Couro ou sintético?
Veja a diferença entre os dois materiais mais usados
Desde os primórdios da civilização o Homem usa a pele animal para se
proteger e vestir. As características naturais da pele favorecem tanto
a resistência, quanto a versatilidade e equilíbrio térmico.
Mas foi só na Primeira Guerra Mundial que os aviadores adotaram o
casaco de couro como uniforme, tanto na versão jaqueta, curta, quando
na parca, mais comprida. E o couro bovino naturalmente ocupou a
preferência.
Com a popularização da motocicleta como meio de transporte nada mais
elementar do que buscar no couro a proteção aos ferimentos causados
pelas quedas. Afinal, o boi já cedeu sua pele para que a do
motociclista ficasse intacta.
Até o hoje o couro animal é insuperável em alguns aspectos para a
proteção de motociclistas. Mas não impede que produtos sintéticos como
náilon e poliéster tenham se popularizado em função de algumas
qualidades. Veja as principais características dos dois materiais.
Couro - Por ser um material orgânico tem prazo de validade. Que
depende basicamente dos cuidados e armazenamento. O melhor produto
para conservar couro é o mesmo que usamos em nossa pele: creme
hidratante! E nunca deixe secar no sol, sempre na sombra.
O couro tem uma amplitude térmica muito grande e permite a utilização
tanto no calor quanto no frio. Porém não é impermeável e quando
molhado absorve bastante umidade, chegando a aumentar bem o peso. Por
isso ele só deve ser usado na chuva se for coberto por uma capa
impermeável.
A grande vantagem do couro é o alto ponto de fusão. Quando o
motociclista cai e rola no asfalto esse atrito gera calor que passa
fácil dos 100ºC. O couro resiste às altas temperaturas da abrasão e
dificilmente o tecido se rompe. Ninguém nunca viu uma vaca derretendo
sob o mais tórrido sol tropical.
Poliéster - Conhecido genericamente como Cordura, na verdade esse nome
é marca registrada da DuPont. Trata-se de um tecido sintético que pode
ter seus fios mais ou menos grossos, conforme a especificação técnica.
É mais versátil do que o couro porque oferece maior impermeabilidade e
até repele a água. Alguns casos pode receber forro 100% impermeável.
No entanto tem pior troca de calor e seu uso em dias quentes provoca
muito suor e desconforto.
Alguns modelos ventilados conseguem um bom compromisso entre
resistência e troca de calor. Mas evidentemente exigem uma capa ou
forro impermeável. O que joga contra o tecido sintético é seu ponto de
fusão mais baixo. Um caso de queda o calor gerado pelo atrito
praticamente derrete o poliéster, abrindo em vários pontos. Por isso é
muito importante que as peças tenham reforços internos de espuma EVA.
São esses reforços que garantem a pele do motociclistas nos pontos
mais vulneráveis como cotovelos, ombros e costas.
Outra vantagem do material sintético é a versatilidade. Um conjunto de
couro, dependendo no nível de sofisticação, é muito específico para
uso nas motos. Dificilmente alguém sai andando pela rua vestindo uma
calça de couro, cheia de proteções externas. Já o conjunto de
poliéster pode ser usado sem deixar a pessoa com a aparência de um
astro do rock.
Uma das perguntas mais frequentes é sobre as vantagens e desvantagens
dos macacões de couro integral ou de duas peças. Basicamente a regra é
simples: se for usar em pistas de corrida, em competição, o macacão
deve obrigatoriamente ser integral, porque em caso de queda em alta
velocidade o zíper da cintura pode se abrir e expor a pele. Já para o
uso na estrada, o macacão de duas peças é mais versátil e confortável
porque permite que o motociclista retire o casaco nas paradas para
almoço, descanso etc.
Uma dica esperta para quem usa motos de alto desempenho na estrada é o
protetor de coluna, uma peça que funciona como se fosse o exoesqueleto
de um inseto e impede que a coluna vire no sentido anti-natural, assim
como em caso de impacto. Em competições já é obrigatório.
fonte: desconhecida
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