SOLSTÍCIO - do Latim 'Solstitium', 'Sol' (o astro) e 'Stitium' (Parada).
Dicionário Larrouse – Tempo em que o sol de acha mais longe do Equador
e em que parece ficar estacionado alguns dias. O solstício de verão
ocorre entre 21 e 22 de dezembro e o de inverno, entre 21 e 22 de
junho;
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa – Época do ano em que o sol
se acha em um dos Trópicos e parece estar estacionário alguns dias,
antes de começar a aproximar-se novamente do Equador;
A Parada do Sol que marca o tempo em que este se encontra mais longe
do Equador e parece ficar parado no céu do por alguns dias, ou seja, é
período em que está estacionado em frente a um dos Trópicos e seus
raios incidem perpendicularmente ao Paralelo mais distante da Linha do
Equador. A partir deste momento voltam os raios solares em seu caminho
ao Paralelo oposto do outro Hemisfério.
Tal viajem dura em torno de 182,5 dias; já que nosso planeta cumpre
uma órbita elíptica em volta do Sol, durante um ano. A inclinação de
23,5 graus faz com que se produzam, com seu movimento de translação,
os Solstícios e os Equinócios, etapas que se notam mais nos
hemisférios que apresentam maior superfície exposta à luz solar. Assim
em poucas palavras, astronomicamente os solstícios ocorrem quando o
sol se encontra cruzando o Trópico de Capricórnio fazendo com que os
dias sejam maiores no hemisfério sul (verão) e, no hemisfério norte
justamente o contrário (inverno).
Os solstícios representam a harmonia cósmica que permite observar ano
após ano como se sucedem com total regularidade e, de acordo com as
leis físicas de sua relação com a Terra, prolonga os dias os dias ou
as noites, fazendo com que a natureza cumpra seus ciclos astronômicos.
O Solstício de Inverno ocorre entre os dias 21 e 22 de junho e o de
Verão entre 21 e 22 de dezembro.
Com ele, o mistério dos céus, a magnitude dos espaços cósmicos que
nunca deixam de ser fonte de curiosidade para os homens, toma corpo em
um dia que não é como os demais. Um dia onde a natureza, o homem e as
estrelas se dispõem a celebrar uma festa cheia de poder e de magia.
Em nosso continente as civilizações incaicas têm, desde tempos
imemoráveis, celebrações justamente nos solstícios de inverno e de
verão. Celebram ente 21 e 22 de junho de cada ano o ano novo da
mitologia incaica, e com cantos, danças e fartura de comida pedem a
Mãe-Terra que os prodigalizem em frutos, multiplique o gado, evite
pragas e lhes de sorte na caça. Esta é para eles a Mãe dos seres
humanos e os montes são seus templos, e com pedras nas laterais dos
caminhos e em suas encruzilhadas, depositam como oferendas folhas de
coca e bebidas fermentadas.
A Maçonaria, desde seus primórdios, tem dado grande importância à
nossa localização no planeta, à harmonia universal e da estreita
relação que existe entre ela e o progresso da humanidade. È por isso
que nossa augusta Ordem pretende deixar a cada Irmão um ensinamento
moral através das alegorias e símbolos que utiliza em seu processo
educacional, e o solstício é mais um destes símbolos educativos que
devemos interpretar lógica e racionalmente para que nos guie em nosso
aprimoramento pessoal.
O Sol é um símbolo maçônico de maior importância. A Loja que, entre
outras interpretações, simboliza o Universo, com seu piso na terra e
sua abobada no céu. O VM que ilumina simbolicamente com sua sabedoria
toda a Oficina, representa o Sol ao seu nascer, ele dirige a Loja de
seu lugar no Oriente, fonte da Luz, como o Sol que começa sua
trajetória esplendorosa a partir do Oriente; o PV simboliza o Sol em
seu ocaso no Ocidente e o SV simboliza o Sol ao Meio-dia. No interior
do Templo os Solstícios estão representados pelas Colunas J e B.
O Solstício de Inverno, chamado ainda de Solstício de São João
Batista, em comemoração ao seu nascimento em 24 de junho, que era
chamado de Batista por haver dado o batismo ao Mestre dos Mestres; o
Solstício de Verão conhecido como Solstício de São João Evangelista
que escreveu um Evangelho e nasceu em 27 de dezembro.
Na noite de São João Evangelista, a noite, pelo impacto da
obscuridade, pela morte. E por sua vez nos garante que sempre ocorrerá
a ressurreição.
O ciclo constante dos Solstícios representa os maiores mistérios da
metafísica: A Vida e a Morte.
Os solstícios representam à dualidade, o eterno contraste da luz e da
obscuridade, da vida e da morte (assim como o Pavimento de Mosaicos) e
o eterno renascer da criação, onde nada é destruído, apenas
transformado nos três estados naturais, sólido, líquido e gasoso, ou
ainda como uma Fênix, renascendo de suas cinzas.
Assim como o ciclo evolutivo dos Solstícios representam a vida e a
morte, A Maçonaria recebe ao homem tosco e impuro para dar-lhe os
instrumentos que o transformarão em sua personalidade com realizações
que resultem em uma constante busca da perfeição, identificados
simbolicamente pelos Solstícios que encerram grandes ensinamentos e
princípios morais.
Destas concepções emana a importância dos festejos maçônicos dos
Solstícios, que no meu modo de ver me recordam minha própria
Iniciação, a Câmara de Reflexões, a obscuridade. Para o Sol justamente
por seu aprisionamento no Solstício de Inverno, é simbolicamente sua
própria Câmara de Reflexões, sua Câmara de Obscuridade Invernal que,
igualmente a nós, a partir desta obscuridade para chegar à Verdadeira
Luz.
Fernando José Milliet Martins - M.'.M.'.
Cadastro 4040
GLMEES
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