As "Old Charges" mostram que na Maçonaria Operativa os maçons eram,
sem dúvidas, Cristãos Trinitários. Entretanto após a formação da
Grande Loja de Londres e Westminster, em 1717, na Inglaterra, houve
uma "descristianização" durante a formação da Maçonaria Especulativa.
A mudança se concretizou em 1723 na Constituição de Anderson, onde, no
Capítulo referente a "Deus e Religião" ficou estabelecido que as
opiniões religiosas seriam particulares e a Ordem (Craft) teria a
Religião que todos os homens concordam.
Isto, obviamente, era baseado na política dessa nova Grande Loja para
evitar discussões religiosas e políticas, sendo estas os principais
motivos de discórdia e destruição da harmonia na época.
Devemos observar que os maçons já tinham conhecimento, naqueles
tempos, dos perigos apresentados nas discussões sobre religião e
política. A Grande Loja foi formada logo após a rebelião abortiva de
James Stuart, o "Antigo Pretendente" (filho de James II).
Opiniões políticas e religiosas eram conduzidas de modo duro e amargo,
e a desunião entre os Whigs (Hanoverianos) e os Toris (Stuarts) era
muito profunda. O primeiro grupo era, na maioria, Protestantes e o
segundo grupo, Católicos Romanos.
Uma introdução de qualquer tendência na Política e/ou Religião na
Francomaçonaria, naquele estágio, poderia ser desastrosa.
Consequentemente, essa alteração na base religiosa da Ordem permitiu
que Judeus, Muçulmanos, Budistas e outros não-Cristãos, mas que
acreditam em um Supremo Criador, se torne membros da francomaçonaria.
Ir.'. Alfério Di Giaimo Neto.
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