionário da |Franco Maçonaria", a conduta adotada por certa Obediência constitui um critério que permite apreciar a regularidade ou a irregularidade de seus princípios.
A Grande Loja Unida da Inglaterra, em 04 de setembro de 1929, lançou, e foi aprovado pela Franco Maçonaria universal, os "Princípios de Base" para o reconhecimento de regularidade de uma Grande Loja ou um Grande Oriente:
Art. 06: - As três grandes Luzes da Franco Maçonaria, o Livro da Lei Santa, o Esquadro e o Compasso, ficarão sempre expostos quando dos trabalhos da Loja.
A mais importante das três é o Livro da Lei Santa (The Volume of Sacred Law).
Nos países da Europa, da América, da Oceania, o L.L.S. usado é a Santa Bíblia, pois ela é o Livro Sagrado da grande maioria.
Segundo Mestre Castellani, a Bíblia só foi introduzida oficialmente nos trabalhos maçônicos, por George Payne, em 1740, como bajulação à Igreja Anglicana, e não a Católica, pois nessa época era a primeira que predominava na Inglaterra.
É sabido que o Livro da Lei, não é obrigatoriamente a Bíblia. Deve haver um Livro da Lei Sagrada que seja adotado por determinado povo com sua respectiva crença religiosa. Desse modo, poderá ser a Torá – Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio – para os judeus. O Corão para os muçulmanos, ou o Rig Veda para os hinduístas, e assim por diante.
E, além disso tudo, ainda nos esclarece o Mestre Castellani, existem os Ritos chamados racionalistas, como o Rito Moderno ou Francês, por exemplo, que não usam nenhum Livro sagrado, mas, sim, o Livro da Lei Maçônica – a Constituição de Anderson, de 1723, em respeito à absoluta liberdade de consciência dos maçons, a qual não admite a imposição de padrões religiosos, pois as concepções metafísicas de cada um são de foro íntimo. Entretanto, tal atitude não permite o reconhecimento pela Grande Loja Unida da Inglaterra, da Grande Loja ou Grande Oriente que a pratica.
Na Maçonaria Operativa não há duvidas que a Bíblia era usada nos juramentos da Ordem, devido a grande religiosidade reinante na época. Isso é citado em diversos Manuscritos, alguns deles transcritos no "Freemason´s Guide and Compendium" do Mestre Bernard Jones, do qual eu tenho a honra de possuir um exemplar na minha biblioteca.
O Livro Sagrado da Lei deve ser solenemente aberto e solenemente fechado no começo e no fim dos trabalhos. Sem a sua presença sobre o altar, estes não podem ser realizados, e a Loja não pode nem mesmo ser aberta.
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.
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