Solstícios e Equinócios
A Astronomia e a Astrologia são ciências extremamente importantes, mas
não é de nosso interesse, e nem tenho capacidade de fazer um tratado
sobre os Solstícios e os Equinócios.
Vou simplesmente dar algumas definições e conclusões, da maneira mais
pratica possível e, no final, fazer uma observação, que ao meu ver é
de extrema importância pois definiu eventos religiosos importantes.
É sabido que a Terra tem movimento de rotação em torno de seu próprio
eixo e gira em torno do Sol num trajeto com formato de uma elipse.
Entretanto, se tomarmos um ponto da Terra como "referência",
aparentemente, o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Só que não
nasce sempre no mesmo local. Ele caminha num sentido (para a direita,
por exemplo), permanece parado por um período, e volta no sentido
contrário até atingir o outro extremo. Permanece parado por um período
e recomeça tudo outra vez. Leva seis meses para ir de um extremo a
outro e, portanto, um ano para voltar ao mesmo extremo.
Essas aparentes "paradas", que são as posições da Terra nos extremos
mais longos da elipse, são chamados de "Solstícios" de Verão e de
Inverno. Abaixo da Linha do Equador ocorrem em 24 de dezembro e em 24
de junho, aproximadamente. Acima da Linha do Equador, as datas são as
mesmas, e onde é Verão é Inverno e vice-versa.
O "Equinócio" é quando o Sol encontra-se no meio dos dois extremos. E,
obviamente, temos também dois: o de Outono e da Primavera.
O mais interessante de tudo que foi escrito é que, nos Solstícios, a
quantidade de horas de sol (claridade) e de escuridão varia durante o
período de 24h do dia , e se alterna.
Desse modo, no Solstício de Verão a quantidade de horas de claridade é
muito maior que a escuridão, durante as 24h de um dia. E ao contrário
no Solstício de Inverno.
Como o Sol, nas religiões das civilizações antigas era considerado
como um dos "deuses", essa variação crescente da sua presença durante
seis meses nos dias, foi base de uma religião muito antiga chamada
"Solis Invictus" (e também do Mitraismo).
Recapitulando, o Solstício de Inverno, acima da Linha do Equador, que
foi onde as civilizações mais se desenvolveram, no dia 24 de dezembro
tinha uma quantidade maior de horas de escuridão do que as de
claridade. E, a partir desse dia, essa religião comemorava sua festa
máxima que era o "Natalis Solis Invictus" que era quando o Sol
começava a aumentar sua presença ao longo dos dias, até o próximo
Equinócio quando as horas de escuridão e claridade seriam iguais. Esse
dia era de extrema importância para os adeptos dessa religião: era
quando o "Sol nascia e crescia em força e vigor".
O cristianismo, na época de Constantino, o Grande, foi alçada à
condição de religião de Estado, apesar de que ele próprio, até próximo
a sua morte, pertenceu a religião "Solis Invistus". A festa máxima era
o nascimento de Jesus Cristo, que era comemorada em 06 de janeiro.
Entretanto, como foi uma religião "imposta" pelos governantes, as
convicções antigas permaneceram e eram também comemoradas. Para
resolver esse problema, as festas católicas tiveram as datas trocadas,
coincidindo com as antigas festas do "Solis Invictus".
Inclusive, a data de nascimento de Jesus que era comemorada em 06 de
janeiro, foi trocada para a data de 24 de dezembro, por Constantino em
521 d.C.
Desse modo, a atitude de um déspota daquela época, que por interesses
político e temporal, influenciou, e continua a influenciar, no
comportamento de milhares de pessoas, no tocante as suas convicções
religiosas.
P.S.: de um lugar fixo do meu quintal, desde 12/05/2009, venho obtendo
fotos, duas vezes ao mês, do "pôr" do Sol para registrar essa
caminhada aparente do mesmo. É muito interessante, pois é algo que
ocorre continuadamente e não nos damos conta.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
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