Depois de alguns anos na Maçonaria, começa a formar no pensamento do Maçom interessado, a dúvida se na época dos Maçons Operativos, existiam, ou não, os três Graus existentes hoje na Especulativa.
Vou tecer alguns comentários sobre esse assunto, fruto de pesquisa realizada em livros editados na Inglaterra e Nova Zelândia.
É aceito, de modo geral, entre todos os historiadores maçônicos, idôneos, que em 1717, na Inglaterra havia somente dois Graus:
- Aprendizes (Entered Apprentice – ver Pilula nº 8)
- Companheiros (Fellow Craft)
Não havia o Grau de Mestre. O que era assim chamado, na Operativa, era o chefe, o mais experiente, dos demais e que era o responsável pela obra.
Entre 1717 e 1730, na Especulativa, houve uma divisão, um arranjo, entre os dois graus existentes, dando origem a três graus. No livro "Short History of Freemasonry – 1730" de Knoop e Jones, é dito que, de modo muito provável, o conteúdo do Primeiro Grau se dividiu, formando um novo Primeiro Grau e um novo Segundo Grau.
O Segundo Grau antigo se transformou no Terceiro Grau – o Grau de Mestre Maçom, que antes não existia. Esses dois renomados pesquisadores acham que isso deve ter ocorrido após 1723, pois não foi citado nas Constituições de Anderson, e antes de 1730, pois no livro "Masonry Dissected" de Samuel Prichard foi mencionado a existência desses três Graus.
A formação da Grande Loja da Inglaterra em 1717 teve, em seguida, muitas mudanças na ritualística sendo, aparentemente, finalizadas em1813 com a formação da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Pesquisas indicam que no começo somente a Grande Loja formada em 1717 podia conferir esse Terceiro Grau – de Mestre Maçom – para as Lojas. Entretanto, muitas Lojas foram adicionadas às quatro primeiras e isso se tornou impraticável. Depois de alguns anos, todas as Lojas conferiam o Grau de Mestre aos obreiros merecedores.
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.
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