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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Chicão e Celso

Cansado da agitação da vida urbana, Celso larga o emprego, compra um
pedaço de  terra no Amazonas e se muda para lá.

Ele  vê o carteiro uma vez por semana e vai à mercearia uma vez por mês.

    No  mais, é paz e tranqüilidade.

    Seis  meses depois, em dezembro, alguém bate na porta.

    Celso  abre e vê um enorme homem negro barbudo de 1,90, mal
encarado com um  facão na mão e 3 oitão na cinta que diz:

    -  Meu nome é Chicão, seu vizinho, 7 léguas daqui. Festa de Natal
lá em  casa, sexta-feira. Começa às cinco.

   Celso  se entusiasma:

   -  Ótimo, depois de seis meses por aqui, na solidão, nada melhor
que  isso. Muito obrigado, vou sim.

   Chicão  começa a ir embora, pára e diz:

    -  Seguinte: vai rolar bebida.

    -  Sem problema. Eu topo.

   Novamente  Chicão começa a ir embora, mas pára e diz:

    -  Olha, também pode ter briga.

    -  Sem problema, eu me dou bem nesses lugares. Mais uma vez  obrigado.

   Chicão  continua:

   -  E pode ter sexo meio selvagem...

   -  Também não é problema. Eu estou aqui faz 6 meses. Mais um motivo
para  ir. E, aproveitando, me diz uma coisa: qual é o traje?

     Chicão:

   -  Cê que sabe.  É só nós dois...

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