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terça-feira, 9 de agosto de 2011

MINEIRA pura e pudica

Um fazendeiro ia a pé para sua fazenda em Conceição da Barra do Rio das
Mortes/MG, dita Cassiterita, terra do Nacif Daur.

No caminho, comprou um balde, um galão de tinta, dois frangos e um ganso
vivo.

Quando saiu da loja, parou e ficou matutando sobre como levar as compras
para casa.

Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma mulher que lhe perguntou como chegar
até o Sítio da Andorinha.

- Bem, diz o fazendeiro, minha fazenda fica perto desse sítio. Eu podia te
levá até lá, mas ainda não resolvi como vou carregá isto tudo aqui.

A mulher sugeriu:

- Cê coloca o galão de tinta dentro do barde, carrega o barde numa mão, o
ganso na outra mão e um frango debaixo de cada braço.

- Muito obrigado! - disse o homem - É uma boa idéia.

A seguir, partiram os dois pela estrada.

No caminho, ele disse:

- Vamo cortá caminho e pegá este ataio pelo mato, que vamo economizá muito
tempo.

A mulher o olhou cautelosamente e disse:

- Eu tô sozinha e não tenho como me defendê. Como vou sabê se quando a gente
entrá no ataio ocê não vai avançá em cima de mim e levantá minha saia e
abusá de mim?

- Isso é impossível, estou carregano um barde, um galão de tinta, dois
frango e um ganso... Como eu ia fazê isso concê com tanta coisa nas mão? Se
eu sortá o ganso e os frango, eles foge tudo!

- Muito simples: Cê coloca o ganso no chão, pôe o barde invirtido em cima
dele, coloca o galão de tinta prá pesá em cima do barde e os dois frango...
eu seguro!

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