-> Patuscadas, nonsenses, lugares comuns (e incomuns) e outras basófias... Caronte saiu... Foi dar um descanso da vida miserável dele...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O conflito entre Dom Pedro II e a Igreja enfraqueceu os sustentáculos do regime imperial.
Ao longo do tempo, a Igreja e o Império Português consolidaram relações próximas nas esferas políticas e religiosas. No espaço colonial, membros da Igreja ocupavam posição de destaque auxiliando na administração e no regulamento dos costumes. Em contrapartida, o próprio Vaticano emitira, no século XVI, uma autorização para que os reis ibéricos pudessem tratar do ordenamento da Igreja nas regiões ultramares pelo chamado padroado régio.
Por meio desse sistema, o imperador acumulava as funções de nomear e sustentar os membros do clero nos espaços coloniais. Além disso, todas as bulas e encíclicas papais só teriam validade mediante a aprovação prévia do rei. No Brasil, mesmo com o estabelecimento da independência, esse modelo das relações entre Estado e Igreja acabou sendo preservado pelos apontamentos da Constituição de 1824.
Durante o Segundo Reinado, o sistema de padroado instaurou uma grave crise entre Dom Pedro II e os clérigos católicos brasileiros. Tudo começou em 1864, quando o papa Pio IX enviou uma bula que determinava, entre outras coisas, que todos os católicos envolvidos com a prática da maçonaria fossem imediatamente excomungados da Igreja. O anúncio acabou atingindo diretamente Dom Pedro II, que integrava os quadros da instituição censurada.
Valendo-se dos poderes garantidos pelo sistema de padroado, o imperador brasileiro formulou um decreto em que não reconhecia o valor da ordem dada pela Santa Sé. Inicialmente, a ação de D. Pedro II não teve maiores repercussões, tendo em vista que a maioria dos clérigos brasileiros apoiava incondicionalmente o regime monárquico. Entretanto, os bispos de Olinda e Belém preferiram acatar a orientação de Pio IX, promovendo a expulsão dos párocos envolvidos com a maçonaria.
Inconformado com a insubordinação destes bispos, o imperador reagiu com a condenação dos mesmos à reclusão e prestação de trabalhos forçados. Imediatamente, os membros da Igreja passaram a atacar o regime imperial dizendo que D. Pedro II cometera um ato de extremo rigor e autoritarismo. Mesmo anulando a decisão posteriormente, o governo imperial perdeu uma fundamental e influente base de apoio político ao regime.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Meu nome é Maçonaria
Nasci não sei quando…
Em meu nome, ergueram templos de pedra e os encheram com os quenão me compreendiam.
Em meu nome, se fantasiaram e se engalanaram.
Em meu nome, fizeram-se falsos homens de bem.
Em meu nome, buscaram o poder pelo poder.
Em meu nome, delegaram-se sapientes e iniciados.
Em meu nome, fizeram-se donos da verdade.
Em meu nome, perseguiram mais do que ajudaram.
Em meu nome, ludibriaram e enganaram.
Em meu nome, me dividiram, como se eu não fosse uma só.
Em meu nome, retirou dos meus rituais a essência dos ensinamentosdo meu criador.
Em meu nome, criou graus e degraus, como forma de serem importantes por estas conquistas e não pelo trabalho interior e exterior de cada um.
Em meu nome, criaram e criam vários ritos, tudo no grito.
Em meu nome, fazem leis e normas para favorecê-los, ou para tentar calar o meu grito através dos que tentam me defender.
Em meu nome, ganham a vida criando histórias e arregimentando seguidores para estas, para mais tarde se desmentirem.
Em meu nome, usam a sociedade para benefício próprio e de seus apadrinhados ou cúmplices.
Em meu nome, criam até rituais onde o iniciado não necessita crer em DEUS, coitados, não sabem nem ao menos o que é uma iniciação.
Em meu nome, iniciam sem jamais iniciar.
Em meu nome, se coloca como maçom sem jamais se preocuparem em um deles verdadeiramente um dia se tornar.
Em meu nome, relegam a um segundo plano o verdadeiro sentido da iniciação.
Em meu nome, fazem sessões rápidas, maquinalmente, sem propósito algum, para sobrar mais tempo para a sessão gastronômica.
Em meu nome, sim, em meu nome, fazem tanta coisa errada que até fico constrangida em aqui apresentar.
Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar o homem a se aproximar do G.A.D.U.
Eu sou justa, sou perfeita, dei os símbolos como meio didático para o homem melhor me compreender e praticar.
Eu sou justa, sou perfeita, criei o ritual para poderem melhor os símbolos compreender.
Eu sou justa, sou perfeita, pensei que o homem poderia através dos símbolos e dos rituais interagir melhor com as forças energéticas positivas do universo.
Eu sou justa, sou perfeita, chamei o homem de pedra bruta para que ele sentisse e compreendesse a necessidade de se lapidar.
Eu sou justa, sou perfeita, mostrei ao homem que o templo físico deveria ser uma representação do universo, só que alguns não entenderam que tudo ali é sagrado, é uma das muitas moradas do meu Pai. Ali não há lugar para a inveja, o ciúme, o ego, a disputa, a vaidade, a intemperança, a raiva, a injúria e o juízo de valor.
Eu sou justa, sou perfeita, até deixo o homem dizer que eu tenho segredo, estes, se existem, são administrativos, como qualquer sociedade que um dia foi ou é perseguida tem, como forma de proteger os seus membros.
Eu sou justa, sou perfeita, nasci para ajudar todos os homens, independentemente do sexo, raça, cor, religiosidade ou posição social a se transformar em um iniciado, ou seja, num homem e conseqüentemente um espírito de LUZ. Que será aonde toda a humanidade terá forçosamente que chegar. Assim está escrito e assim se cumprirá.
Eu sou justa, sou perfeita, a todos e a tudo levo o meu perdão, mas, por favor, Não me maltratem e Me Socorram.
Meu nome, sim, meu nome é MAÇONARIA.'.
Fonte: Pelotas Occulta
Os 33 mandamentos da Maçonaria
2º - O verdadeiro culto que se pode tributar ao Grande Arquiteto consiste nas boas obras;
3º - Tem sempre a tua alma em estado de pureza, para que possas aparecer de um momento para outro perante o Grande Arquiteto;
4º - Não sejas fácil em te encolerizar; a ira é sinal de fraqueza;
5º - Escuta sempre a voz de tua consciência;
6º - Detesta a avareza, porque, quem ama demasiado as riquezas, nenhum fruto tirará delas, consistindo isso egoísmo;
7º - Na senda da honra e da justiça está a vida; o caminho extraviado conduz à morte espiritual;
8º - Faz o bem pelo próprio bem;
9º - Evita as questões, previne os insultos e procura sempre ter a razão do teu lado;
10º - Não te envergonhes do teu Destino, pensa que este não te desonra nem te degrada; o modo como desempenhas a tua missão é que enaltece ou amesquinha perante os homens;
11º - Lê e medita, observa e emita o que for bom; reflexiona e trabalha; ocupa-te do bem-estar dos teus irmãos e trabalharás para ti;
12º - Contenta-se com tudo e com todos;
13º - Não julgues superficialmente as ações de teus Irmãos e não censures aereamente. O julgamento pertence ao Grande Arquiteto do Universo, porque só Ele pode sondar o coração das criaturas;
14º - Sê, entre os profanos fracos, sem rudeza, superior sem orgulho; humilde sem baixeza; e, entre Irmãos, firme sem obstinação, severo sem inflexibilidade e submisso sem servilismo;
15º - Justo e valoroso, defende o oprimido e protege a inocência, não exaltando jamais os serviços prestados;
16º - Exato observador dos homens e das cousas, atende unicamente ao mérito pessoal de cada um, seja qual for a camada social, posição e fortuna a que pertence;
17º - Se o Grande Arquiteto te der um filho, agradece, mas cuida sempre do depósito que te confiou. Sê, para essa criança, a imagem da Providência. Faz com que até aos 12 anos tenha temor a ti; até aos 20 te ame e até a morte te respeite. Até aos 12 anos sê o seu mestre; até aos 20 seu pai espiritual e até a morte seu amigo. Pensa mais em dar-lhe bons princípios do que belas maneiras; que te deve retidão esclarecida e não frívola elegância. Esforça-te para que seja um homem honesto, avesso a qualquer astúcia;
18º - Ama o teu próximo como a ti mesmo;
19º - Não faça o mal, embora não espere o bem;
20º - Estima os bons, ama os fracos, atende aos maus e não ofendas a ninguém;
21º - Sê o amparo dos aflitos; cada lamento que tua dureza provocar, são outras tantas maldições que cairão sobre a tua cabeça;
22º - Com o faminto, reparte o teu pão; aos pobre e forasteiros dá hospitalidade;
23º - Dá de vestir aos nus, mesmo com prejuízo do teu conforto;
24º - Respeita o peregrino nacional ou estrangeiro e auxilie sempre;
25º - Não lisonjeies nunca teu Irmão, isso corresponde a uma traição; se te lisonjearem receia que te corrompam;
26º - Respeita a mulher, não abuse jamais de sua debilidade; defende-lhe a inocência e a honra;
27º - Fala modernamente com os pequenos, prudentemente com os grandes; sinceramente com os teus iguais e teus amigos; docemente com os que sofrem, mas sempre de acordo com a tua consciência e princípios de sã moral;
28º - O coração dos justos está onde se pratique a virtude, e o dos tolos, onde festeja a vaidade;
29º - Não prometas nunca sem a intenção de cumprir; ninguém é obrigado a prometer, mas prometendo é responsável;
30º - Dá sempre com satisfação, porque mais vale uma negativa delicada do que uma esmola que humilhe;
31º - Suporte tudo com a resignação e tem sempre confiança no futuro;
32º - Faz do teu corpo um Templo, do teu coração um Altar e do teu espírito um apóstolo do Amor, da Verdade e da Justiça;
33º - Concentra, ao menos uma vez por dia, todas as vibrações da tua alma, no sentido de estares em contato com o Grande Arquiteto do Universo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
História da Maçonaria
História da Maçonaria
Esta Pílula é dedicada aos Aprendizes, para que saibam a verdadeira história de nossa ordem, retirada de livros idôneos.
A Maçonaria como toda Instituição de grande envergadura, passou por diversas fases em sua evolução histórica. A princípio constituiu-se em Corporação Profissionaldurante a Idade Média Alta e Renascença. Posteriormente, agregou-se a ela uma Associação de Mútuos Socorros, até princípios do século XVIII e Sistema de Moralidade, conservando as características da associação de mútuos socorros.
Corporação Profissional ou Fase Operativa.
Durante sua fase de Corporação Profissional, por ser a arte de construir tão antiga como o mundo, inventaram-se várias lendas, para incrementar sua própria história.
Muitos escritores, em época de menor cultura, por não saberem distinguir entre o lendário e o histórico, consideraram a Instituição Maçônica muito antiga, perdendo-se na noite dos tempos ou nas narrativas bíblicas. Inclusive, imaginando-a uma continuidade, em linha reta, das sociedades iniciáticas da antiguidade, em vista de seu aspecto iniciático. Entretanto, parecem esquecer, ou não querem se aperceber, que a Instituição Maçônica assumiu esse aspecto iniciático somente a partir do Século XVIII.
Assim, sendo a Idade Média a idade da fé, os primeiros edifícios a serem construidos foram as igrejas, catedrais e abadias. Os primeiros operários da construção formaram-se, por isso, sob a direção do clero, único a possuir cultura da referida arte, naquela época.
Os eclesiásticos foram lentamente adquirindo conhecimentos sobre o arco, abóbada e, em princípios do Século XII, sobre a arte gótica (trazida talvez dos Árabes, pelos Templários), cujas principais características foram a preponderância dos vazios sobre os cheios, e as abóbadas em ogivas.
Confraria ou Associação de Mútuos Socorros.
Ao lado da Corporação Profissional, existia a Confraria, colocada sob a invocação de um Santo. Como a religião dominava por inteiro a vida social da Idade Média, essa vida social consistia, geralmente, de procissões solenes, missas, preces, banquetes e beneficências.
Com a Reforma Religiosa pressionando por um lado, e a Renascença por outro, houve um ponto final na construção das majestosas Catedrais Góticas, das monumentais Abadias e dos imponentes Palácios. O estilo simples e menos dispendioso da Renascença substituiu o difícil e complexo gótico. Dessa forma, a partir de aproximadamente 1550, a Corporação de Talhadores de Pedras foi declinando aos poucos e entrou, em 1670, em franca decadência.
Assim, num esforço para resistir a inevitável ruína que consumia as Corporações Construtivas, o lado social destas, ou seja, as Confrarias, começaram a partir do Século XVI abrir suas portas aos Maçons Aceitos, que ingressaram na Fraternidade como protetores, honorários ou especulativos. Esses novos membros fortaleciam os quadros e ao mesmo tempo sustentavam a caixa de socorros da Confraria (Castellani).
Sociedade Iniciática.
Finalmente em 1717, quatro Lojas compostas, em sua maioria, por Maçons Aceitos, realizaram uma reunião preparatória na "Taverna da Macieira" e resolveram criar aGrande Loja de Londres e Westminster. Em 24 de junho de 1717, em reunião na "Cervejaria o Ganso e a Grelha" é fundada então, a Grande Loja de Londres e Westminster. Posteriormente, com adesão de novas Lojas, muda o nome para Grande Loja da Inglaterra.
Maçonaria Especulativa
Até 1717 d.C., quando houve a fusão de quatro Lojas inglesas, semente da Grande Loja Unida Inglaterra (vide Pílula nº56), a Maçonaria é chamada de "Maçonaria Operativa", pois o "saber" era empírico, adquirido de maneira prática. As ferramentas e o manuseio estavam sempre presentes. O Maçom Operativo era um profissional da arte de construir.
A partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de "Maçonaria Especulativa". Anderson celebrizou-se na Maçonaria por ter copilado as duas primeiras publicações oficiais da Grande Loja de Londres: as Constituições de 1723 e 1738, básicas, ainda hoje, na formulação das Constituições de todas as potências Maçônicas..
Desmembramento Universal da Maçonaria
Alguns escritores maçônicos afirmam, e eu sou partidário dessa idéia, que a Maçonaria, sem dúvida alguma, começou na Idade Média e no continente (Europa). Posteriormente deslocou-se para a ilha (Inglaterra) e voltando, após mudanças radicais, para o continente. Nessas idas e vindas, obviamente, dependendo dos costumes dos povos, a Maçonaria tomou tendências diferentes, resultando em comportamentos diferentes, apesar de que a essência da Sublime Ordem é sempre a mesma. Podemos, de modo macro, separá-la e três ramos principais.
Após 1690, a Inglaterra já havia suplantado todas as agitações políticas e religiosas, depois de 200 anos de guerrilhas e batalhas. O povo e os dirigentes estavam esgotados, cansados de brigas políticas e religiosas que não levavam a nada. Nesse ambiente, propício para o desenvolvimento de uma Maçonaria onde as reconciliações religiosas e políticas era uma meta, apareceu o primeiro ramo, chamado de Histórico ou Tradicional.
Na França, nessa mesma época, a Maçonaria possuía um desenvolvimento semelhante à inglesa, porém, o ambiente era extremamente agitado. Problemas de exploração do povo pela nobreza, abuso da boa fé pelo alto clero, a miséria, etc, formatou um segundo ramo na Maçonaria Universal, que poderemos chamar de Agnóstica.
Como na Europa, o número de pensadores liberais era maior do que na Inglaterra, devido a forte influencia do Renascimento, Iluminismo, etc, chegou ao extremo de não mais ser obrigado à crença em Deus, eliminando a invocação "À Glória do Grande Arquiteto do Universo" de seus Rituais. Teve manifestações políticas e espírito fortemente anticlerical, tendo como seu representante o Grande Oriente da França, existindo também na Itália e noutros países.
Dos dois ramos acima expostos, saiu o terceiro ramo, chamado de Místico, no qual a influencia dos "aceitos" (rosacruzes, judeus, alquimistas, filósofos, etc) aplicou, com toda a intensidade, a interpretação mística aos símbolos, história e filosofia da Nobre Instituição. O esoterismo e o misticismo são largamente praticados. Encontra-se principalmente entre os povos latinos da Europa e Américas, além de outras regiões.
Como nos diz, ainda, Ir\Eleutério: a partir da nova versão da Maçonaria, em 1717, que foi chamada de Especulativa, atraiu também atenções diversas. Houve a desconfiança dos governos e principalmente das igrejas, principalmente a Católica Romana. Pelas suas características, atraiu também intelectuais de diferentes tendências, e escolas, trazendo consigo idéias filosóficas e práticas ritualísticas, dando aos símbolos antigos e novos, novas interpretações com as quais os Maçons Operativos jamais tinham praticado, ou sonhado. Da mesma forma como os antigos construtores procuravam enobrecer suas origens fazendo-as remontar à construção do Templo de Salomão, por exemplo, esses novos Maçons queriam, e tiveram relativo êxito, vincular a instituição às antigas filosofias religiosas e mistérios do Egito, Grécia, Índia e Oriente em geral. Assim, encontramos em nossos símbolos referências herméticas, cabalísticas, rosa-cruzes, templárias, etc. Essas interpretações de origem mística, foram penetrando, sendo aceitas e incorporadas em diferentes graus nos países para onde a Maçonaria se expandiu.
O que deve ficar claro é que existe de comum entre a Ordem Maçônica e aquelas antigas manifestações religiosas é, em certa proporção, o método iniciático e alguns elementos simbólicos, mas a Maçonaria não constitui, de maneira alguma, uma versão atualizada daquelas organizações. Em muitos pontos da Europa Oriental, existem cultos que preservam muito do pensamento e da prática daquelas antigas religiões, e que são hoje suas verdadeiras herdeiras. São cultos ou seitas religiosas, nada tendo em comum com a Maçonaria, além de um ou outro elemento simbólico. A Maçonaria tem realmente, em seus símbolos e rituais muitos elementos hebraicos, como mostram as referências ao Templo de Salomão, à lenda de Hiram, às palavras de passe, etc. Contudo, na certeza, a Maçonaria não constitui por isso uma versão ocidentalizada do judaísmo. Do mesmo modo, foram incorporados elementos do pitagorismo, da cabalá, etc, e nem por isso a Maçonaria se torna um culto pitagórico ou uma escola da cabalá.
A Maçonaria não detém nenhuma verdade mística transcendental a ser comunicada a seus adeptos, nem se propõe servir de ponte entre o neófito e qualquer suposta consciência superior. A Instituição Maçônica enfatiza a necessidade do uso da decisão racional e do empenho da vontade para eliminação dos defeitos de personalidade para que o homem se torne melhor, mas ajustado e capaz de auxiliar seus irmãos humanos.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Barragem rompe em Mariana / Bento Rodrigues
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Passaporte Croata - Putovnica
Agora livre trânsito na Europa!
Sada slobodnom prometu u Europi!
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Sob Malhete
No R.E.A.A , quando o Saco de Propostas e Informações faz o seu giro, compete ao Venerável Mestre ler todas as peças recolhidas pelo mesmo, dando-lhes o destino devido. Entretanto, ler, não significa que, naquele momento, passe todas as informações para a Loja. Não há a necessidade de dar a devida publicidade de todo o conteúdo recolhido do Saco de Propostas.
O Venerável Mestre, obedecendo ao seu exclusivo critério pessoal, poderá deixar ler aos demais Obreiros, apesar de tê-lo feito para si, alguma Prancha, ou Proposta, caso ela exija um exame mais demorado, para depois ser apresentada à Loja.
Neste caso, a proposta, ou Prancha, é deixada SOB MALHETE.
Há, todavia, um prazo regulamentar, para que o Venerável Mestre dê conhecimento da Prancha que não foi lida - geralmente, DUAS SESSÕES. (Castellani).
[Nota do Blog: E alguns veneráveis acabam por resolver o problema às escuras, como se "sob malhete" fosse um recurso para ocultar algo que não deveria vir à tona.]
Sob Malhete – e não "sobre" Malhete – é exatamente isso: adiar a leitura de uma Proposta, ou Prancha.
É dito que ela ficou "sob Malhete", porque é como se ficasse presa, provisoriamente, sob o Malhete do Venerável Mestre.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Você sabe pilotar na chuva?
Está chegando a estação das chuvas e como sei que muitos de nós precisamos pilotar durante esse período, quero te passar 6 dicas que tenho para pilotagem no molhado.
É normal sentir medo, e ele é essencial para nossa proteção.
Mas, fique calmo. Não deixe o medo te travar diante dessa condição adversa do tempo.
Informação Importante: Quando a chuva esta fraca, o perigo é maior, pois todos os detritos/sujeiras da pista se misturam com pouca água e fica um sabão (Fácil de escorregar). Já a Chuva Forte lava a pista, ficando muito mais seguro para pilotar. É importante saber disso.
1ª Dica - Reduza a velocidade, quanto mais rápido você estiver, mais dificil será de frear ou desviar de algo.
2ª Dica - Evite frear bruscamente, faça gradativamente. Não é questão de força para parar a moto. Mas sim de aumentar a força nos freios gradativamente e também usar o freio motor, reduzindo as marchas.
3ª Dica - Não reduza marchas em curvas e evite passar nas faixas e sinalizações pintadas no solo, pois são lugares que mais tendem a escorregar.
4ª Dica - Se tiver um carro na sua frente, prefira colocar os pneus da moto nas faixas deixadas pelos pneus do carro, pois elas estão "limpando" a pista pra você.(Mas fique distante do carro). Evite também ficar na frente de veículos muito próximos, pois o motorista pode não saber freiar na chuva.
5ª Dica - Os outros precisam te ver principalmente sob condições de chuva, então se necessário use farol alto e a buzina.
6ª Dica - Esteja bem preparado, com jaqueta impermeável, calça, botas e luvas. Pois isso vai ajudar muito você suportar o frio, não ficar ensopado e até mesmo te proteger caso venha ocorrer uma queda
Fonte: Desconhecida
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Agnosticismo
Segundo dicionário "Aurélio" o agnosticismo é a "posição metodológica pela qual só se aceita como objetivamente verdadeira uma proposição que tenha evidência lógica satisfatória".
O "agnóstico" é, portanto, a pessoa que aceita ou representa qualquer forma de Agnosticismo, descrito acima.
Especificando, na Teologia, o agnosticismo designa a dúvida sobre a possibilidade de obter conhecimento, através de dogmas, a respeito de Deus. Não contesta a Sua existência, pois a evidência é lógica, mas não considera, principalmente, as Revelações, Dogmas, etc.
E de onde surgiu esse nome "agnóstico"?
Vamos citar um trecho do Trabalho do Mestre Frederico Guilherme Costa – do livro Questões Controvertidas da Arte Real" – Trolha.
Em uma das reuniões da Sociedade da Metafísica, em 1869, Thomas Henry Huxley, jovem biólogo e grande defensor da teoria da evolução das espécies de Darwin, instado a esclarecer sua sede filosófica, declarou:
"quando cheguei à maturidade intelectual, e comecei a perguntar-me se era ateu, teísta ou panteísta, materialista ou idealista, cristão ou livre-pensador, percebi que quanto mais aprendia e refletia menos fácil era a resposta, até que por fim cheguei à conclusão de que nada tinha a ver com nenhuma dessas definições, com exceção da última. A única coisa em que todas essas excelentes pessoas estavam de acordo era a única coisa em que eu discordava delas. Estavam bastante seguras de que tinham atingido uma certa"gnose" – haviam, com maior ou menor sucesso, resolvido o problema da existência, enquanto eu estava bastante seguro do contrário, e possuía uma convicção razoavelmente forte de que o problema era insolúvel. E, com Hume e Kant ao meu lado, não podia considerar-me presunçoso por aferrar-me a essa opinião.
Portanto, meditei e inventei o que parece ser um rótulo adequado: "AGNÓSTICO". Pensei nele como uma antítese sugestiva dos "GNÓSTICOS" da história da Igreja, que professavam conhecer coisas em que eu era ignorante, e utilizei a primeira oportunidade de apresentá-la à nossa sociedade (...). para minha grande satisfação, o termo pegou".
Seis anos mais tarde será a vez de Darwin, em sua Biografia, declarar-se agnóstico. "O mistério de todas as coisas é insolúvel para mim, contento-me em permanecer agnóstico". (F.G.Costa)
Essa expressão é contemporânea da reforma de 1877, promovida pelo Grande Oriente da França, onde não pretendeu afirmar de que não há um Deus, mas que não sabe se Ele existe ou não. (F.G.Costa)
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Gnosticismo
Segundo dicionário "Aurélio" a palavra "gnose" vem do grego "gnosis" e é traduzida como "conhecimento, sabedoria".
Em tradução livre do "Dicionário da Francomaçonaria" de Robert Macoy, temos: O nome "Gnosticismo", derivada dessa palavra acima, foi assumido por uma seita filosófica a qual procurou unir as noções místicas do Leste europeu com as idéias dos filósofos gregos, juntamente com ensinamentos do Cristianismo. O sistema tem características que mostram conclusivamente que era um desenvolvimento da antiga doutrina dos Persas e dos Caldeus.
De acordo com os gnósticos, Deus, a mais alta inteligência, habita a plenitude da Luz, e é a fonte de todo o bem. A matéria crua, massa caótica da qual todas as coisas foram feitas, é igual a Deus, eterna, e é a fonte de todo o mal. Percebe-se, nessa definição um "Dualismo", declarado.
Nicola Aslan, no seu "Grande Dicionário Enciclopédico" nos relata:
É um sistema de filosofia, cujos partidários pretendiam ter um conhecimento sublime da natureza e atributos de Deus. Os "gnósticos" eram platônicos degenerados, mas eruditos, que a Igreja combateu tenazmente, o que contribuiu para torná-los conhecidos, e de certa maneira, pára incentivá-los.
Os "gnósticos" fizeram sua aparição desde o século II d.C. A "Gnose" ou "Gnosticismo" era o conjunto de conhecimentos por tradição, e que escapa aos processos ordinários de instrução, por isso os "gnósticos" formavam uma sociedade secreta e não ensinavam senão aos seus membros o esoterismo, inteiramente desconhecido dos profanos (N. Aslan). Desse modo, os gnósticos, segundo eles, detinham uma "ciência" secreta. O clero da Igreja Católica, devido o charlatanismo da maioria de seus membros, esclarecia seus fiéis e destruía, sempre que possível, suas obras.
Como muitos dos Símbolos, muito antigos, usados pela Maçonaria, eram os mesmos usados na simbologia gnóstica, tais como o triangulo, o triangulo com um círculo, o Selo de Salomão, etc, a antimaçonaria, sempre presente, acusava ser a Maçonaria um prolongamento do Gnosticismo, o que não é verdade. Não há nenhuma ligação entre o Gnosticismo e a Maçonaria.
Pesquisando ainda Mestre Aslan, podemos dizer que, na Maçonaria, sempre existiu maçons sonhadores e inovadores, principalmente os franceses, que estudaram o gnosticismo, formando Lojas espúrias, que nada tem a ver com a verdadeira Maçonaria.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
O Dossel
A pesquisa sobre o "Dossel" é um assunto difícil de encontrar nos livros nacionais e, também, nos livros importados. Esta pesquisa feita por mim é um presente ao meu grande amigo e Irmão Finardi, da ARLS L'Áquila Romana nº 3365.
No Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, do Mestre Nicola Aslan, a gente encontra a seguinte definição: "armação saliente, forrada de seda e franjada, que se coloca, como ornamento, sobre os tronos presidenciais das oficinas e que, conforme a cor simboliza o caráter do sentimento que determina o Rito, cobrindo o representante máximo da Oficina, e fazendo pairar no ambiente a unidade de intenções."
Quero ressaltar aqui que nem todos os Templos preparados para determinados Ritos possuem o "Dossel". No caso do REAA que é o mais praticado no Brasil, seus Templos possuem o referido, na cor vermelha.
Nota-se, também, que Mestre Aslan definiu o "Dossel" de modo geométrico, sem definir a origem e significado maçônico.
Mais uma vez, vamos recorrer ao Mestre Castellani, cujas obras, pouco a pouco, vão demonstrando ter sido ele um dos maiores escritores brasileiros.
O resumo, abaixo, é fruto de pesquisas de diversas obras do referido autor:
"O Tabernáculo, ou Tenda (em hebraico; Suda) era o santuário portátil armado pelos hebreus, para o serviço religioso, durante o Êxodo, que os levou do Egito à Palestina. Era uma área delimitada e cercada por cortina sustentada por 60 postes e só interrompida no lado oriental, por onde se entrava.
A Tenda estava no lado oposto ao da entrada, armada sobre um estrado de madeira e formada por duas partes: a maior era o SANTO (em hebraico: Kodesh) e continha, entre outras coisas, uma mesa para queima de resinas aromáticas e o candelabro de sete braços (Menorá). A tenda menor era o SANTO DOS SANTOS (em hebraico: Kodesh ha Kodashim) e era considerado o lugar mais sagrado, pois representava a habitação terrena de Deus.
Nele se encontrava, entre outras coisas, a Arca da Aliança, o Decálogo e a Vara de Aarão, e a esse lugar só tinha acesso o Sumo Sacerdote."
O Templo de Jerusalém seguia a mesma disposição do Tabernáculo.
Como as Igrejas seguiam orientações baseadas no Templo de Jerusalém, e os Templos Maçônicos são baseados nos dois anteriores, juntamente com o parlamento inglês (o primeiro templo maçônico construído: 1776 na Inglaterra), temos que: o espaço sob o "Dossel" corresponde ao SANTO DOS SANTOS, e é onde fica o Trono do Venerável Mestre e o Altar. Na parte descoberta, corresponde ao SANTO.
Continuando: "sob o Dossel de um Templo Maçônico, que corresponde ao SANTO DOS SANTOS do Templo de Jerusalém (o local mais íntimo e transcendental, portanto) está o Trono e o Altar, e é onde devem ser tomados os compromissos."
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Entrar com o pé direito ou esquerdo?
No "cortejo de entrada" ao iniciar a entrada dos Obreiros no Templo, não há nenhuma obrigatoriedade de penetrar no Templo com o pé esquerdo ou com o direito.
Isso, porque a Sessão nem foi aberta, ainda.
A obrigatoriedade de iniciar a caminhada com um determinado pé existe, e é diferente de acordo com o Rito, apenas para a "marcha do Grau", para entrada no Templo, após o início dos trabalhos.
Lembro também que o Rito Escocês Antigo e Aceito (R.:E.:A.:A.:) , apesar do nome, não tem a origem na Escócia, e sim, na França. O que ocorreu foi o seguinte:
No início do século XVIII, a Dinastia dos 'Stuarts", que reinava na Inglaterra até essa época, estava refugiada em Paris, França. Os adeptos dessa Dinastia também lá estavam, pois foram juntos. Eram alcunhados de "escoceses" devido sua origem escocesa.
Nesse período de refugio na França, esses adeptos, aproveitando os 25 Graus do Rito de Héredom, instalado em Paris, a partir de 1738, pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, no Colégio de Clermon, sob orientação da Ordem dos Jesuítas desenvolveram o R.:E.:A.:A.:.
Esse Rito (R.:E.:A.:A.:) ficou completamente estabelecido, com a criação do primeiro Supremo Conselho do mundo, a 31 de maio de 1801, em Charleston, na Carolina do Sul (EUA), por onde passa o Paralelo 33 da Terra (ver Pílula Maçônica nº 115 – Águia Bicéfala).
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
BMW faz recall de 3.470 motos G 650 GS e G 650 GS Sertão
O tempo para realização do serviço é de aproximadamente 1 (uma) hora.
Segundo a marca, as motocicletas podem apresentar falha de funcionamento no software da unidade de comando do motor (BMS-E) e, em alguns casos, uma possível entrada falsa de ar no sistema de admissão.
G 650 GS Sertão: Z386198 a Z386228
Para mais informações, a empresa disponibiliza o Serviço de Atendimento ao Cliente BMW (0800 707 3578), de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas, ou o website http://www.bmw-motorrad.com.br/br/pt/recallg650gs.
Fonte: AutoEsporte/G1
Tempo de Estudos
Uma das metas da Maçonaria é o aperfeiçoamento do ser humano, buscando sempre a Verdade. É obvio que para isso é necessário dedicação, estudos, debates, etc, para que a mente do Obreiro fique cada vez mais aberta, mais receptiva e mais preparada.
Pensando nisso, com o intuito de dedicar um espaço de tempo aos estudos e debates, as Lojas, dependendo do Rito praticado e da Obediência, estabeleceram o "Tempo de Estudos" ou "Quarto de Hora de Estudos".
Não era prática ritualística até, aproximadamente, 40 anos atrás. Foi enxertado com a finalidade de atender o que foi descrito acima. Na verdade, tempos atrás, isso era feito na "Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Geral". Na minha opinião, foi um aperfeiçoamento.
Como foi inserido na Ritualística, após a apresentação feita por um Obreiro (palestrante), a palavra corre nas Colunas conforme estabelecido pela mesma, e não são dispensados os sinais e cumprimentos aos demais Obreiros que queiram fazer perguntas.. Ou seja, numa Sessão Ritualística, esse "Tempo de Estudos" não pode fugir à tramitação ritualística da palavra e a obrigatoriedade de falar em pé e a Ordem, com exceção do VM e dos Vigilantes (Castellani).
Porém, dependendo da necessidade de aproveitar o tempo disponível, ou apresentação com projeção de slides (muito comum hoje em dia), ou permitir um debate mais frutífero, a sessão Ritualística é suspensa. Abre-se a "Loja em Família" pelo Venerável Mestre, com golpe do Malhete.
Todo controle da apresentação, tempo de debate, uso da palavra, etc, são sempre controlados pelo Venerável Mestre.
Finalizados a tal apresentação e o debate, a Loja entrará na Ritualística, com golpe de Malhete proferido pelo Venerável, seguido das palavras "Em Loja meus Irmãos".
Resumindo:
• o "Tempo de Estudos" visa aperfeiçoar os conhecimentos dos Obreiros e não deve ser confundido com "Instruções do Grau"
• pode, ou não, ocorrer numa Sessão Ordinária.
• Não deve ser longo demais para não atrapalhar a Sessão.
• Quando ocorre o debate, o assunto não deve mais ser discutido na "Palavra a Bem da Ordem...".
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Lojas de Promulgação e Reconciliação
Os nomes de três importantes Lojas e seus significados históricos devem sempre estar na mente dos estudiosos maçônicos.
São elas:
Loja de Promulgação (tornar público, conhecido)
Loja de Reconciliação
Loja de Emulação
Sabemos que quatro Lojas formaram a Grande Loja de Londres e Westminster em 1717. Estamos cientes, também, que uma outra Grande Loja foi formada anos mais tarde (1751) e que era asperamente hostil a primeira citada.
Essa segunda Grande Loja se auto intitulou de "Antigos" e apelidou a primeira Grande Loja de "Modernos", de maneira depreciativa, pois achavam que eles não estavam seguindo fielmente os "Antigos Deveres" (Old Charges).
Essa animosidade persistiu por longo tempo (aproximadamente 50 anos) até que, no início do século XIX (1800), devido a diversos fatores, inclusive um sentimento de maior tolerância de ambas as partes, produziram um desejo de união que, posteriormente, se concretizou.
Em 1809 os "Modernos" criaram uma loja, de comum acordo, chamada "Loja de Promulgação" para acertar e tornar conhecido, entre eles, os Antigos Landmarks da Ordem.
Essa Loja teve muitas reuniões, nas quais ensaiaram, discutiram e definiram o Cerimonial dos Trabalhos em Loja. Principalmente, o Cerimonial de Instalação, o qual era um importante ponto da rivalidade existente entre as duas Grandes Lojas.
Estando tudo definido, essa "Loja de Promulgação", após árduo trabalho, encerrou suas atividades em 1811. E, sem dúvidas, ela ajudou enormemente a união que ocorreu em 1813 A Loja de Reconciliação: baseado nos "Artigos da União" de 1813, uma comissão foi constituída, formando uma Loja que deveria ser consistituida de "nove maçons dignos e experientes", de cada lado, com a finalidade de instruir e obrigar, os Veneráveis Mestres, ex-Veneráveis, Vigilantes e demais oficiais da Loja, a se prepararem para a Grande Assembleia, comemorando União com uniformidade nas formas, regras, disciplina e trabalhos. A Loja reuniu-se em muitas ocasiões e as Cerimônias que foram acordadas, foram ensaiadas e, com algumas alterações, tudo foi aprovado em 1816. Os registros não revelam o Ritual ensaiado pois tudo era decorado.
A Loja Emulação de Aperfeiçoamento: este é o lugar apropriado para o ensaio correto do Sistema de Ritual conhecido como "Emulação". Foi fundada em 1823 e o principal expoente dessa loja foi Peter Gilkes que morreu em 1833. As maiores precauções são tomadas, nessa loja, para preservar a pureza do Trabalhos, que foi formulada pela Loja de Reconciliação e aprovada pela Grande Loja em 1816. Não é uma Loja para instruções, mas para a melhoria do Ritual, estando os membros, de antemão, totalmente familiarizados com o mesmo.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
O Descobrimento do Brasil e os Templários – parte II
Tinham passado cem anos sobre a condenação dos Templários nos processos de Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue o aval do papa ao projeto expansionista. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação para a África, posses de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais a descobrir.
Dom Henrique sabia que os lusos não seriam capazes de cruzar o "mar de areia" do deserto do Saara, que só podia ser vencido com o auxílio do camelo. Mas havia indícios de que os marroquinos faziam um tipo de comércio com os habitantes locais, nas proximidades da foz de um grande rio, cujo delta desaguava no Atlântico, ao sul do arquipélago das Canárias. De posse de tais informações, Dom Henrique começou a pensar na hipótese de flanquear os mouros pela retaguarda e dominar a foz do "rio de ouro" – que, como se saberia depois, era o Senegal, tido como um dos braços do Nilo.
Para fazer isso, teria que mergulhar no desconhecido.
No momento em que o Infante, à frente da Ordem de Cristo, resolveu dar a volta ao continente Africano, a idéia parecia uma loucura. Havia pouca tecnologia para navegar em oceano aberto e nenhum conhecimento sobre como se orientar no Hemisfério Sul, porque só o céu do Norte estava cartografado. Mais ainda: acreditava-se que, ao Sul, os mares estavam cheios de monstros terríveis. De onde teria vindo, então, a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente?
Possivelmente dos Templários, que durante as Cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram imensos contatos com viajantes oriundos de toda a Ásia. Quando o navegador da Ordem de Cristo, Gil Eanes passou o Cabo Bojador, um pouco ao sul das Ilhas Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico, estava a desmontar uma mitologia secular. Acreditava-se que, depois do Cabo, localizado no que é hoje o Saara Ocidental, começava o Mar Tenebroso, onde tudo de mal aconteceria aos navegadores. Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não haveria nada de especial, Eanes abriu caminho para o Sul.
Morto em 1460, o Infante Dom Henrique não assistiu o triunfo de sua empreitada, mas sentiu que Portugal estava para se tornar uma das maiores potências marítima. Nas primeiras décadas da existência da Ordem de Cristo, os ex-Templários estabeleceram estaleiros em Lisboa, fizeram contratos de manutenção de navios e dedicaram-se à tecnologia náutica, aproveitando o conhecimento adquirido no transporte de peregrinos entre a Europa e o Médio Oriente durante as Cruzadas. O rei Dom João II, que governou entre 1481 e 1495, estimulou a atividade mercantil e a colonização dos territórios africanos.
A Ordem de Cristo controlou o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias de navegação enquanto pode. Mas com o ouro descoberto na Guiné, em 1461, o monopólio da pilotagem passou a ser cada vez mais desafiado.
A partir de então, multiplicaram-se os contratos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões descobertas. Aos poucos, a sabedoria secreta guardada em Tomar foi sendo passada para mercadores de Lisboa, da Flandres e da Espanha. Naquela época, Portugal fervilhava de espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultos pelos Templários. Enquanto o tesouro, de dados marítimos, esteve sob a sua guarda, a estrutura secreta da Ordem garantiu a exclusividade aos portugueses. Em Tomar e em Lagos, os navegadores só progrediam na hierarquia depois de sua lealdade ter sido comprovada, se possível em batalha. Só então podia ler os relatórios reservados de pilotos que já tinham percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o Pólo Norte verdadeiro e o magnético.
E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério Sul, a que também só os iniciados tinham acesso.
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, numa ação combinada com seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de fronteiras que durou dois anos, os reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Castela, começaram a interessar-se pelas terras de além-mar. Com a viagem de Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, as Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês tinha descoberto, e rejeitou as reclamações de Dom João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, na Espanha, no ano de 1494, um Tratado para dividir o vasto Novo Mundo que todos pressentiam: o Tratado de Tordesilhas.
Portugal acabou por ser obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderado pelo experiente Duarte Pacheco Pereira, à Tordesilhas, na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis.
Apesar de toda contestação, a Santa Sé era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países. Portugal saiu-se bem no acordo. Era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem de Cristo, que devido a sua política de sigilo, os portugueses sabiam da existência das terras onde hoje está o Brasil sete anos antes da viagem de Pedro Álvares Cabral.
Lisboa, 08 de março de 1500, um domingo. Terminada a missa campal, o rei Dom Manuel I sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a Índia.
Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal, com treze navios e 1500 homens. Além do tamanho, tinha outro detalhe incomum. O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava no comando da esquadra porque era Cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.
Em 22 de abril de 1500, naus com a cruz da Ordem de Cristo, chegaram onde hoje é a Bahia. Foi o espírito dos cruzados que guiou a aventura das grandes navegações portuguesas.
A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autónoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos Templários, tinha autorização papal para ocupar – tal como nas Cruzadas – os territórios tomados aos infiéis. No dia 26 de abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o Cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou, onde é hoje Porto Seguro, a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território.
O Escrivão Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei sobre a solenidade; "Alí estava com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta".
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Os Templários e o Descobrimento do Brasil
O rei da França, Filipe IV, o Belo, na época do século XIV, estava falido e, entre outros, devia muito dinheiro a Ordem dos Templários, que era uma das Organizações mais ricas e mais poderosas da Europa. Seus membros eram guerreiros, banqueiros e construtores e tinham sede em Paris. Pelo fato de serem guerreiros, e bem organizados, se apoderaram de imensas quantidades de terras e bens materiais dos perdedores aos quais punham o seu jugo. Controlavam feudos e construções em Paris e no interior da França.
Participaram de modo intenso nas Cruzadas. As mesmas eram "patrocinadas" pela Igreja Católica a qual permitia, devido sua portentosa influência juntos aos reis e governantes, que os Templários tivessem muitas regalias e direitos. Entretanto, exigiam que as Cruzadas saíssem vitoriosas em suas contendas. As derrotas das Cruzadas no Médio Oriente, alimentaram uma onda de calúnias, produzida provavelmente por pessoas ou entidades invejosas e sedentas do fracasso dos Cavaleiros da Ordem dos Templários, dizendo que os mesmos teriam se "vendido" aos muçulmanos. Aproveitando o clima favorável, talvez produzido por ele mesmo, em 13 de outubro de 1307, Filipe invadiu, de surpresa, as sedes dos Templários em toda a França, prendendo todos os membros.
Dois processos foram abertos contra a Ordem dos Templários: um dirigido pelo rei contra os presos, o outro conduzido pelo papa Clemente V, que como sabemos, foi forçado pelo rei Felipe, a colocar a sede do Papado em Avignon, França.
Muitos Cavaleiros foram mortos. A maioria degolada. A Ordem era Iniciática e bastante discreta. A própria discrição da Ordem foi usada contra ela, fazendo-se afirmações absurdas. Devido a ramificada rede de informações da Ordem, os sobreviventes trataram de salvar a maior quantidade possível de bens e tesouros.
Todos os seus bens "disponíveis" foram confiscados. Esperava-se uma fortuna, mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a suposição de que os tesouros foram transferidos em segurança para outros países. Para muitos investigadores, um desses países teria sido Portugal. O rei Dom Dinis (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem dos Templários em terras portuguesas. Sugeriu uma doação formal dos bens da Ordem à Coroa, mas, talvez, por imposição dos Templários, foi nomeado um administrador, de confiança da Ordem, para cuidar deles.
Dom Dinis, numa atitude corajosa para a época, local e condições, abriu as portas para todos os refugiados da Europa. Nessa ocasião, por volta de 1317, o último Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, Jacques (ou Thiago) de Molay, já havia sido executado na fogueira (1314). Nem o Papa, com toda sua autoridade e com a "Santa Inquisição" a sua disposição, o intimidou: fundou a Ordem de Cristo com, segundo afirmam os historiadores, parte do patrimônio dos Templários.
Todos os perseguidos da Europa, se concentravam, trazendo seus segredos, seus conhecimentos, para o Convento de Tomar, sede da Ordem de Cristo. Uma nova etapa, uma nova era, estava acontecendo para os Cavaleiros Templários. Dois anos depois, em 1319, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem de Cristo.
No início do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava na Itália, na Alemanha e na Flandres (hoje parte da Bélgica e Holanda). Nesse caso, porque é que foram os portugueses a encabeçar a expansão européia? Sem dúvida, a rica Ordem de Cristo foi o seu trunfo decisivo, com seus tesouros, mas, principalmente, com os seus conhecimentos e experiência adquiridos ao longo dos anos. .
Quando o Infante Dom Henrique, terceiro filho de Dom João I, se tornou Grão-Mestre da Ordem, em 1416, a Organização encontrou apoio para colocar em prática um antigo e ousado projeto: contornar a África e chegar à Índia, ligando o Ocidente ao Oriente sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra. Dom Henrique assumiu o cargo de governador do Algarve. Dividia seu tempo entre a Ordem de Cristo e o Porto (ou Vila) de Lagos.
Ao retornar à Portugal, na primavera de 1419, após combater os mouros na cidade de Ceuta, dom Henrique teria decidido abandonar as "futilidades da corte" e se instalar na ponta de Sagres. Dom Henrique era uma figura imponente, obcecado, teimoso, celibatário e asceta, permanentemente envolto em um manto negro.
O próprio local que o infante supostamente escolheu para viver já era pleno de simbolismo e magia. O antigo "promontório sacro" de gregos e romanos – chamado de Sagres pelos lusos - fora batizado pelo geógrafo grego Ptolomeu. Era a parte final da Europa: um lugar desértico, de beleza trágica, onde a terra se despede num cabo nu e pedregoso, para mergulhar no oceano temível e repleto de mistérios. Não por acaso, Sagres tinha sido ocupado por um templo de druidas, os sacerdotes celtas.
Ainda assim, não foi na ponta de Sagres, mas na Vila de Lagos, acerca de 30 km a leste dali, que Dom Henrique de fato se instalou, quando seu pai, o rei Dom João I, o fez governador daquela região, conhecida como Algarve, ou El-Ghard, a Terra do Poente, outrora o Ocidente árabe.
Foi aí, que em 1420, Dom João I, fez do Infante o administrador da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, originária da antiga Ordem dos Templários .
Algarve era a base naval e uma corte aberta: vinham viajantes de todo o Mundo, com todo tipo de informações, tão importantes naquela época. Foram atraídos para lá, sábios, cartógrafos, astrônomos e astrólogos – especialmente Judeus que, desde meados do século XIV, fugiam das perseguições que se desencadeavam na Espanha. Afirma-se hoje que, o Porto (ou Vila) de Lagos, localizada em uma ampla baía, possível de se zarpar, liderada pelo infante, foi que comandou a expansão marítima do século XV. Ali foi fundada a Escola de Sagres – que, na verdade, existiu apenas no sentido filosófico da palavra, já que nunca houve um espaço físico, um centro de estudos, e muito menos um observatório, na Ponta de Sagres.
Tinham passado cem anos sobre a condenação dos Templários nos processos de Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue o aval do papa ao projeto expansionista. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação para a África, posses de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais a descobrir.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto